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COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM
GRUPO Nº 13
CAXITO
2022
PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
HEMORRÁGICO EM ADULTOS COM IDADES COOMPRENDIDAS
DOS 18 AOS 70 ANOS ATENDIDOS NO HOSPITAL PROVINCIAL DO
BENGO NO PERÍODO DE JANEIRO Á DEZEMBRO DE 2021
AUTORES DO GRUPO Nº 13
1. Benedito Lucas
2. Catarina de Castro Quino
3. Cândida Chilanda Prata
4. Conceição Domingos José
5. Clementina Kassanda Augusto
6. Elvira da Conceição Neto Jorge
7. Eularia Sapelo Calutola
ORIENTADOR
______________________
Quifuando Lázaro
Enf. Especialista em médico-cirúrgico.
CAXITO
2022
Autorizamos a reprodução e divulgação total ou parcial deste Trabalho, por qualquer meio
convencional ou electrónico para fins de estudo e pesquisa, desde que citado a fonte.
Assinatura_____________________________________________________________
Assinatura_____________________________________________________________
Assinatura_____________________________________________________________
Data_____/______/2022
FICHA CATALOGRÁFICA
Benedito Lucas, Catarina de Castro Quino, Cândida C. Prata, Conceição D. José, Clementina
K. Augusto, Elvira da Conceição Neto Jorge, Eularia Sapelo Calutola
Orientador
Quifuando Lázaro
Enf, Especialista emmédico-cirúrgico
Aprovado aos_____/______2022
Banca Examinadora
Presidente______________________________.Assinatura__________________________
1ᵒVogal_________________________________Assinatura_________________________
2ᵒVogal_________________________________Assinatura_________________________
I
DEDICATÓRIA
Este magnífico trabalho, dedicamos as pessoas importantes que diariamente olhampara que a
nossa formação se torne uma realidade.
Dedicamos especialmente aos nossos pais, irmãos, e a todos nossos familiares que nos deram
aquele apoio, amigos e a todos que de forma directa ou indirecta, com afecto, apoio,
compreensão, nos momentos difícil, nos incentivaram, nesta longa caminhada.
II
AGRADECIMENTO
Muito Obrigado!
III
EPÍGRAFE
O AVCHNão Tem Hora Para Acontecer, Mas Você Tem Como Ajudar.
RESUMO
Angola registou em 2015, cerca de 7.200 mortes por acidente vascular cerebral hemorrágico
(AVCH), e 11.490 novos casos das doenças AVCH corresponde há 15 % a 20% de todos os
AVC, sendo a causa mais comum de carácter hipertensivo. Já na hemorragia subaracnóide a
causa mais comum é a ruptura de um aneurisma. Ambos têm alta taxa de morbimortalidade,
variando com sintomas de uma cefaleia leve até ao coma OBJECTIVO: Caracterizar a
prevalência do Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico em adultos com idades
compreendidas dos 18 aos 70 anos atendidos no Hospital Provincial do
Bengo..METODOLOGIA:Trata-se de um estudo descritivo observacional retrospectivo
com abordagem quantitativa. O presente estudo foirealizadono Hospital Provincial do Bengo,
que é um Hospital do nível2º, fica localizado no Município do Dande, Província do Bengo,
limitado á norte Banco BPC a sul, pela Farmácia caxito. RESULTADOS: Dos 70 doentes,
vistos 14 representam 20% e têm idade compreendida entre 53-59 e dos 67 anos com mesma
representatividade. E 3 que correspondem á 4% têm a idade compreendida entre 18 a 24
anos. Dos 70 processos dos doentes, preenchidos 42 que representam 60% pertencem ao
género Masculino e o género com menor representatividade. Foi o género feminino com 28
casos notificados que corresponde 40%. O município com maior proveniência é o Dande, com
32 processo que correspondema 46%, e o município menor proveniência é o município de
Nambuagongo com 4 casos que correspondem a 6%. Sobre o tratamento farmacológico, o
fármaco que maior representatividade foi o anti-hipertensivo com 15 casos que correspondem
á 21%, as medidas não farmacológicas com maior representatividade foi a fisioterapia com 32
casos que correspondem á 46%. Exames complementares com maior representatividade foi o
hemograma com 33 casos que corresponde a 47% e com menor representatividade foi o
exame, ressonância magnética com 7 casos que representa 10%.
