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Capítulo

Rupturas da
18 modernidade

FILOSOFAR COM TEXTOS:


TEMAS E HISTÓRIA DA Capítulo 18 – Rupturas da modernidade
FILOSOFIA
A modernidade científica e filosófica

ANN RONAN PICTURE LIBRARY/HERITAGE IMAGES/OTHER IMAGES - CAPELA SISTINA, VATICANO


A criação de Adão,
afresco de
Michelangelo
Buonarroti, 1511
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FILOSOFIA
Renascimento
▪ No Renascimento, o espiritualismo religioso da Idade Média
cedeu espaço para o racionalismo do pensamento
humanista.

▪ Antropocentrismo: o homem passa a assumir posição central


nas reflexões dos novos pensadores.

▪ Racionalismo: na busca pelo conhecimento, a razão supera a fé.

▪ Saber ativo: conhecimento preocupado em transformar


a realidade. Valorização do trabalho e da técnica.

▪ Língua: o latim começa a conviver com as línguas nacionais


nas obras dos pensadores.

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FILOSOFIA
Pensadores humanistas
▪ Os humanistas fizeram críticas aos costumes, ao clero, à
política e alguns deles elaboraram utopias.

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FILOSOFIA
Os utopistas
▪ Uma utopia é um lugar imaginário. O termo serve para
designar uma sociedade ideal ou um ideal de vida proposto.

▪ Principais utopistas do Renascimento: Thomas Morus


(1478-1535) e Tommaso Campanella (1568-1639).

▪ Morus escreveu Utopia – ou Tratado da melhor forma de


governo – em que critica o absolutismo real e imagina
uma sociedade mais justa, livre do abuso do poder e da
desigualdade social.

▪ Campanella escreveu A cidade do Sol, espécie de


comunismo em que todos vivem em comunidade de bens,
sem a posse de propriedades.

▪ Esses autores viveram em uma época em que crescia o


poder dos reis.

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FILOSOFIA
Montaigne
▪ Ensaios, de Montaigne, é uma obra que destaca a
subjetividade: um olhar para dentro de si mesmo e o
reconhecimento do uso autônomo da razão.

▪ Filósofo cético, Montaigne denunciou com agudeza e ironia os


costumes do seu tempo, a hipocrisia e as superstições.

▪ Seus ensaios inauguraram um novo gênero literário, o ensaio,


de cunho autobiográfico, algo inédito até então.

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FILOSOFIA
Autonomia política: de Maquiavel aos
Contratualistas
▪ Mito do maquiavelismo

▪ Virtù e Fortuna

▪ Jusnaturalismo

▪ Soberania

▪ Estado de natureza

▪ Contrato social

▪ Vontade Geral

▪ Liberalismo

▪ Autonomia dos poderes


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FILOSOFIA
Maquiavel e o Estado nacional
▪ Maquiavel foi responsável por
elaborar a moderna concepção
de política.

PHOTO SCALA, FLORENÇA/GLOWIMAGES - PALÁCIO VECCHIO, FLORENÇA


▪ As duas obras, O príncipe e
Comentários, tratam de situações
diferentes que exigem diferentes
atitudes do governante.
▪ O primeiro caso, de instauração do
poder, requer que o príncipe seja
dotado de virtù e que saiba
aproveitar a fortuna (a ocasião).
▪ No segundo momento, alcançada a
estabilidade, seria possível e Nicolau Maquiavel, pintura de
desejável a instalação do governo Santi de Tito, século XVI
republicano.
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FILOSOFIA
Maquiavel e a secularização da política
▪ Ao contrário do que diz a tradição, Maquiavel foi um
republicano.

▪ Ele inovou ao estabelecer a distinção entre a moral


individual e a moral política. Esta última tem em vista o
bem comum.

▪ Criou uma nova concepção de política, distanciada da


política normativa dos gregos, que destacava a imagem do
“governante virtuoso”, portanto atrelando a política à moral
individual.

▪ Ao propor a secularização da política, Maquiavel inaugurou


uma nova maneira de conceber a moral na política: os valores
não são dados de antemão, mas dependem da realização dos
interesses coletivos.

