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Abordagem diagnóstica
B) Neurite vestibular
● inflamação do nervo vestibular, que pode ser precedida
de infecção viral referida
● segunda causa mais comum de vertigem: aguda, sem
fatores predisponentes e com duração prolongada.
Quadro pode ser acompanhado de náuseas, vômitos e
instabilidade postural para um lado específico
● faixa etária: 40-50 anos
● homens e mulheres são afetados na mesma proporção
● Quadro agudo e espontâneo de vertigem severa,
náuseas, vômito e instabilidade de marcha (geralmente
na direção oposta ao nistagmo).
● Ao exame físico apresenta: nistagmo unilateral,
horizontal/horizontal-”torcional”, suprimido com a
fixação do olhar; teste positivo ao ter a cabeça girada
para o lado da lesão, mantendo-se incapaz de fixar o
olhar, porém também pode ser negativo.
● A função auditiva está preservada. Caso não esteja,
pensar em labirintite.
● A presença de teste negativo para rotação da cabeça,
mudança da direção do nistagmo ou estrabismo com
hipertropia em direção oposta (“skew deviation”), tem
100% de sensibilidade e 96% de especificidade para
AVE.
Tratamento:
- Tratamento inclui corticoterapia, antivirais,
sintomáticos e reabilitação vestibular.
- Caso não haja contraindicação ou efeitos colaterais, 10
dias de prednisona com 60 mg do dia 1 ao 5, 30 mg do 6
ao 7, 20 mg no dia 8, 10 mg no dia 9, 5 mg no dia 10.
- Antiheméticos, antihistamínicos, anticolinérgicos e
benzodiazepínicos podem ser usados para tratamento
dos sintomas.
C) Doença de Menière
● De etiologia idiopática, teoricamente é causada por
hidropsia endolinfática.
● Pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais típico
iniciar entre 20 e 40 anos.
● Tríade clássica de vertigem episódica (20 min a 24
horas), perda auditiva neurossensorial e zumbido (tom
baixo, como ouvir uma concha ou um maquinário). Pode
haver náuseas, plenitude auricular, sensação de pressão
no ouvido ou no lado acometido da cabeça.
● Os sintomas podem se apresentar separados em
diversos momentos com o prevalecimento de qualquer
um deles. A frequência dos quadros de vertigem podem
reduzir com o tempo.
● Em grande parte dos casos o diagnóstico é clínico,
podendo-se valer do teste terapêutico e fazer uso da
audiometria. Geralmente o paciente terá apresentado 3
a 5 anos de sintomas auditivos e/ou vestibulares.
● Os critérios diagnósticos pela AAO-HNS são: dois
episódios espontâneos de vertigem rotacional durando
ao menos 20 minutos; confirmação audiométrica de
perda auditiva neurossensorial; e zumbido e/ou
sensação de plenitude auricular.
● Exames que podem ser realizados são: audiometria,
teste vestibular; exames laboratoriais para exclusão de
hipo/hipertireoidismo, DM, doenças autoimunes e
neurossífilis; ressonância magnética para exclusão de
doenças do sistema nervoso central (SNC).
Tratamento:
- Os objetivos do tratamento são: reduzir a frequência e
a intensidade dos episódios de vertigem; reduzir ou
eliminar e perda auditiva e redução de zumbido
associados com as crises; aliviar os sintomas crônicos
(zumbido e desequilíbrios); minimizar os sintomas
incapacitantes e prevenir a progressão da perda auditiva
e do desequilíbrio.
- A terapia medicamentosa está fortemente associada
ao efeito placebo.
- As crises de vertigem podem ser controladas em 90 a
95% dos caso, porém a perda auditiva raramente
responde ao tratamento.
- Tratamento não medicamentoso inclui mudança de
estilo de vida e reabilitação. Podem se causadores de
crises a alta ingesta de sal, café, álcool, nicotina,
glutamato monossódico, estresse e alergias. Terapia
inicial com redução de sódio é recomendada
geralmente, com 2 a 3 g de sódio, distribuído ao longo
do dia.
- Episódios agudos de vertigem devem ser tratados com
supressores vestibulares (antihistamínicos,
benzodiazepínicos ou anticolinérgicos) e antieméticos,
começando por doses mais baixas.
- Terapia medicamentosa, quando a dieta hipossódica
não é suficiente, inclui uso diuréticos (com
hidroclorotiazida), antieméticos, ansiolíticos,
imunomoduladores (em pacientes com exacerbação
severa por anticorpos autoimunes), antihistamínicos e
antibióticos ototóxicos (gentamicina, estreptomicina)
1. Diagnósticos diferenciais - a forma de organizá-lo
dependerá de cada síndrome. Descrever o tipo de
raciocínio aplicado
Doença de Meniere: hipo/hipertireoidismo, DM, doenças do
sistema nervoso central (como insuficiência vascular
cerebral, aneurisma, esclerose múltipla, síndrome
pós-concussão, estenose da circulação posterior, má
formações Arnold- Chiari, esclerose múltipla, tumor ou
pseudotumor cerebral), neurite vestibular recorrente,
doença autoimune, neurossífilis, ataque isquêmico
transitório, migrânea vestibular
2. Manejo na APS
a. Abordagem diagnóstica - fluxograma comum para
investigação
b. Quando encaminhar: critérios de solicitação, casos
específicos, plataformas de solicitação, descritivo
mínimo da solicitação