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A doença afeta a capacidade do cérebro de
controlar os movimentos do corpo e isso acontece
por causa da degeneração dos neurônios situados
numa região do cérebro chamada substância negra
(ou nigra). Essas células são responsáveis pela
produção da substância chamada dopamina, um
neurotransmissor que conduz as correntes
nervosas ao corpo. A falta ou diminuição da
dopamina afeta os movimentos provocando
lentidão, tremores e desequilíbrio.
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Epidemiologia
A Doença de Parkinson é a segunda doença
neurodegenerativa mais comum no mundo, ficando
atrás apenas da doença de Alzheimer, tem
prevalência em países industrializados varia entre
0-3% de toda a população e entre pessoas acima
de 60 anos é de aproximadamente 1%. A
prevalência variou entre 167-5.703 casos por
100.000 em relação a grupos de pessoas acima de
60 anos. Em relação à população em geral a
prevalência variou entre 31-970 casos por 100.000,
as taxas de incidência notificadas da doença são de
16-19 casos por 100.000 pessoas/ano.
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Causas
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Fisiopatologia
Os núcleos da base são responsáveis pela contração muscular, a
força e controle muscular, os movimentos de múltiplas articulações e
as sequências de movimentos, principalmente de caráter automáticos.
As informações são de origem principalmente do córtex cerebral. A
estimulação dos núcleos da base pelos neurônios motores superiores
são direcionados pelas áreas motoras do córtex cerebral e núcleo
Pedúnculo potino (localizado no tronco encefálico).
A estimulação do núcleo pedúnculo pontino evoca comportamentos
rítmicos, tais como padrões locomotores. Os sinas e sintomas
apresentados na DP existem alterações nas transmissões sinápticas
do circuito complexo córtico-basal-tálamo-cortical, principalmente na
sua via indireta, determinando o caráter hipocinético da desordem
patológica.
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Nos núcelos da base, mais
especificamente na substância negra,
especificamente a porção compacta do
mesencéfalo se encontra neurônios
dopaminérgicos inativos precocemente e
progressivamente o que acarreta redução
da dopamina no cérebro comprometendo
as informações sinápticas. Quando a uma
diminuição deste neurotransmissor em
função da morte destas células os
portadores começam a apresentar sinais e
sintomas relacionados a restrição da
produção deste neurotransmissor.
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Sinais e sintomas
No início da doença os sintomas podem ser muito leves, de tal forma que o
paciente
pode ter dificuldade no futuro de dizer precisamente quando apareceram pela
primeira vez.
O aumento gradual de tremores nas extremidades e lentidão de movimentos são os
primeiros sinais da doença, geralmente notados por familiares e amigos mais
próximos. Outros sintomas também podem estar associados ao início da doença,
como a redução da quantidade de movimentos, a rigidez muscular, dores,
diminuição do olfato, constipação, distúrbios do sono, tontura, depressão, distúrbio
da fala
e dificuldade para engolir.
Em geral, para fechar o diagnóstico é preciso identificar 2 dos 3 principais sintomas
motores (tremor em repouso, bradicinesia ou rigidez), associado a uma melhora
destes com o uso de medicamentos específicos para Doença de Parkinson
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Manifestações motoras
Tremor de Repouso
Ocorre principalmente nos dedos das mãos. O tremor aparece
em momentos de repouso, acentuando-se durante a marcha,
no esforço mental e em situações de tensão emocional,
diminuindo durante a movimentação voluntária.
Instabilidade Postural
Ela é decorrente da perda de equilíbrio postural, evidenciado
em mudanças bruscas de direção durante a marcha. Mais
comum em fases mais tardias.
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Manifestações não motoras
Sintomas neuropsiquiátricos
Depressão: mais comum, resultante de anormalidades bioquímicas, não só à
reação à essa enfermidade crônica; e
Demência: ocorre em até 40% dos casos.
Constipação Intestinal
É o sintoma mais precoce de todos.
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Transtorno Comportamental do Sono REM
É um sinal também precoce, presente em 40% dos casos, que é
caracterizado por reações físicas durante os sonhos da fase REM.
Hiposmia
Presente em 90% dos pacientes com DP, ela ajuda a distinguir outras
formas de parkinsonismo.
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Diagnóstico
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Diagnóstico
• Critérios necessários para diagnóstico de DP:
− bradicinesia (e pelo menos um dos seguintes sintomas abaixo)
− rigidez muscular
− tremor de repouso (4-6 Hz) avaliado clinicamente
− instabilidade postural não causada por distúrbios visuais, vestibulares, cerebelares ou
proprioceptivos.