ABSTRACT
In 2015, Angola recorded about 7,200 deaths from hemorrhagic stroke (HCVA), and 11,490
new cases of stroke diseases correspond to 15% to 20% of all strokes, being the most
common cause of hypertensive nature. In subarachnoid hemorrhage, the most common cause
is the rupture of an aneurysm. Both morbidity and mortality rates, ranging with symptoms
from a mild headache to coma OBJECTIVE: To characterize the prevalence of Hemorrhagic
Stroke in adults aged between 18 and 70 years treated at Hospital Provincial do Bengo. a
descriptive retrospective observational study with approach. The present study was carried out
at the Hospital Provincial do Bengo, which is a Level 2 Hospital, located in the Municipality
of Dande, Province of Bengo, limited to the north by Banco BPC to the south, by Farmácia
caxito. RESULTS: 70 patients, seen 20% and have a representative age between 53-5 years
with the same representativeness. And 3, corresponding to 4%, are aged between 18 and 24
years. Of the 70 cases of patients enrolled, 42 representing 60% belong to the male gender
and the gender with less representation. It was the female gender with 28 reported cases
corresponding to 40%. The municipality with the highest provenance is Dande, with 32 cases
corresponding to 46%, and the municipality with the lowest provenance is the municipality of
Nambuagongo with 4 cases corresponding to 6%. Regarding pharmacological treatment, the
most representative drug was anti-hyper with 15 cases corresponding to 21%, as non-
pharmacological measures with greater representation was physiotherapy with 32 cases
corresponding to 46%. Complementary exams with greater representation was the blood
count with 33 cases corresponding to 47% and with less representation was the exam,
magnetic resonance imaging with 7 cases representing 10%.
LISTA DE TABELA
HI – Hemorragia Interna
DEDICATÓRIA .................................................................................................................................... I
AGRADECIMENTO ............................................................................................................................ II
EPÍGRAFE .......................................................................................................................................... III
RESUMO .............................................................................................................................................IV
ABSTRACT.......................................................................................................................................... V
LISTA DE TABELA ...........................................................................................................................VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................................ VII
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 14
1.1. FORMULAÇÃO DE PROBLEMA ............................................................................................. 14
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................................... 17
2.1 Anatomia ........................................................................................................................................ 17
2.1.1 Anatomia vascular cerebral ......................................................................................................... 17
2.2.Conceito. ........................................................................................................................................ 20
2.3.Etiologia ......................................................................................................................................... 20
2.4. Epidemiologia ............................................................................................................................... 21
2.5. Sinais e sintomas ........................................................................................................................... 21
2.6. Fisiopatologia ................................................................................................................................ 22
2.7. Classificação ................................................................................................................................. 23
2.9.Factores de risco. ............................................................................................................................ 24
2.10.Fatores de risco não modificáveis. ............................................................................................... 25
2.11.Fatores de risco modificáveis: ...................................................................................................... 25
2.13.Complicações: .............................................................................................................................. 26
2.14. Diagnóstico: ................................................................................................................................ 26
Exames laboratoriais ............................................................................................................................ 27
2.15.Tratamento do AVC Hemorrágico ............................................................................................... 28
2.16.Cuidados de Enfermagem. ........................................................................................................... 29
3. OBJECTIVOS .................................................................................................................................. 30
3.1 Geral: ............................................................................................................................................. 30
3.2 Específicos: .................................................................................................................................... 30
4. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 31
4.1.Tipo de estudo ................................................................................................................................ 31
4.2.Local de estudo .............................................................................................................................. 31
4.3.Universo / População e Amostra .................................................................................................... 31
4.4.Critérios de inclusão ....................................................................................................................... 31
4.5.Critérios de exclusão ...................................................................................................................... 31
4.6. Procedimentos Éticos. ................................................................................................................... 31
4.7.Variaveis de estudo ........................................................................................................................ 32
4.8. Procedimentos de Recolha de Dados ............................................................................................. 32
4.9.Apresentação, análise e tratamento de dados .................................................................................. 32
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................ 33
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 40
SUGESTÕES ....................................................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 42
INTRODUÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte mundial, variando
de acordo com o desenvolvimento socioeconómico do país, assim, a grande maioria dos casos
ocorremem paísessubdesenvolvidos ou em desenvolvimento, atingindo um terço da parcela
economicamente activa nesses países. Todo esse cenário se torna mais preocupante, porque a
Organização Mundial de Saúde - OMS estima um aumento de 30% na população idosa nos
países em desenvolvimento até 2025 (Bensenor, et. al. 2015).
