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Disfunção cardíaca aguda é uma das mais frequentes condi- NON-INVASIVE OXY-HEMODYNAMIC MONITORING IN ACUTE
ções clínicas encontradas em pacientes graves e está associ- CARDIAC DYSFUNCTION
ada a altas taxas de morbidade e mortalidade. Esses pacien-
tes desenvolvem quadros de hipoperfusão tecidual, cuja prin- Acute cardiac dysfunction is a highly prevalent clinical con-
cipal manifestação clínica é a síndrome da disfunção de dition associated with high morbidity and mortality. Tissue
múltiplos órgãos e sistemas. Monitorização hemodinâmica hipoxia is a frequent consequence of acute cardiac dysfunc-
efetiva deve englobar parâmetros macro (pressão arterial, tion, leading to cellular death and multiple organ failure. An
débito cardíaco) e micro (avaliação da oxigenação tecidual). effective monitoring strategy should involve the evaluation
Atualmente, há tecnologias disponíveis que permitem reali- of parameters related to macro (blood pressure and cardiac
zar essa monitorização de maneira não-invasiva ou minima- output) and micro hemodynamics (tissue perfusion parame-
mente invasiva. Nesta revisão descreveremos as tecnologias ters). Nowadays, there are multiple available tools to per-
disponíveis para uso clínico, geralmente em ambiente de te- form this monitoring strategy in a non-invasive (or minimally
rapia intensiva. invasive) manner. In this review we have described the most
Descritores: Perfusão. Monitorização hemodinâmica. Cho- available tools.
que cardiogênico. Débito cardíaco. Acidose. Key words: Perfusion. Monitoring, hemodymanic. Shock,
cardiogenic. Cardiac output. Acidosis.
1
Centro de Terapia Intensiva – Hospital Israelita Albert Einstein. – São Paulo, SP.
2
Unidade de Terapia Intensiva do Instituto do Câncer – USP – São Paulo, SP.
3
Serviço de Fisiologia Aplicada – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo – InCor/HC-FMUSP – São Paulo, SP.
4
Disciplina de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da UNIFESP – Escola Paulista de Medicina –
São Paulo, SP.
5
Unidade de Terapia Intensiva – Disciplina de Emergências do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo – HC-FMUSP – São Paulo, SP.
6
Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio Libanês – São Paulo, SP.
Endereço para correspondência:
Eliezer Silva – Centro de Terapia Intensiva – Hospital Israelita Albert Einstein – Av. Albert Einstein, 627 – 5o andar –
Morumbi – São Paulo, SP – CEP 05651-901
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SILVA E et al.
Monitorização não-invasiva dos parâmetros oxi-hemodinâmicos nas disfunções cardíacas agudas
Pressão arterial
No paciente com síndrome do choque, a pressão arterial Tabela 1 - Avaliação da perfusão na disfunção cardíaca aguda
sistêmica é a primeira variável para avaliação da terapia agu-
Parâmetro Ferramenta
damente empregada. A pressão arterial média sistêmica é a
força motriz para perfusão tecidual, o que não significa, po-
Avaliação clínica da perfusão Enchimento capilar,
rém, que a perfusão aumentará indefinidamente com o au- pressão arterial,
mento progressivo da pressão arterial média sistêmica. Pres- fluxo urinário
são arterial média de 65 mmHg é suficiente para manter per- Débito cardíaco Monitores não-
fusão tecidual adequada para os pacientes com choque sép- invasivos de débito
tico,10,11 e provavelmente níveis mais baixos (até 85-90 mmHg cardíaco
de pressão sistólica) podem ser igualmente eficazes em pa- Fluxo tecidual ΔPCO2
cientes com choque cardiogênico.12 Relação oferta/consumo de O2 SvO2, lactato, SBE
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Monitorização não-invasiva dos parâmetros oxi-hemodinâmicos nas disfunções cardíacas agudas
para monitorização não-invasiva (ou minimamente invasi- a angulação correta em relação à aorta, especialmente em
va) do débito cardíaco na prática clínica15. Descreveremos pacientes despertos e não submetidos a ventilação invasiva.
as características dos principais métodos disponíveis para uso Sabe-se que a aplicação desse método requer uma curva de
clínico. aprendizado por parte da equipe assistencial. O aparelho mais
estudado é o CardioQ (Deltrex Medical, Chichester, Reino
REINALAÇÃO DE CO2 Unido).
