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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO

INSTITUTO TÉCNICO DE SAÚDE DO BENGO

COORDENAÇÃO DE ENFERMAGEM

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO MÉDIO DE ENFERMAGEM

PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


HEMORRÁGICO EM ADULTOS COM IDADES COOMPRENDIDAS
DOS 18 AOS 70 ANOS ATENDIDOS NO HOSPITAL PROVINCIAL DO
BENGO NO PERÍODO DE JANEIRO Á DEZEMBRO DE 2021

GRUPO Nº 13

CAXITO
2022
PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
HEMORRÁGICO EM ADULTOS COM IDADES COOMPRENDIDAS
DOS 18 AOS 70 ANOS ATENDIDOS NO HOSPITAL PROVINCIAL DO
BENGO NO PERÍODO DE JANEIRO Á DEZEMBRO DE 2021

Trabalho de conclusão de curso apresentado no


Instituto Técnico de Saúde do Bengo (ITSB) como
requisito para à obtenção do título de Técnico Médio
de Enfermagem.

AUTORES DO GRUPO Nº 13

1. Benedito Lucas
2. Catarina de Castro Quino
3. Cândida Chilanda Prata
4. Conceição Domingos José
5. Clementina Kassanda Augusto
6. Elvira da Conceição Neto Jorge
7. Eularia Sapelo Calutola

ORIENTADOR

______________________
Quifuando Lázaro
Enf. Especialista em médico-cirúrgico.

CAXITO

2022
Autorizamos a reprodução e divulgação total ou parcial deste Trabalho, por qualquer meio
convencional ou electrónico para fins de estudo e pesquisa, desde que citado a fonte.

Assinatura_____________________________________________________________

Assinatura_____________________________________________________________

Assinatura_____________________________________________________________

Data_____/______/2022

FICHA CATALOGRÁFICA

Benedito Lucas, Catarina de Castro Quino, Cândida C. Prata, Conceição D. José, Clementina
K. Augusto, Elvira da Conceição Neto Jorge, Eularia Sapelo Calutola

PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO EM


ADULTOS COM IDADES COOMPRENDIDA DOS 18 AOS 70 ANOS ATENDIDOS
NO HOSPITAL PROVINCIAL DO BENGO NO PERÍODO DE JANEIRO Á
DEZEMBRO DE 2021

Trabalho de conclusão de curso apresentado no Instituto Técnico de Saúde do Bengo (ITSB)


como requisito para à obtenção do título de Técnico Médio de Enfermagem.

Orientador
Quifuando Lázaro
Enf, Especialista emmédico-cirúrgico

Palavras-chave: I-Prevalência; II- AVCH; III- Hospital


PREVALÊNCIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
HEMORRÁGICO EM ADULTOS COM IDADES COOMPRENDIDA
DOS 18 AOS 70 ANOS ATENDIDOS NO HOSPITAL PROVINCIAL DO
BENGO NO PERÍODO DE JANEIRO Á DEZEMBRO DE 2021

Aprovado aos_____/______2022

Trabalho de conclusão de curso apresentado no


Instituto Técnico de Saúde do Bengo (ITSB) como
requisito para à obtenção do título de Técnico Médio
de Enfermagem.

Banca Examinadora

Presidente______________________________.Assinatura__________________________

1ᵒVogal_________________________________Assinatura_________________________

2ᵒVogal_________________________________Assinatura_________________________
I

DEDICATÓRIA

Este magnífico trabalho, dedicamos as pessoas importantes que diariamente olhampara que a
nossa formação se torne uma realidade.
Dedicamos especialmente aos nossos pais, irmãos, e a todos nossos familiares que nos deram
aquele apoio, amigos e a todos que de forma directa ou indirecta, com afecto, apoio,
compreensão, nos momentos difícil, nos incentivaram, nesta longa caminhada.
II

AGRADECIMENTO

Primeiramente agradecemos a Deus Todo-Poderoso pela dádiva da vida, pelo amparo e


bênção em todos os momentos e por nos ter permitido chegar até esse momento,Este trabalho
é um símbolo de confiança, e resultado da colaboração de pessoas significativas, que sempre
nos apoiaram incondicionalmente, principalmente nas horas difíceis.A vossa ajuda foi valiosa
para a prontidão do trabalho, e aqui expressamos a nossa gratidão a todos e de forma
particular.Ao nosso orientador: Quifuando Lázaro, um especial obrigada pela disponibilidade,
confiança e encorajamento para que o mesmo se realizasse. Ao nosso co-orientadore:
António. P.André Afonso, pela força, todos os nossos colegas, Aos nossos pais, irmãos, e
filhos e a todos os nossos amigos. Em segundo, Gostaríamos de deixar o nosso profundo
agradecimento há todos professores do curso de Enfermagem do ITSB, por toda dedicação e
esforço durante essa caminhada. Somos grato há todos vocês por tudo.

