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Universidade Luterana do Brasil /Campus Canoas

Nome: Luciana Ritzel

Disciplina: Audiologia Clinica Professora: Marion De Barba

Manual de Patologias
Ototoxicidade
Definição: Dano aos sistemas coclear e/ou vestibular resultante de exposição
a substâncias químicas.
Toxicidade Coclear – cocleotoxicidade lesão do órgão de Corti - degeneração
das CCEs - perda de audição (transitória ou permanente).
Toxicidade Vestibular – vestibulotoxicidade • degeneração das células
ciliadas vestibulares dos canais semicirculares. - Zumbido - Vertigem ou
desequilíbrio
Substâncias ototóxicas:
a) Drogas
b) Químicos
C) Metais pesados
Padrão Audiológico Geral:
Sensorioneural
Frequências altas
Bilateral
Assimétrica
Grau leve a profundo
Curva audiométrica descendente - posteriormente relativamente horizontal
Sintomas: As drogas podem causar perda de audição, desequilíbrio e/ou
zumbido. Os sintomas podem ser transitórios ou permanentes. Se possível, as
drogas são interrompidas, mas não há tratamento específico.

Exames:
Neurinoma do acústico

Definição: São tumores do nervo auditivo com crescimento fibroso não


maligno, que se originam no nervo vestibular ou no nervo da audição, o
coclear. Estes tumores são anomalias das “células de schwan” que são células
que estão presentes em torno das estruturas dos nervos, por isso o nome mais
adequado de schwanoma.

O Neurinoma do Acústico ou Schwanoma Vestibular é um tumor benigno que


origina-se a partir dos nervos vestibulares e se desenvolve dentro do conduto
auditivo interno.

Sintomas: Perda de audição, zumbidos ou distúrbios de equilíbrio, afeta


nervos cranianos como o facial (perda dos mov. Da hemiface afetada) e
trigêmeo (perda da sensibilidade da hemiface afetada). Relacionados a
hipertensão intracraniana, cefaléia, vômitos, bradicardia e hipertensão art.

Exames:

Doença de Meniére

É o aumento de volume da endolinfa (líquido existente no labirinto, responsável


pelo equilíbrio) na Orelha Interna:

Sintomas: Doença de Meniére é caracterizada por uma série de sintomas:

Zumbido no ouvido, plenitude auricular, perda auditiva e vertigens


Os ataques ocorrem de maneira repentina e duram minutos ou até mesmo
horas;

Alguns pacientes têm crises várias vezes por mês, enquanto outros passam
meses ou anos até uma nova crise; • Crise:sem déficits focais ou neurológicos;

Causa exata não é conhecida.

Hipótese: endolinfa se acumula, causando aumento de pressão dentro da


orelha interna.

Classificação:

• Típica: Sintomas completos.

• Atípica: Sintomas cocleares ou vestibulares.

• Progressiva: Mesmo com acompanhamento clínico os sintomas não são


controlados tornando as crises mais frequentes e a audição prejudicada.

• Não progressiva: Evolui com crises esporádicas e períodos assintomáticos.

Grau:

• Leve: Tonturas alternadas.

• Moderada: Tonturas alternadas e desequilíbrio.

• Severa: Sintomas que não permitem qualquer atividade.

Padrão audiológico: Perda Auditiva Sensorioneural, com perda nas frequências


baixas na fase inicial;

• Unilateral comprometendo tanto a função coclear como vestibular;

• IRF abaixo de 90%, compatível com o grau de perda;

• Timpanometria Tipo A;

• Reflexos acústicos presentes indicando a presença de recrutamento.

Exames:
Otosclerose

Definição:
 Otospongiose

 Focos de calcificação do estribo;

 Provoca má movimentação;

 Aumento da vascularização local;

 Martelo e Bigorna raramente são acometidos.

 Pode ser uni ou bilateral;

 Prevalência no sexo feminino;

 Início por volta dos 20-30 anos;

Sintomas:
 Apresenta zumbido em 70% dos casos;

 Vertigens e perda de equilíbrio também estão entre os sintomas;

 Pode evoluir para surdez total após os 50 anos.