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Monitorização não-invasiva dos parâmetros oxi-hemodinâmicos nas disfunções cardíacas agudas
va de PA invasiva. Por esse motivo, é muito prático, bastan- fase inicial, a terapêutica guiada por SvO2 se mostrou eficaz
do um simples acesso arterial com boa qualidade (radial ou em reduzir a mortalidade desses pacientes10. No entanto, após
femoral) para que se tenha a medida de débito cardíaco. Seu fase de ressuscitação e instalação de disfunções orgânicas,
monitor (Vigileo) comporta a entrada do cateter venoso com desafios de DO2 acompanhadas de nenhuma modificação na
oximetria contínua da mesma empresa (PreSep). Sua acurá- TEO2 ou na SvO2 significarão, de um ponto de vista fisiopa-
cia ainda é questionável quando comparada à TD, embora tológico (não necessariamente clínico), ganho terapêutico,
estudos feitos com a versão atualizada do algoritmo apre- pois não haverá aumento de consumo de oxigênio (ou apro-
sentem resultados melhores19. veitamento celular de oxigênio)
Estudos recentes sugerem que a análise da saturação ve-
MARCADORES DE PERFUSÃO TECIDUAL nosa obtida a partir da veia cava superior, denominada satu-
ração venosa central (SvCO2), pode, mesmo com limitações,
Classicamente os marcadores sistêmicos de perfusão te- substituir a análise da SvO2, tornando-se uma alternativa atra-
cidual são a saturação venosa mista e a saturação venosa ente quando se buscam estratégias menos invasivas ou em
central de oxigênio, lactato sérico, déficit de bases e gradi- ambientes fora da terapia intensiva10.
entes venoarteriais de PCO2. Por sua vez, os marcadores re- A saturação venosa de oxigênio pode ser obtida por meio
gionais são restritos à mensuração do CO2 tecidual (gradi- da análise seriada de gasometrias venosas ou de modo contí-
entes tecido-arteriais de PCO2) e, mais recentemente, à visu- nuo, com a utilização de cateteres com reflexão de infraver-
alização direta da microcirculação. melho.
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Monitorização não-invasiva dos parâmetros oxi-hemodinâmicos nas disfunções cardíacas agudas
pecificidade de 59% como marcador de mortalidade. A pre- têm testado diferentes mecanismos de hipóxia e concluíram
sença concomitante dessas duas variáveis na admissão na que o mecanismo fundamental de aumento do ΔCO2 é a len-
UTI se associou a maior mortalidade (50% x 15%; p < 0,0001) tificação do fluxo (hipóxia isquêmica).29
e a maior requerimento de suporte inotrópico (31% x 4,5%; Outra maneira de inferir metabolismo anaeróbio utili-
p < 0,0001).27 Depois de adequadamente interpretado, pode zando o ΔCO 2 é por meio da análise conjunta do quocien-
ser considerado marcador de choque oculto. A presença de te respiratório. Como destacado anteriormente, a oxida-
lesão renal aguda instalada pode prejudicar tal interpreta- ção de nutrientes consome O2 e produz CO2. O consumo
ção, visto que, independentemente da etiologia da lesão re- de O2, como descrito anteriormente, pode ser inferido pela
nal, o BE pode estar negativo apenas por um déficit na ex- equação: VO2 = DC x C (a-v)O2. Já a produção de CO2 pode
creção de ácidos tituláveis, e não por hipoperfusão.28 ser inferida por equação similar: VCO2 = DC x C(a-v)CO2, ou
seja, a produção de CO2 em litros por unidade de tempo re-
DIFERENÇA VENOARTERIAL DE CO2 presenta o que foi produzido nos tecidos a cada ciclo cardí-
aco, durante determinado espaço de tempo. O quociente res-
A diferença venoarterial de dióxido de carbono (ΔPCO2) piratório representa a porcentagem do consumo total de oxi-
é a diferença entre a PCO2 no sangue venoso, colhida na gênio que gera CO2: VCO2/VO2. Em uma dieta habitual, o
artéria pulmonar (PvCO2), e arterial (PaCO2). Assim: ΔPCO2 quociente respiratório está em torno de 1. Matematicamente é o
= PvCO2 - PaCO2. Em condições fisiológicas, o valor nor- mesmo que DC x C(a-v)CO2 /DC x C(a-v)O2 ou C(a-v)CO2/C(a-v)O2.