Na América Latina, o AVC atinge 150 pessoas a cada 100.000 habitantes, sendo letal em
quase metade dos casos. O Ministério da Saúde angolano relata que o AVC é uma das
principais causas de óbito em adultos, responsável por cerca de 10% das internações
hospitalares públicas, sendo fatal até 12 meses depois em até 40% dos sobreviventes, pois
estes necessitam de reabilitação para as sequelas consequentes do AVC, posto que 70% não
retornam ao trabalho e 30%necessita de auxílio para caminhar, diminuindoseveramente a
qualidade de vida. Entretanto, os últimos avanços na prevenção, atendimento pré-hospitalar e
hospitalar, como também notratamento das sequelas do AVC, trouxe excepcional melhoria no
prognóstico desses pacientes. Fica também evidente que a actuação da enfermagem
demonstra grande importância naassistência do paciente com AVC, sendo preciso que se
discuta a prática do profissional enfermeiro neste tipo especial de atendimento, identificando
os cuidados de enfermagem e seus respectivos cuidados. (DE SÁ, et. al. 2014).
1.1.FORMULAÇÃO DE PROBLEMA
14
mundo. As doenças cerebrovasculares são uma das principais causas de morte a nível
mundial, infectando sobre tudo as pessoas adultas, sendo o principal foco do nosso estudo.
15
JUSTIFICAÇÃO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença cada vez mais comum na nossa
sociedade, capaz de provocar limitações não só nos indivíduos infectados, bem como às suas
famílias mais próximas, Para que uma equipa de enfermagem responda com competência e
seja de mais-valia no contexto de equipa multidisciplinar, quer a nível da promoção da saúde,
quer na prevenção da doença, é de extrema importância, desde cedo dar maior atenção à
assistência de enfermagem.Desta forma, pareceu-nos pertinente desenvolver um estudo, com
a finalidade de conhecer a prevalência desta doença na província do Bengo
16
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Anatomia
O corpo humano é constituído por vários sistemas, sendo o sistema cardiovascular constituído
pelo coração, vasos sanguíneos (artérias, arteriolas, capilares, vénulas e veias) e linfáticos. As
artérias permitem a irrigação dos órgãos alvo, como sejam o coração e o cérebro, entre outros,
permitindo o aporte de sangue às restantes partes do corpo humano (pereira et al ;2012).
Em termos gerais, o cérebro precisa de oxigénio (O2) e glicose que lhe chegam
continuamente através da corrente sanguínea. É pelos chamados troncos supra-aórticos da
crossa da aorta, nomeadamente, artéria carótida comum direita, ramo do tronco
braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda, ramo direito da crossa da aorta, e as
artérias vertebrais direita e esquerda, que têm origem das artérias subclávias direita e
esquerda, respetivamente, que o sangue chega ao cérebro. Os territórios arteriais do encéfalo
são divididos em duas circulações: a circulação anterior ou carotídea, dependente das artérias
carótidas internas, e a circulação posterior ou vértebro-basilar, dependente das artérias
vertebrais e basilar. A união entre os dois sistemas, na base do cérebro, através dos seus ramos
que se encontram em contínua comunicação, forma o Polígono de Willis (Filho et al, 2000;
Ludvig, 1998).