Tipos de Otosclerose:
Otosclerose do Estribo:
 Má movimentação do estribo;
 Hipoacusia condutiva;

 Perda nas frequências baixas;

Imitanciometria
 Curva Ar;

 Reflexos acústicos ausentes.

Otosclerose Coclear
 Lesão direta da cóclea e ligamento espiral;

 Perda neurossensorial, com progressão;

 Implante coclear;

 Implante auditivo de tronco encefálico.

Audiometria: Apresenta perda neurossensorial;


Imitanciometria: Com curva Ar e reflexos acústicos ausentes.

Perda Auditiva Induzida pelo Ruído – PAIR e Trauma Acústico


Definição: Perda Auditiva Induzida por Ruído (Pair) é a perda provocada pela
exposição por tempo prolongado ao ruído. Configura-se como uma perda
auditiva do tipo neurossensorial, geralmente bilateral, irreversível e progressiva
com o tempo de exposição ao ruído.
Características da PAIR:
 Perda neuro-sensorial, uma vez que a lesão é no órgão de Corti;

 Bilateral e com padrões similares;

 Progressão cessa com o fim da exposição;

 Perdas de 40 dB nas baixas frequências e até 75 dB nas altas.

Sintomas: O zumbido é um dos sintomas mais comumente relatados pelos


portadores de Pair, e provoca muito incômodo. As dificuldades de
compreensão de fala são as mais relatadas pelo trabalhador , cujo padrão de
fala poderá sofrer alterações, de acordo com o grau de perda auditiva.
Outros sintomas auditivos menos frequentes: algiacusia, sensação de audição
“abafada”, dificuldade na localização da fonte sonora.
Exames:
Audiograma com limiares auditivos alterados, classificados como perda auditiva
induzida por ruído para as orelhas direita (vermelho) e esquerda (azul).
Imitanciometria:
Resultados de timpanogramas normal à esquerda (curva tipo A), encontrada
em ouvidos médios normais; e alterado à direita (curva tipo C), encontrada em
pacientes com função tubária deficiente, segundo a classificação de Jerger,
(1970).

Trauma acústico
 O trauma acústico é uma lesão do ouvido interno que normalmente é
provocada pela exposição a ruídos muito elevados.
 O dano auditivo pode ser relacionada a um único ruído alto como uma
explosão ou pela exposição a ruídos mais baixos só que por um tempo
prolongado.
 Quando ocorre uma explosão, a descompressão brusca e violenta pode
acarretar dor e lesões simultâneas da orelha média, como rotura da
membrana timpânica e/ou desarticulação dos ossículos, assim como
distúrbios vestibulares.
 Geralmente, a intensidade sonora capaz de provocar trauma acústico é
de 120dB.
 O elemento causador dessa perda auditiva é, geralmente, muito
traumático e a pessoa envolvida não tem dificuldade em especificar o
início do problema auditivo.
Sintomas:
 Em muitos casos, o primeiro impacto da perda está nos sons de alta
frequência, seguido dos de baixa frequência
 Outro sinal muito comum do problema é o zumbido, pois com as células
lesadas, o ouvido passa a enviar sinais sem que haja uma fonte sonora.
Otite
Definição: A otite é uma infecção no ouvido que pode ser interna ou externa.
A infecção pode ser bacteriana ou viral.
Otite Externa: Este tipo de otite ocorre geralmente causada por alguma
bactéria ou fungo, gerando lesões provocadas pelo atrito de coçar e limpar com
o cotonete ou qualquer outro objeto o ouvido externo ou ter o contato com água
contaminada,muito comum no verão e em crianças que frequentam
piscinas/mar.
Sintomas:
• Dor intensa
• Dificuldade em ouvir
• Secreções no ouvido
• Comichão
• Otite media: A otite média consiste na inflamação e na acumulação de
líquido no ouvido, e geralmente deriva de um problema respiratório viral
como uma gripe ou uma constipação.

