-São complicações crônicas do diabetes; -O risco de desenvolver é superior ao de pessoas sem DM -> 30 vezes para cegueira e 40 vezes para amputações de membros inferiores; -A patogenia ainda não está totalmente esclarecida; -Fatores de risco: ® Duração do diabetes; ® HAS; ® Dislipidemia; ® Inflamação crônica e a disfunção endotelial (associados à doença aterosclerótica); ® Nefropatia; ® Gestação; ® Tabagismo; -Retinopatia diabética: ® A perda de acuidade visual é comum após dez anos de diagnóstico; ® É assintomática nas suas fases iniciais, não sendo detectada sem a realização de fundoscopia; ® Fisiopatologia: × Hiperglicemia crônica -> formação de fatores inflamatórios, trombogênicos e vasoconstrictores -> oclusão e fragilidade vascular -> microaneurismas e extravasamento de plasma para o interstício formando hemorragias e edema; ® Classificação: × Retinopatia não proliferativa – leve/ moderada/ grave; × Retinopatia proliferativa (presença de neovasos); *O rastreamento desse problema tem como objetivo o diagnóstico precoce de retinopatia grave, uma vez que existe intervenção efetiva; (rastreio anual) • No DM1: o rastreio deve ser realizado em adultos ou crianças maiores de dez anos após cinco anos de diagnostico do diabetes; • No DM2: o rastreamento deve iniciar no momento do diagnóstico; ® Manifestações clinicas: × Baixa acuidade visual (BAV) aguda: frequentemente unilateral, ocorre por dois mecanismos principais -> hemorragia víterea e deslocamento e retina do tipo tradicional; × BAV crônica: causada principalmente pelo edema macular, mas pode ser causado por outras complicações, como o glaucoma neovascular. Geralmente é bilateral e assimétrico, sendo um sintoma tardio da doença. Pode ocorrer também catarata subcapsular posterior, rubeose de íris e déficits na movimentação ocular (estrabismo); ® Diagnóstico: × Fotografia do fundo de olho sob dilatação pupilar (mais sensível) ou fundoscopia sob dilatação da pupila; × A avaliação também engloba a medida da acuidade visual para longe e para perto; RDP -Neuropatia autonômica ® O sistema nervoso autonômico é o elemento fundamental na regulação da função da maior parte dos sistemas ou órgãos no organismo; ® Lesão: × Importantes alterações para as funções cardiovascular, respiratória, digestiva, urinaria e genital, o que pode alterar a função vital de alguns desses órgãos ou sistemas; ® Envolve pequenas fibras amielínicas dos sistemas nervosos simpático e parassimpático; ® Fisiopatologia: × É complexa, pode acometer vários aparelhos e os mesmos podem ser atingidos de maneira desigual e variável no tempo; × Dentre os possíveis mecanismos propostos, estão incluídos distúrbios metabólicos, insuficiência neurovascular, lesão autoimune e deficiência do fator de crescimento neuro-hormonal; × Trata-se provavelmente, de um processo multifatorial que se inicia com a hiperglicemia persistente; ® Manifestações clinicas: × Sistema cardiovascular: 1. É caracterizada pela resposta anormal da FC e diferentes estímulos (respiração profunda, levantar-se do decúbito, manobra de Valsala); 2. Pode não manifestar sintomas por muito tempo; 3. Arritmias ou isquemia silenciosa; 4. Deve ser suspeitado na presença de taquicardia de repouso e/ou hipotensão; × Hipotensão postural: queda na PAS de pelo menos 20 mmHg ou na diastólica de 10 mmHg, dentro de 3 minutos após a aquisição da posição ereta, é uma manifestação muito limitante quando resulta sincopes posturais. 1. Sintomas: náuseas, astenia, tonturas, alterações visuais ou mesmo sincope ao se levantar; × Sintomas GI: 1. Esôfago: disfagia para sólidos, pirose e sintomas de RGE; 2. Gastroparesia: hipoglicemia pós-prandial e hiperglicemia tardia -> plenitude, saciedade precoce, borborigmo e, com menos frequência, vômitos; 3. Enteropatia: diarreia noturna, incontinência fecal, constipação; 4. O diagnostico é sempre de exclusão, sendo necessária investigação de lesão estrutural do TGI, má-absorção, exclusão da causa por uso de metformina, laxativos ou adoçantes, como o sorbitol; × Sintomas urogenitais: 1. Retenção urinaria, hesitação, infecções urinarias, aumento do resíduo urinário; 2. Homens: ejaculação retrograda, impotência; 3. Mulheres: dispaurenia, anorgasmia; × Neuropatia submotora: manifesta-se pela anidrose plantar, com pele seca, fissuras e hiperqueratose nos pés (podendo casar ulceras neuropáticas); × Neuropatia pupilar: causa dificuldade para visão noturna (hemeralopia), que exige cuidados ao conduzir veículos a noite;