As paredes das artérias são constituídas pelas camadas íntima, média e adventícia, do interior
para a periferia. A camada íntima é formada por uma camada superficial de células endoteliais
sobre uma área subintimal constituída por matriz extracelular (Pasquallucci, 1999).
A camada média contém células musculares lisas dispostas de forma concêntrica, fibras
elásticas e tecido nervoso. As células musculares lisas são responsáveis pela síntese do
material extracelular (colagénio, elastina, etc.). A elastina é um polipéptido primário com
17
cerca de setecentos aminoácidos. A relação entre a quantidade de elastina e o colagénio varia
consoante se trate das grandes artérias elásticas ou das pequenas artérias musculares. A
camada média tem ainda a membrana limitante elástica externa, menos definida, estando por
vezes ausente, nomeadamente nas artérias cerebrais (Pasquallucci, 1999).
Por último a camada adventícia, está por fora da lâmina elástica externa, e é constituída por
tecido conjuntivo e rede intersticial. O colagénio tem como função constituir uma rede
fibrilhar que, promove a adesão e migração celular e facilita a adesão das células musculares
lisas (CML) à matriz (Pasquallucci, 1999).
Entre a rede arterial e a rede venosa, temos a rede capilar. A rede venosa leva ao coração o
sangue que provém de todas as partes do corpo, incluindo o cérebro (Goldberg, 1990).
Circulação extracraniana
O coração é um órgão com quatro cavidades, duas aurículas e dois ventrículos. A artéria aorta
(Ao) nasce no ventrículo esquerdo (VE) e segue um trajeto curvo, no sentido antero-posterior
para a esquerda. A crossa da Ao. situa-se à frente, à esquerda da traqueia e à esquerda do
esófago. Da sua zona horizontal surgem três ramos importantes, o tronco arterial
braquiocefálico, a artéria carótida comum (ACC) esquerda e a artéria subclávia esquerda
(Carvalho, 1980).
Circulação intracraniana
O Polígono de Willis forma-se através da anastomose das ACP, das ACM, das ACA, pelas
artérias comunicantes posteriores (ACoP) e artéria comunicante anterior (ACoA)
(normalmente apresenta-se permeável em situações de doença vascular cerebral) (Antunes et
al, 1986; Babikian,).
Por vezes surgem variações morfológicas a nível intracraniano, o Polígono de Willis pode
surgir morfologicamente incompleto e mal funcionante. Também nas artérias extracranianas,
nomeadamente nas ACC e nas artérias vertebrais podem surgir variantes morfológicas
(Antunes et al, 1986 ; NASCET, 1991).
18
Vascularização das estruturas crânio-encefálicas
As diferentes partes da cápsula interna tem irrigações diferentes, os avos superiores do limbo
anterior e posterior e o genu são irrigados primariamente por ramos da ACM. O avo inferior
da cápsula interna é irrigado pela ACA (limbo anterior) e pelas artérias coroideias (limbo
posterior). A parte inferior do genu é irrigada pela ACA, ACM ou ACoP. Os gânglios da base
são irrigados principalmente pela ACM (artérias lenticulo estriadas) e artéria coroideia. O
tálamo é vascularizado por ramos da ACP, ACoP eartéria coroideia posterior. O hipotálamo é
alimentado por ramos da ACA, ACP e ACoP (Martin, 1996).
Relativamente ao córtex cerebral, a sua irrigação é realizada por ramos distais das ACA,
ACM e ACP. Estes ramos são frequentemente denominados “corticais” para se distinguirem
dos ramos profundos que irrigam o diencéfalo, os gânglios da base e cápsula interna. A ACA
em forma de “C”, tem origem onde a ACI se bifurca e acompanha a fissura sagital, contorna o
genu do corpo caloso (Martin, 1996).
O conhecimento dos lobos da região cortical que são irrigados pelas diferentes artérias
cerebrais ajuda a entender as alterações funcionais que se seguem a uma oclusão vascular, ou
outra patologia dos vasos cerebrais (Martin, 1996).