Muito Obrigado!
III

EPÍGRAFE

O AVCHNão Tem Hora Para Acontecer, Mas Você Tem Como Ajudar.

(GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ)


IV

RESUMO

Angola registou em 2015, cerca de 7.200 mortes por acidente vascular cerebral hemorrágico
(AVCH), e 11.490 novos casos das doenças AVCH corresponde há 15 % a 20% de todos os
AVC, sendo a causa mais comum de carácter hipertensivo. Já na hemorragia subaracnóide a
causa mais comum é a ruptura de um aneurisma. Ambos têm alta taxa de morbimortalidade,
variando com sintomas de uma cefaleia leve até ao coma OBJECTIVO: Caracterizar a
prevalência do Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico em adultos com idades
compreendidas dos 18 aos 70 anos atendidos no Hospital Provincial do
Bengo..METODOLOGIA:Trata-se de um estudo descritivo observacional retrospectivo
com abordagem quantitativa. O presente estudo foirealizadono Hospital Provincial do Bengo,
que é um Hospital do nível2º, fica localizado no Município do Dande, Província do Bengo,
limitado á norte Banco BPC a sul, pela Farmácia caxito. RESULTADOS: Dos 70 doentes,
vistos 14 representam 20% e têm idade compreendida entre 53-59 e dos 67 anos com mesma
representatividade. E 3 que correspondem á 4% têm a idade compreendida entre 18 a 24
anos. Dos 70 processos dos doentes, preenchidos 42 que representam 60% pertencem ao
género Masculino e o género com menor representatividade. Foi o género feminino com 28
casos notificados que corresponde 40%. O município com maior proveniência é o Dande, com
32 processo que correspondema 46%, e o município menor proveniência é o município de
Nambuagongo com 4 casos que correspondem a 6%. Sobre o tratamento farmacológico, o
fármaco que maior representatividade foi o anti-hipertensivo com 15 casos que correspondem
á 21%, as medidas não farmacológicas com maior representatividade foi a fisioterapia com 32
casos que correspondem á 46%. Exames complementares com maior representatividade foi o
hemograma com 33 casos que corresponde a 47% e com menor representatividade foi o
exame, ressonância magnética com 7 casos que representa 10%.

Palavras-chave: I-Prevalência; II- AVCH; III- Hospital Provincial do Bengo


V

ABSTRACT

In 2015, Angola recorded about 7,200 deaths from hemorrhagic stroke (HCVA), and 11,490
new cases of stroke diseases correspond to 15% to 20% of all strokes, being the most
common cause of hypertensive nature. In subarachnoid hemorrhage, the most common cause
is the rupture of an aneurysm. Both morbidity and mortality rates, ranging with symptoms
from a mild headache to coma OBJECTIVE: To characterize the prevalence of Hemorrhagic
Stroke in adults aged between 18 and 70 years treated at Hospital Provincial do Bengo. a
descriptive retrospective observational study with approach. The present study was carried out
at the Hospital Provincial do Bengo, which is a Level 2 Hospital, located in the Municipality
of Dande, Province of Bengo, limited to the north by Banco BPC to the south, by Farmácia
caxito. RESULTS: 70 patients, seen 20% and have a representative age between 53-5 years
with the same representativeness. And 3, corresponding to 4%, are aged between 18 and 24
years. Of the 70 cases of patients enrolled, 42 representing 60% belong to the male gender
and the gender with less representation. It was the female gender with 28 reported cases
corresponding to 40%. The municipality with the highest provenance is Dande, with 32 cases
corresponding to 46%, and the municipality with the lowest provenance is the municipality of
Nambuagongo with 4 cases corresponding to 6%. Regarding pharmacological treatment, the
most representative drug was anti-hyper with 15 cases corresponding to 21%, as non-
pharmacological measures with greater representation was physiotherapy with 32 cases
corresponding to 46%. Complementary exams with greater representation was the blood
count with 33 cases corresponding to 47% and with less representation was the exam,
magnetic resonance imaging with 7 cases representing 10%.

