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Protocolo Samu 192

BC13 Emergências Clínicas


SUPORTE BÁSICO DE VIDA

BC13 – Crise hipertensiva

Quando suspeitar ou critérios de inclusão:


Crise hipertensiva: aumento da pressão arterial com risco de morte ou de lesão de órgãos-alvo.
Divide-se em urgência ou emergência hipertensiva.
• urgência hipertensiva: importante elevação da pressão arterial (em geral PA diastólica ≥ 120 mmHg), sem
sintomas graves e sem risco imediato à vida ou de dano agudo a órgãos-alvo (cérebro, coração, pulmões
e rins) ou comprometimento vascular, mas que pode evoluir para complicações graves.
• emergência hipertensiva: quando existe evidente dano agudo e progressivo vascular e de órgãos-alvo, com
rápida descompensação da função de órgãos vitais e com risco iminente de morte ou de lesão orgânica
irreversível, demandando início imediato da redução dos níveis pressóricos.
Inclui os quadros de: encefalopatia hipertensa, AVC com hemorragia subcanóidea, complicações
cardiovasculares (IAM, angina instável com dor, falência de ventrículo esquerdo, dissecção de aorta,
edema agudo de pulmão), falência renal.

Conduta:
1. Realizar avaliação primária (Protocolo BC1) com ênfase para:
• colocar o paciente em repouso e procurar tranquilizá-lo; e
• repetir a mensuração dos níveis pressóricos.
2. Realizar avaliação secundária (Protocolo BC2) com ênfase para:
• monitorizar oximetria de pulso e sinais vitais; e
• coletar história SAMPLA, com atenção para:
• existência de crises hipertensivas e sua frequência;
• histórico familiar de doença cardíaca, hipertensão e diabetes; e
• uso de medicamentos e/ou tratamentos específicos.
3. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.

4. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para unidade de saúde.

Observações:
• Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).

BC13 – Crise hipertensiva


Elaboração: Agosto/2014 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 1/1
Revisão: Abril/2015 Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.

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Protocolo Samu 192
BC14 Emergências Clínicas
SUPORTE BÁSICO DE VIDA

BC14 – AVC – Acidente Vascular Cerebral

Quando suspeitar ou critérios de inclusão:


• início súbito de déficits neurológicos focais, especialmente de um lado do corpo:
• paresia, paralisia ou perda de expressão facial e/ou desvio de rima labial; e
• paresia, plegia e/ou parestesia.
• distúrbios da fala.
• alteração da consciência: de confusão a completa arresponsividade.
• ocorrência de crise convulsiva (primeiro episódio) sem história prévia de trauma ou episódio anterior.
• cefaleia súbita e intensa sem causa conhecida.
• alteração visual súbita (parcial ou completa).
• vertigem ou perda do equilíbrio ou da coordenação motora.
• dificuldade súbita para deambular.

Conduta:
1. Realizar avaliação primária (Protocolo BC1) com ênfase para:
• manter a permeabilidade das vias aéreas e a ventilação adequada;
• avaliar estado neurológico: Escala de Cincinnati, Escala de Coma de Glasgow, reação pupilar;
• manter decúbito elevado; e
• manter decúbito lateral em caso de paciente inconsciente e aspirar orofaringe, se necessário.
2. Realizar avaliação secundária (Protocolo BC2) com ênfase para:
• aferir a temperatura corporal;
• monitorar PA e oximetria de pulso;
• mensurar a glicemia capilar;
• realizar entrevista SAMPLA; e
• determinar a hora do início dos sintomas e sinais.
3. Oferecer O2 sob máscara não reinalante 10 a 15 l/mim se SatO2 < 94%.

4. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados de forma sistematizada.

5. Aguardar orientação da Regulação Médica para procedimentos e/ou transporte para a unidade
de saúde.

Observações:
• Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
• Escala pré-hospitalar de AVC de Cincinnati, - a presença de anormalidade em um dos parâmetros
avaliados leva a 72% de probabilidade de ocorrência de um AVC. Na presença de anormalidade nos
3 parâmetros, a probabilidade é superior a 85%.
• A determinação do início dos sintomas e sinais pode ser referida pelo paciente (se este estiver orientado e
coerente) ou pelo acompanhante. O horário do início dos sintomas é o último momento que o paciente foi
visto sem sinais e sintomas neurológicos. No caso do início dos sintomas serem observados ao acordar,
será considerado o último momento em que o paciente foi visto sem sintomas, antes de dormir.
• Na crise convulsiva só há suspeita de AVC se o paciente tiver sinal focal antes ou depois da crise, caso
contrário o protocolo a ser seguido é o de crise convulsiva.

BC14 – AVC – Acidente Vascular Cerebral


Elaboração: Agosto/2014 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 1/1
Revisão: Abril/2015 Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.

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