mal do ΔPCO2 varia de 2 mmHg a 5 mmHg. Como discutido anteriormente, Ca ou CvCO2 (conteúdo de
Do ponto de vista fisiológico, a oxidação de nutrientes CO2) ~~ PCO2, temos que quociente respiratório = ΔPCO2/
consome O2 e produz CO2 e H2O. Dessa maneira, 1 g de C(a-v)O2. Se levarmos em consideração que o metabolismo ana-
glicose, lipídio ou proteína consome O2 e produz CO2 e H2O. eróbio se caracteriza por diminuição do VO2, o quociente res-
Na sequência, o CO2 produzido pelos tecidos tomará as se- piratório aumentará quando anaerobiose estiver presente. Em
guintes direções: um recente estudo retrospectivo, envolvendo 89 pacientes,
1. Como é altamente solúvel em membrana lipídica, rapida- foi demonstrado que valores do quociente respiratório su-
periores a 1,4 prediziam a presença de lactato superior a
mente difundir-se-á para o interior dos eritrócitos. Em pre-
18 mg/dl, com valor preditivo e negativo de 86% e 80%,
sença da enzima anidrase carbônica, reage com a H2O, for-
respectivamente.30
mando H2CO3 e, por conseguinte, HCO3. Assim, 70% do CO2 Deve-se utilizar ΔPCO2 no contexto da avaliação da per-
estão na forma de ânions bicarbonato, principalmente no in-
fusão tecidual como marcador de adequação do débito car-
terior dos eritrócitos.
díaco às necessidades metabólicas do organismo, ou seja, a
2. Cerca de 10% são transportados em solução física, dissol- diferença venoarterial de CO2 é inversamente proporcional
vidos no plasma.
ao débito cardíaco. ΔPCO2 normal significa que o débito
3. Os restantes 20% são transportados na forma de compos-
cardíaco está sendo suficiente para “lavar” todo o CO2 pro-
tos carbaminos, principalmente Hb, a carboxi Hb. duzido pelos tecidos periféricos.
Mediante algumas condições de estabilidade, o conteú-
Uma das mais importantes características do ΔPCO2 é
do de CO2 do sangue pode ser aceito como proporcional à
sua precocidade em se alterar, visto que se altera muito antes
pressão parcial de CO2 nesse meio: Ca ou vCO2 ~
~ PCO2. Como da pressão arterial, da frequência cardíaca e do lactato. De
a variável PaCO2 ou PvCO2 é fácil de ser obtida à beira do
modo prático, podemos afirmar que aumento do ΔPCO2 pode
leito, podemos avaliar o comportamento dessa medida ao
sugerir que o débito cardíaco não está sendo suficientemen-
longo de possíveis intervenções. Iremos observar que toda te alto para suprir as necessidades metabólicas globais. Em
vez que o fluxo sanguíneo e, portanto, DO2, se reduz, há
situações de suspeita de hipóxia tecidual, o aumento do
imediato aumento na PvCO2 ou tecidual. Isso acontece por
ΔPCO2 pode ser uma ferramenta a mais para orientar o mé-
um de dois motivos: retardo ou alentecimento no tempo de dico a adotar medidas para aumentar o débito cardíaco. Em
trânsito do sangue pelos tecidos levando à prejudicada re-
pacientes com ΔPCO2 aumentado, a diminuição desse gradi-
moção do CO2 ou produção anaeróbia de CO2. Esta última
ente após intervenção terapêutica pode inferir indiretamente
acontece quando, em vigência de hipóxia grave, o meio aci- o aumento do débito cardíaco e seu impacto positivo no me-
dótico, rico em NADH+H (como descrito anteriormente),
tabolismo global. É possível ainda, usando esse mesmo raci-
reage com o bicarbonato intersticial e plasmático, formando
onal, utilizar o gradiente tecido-arterial de CO2 por meio da