19
2.2.Conceito.
O Acidente Vascular Cerebral hemorrágico (AVCh) pode ser definido como qualquer coleção
de sangue intracraniano, entretanto, neste trabalho foi abordado sangramentos de origem não
traumática (espontâneas) relacionados ou não à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Trata-
se de uma doença grave e comum, porém pouco estudada em relação ao Acidente Vascular
Cerebral isquêmico (Santos, 2013).
O Acidente Vascular Cerebral hemorrágico (AVCH) é uma doença silenciosa, com grande
impacto na população mundial devido a sua grave taxa de morbidade entre o grupo de
doenças vasculares, sendo uma das principal causa de morte em adultos e um dos principais
motivos de incapacidade em todo mundo, chegando a ser fatal em 40% a 50% das
vítimas após seis meses, onde a maioria dos sobreviventes mostram deficiências
neurológicas e residual significativas, tornando o AVC uma das principal causa da
deficiência funcional mundial (Garritano et al., 2012).
2.3.Etiologia
Os mecanismos responsáveis por AVC hemorrágico podem ser por rotura de um vaso,
hemorragias subaracnoideias, por existência de malformações arterio-venosas, aneurismas, ou
outras causas. A hemorragia, por rotura vascular, caracteriza-se por um início muito brusco,
com um quadro drástico e sem flutuações do défice. Acompanha-se com frequência de
cefaleia, náusea e vómitos, muitas vezes de alterações do estado de consciência e desvio
conjugado dos olhos e algumas vezes também da cabeça (para o lado da lesão, quando a
hemorragia é do hemisfério ou para o lado contrário, quando a lesão é do tronco cerebral). O
AVC é consequência de uma hemorragia em apenas cerca de 20% dos casos. A hemorragia
intraparenquimatosa (hemorragia cerebral) resulta da rotura de vasos que irrigam o
parênquima nervoso. Podem resultar de aneurisma sacular, que consoante a sua localização
pode originar hemorragia subaracnoideia (Anderson et al, 1994; Thom et al, 2006)
20
2.4. Epidemiologia
Todo AVC hemorrágico começa de repente, de forma súbita e sem avisar, e é muito frequente
haver dor de cabeça intensa, mal súbito, convulsões ou até mesmo desmaio imediato e coma
na hora do sangramento intracraniano (Diccini e Bernadina , 2010).
, (2010). Não existe AVC hemorrágico que começa com sintomas lentamente aparecendo em
horas ou dias, ou semanas; todo ele começa de um minuto para o outro. Assim, os sintomas
mais frequentes são:
.
21
2.6. Fisiopatologia
Ainda para estes autores, esses ramos ficam bastante expostos aos efeitos deletérios da
hipertensão. A exposição crónica à HAS leva a uma série de alterações patológicas que
acarretam em constrições focais do calibre desses vasos. Esse processo foi denominado de
lipo- hialinólise. A lipo-hialinólise engloba dois processos patológicos que incluem a
aterosclerose dos ramos perfurantes de maior calibre (100 a 500 mícrons) e arterioloesclerose
dos ramos menores (< 100mícrons). A aterosclerose é mais comum nas bifurcações dos vasos
e se caracteriza pela proliferação subintimal de fibroblastos e deposição de macrófagos com
gordura no seu interior. Como consequência, os vasos estão com seus calibres diminuídos e
com menor complacência, favorecendo a oclusão, que levaria a um AVCi lacunar, ou uma
rotura, que levaria à hemorragia (Oliveira; 1997; Ladeira, 2015).
Durante muito tempo, a formação do hematoma foi considerada um evento monofásico, ictal,
que rapidamente cessava. As consequências desse hematoma seriam um efeito de massa local
e a formação de uma zona de hipo perfusão do tecido sadio em um halo na periferia do
coágulo, por efeito mecânico compressivo. Seria formada, nessa visão, uma zona de
penumbra isquêmica, à semelhança do que ocorre no AVC isquêmico. A lesão neuronal
directa pelo hematoma e a área de penumbra peri-hematoma levariam a um edema
secundário. Em casos de AVCh mais graves, a hipertensão intracraniana (HIC) e herniações
aparecem e existe lesão cerebral pelo efeito de massa do hematoma (Neto; Takayanagui,
2013).
