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INSUFICIENCIA CARDIACA
É uma síndrome clínica com sintomas e/ou sinais atuais ou anteriores causados por
anormalidades cardíacas estruturais e/ou funcionais, corroborados por níveis elevados
de peptídeo natriurético e evidência objetiva de congestão pulmonar ou sistêmica, tendo
como principais sinais e sintomas a dispneia, ortopneia, edema de membros inferiores,
fadiga e intolerância ao exercício.
Tipos de IC:
1. Esquerda: é a maioria. Decorre da disfunção do coração esquerdo, geralmente
insuficiência ventricular E. Cursa com congestão pulmonar (ex. IAM, sobrecarga do VE)
2. Direita: disfunção do coração D, geralmente insuficiência ventricular direita. Cursa com
congestão sistêmica (turgência jugular, hepatomegalia, ascite, edema de MMII ( ex:
cor pulmonale (DPOC), obesidade mórbida, etc).
3. Biventricular – a maioria se inicia com IVE.
Embora a maioria das doenças que levam à IC se caracterizam pela presença de baixo
débito cardíaco no repouso ou no esforço (IC de baixo débito), algumas situações clínicas
de alto débito também podem levar a IC, como tireotoxicose, anemia, fístulas
arteriovenosas e beribéri (IC de alto débito)
História clínica:
Achados clínicos:
• Taquipnéia e taquicardia
• Estertores pulmonares crepitantes / Edema pulmonar agudo
• Galope de terceira bulha
• Turgência jugular a 45 graus
• Refluxo hepatojugular
• Edema periférico (tornozelo bilateral)
Diagnostico de Diabetes:
Resumo Medcurso – conforme estatísticas de Cardio da FURB
Fibrilação atrial:
1. FC 90 – 170 bpm
2. Irregularidade no intervalo R-R
3. Ausencia de onda P ou qualquer atividade elétrica atrial regular
4. QRS estreito (igual do ritmo sinusal, a não ser em caso de bloq Ramo associado)
Mecanismo eletro: miócitos atriais doentes -> múltiplos pequenos circuitos de reentrada ->
miocárdio perde a contração rítmica (F do átrio 400 – 600 bpm). O nódulo AV filtra, deixando
passar 90-170 bpm.
A reentrada é o mecanismo mais impte das taquiarritmias. A FA é a taquiarritmia mais comum
(1 a 2% da população e 3-9% idosos > 65ª).
Principais causas: hipertensiva e reumática.
QUADRO CLÍNICO
Exame físico: perda da onda A no pulso venoso. Na FA não existe B4, já que esta bulha
depende da contração atrial. Eventualmente, a FC no precórdio é maior do que a FC no pulso
radial (dissociação pulso-precórdio).
Tromboembolismo: uma das principais preocupações. Sangue em estase nos átrios -> trombos
murais (preferencialmente no apêndice atrial esquerdo) -> mais frequente vai para o SNC. É a
causa mais comum de AVE isquêmico cardioembolico.
Mortalidade: fator de risco para > 60 anos e cardiopatas (dobra o risco).
Tipo de FA:
1. Paroxística – dura < 7 dias, geralmente < 24h. pode ser recorrente.
2. Persistente – dura + q 7 dias, caso o pcte não seja cardiovertido. Pode recidivar após a
CV. Pode evoluir para permanente.
3. Permanente – dura + q 1 ano.
Tratamento
Paciente sem instabilidade hemodinâmica:
1) Controlar FC com drogas inibidoras do NAV (digital, diltiazem, verapamil, beta-bloq).
Não revertem a arritmia, mas aumentam o filtro do NAV.
a. Digitálicos (1ª escolha na IC sistólica): deslanosídeo/lantanosídeo, digoxina
b. Antagonistas do Calcio: diltiazem (escolha para FA aguda pq é mais rápido q o
digital) e verapamil.
c. Beta-bloq: contra-ind em Hx broncoespasmo, IC descompensada, hipotensão
arterial ou bradiarritmias).
Paciente com instabilidade hemodinâmica (FC > 150) , FA de inicio recente, com alta resposta
ventricular / ou FA + sdr Wolff-Parkinson-White → devem receber imediatamente
cardioversão elétrica. (Cardioversão emergencial).
2) Anticoagulação:
Todo paciente com FA há mais de 48 hs, ou não sabe quando FA começou, exige
anticoagulação por 3-4 semanas antes e 4 semanas após a cardioversão (elétrica ou
farmacológica).