CO2. Adicionalmente, diminuição na eliminação pulmonar tonometria gástrica. Assim, gradiente alargado significa bai-
de CO2 acarretará maiores níveis de PCO2. Vários estudos
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Monitorização não-invasiva dos parâmetros oxi-hemodinâmicos nas disfunções cardíacas agudas
xo fluxo tecidual em relação à produção de CO2 ou DO2. cia da ventilação alveolar sobre essa PCO2 tecidual utiliza-
se o PCO2-gap, isto é, PCO2 gástrico - PCO2 arterial. Gradi-
Gradientes tecido-arteriais de PCO2 – capnometria ente elevado, acima de 10 mmHg, indica diminuição da per-
tecidual fusão da mucosa gástrica, o que em vários estudos apresen-
Conforme exposto anteriormente, a distribuição do flu- tou correlação com mau prognóstico. Um ponto fraco da
xo sanguíneo nos estados de choque não é uniforme, bem capnometria a ser considerado é a possível interferência do
como não é uniforme sua redistribuição durante o período efeito Haldane sobre o aumento da diferença tecido-arterial
de ressuscitação. Há distribuição irregular do fluxo sistêmi- de PCO2. Em vigência de um meio tecidual oxigenado, como
co e as alterações induzidas por drogas vasoativas sistêmi- pode acontecer durante ou após a fase de ressucitação, o CO2
cas não encontram, necessariamente, correspondência regi- perde afinidade pela Hb, diminuindo a formação de carba-
onal. mino-hemoglobina – efeito Haldane. Nesse sentido, por
O território esplâncnico possui um sistema de irrigação exemplo, o efeito Haldane é o grande responsável pela ex-
que é altamente sensível a condições de hipofluxo e hipóxia. creção de CO2 nos pulmões. Nos tecidos, com o prejuízo na
A hipoperfusão da mucosa esplâncnica ocorre precocemen- formação de carboxiHb, aumenta-se a porcentagem de CO2
te durante estados de choque, e sua restauração é posterior à dissolvido e PCO2 tecidual. O efeito final seria elevação da
de outros órgãos. Com o advento da tonometria gástrica e de diferença tecido-arterial de CO2.
seu melhor entendimento fisiológico e fisiopatológico (pro- A capnometria sublingual, por ser metodologicamente
dução e depuração do CO2 tecidual e sua relação com flu- mais simples que a tonometria gástrica, tem sido avaliada
xo), pode-se verificar, à beira do leito, o comportamento do em alguns estudos com bons resultados.31
fluxo da mucosa gástrica, trazendo a conceituação de distri-
buição do fluxo sanguíneo inter e intraórgãos.31 CONCLUSÕES
A tonometria gástrica permite a mensuração da PCO2 de
mucosa gástrica, que possui íntima relação com fluxo local. Atualmente dispomos de diversas tecnologias que per-
O CO2 tecidual só aumenta, de forma patológica, quando mitem uma monitorização capaz de avaliar, de maneira não-
não há relação linear entre produção e fluxo. Dessa forma, invasiva, os diversos aspectos fisiopatológicos envolvidos
qualquer queda da perfusão tecidual, nesse território, seria nas disfunções cardíacas agudas. O conhecimento dessas tec-
sinalizada por aumento do CO2 tecidual (“percebido” pela nologias e suas aplicações específicas é fundamental para o
tonometria). profissional envolvido no tratamento dessa condição clíni-
Assim, utiliza-se hoje a mensuração da PCO2 da mucosa ca. Nesta revisão apresentamos as bases para esse entendi-
gástrica como indicativo de fluxo. Para descartar a influên- mento.
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