Esse modelo, ainda de acordo com Neto e Takayanagui (2013), entretanto, não explica toda
extensão dos danos neurológicos causados pelo AVCH, principalmente em pacientes sem
2.7. Classificação
Segundo o Machado, (2006), Vem dizer a respeito ao tema acrescentando, que o AVC
hemorrágico é aquele que ocorre quando um vaso (artéria ou veia) se rompe dentro do
cérebro, causando extravasamento de sangue, lesionando e provocando um inchaço naquela
região onde houve o sangramento, ocorrendo hemorragia em alguns pontos do sistema
nervoso, AVChemorrágico pode se apresentar de duas formas:
Hemorragia subaracnóidea: é aquela que ocorre dentro das meninges, normalmente está
muito relacionada à ruptura de aneurismas (que é um dos tipos graves de AVC hemorrágico, e
23
ocorre quando o aneurisma intracraniano rompe, extravasando sangue dentro do cérebro) e
também por malformações arteriovenosas e acarreta em sangramento no espaço
subaracnóideo (Machado, 2006).
Segundo o Habib (2000), o AVC hemorrágico é mais frequente, entretanto, é aquele devido a
um pico elevado de pressão alta, ou o que ocorre em pacientes que tem hipertensão arterial
por vários anos e não se trata correctamente.
O seu reconhecimento e tratamento imediatos são importantíssimos para deixar a pessoa que
sofreu o AVC hemorrágico com menores sequelas neurológicas. Quanto mais cedo o
diagnóstico e o tratamento, melhores serão as chances de poucas ou nenhuma sequela no
futuro (Kumar et all, 2010).
2.9.Factores de risco.
“Factor de risco é uma característica presente em alguns indivíduos de uma população, uma
característica do seu ecossistema e que aumenta a probabilidade desse indivíduo vir a ser
infectado por uma determinada doença. ”Os factores de risco vasculares podem ser
características inerentes ao indivíduo, sendo chamados factores de risco vasculares não
modificáveis, como o sexo, a idade, a raça e a histórico familiar. Existem também os factores
de risco vasculares modificáveis, que podem ser alterados pelo indivíduo. Os mais
importantes são a HTA, a DM, a dislipidémia, o tabagismo e as doenças cardíacas
potencialmente emboligenas (CPE) (Ferro et al, 2000; Feigin et al, 1998).
24
2.10.Fatores de risco não modificáveis.
Segundo CHARLES, (2000). Vem citando os factores de riscos medicáveis tais como:
25
todo o leito vascular. Tudo isto aumenta o risco de AVC. O risco varia consoante a
quantidade total de tabaco fumado, expressa em maços por ano (Castro e Batlouni,
1999).
Doenças cardíacas potencialmente embolígenas.
Os eventos de origem cardíaca constituem uma causa bem estabelecida de AVC e
quando associadas a outros factores de risco como HTA e idade, maior é a
predisposição (Mogensen, 2002).
2.13.Complicações:
Segundo Carla leonela (2019) diz que As complicações mais frequentes no AVCH
são:
Edema (inchaço) cerebral.
Crise epiléptica (convulsão
Depressão
Úlceras de decúbito (feridas na pele decorrente da imobilidade)
Infecções e Trombose,
Com Tratamento adequado muitas destas complicações podem ser prevenidas,
infelismente as células do cérebro (neurónios) não são capazes de se regenerar, como
acontece em alguns outros órgãos, o que significa que não existe tratamento
medicamentoso ou cirúrgico capaz de reverter os efeitos do AVC após a fase aguda da
doença.