Anticoagulação: pode ser iniciada com heparina não fracionada venosa (dose plena: PTTa
entre 1,5 a 2 vezes o controle), seguida de warfarin mantendo o INR entre 2 e 3.
Ablação: pctes com Fa permanente q se mantem taquicárdicos, mesmo com uso dos inibidores
do NAV. Ablação do nódulo AV por radiofrequencia e implante de marca-passo definitivo.
HIPERTENSÃO ARTERIAL:
PAS > 180 e/ou PAD > 120 ====== CRISE HIPERTENSIVA
Fisiopatologia: 95% dos casos a causa é desconhecida (HA primária ou essencial). Causas da HA
secundaria (5%) são doença parenquimatosa renal, estenose de artéria renal, uso de
anticoncepcionais orais; causas menos comuns: coarctação aorta, síndrome Cushing,
feocromocitoma, hiperaldosteronismo primário, hiperparatireoidismo, hipo e
hipertireoidismo, acromegalia, Policitemia vera, uso de drogas ilícitas, ciclosporina, etc.
PA = Debito cardíaco X Resistencia Vascular Periférica
Aumenta DC → vasoconstrição arteriolar
Diminui DC → vasodilatação arteriolar
RVP elevada → reduz o débito cardíaco.
DIURÉTICOS
Pode haver resistência aos diuréticos se: alta ingesta salina, insuficiência renal (tiazídicos
perdem efeito com clearance de creatinina < 30 ou creatinina > 2,5; uso de AINES inibe ação
dos diuréticos, aliás AINEs inibem a ação de todos os anti-hipertensivos, exceto antagonistas
do cálcio!! Contra-indicação aos diuretics: hiperuricemia com história de gota.
Tiazí-di-cos: inibem reabsorção de NaCl no túbulo contorcido -di-stal. São (exceto indapamida)
compostos SULFOnamídicos, portanto, contra-indicados em pacientes alérgicos a sulfa. São
indicados para todo mundo, como monoterapia no estágio 1. Efeitos adversos: hipocalemia
(hipoK), morte súbita (altas doses); impotência (pp clortalidona).
BETABLOQUEADORES
INIBIDORES DA ECA
Fazem efeito vasodilatador arterial, reduzindo a resistência vascular; efeito venodilatador
reduzindo o retorno venoso. Faz redução da Angiotensina II no plasma e na parede vascular →
forma menos aldosterona. Benefícios secundários: o principal é nefroprotetor. São drogas de
escolha na IC, isquemia coronariana, nefropata diabético e no crônico não diabético. Pode ser
indicado para pacientes com alto risco CV. Captopril, enalapril, lisinopril, ... tudo pril.
ANTAGONISTAS DA ANGIOTENSINA II
Antagonizam efeito da angiotensina II nos receptores AT1, nos vasos periféricos →
vasodilatação arterial e venosa. A vantagem sobre os IECa é não aumento de bradicinina. Ex.
losartan, valsartan, tudo tan. O losartan tem um efeito a mais que os outros da sua classe: é
uricosúrico.
CRISE HIPERTENSIVA
Os altos níveis de PA estão causando, ou podem causar prejuízo agudo, necessitando de um
controle pressórico mais rápido do que aquele feito no ambulatório. Principais órgãos
afetados: cérebro, rins e coração. As lesões agudas dependem da PAM = (PAS + 2 X PAD) / 3.
Emergência hipertensiva: está causando prejuízo orgânico agudo, com sintomas graves e risco
de vida (encefalopatia, dissecção aórtica, AVE isquêmico/hemorrágico, IAM ou angina instável,
edema agudo de pulmão, etc.
Urgência hipertensiva: ainda não provocou prejuízo orgânico agudo. Pa > 220 / 130 é
considerado urgência. Risco de evoluir para emergência nos próximos dias.
Nas emergências menos graves e nas urgências: drogas orais de meia-vida curta:
Captopril – droga de escolha , salvo contraindicações (gravidez\). Inicio ação 15 minutos e
duracoa de 4 a 6 horas. 6,25 a 50 mg. Reduz a incidência de hipofluxo cerebral, ao contrario da
nifedipina, por exemplo.
Furosemida: diurético mais rápido. Indicado apenas nas urgências que não respondem ao
esquema anti hipertensivo, afastando-se a hipovolemia.
Nifedipina: capsulas de conteúdo liquido administrado sub-lingual. Faz rubor facial,
palpitações, cefaleia. A PA pode cair abruptamente. Deve ser usada apenas se faltam as outras
opções. Formalmente contra-indicada na angina, IAM, TIA, AVE e dissecção aórtica.