Sintomas:
• Inchaço da garganta
• Inchaço das mucosas do nariz
• Acumulação de líquido no ouvido interno

• Dor

• Febre

• Pressão no ouvido

Tipos de otite

Otite crônica:  Ocorre geralmente no ouvido médio e consiste na obstrução da


trompa de Eustáquio, causada por uma qualquer lesão no ouvido.

Otite aguda: Geralmente ocorre também no ouvido médio e apesar de poder


manifestar-se em qualquer idade, é mais comum nas crianças entre os três
meses e os três anos de idade.

Otite média aguda serosa – O líquido presente na cavidade timpânica tem


aspecto seroso e transparente. Geralmente, é consequência de infecções
respiratórias.

Otite média aguda supurativa – Caracteriza-se pela presença de pus na


cavidade timpânica. A infecção é bacteriana, e pode ser decorrente de uma
infecção respiratória.

Otite média aguda necrotizante – É basicamente a mesma infecção da otite


média aguda supurativa, no entanto se diferencia pela rapidez em que se
instala e pelo poder de destruição de tecidos quando se instala em pessoas
com imunidade baixa.

Audiometria:
Presbiacusia

A Presbiacusia é definida como diminuição auditiva relacionada ao


envelhecimento, por alterações degenerativas, fazendo parte do processo geral
e envelhecimento do organismo. Com o avançar da idade, ocorre diminuição
da capacidade de mitose de certas células, acúmulo de pigmentos
intracelulares e alterações químicas no fluido intercelular

Ocorre perda auditiva de tipo sensorioneural, bilateral e simétrica,


comprometendo inicialmente frequências altas e a descriminação de fala.

Por seu caráter lento, gradual e progressivo, o início da doença é silenciosa e


pouco perceptível, evoluindo para perdas auditivas mais acentuadas,
envolvendo também frequências baixas e médias.
Sintomas comportamentais: Quando avança para perdas mais acentuadas e
frequências baixas e altas, o idoso já apresenta comportamentos de ordem
biopsicossocial, uma vez que apresenta dificuldades de comunicação, com
consequente isolamento social, baixa autoestima, sintomas depressivos e risco
aumentado de declínio cognitivo.
Classificação: Classificação segundo Schucknecht Apud Katz (1989)
 Presbiacusia Sensorial
 Presbiacusia Neural
 Presbiacusia Metabólica (estria)
 Presbiacusia Condutiva (mêcanica)
• Esses quatros tipos podem apresentar-se isolados ou combinados.
Presbiacusia sensorial: Dentre os quatro tipos, é a mais comum. É uma
perda auditiva sensorioneural bilateral e simétrica, que começa na meia idade,
progride lentamente, mesmo na idade avançada, e determina queda auditiva
em agudos, podendo poupar as frequências de fala (acometendo acima de
2KHz).
Presbiacusia neural: Esse tipo de Presbiacusia caracteriza-se por perda
auditiva rapidamente progressiva com grande dificuldade de entendimento de
fala. Observa-se perda da população de neurônios cocleares, mais acentuado
na espira basal, bem como perda de neurônio das vias auditivas centrais,
repercutindo negativamente na integração da transmissão de estimulo acústico.
Para esse tipo de Presbiacusia , os benefícios com uso de aparelhos de
amplificação sonora individual (AASI) podem ser limitados.
Presbiacusia metabólica (ESTRIA): A Metabólica apresenta um padrão que
se caracteriza por perda sensorioneural com um curva plana e excelente
descriminação de fala. Quando os limiares auditivos ultrapassam 50dB, a
discriminação começa a cair e a hipoacusia tem início insidioso.
Pacientes com esse tipo de Presbiacusia podem obter benefícios com a
adaptação de AASI.
Presbiacusia mecânica (COCLEAR CONDUTIVA): A Presbiacusia Mecânica
apresenta um distúrbio na motilidade mecânica coclear devido enrijecimento da
membrana basilar e alteração nas características de ressonância do ducto
coclear. A discriminação de fala mantem-se boa, o que torna satisfatório o
resultado com AASI.

Exames:

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