2.14. Diagnóstico:
Segundo Yew, (2009). Enfermidade, logo após a realização dos exames preliminares, e
seguido dos exames complementares mais específicos, no caso específico do AVC
hemorrágico, o diagnóstico é feito da seguinte maneira:
Exame físico - Feito pelo médico para avaliar os déficits neurológicos (paralisias)
presentes, nível de glicemia, níveis de prassão arterial, temperatura, etc.
26
Exames de sangue - Na entrada do hospital, os principais são os exames de glicemia
(açúcar) no sangue e testes de coagulação. Depois, a depender de caso a caso, outros
testes são pedidos pelo neuro assistente.
Tomografia do crânio - Este é o principal exame na fase mais aguda (primeiras
horas) do AVC hemorrágico. Ele é o único que pode diferenciar se estamos diante de
um AVC isquêmico ou hemorrágico, e avaliar o tamanho e local do sangramento, ou a
necessidade de cirurgia de urgência.
Ressonância Nuclear Magnética do crânio - Trata-se de um exame mais sensível e
apurado do que a Tomografia, que analisa e dá a extensão e locais exatos de onde
ocorreu o AVC. Embora seja melhor do que o tomo, pela logística de sua realização e
por não estar disponível em qualquer lugar, não é o exame de escolha para todos os
casos.
Angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço - Este exame é muito importante para
verificar se há aneurismas ou mal formações dos vasos. Podem ser feitas pelos
métodos de angiotomografia, angioressonância ou pelo convencional (mais invasivo),
a arteriografia cerebral digital.
Ecocardiograma - Este é um ultrassom do coração, que avalia se as cavidades
cardíacas estão normais ou apresentam alteração.
exames complemetares
Sengundo o autor supra -citado YEW, (2009) acresce que os exames complemetares são os
seguintes:
Exames laboratoriais
Yew, (2009). O autor citado acima vem dizendo a respeito dos exames laboratoriais que são:
Hemograma,
Glicemia de jejum,
27
Creatinina,
Ureia,
Sódio,
Potássio,
Colesterol total,
HDL,
Triglicerídeos,
A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do paciente permita e é uma parte do
tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, somente deve ser feita
quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. Um bom programa de
reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia
28
ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas
neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente (SILVA, 2005).
2.16.Cuidados de Enfermagem.
29
3. OBJECTIVOS
3.1 Geral:
3.2 Específicos:
30
4. METODOLOGIA
4.1.Tipo de estudo
4.2.Local de estudo
A População de estudo foi constituída por 100 processos dos pacientes com AVC
Hemorrágico, e destes foi extraída uma amostra de 70 processos.
4.4.Critérios de inclusão
Foram incluídos todos os processos dos pacientes diagnosticado com AVC Hemorrágico
noHospital províncial do Bengo, com as idades compreendidas dos 18 á 70 anos.
4.5.Critérios de exclusão
O tema foi aprovado pelo conselho científico do Instituto Técnico de Saúde do Bengo, que
posteriormente irá elaborar um ofício solicitando a Direcção do Hospital provincial a
realização da recolha de dados.
Que foram submetidos ao estudo, medidas essas como: não divulgação dos nomes presente
nos processos.
31
4.7.Variaveis de estudo
Idade
Género
Proveniência
Tratamento farmacológico e não farmacológico
Exames complementares
Antecedentes patológicos
Acções de enfermagem
32
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS
Idade Fr Fa%
18-24 3 4
25-31 8 11
32-38 8 11
39-45 7 10
46-52 12 18
53-59 14 20
60-66 4 6
_<67 14 20
Total 70 100
Fonte: Questionário de recolha dados
Interpretação: de acordo com os dados da tabela nº1. Dos 70 processos dos doentes,
preenchidos 14 que representam 20% têm idade compreendidas entre 53-59 e dos 67 anos
com mesma representatividade. 3 que correspondem á 4% têm a idade compreendida entre18
a 24anos.