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Classificação
Escala de Hoehn e Yahr
•Amplamente utilizada desde a década de 60, a Escala de Hoehn & Yahr é uma ferramenta de
classificação que oferece alguns pontos de referência para ajudar a determinar o estágio da doença
do paciente.
•Indica o estado geral do paciente, sendo cinco estágios de doença. Na versão atualizada utilizada
atualmente, os estágios 1.5 e 2.5 foram adicionados para dar conta do curso intermediário da
doença.
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Classificação
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Estágios
Estágio Características
Estágio 1 • Neste início, os sintomas não interferem nas atividades do
cotidiano.
• Os tremores e as dificuldades motoras atingem apenas
um lado do corpo, por isso passam despercebidos para os
outros.
Estágio Características
Estágio 4 • Os sintomas se agravam e se tornam incapacitantes.
• Muitos pacientes já precisam de ajuda para andar e
realizar pequenas tarefas do cotidiano.
• É do estágio 3 para o 4 que a maioria dos pacientes perde
a autonomia.
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Tratamento
• O tratamento principal para a doença de Parkinson é Levodopa + Carbidopa
• Medidas gerais para controlar os sintomas
• Outros medicamentos costumam ser menos eficazes do que a levodopa, podem ter
efeitos positivos em algumas pessoas, sobretudo se a levodopa não for tolerada ou
for inadequada.
• Nenhum medicamento pode curar a doença.
• Pode ser necessário utilizar dois ou mais medicamentos.
• Para pessoas mais velhas, as doses geralmente são reduzidas.
• São evitados os medicamentos que causem ou piorem os sintomas, particularmente
os medicamentos antipsicóticos.
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Cuidados Gerais
• Continuar fazendo o máximo de atividades diárias possível;
• Seguir um programa de exercício regular;
• Simplificar as tarefas diárias – por exemplo, substituindo os botões da roupa por velcro ou
comprando sapatos com fechos de velcro;
• Usar dispositivos de assistência, como puxadores de zíper e ganchos para botões;
• Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais podem ajudar as pessoas a incorporarem essas
medidas em suas atividades diárias e também recomendar exercícios .
• Podem recomendar auxílio, como andadores: manter a independência.
• Mudanças na casa para deixá-la mais segura : retirar os tapetes, instalar barras de apoio
nos banheiros e corrimão nos corredores e outros locais, etc.
• A dificuldade em engolir pode limitar a ingestão de alimentos e propiciar broncoaspiração:
fonoaudiologia
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Fisioterapia
Cinesioterapia
Exercício físico pode ajudar na melhora funcional dos pacientes por meio da melhora de
diferentes aspectos relacionados ao funcionamento motor, como força muscular, postura, agilidade,
flexibilidade, condicionamento e controle motor. Além disso, estudos mostram que o exercício físico pode
aumentar a liberação endógena de dopamina (Sutoo e Akiyama, 2003; Muller e Muhlack, 2010) e
melhorar a oxigenação cerebral, o que pode favorecer a sobrevivência de neurônios (Dishman et al.,
2006). Diferentes modalidades de exercícios levaram a melhoras significativas na função motora em
pacientes com doença de Parkinson, como treino de marcha (van Eijkeren et al., 2008; Filippin et al.,
2010; Yang et al., 2010), tratamento com dança (Hackney e Earhart, 2009), exercícios excêntricos
(Dibble et al., 2009) e treinos específicos para prevenção de quedas (Allen et al., 2010).
Tipos: Técnicas de Relaxamento, Alongamentos, Exercícios ativos, Treino de Equilíbrio e
Coordenação, Exercícios Posturais, Respiratórios, PNF, Bobath, Mímica Facial, Treino de Marcha,
Hidroterapia, Treinos de Transferência, Exercícios em Grupo.
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Neuromodulação
Invasiva: possibilidade de estimulação direta de estruturas relacionadas às disfunções motoras
associadas à doença de Parkinson, como núcleos subtalâmicos e gânglios da base. É feita através de
cirurgia.
Não invasiva: pode gerar uma ativação secundária de estruturas profundas apresentando resultados
positivos e, em alguns casos, semelhantes às técnicas invasivas com menores efeitos adversos e
maior segurança.
Essas técnicas buscam o reequilíbrio da atividade cortical dos indivíduos e tentam aumentar a
efetividade do controle motor e da lentificação da evolução dos sintomas. A estimulação pode agir,
então, através da modulação da plasticidade sináptica ou pela perturbação do ritmo cerebral
(Lefaucheur, 2009). A estimulação dos pacientes acontece no córtex motor, na área motora
suplementar e na área pré-motora. Em razão das projeções corticostriatais, as estruturas relacionadas
à doença de Parkinson podem ser moduladas secundariamente, influenciando seu funcionamento e o
metabolismo dopaminérgico. Associar à Cinesioterapia.
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