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FILOSOFIA
Maquiavel e a secularização da política
▪ Para Maquiavel o Príncipe deveria possuir Virtu (força de um
leão) e Fortuna (sagacidade de uma raposa).

▪ A ética do governante é diferente da ética dos cidadão. O


Príncipe deveria aprender a prática do mal e da manutenção
de vigília constante – só pela vigilância incessante conseguiria
estar preparado contra qualquer ameaça á manutenção de seu
poder.

▪ O governante que aplicar de forma inflexível o código moral


que rege a sua vida pessoal à sua vida política, sem dúvida,
colherá fracassos sucessivos, tornando-se um político
incompetente.

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FILOSOFIA
Maquiavel e a secularização da política
▪ A noção política de Maquiavel se distancia da concepção grega,
que privilegiava a visão de um governante virtuoso, atrelando
a vida pessoal à vida política. A secularização proposta por
Maquiavel desligou a política da tutela das normas.

▪ Maquiavel, ao contrário dos utopistas que valorizavam a paz e


a ausência de antagonismos), desenvolve uma concepção de
ordem derivada do conflito, atestando que a realidade humana
é de constante conflito.

▪ A realidade política conflituosa leva a necessidade de


conciliação entre os interesses divergentes e consequente
equilíbrio tenso de forças antagônicas.

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FILOSOFIA
A ciência do século XVII
▪ No século XVII, Galileu teorizou sobre o método científico:
a ciência rompia com a filosofia aristotélico-escolástica.

▪ O filósofo desenvolveu o método de observação,


a experimentação e recorreu à matemática:
uma nova concepção de saber.

TRIBUNA DE GALILEU, FLORENÇA


PHOTO SCALA, FLORENCE/GLOWIMAGES/
Galileu demonstrando a lei da
gravidade, afresco de
Giuseppe Bezzuoli, século XIX
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FILOSOFIA
A nova física
▪ Enquanto a física aristotélica era qualitativa, Galileu
introduziu a medida, ao fazer a descrição quantitativa dos
fenômenos.

▪ Investigou o espaço físico nos seus aspectos objetivos, ou seja,


naqueles em que se pode aplicar um tratamento
matemático.

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FILOSOFIA
A astronomia heliocêntrica
▪ Para a concepção heliocêntrica – não aceita pela Igreja –
Galileu aproveitou os estudos de Copérnico.

▪ Com o auxílio da luneta e da observação direta, destruiu a


harmonia do cosmo aristotélico que persistia na visão
ptolomaica geocêntrica.

▪ Estabeleceu as novas leis do Universo ao proceder à


geometrização do espaço e a sua “democratização”: não
há mundo superior ou inferior, todos os espaços se equivalem.

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FILOSOFIA
A síntese newtoniana
▪ Deve-se a Isaac Newton (1642-1727) a elaboração da teoria
da gravitação universal.

▪ A teoria científica consiste em um sistema que reúne e


explica várias leis referentes a fenômenos diversos.

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FILOSOFIA
ANOTAÇÕES EM AULA
Coordenação editorial: Maria Raquel Apolinário, Eduardo Augusto Guimarães e Ana Cláudia Fernandes
Elaboração: Maria Lúcia de Arruda Aranha e Renato dos Santos Belo
Edição de texto: Samir Thomaz
Preparação de texto: José Carlos de Castro
Coordenação de produção: Maria José Tanbellini
Iconografia: Camila D'Angelo, Marcia Mendonça, Angelita Cardoso e Denise Durand Kremer

EDITORA MODERNA
Diretoria de Tecnologia Educacional
Editora executiva: Kelly Mayumi Ishida
Coordenadora editorial: Ivonete Lucirio
Editoras: Jaqueline Ogliari e Natália Peixoto
Assistentes editoriais: Ciça Japiassu Reis e Renata Michelin
Editor de arte: Fabio Ventura
Editor assistente de arte: Eduardo Bertolini
Assistentes de arte: Ana Maria Totaro, Camila Castro, Guilherme Kroll e Valdeí Prazeres
Revisores: Diego Rezende e Ramiro Morais Torres

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TEMAS E HISTÓRIA DA
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