33
Tabela nº 2- Distribuição da amostra segundo o Género
Género Fr Fa%
Feminino 28 40
Masculino 42 60
Total 70 100%
Interpretação: de acordo com os dados da tabela nº2. Dos 70 processos dos doentes,
preenchidos 42 que representam 60% pertecem ao género Masculino e o género com menor
representatividade. Foi o o género feminino com 28 casos notificados que corresponde 40%
34
Tabela nº 3- Distribuição da amostra segundo a Proveniência.
Proveniência Fa %
Dande 32 46
Ambriz 14 20
QUIBAIXE 7 10
NAMBUA GONGO 4 6
LUANDA 13 18
TOTAL 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados
Interpretação: de acordo com os dados da tabela nº3 o município com maior proveniência é
o município do Dande, com32 processo que correspondem a 46%, e o município que segue a
liderar a tabela é o município de Ambriz com14 casos eque representou 20%, porém a
proveniência que segue a liderar a tabela é a Província de Luanda com 13 casos equivalente a
18% , por tanto o município se segue a liderar a tabela é o município dos Dembos Quibaixe
com a representação de 7 casos e que resultou ao percentual de 10% e, também o município
com menor representação na tabela é o município do Nambua Gongo com 4 casos que
equivale á 6% da proveniência
35
Tabela nº 4-Distribuição da amostra segundo o TratamentoFarmacológico dos pacientes com
AVCH
Diuréticos 28 40 Cirúrgico 10 14
Anti-hipertensivos 15 21 Nenhum 28 40
Antibióticos 6 9
36
Tabela nº 5 – Distribuição da amostra segundo osExames Complementares
EXAMES COMPLEMENTARES Fa %
HEMOGRAMA 33 47
ECG 13 19
TAAC 17 24
RESSONANCIA MAGNETICA 7 10
Total: 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados
37
Tabela nº 6 - Distribuição da amostra segundo os Antecedentes Patológicos
ANTECEDENTES PATOLOGICOS
HIPERTENSÃO 25 36
DIABETES 16 23
ASMA 10 14
INSUFICIËNCIA CARDIACA 8 11
ISUFICIENCIA RENAL 11 16
TOTAL 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados
38
Tabela nº 7 - Distribuição da amostra segundo as Acções de Enfermagem
ACÇÕES DE ENFERMAGEM Fa Fr
MUDANÇA DE DECÚBITO 16 23
ADMINISTRAÇAO DE FARMACOS 16 23
TOTAL 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados
39
CONCLUSÃO
De acordo com a pesquisa feita no Hospital provincial do Bengo concluímos que a idade dos
pacientes com maior representatividade variou entre os 53-59 e ≤ 67 anos de idade. A
proveniência com maior representatividade é município do Dande com 46. Quanto ao género,
o género com maior representatividade foio género Masculino com 60. Quanto ao Tratamento
o Manitolencotra-se com maior representatividade de 30 já o não farmacológico encotra-se
com maior representatividade a Fisioterapia com 46 quanto ao exame encontra-se o
hemograma com maior representatividade com 47 e os antecedentes patológico encontra-se a
hipertensão com 36%. Quanto a acções de enfermagem encontra-se com maior
representatividade a Avaliação dos sinais vitais com 54.
40
SUGESTÕES
A educação e promoção para saúde é um meio preventivo muito essencial, visto que reduz
com muita eficácia as enchentes e números elevados de casos nos hospitais e centros de
saúde, devem ser utilizado muitos meios de comunicação de forma a facilitar a população a
compreender os benefícios de se prevenirem de certas patologias de forma a reduzir as
incidências das tais, como no caso do número elevado de AVC hemorrágico, por tanto
sugerimos aos profissionais a utilizarem diversos meios de comunicações e não simplesmente
um único, visto que muitos podem não entender o que se aborda, isto significa que deve ser
utilizado mais divulgações nas redes sociais por ser um dos meios de comunicações mais
utilizados, a realização de mais palestras nas comunidades não só com os utentes e familiares,
pelo facto de muitas pessoas não consultarem os serviços de saúde.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Management of Patients WithA cute Is chemic Stroke.
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42
APÊNDICE
ANEXOS