Keywords: I-Prevalence; II- AVCH; III- Bengo Provincial Hospital


VI

LISTA DE TABELA

Tabela n 1- distribuição da amostra segundo a Idade e Genero

Tabela n 2- distribuição da amostra segundo a Proveniência

Tabela n 3- distribuição da amostra segundo o Tratamento

Tabela n 4 – distribuição da amostra segundo os de Exame Complementares

Tabela n 5- distribuição da amostra segundo os Antecedentes Patológicos

Tabela n 6 – distribuição da amostra segundo as acções de Enfermagem


VII

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AVC – Acidente Vascular Cerebral

AVCH – Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico

OMS – Organização Mundial da Saúde

MINSA – Ministério de Saúde Angolano

HIP – Hemorragia Intraparenquimatosa

HI – Hemorragia Interna

LCR –liquido cefalorraquidiano

HSA – Hemorragia Subaracnóidea

PIC – Pressão Intracaniana

HDL –Lipo proteina de alta densidade

UTI – Unidade de Tratamento Intensivo


SUMÁRIO

DEDICATÓRIA .................................................................................................................................... I
AGRADECIMENTO ............................................................................................................................ II
EPÍGRAFE .......................................................................................................................................... III
RESUMO .............................................................................................................................................IV
ABSTRACT.......................................................................................................................................... V
LISTA DE TABELA ...........................................................................................................................VI
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................................ VII
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 14
1.1. FORMULAÇÃO DE PROBLEMA ............................................................................................. 14
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ....................................................................................................... 17
2.1 Anatomia ........................................................................................................................................ 17
2.1.1 Anatomia vascular cerebral ......................................................................................................... 17
2.2.Conceito. ........................................................................................................................................ 20
2.3.Etiologia ......................................................................................................................................... 20
2.4. Epidemiologia ............................................................................................................................... 21
2.5. Sinais e sintomas ........................................................................................................................... 21
2.6. Fisiopatologia ................................................................................................................................ 22
2.7. Classificação ................................................................................................................................. 23
2.9.Factores de risco. ............................................................................................................................ 24
2.10.Fatores de risco não modificáveis. ............................................................................................... 25
2.11.Fatores de risco modificáveis: ...................................................................................................... 25
2.13.Complicações: .............................................................................................................................. 26
2.14. Diagnóstico: ................................................................................................................................ 26
Exames laboratoriais ............................................................................................................................ 27
2.15.Tratamento do AVC Hemorrágico ............................................................................................... 28
2.16.Cuidados de Enfermagem. ........................................................................................................... 29
3. OBJECTIVOS .................................................................................................................................. 30
3.1 Geral: ............................................................................................................................................. 30
3.2 Específicos: .................................................................................................................................... 30
4. METODOLOGIA ............................................................................................................................ 31
4.1.Tipo de estudo ................................................................................................................................ 31
4.2.Local de estudo .............................................................................................................................. 31
4.3.Universo / População e Amostra .................................................................................................... 31
4.4.Critérios de inclusão ....................................................................................................................... 31
4.5.Critérios de exclusão ...................................................................................................................... 31
4.6. Procedimentos Éticos. ................................................................................................................... 31
4.7.Variaveis de estudo ........................................................................................................................ 32
4.8. Procedimentos de Recolha de Dados ............................................................................................. 32
4.9.Apresentação, análise e tratamento de dados .................................................................................. 32
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ................................................................ 33
CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 40
SUGESTÕES ....................................................................................................................................... 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 42
INTRODUÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte mundial, variando
de acordo com o desenvolvimento socioeconómico do país, assim, a grande maioria dos casos
ocorremem paísessubdesenvolvidos ou em desenvolvimento, atingindo um terço da parcela
economicamente activa nesses países. Todo esse cenário se torna mais preocupante, porque a
Organização Mundial de Saúde - OMS estima um aumento de 30% na população idosa nos
países em desenvolvimento até 2025 (Bensenor, et. al. 2015).

O AVC hemorrágico é uma das maiores emergências médicas em Neurologia e


Neurocirurgia. Entre o tipo de AVC isquêmico e hemorrágico, o hemorrágico responde a
cerca de 10-15% de todos os AVC (Kumar et all, 2010)

Os AVC podem ocorrer tanto porobstrução de umvaso sanguíneo no cérebro (Derrame


Isquêmico), chamado AVC isquémico, ocorrendo em cerca de 80% dos casos, como também
por hemorragias cerebrais (Derrame hemorrágico), chamado AVC Hemorrágico,
compreendendo os 20% dos casos restantes (AMORIM; 2012).

Na América Latina, o AVC atinge 150 pessoas a cada 100.000 habitantes, sendo letal em
quase metade dos casos. O Ministério da Saúde angolano relata que o AVC é uma das
principais causas de óbito em adultos, responsável por cerca de 10% das internações
hospitalares públicas, sendo fatal até 12 meses depois em até 40% dos sobreviventes, pois
estes necessitam de reabilitação para as sequelas consequentes do AVC, posto que 70% não
retornam ao trabalho e 30%necessita de auxílio para caminhar, diminuindoseveramente a
qualidade de vida. Entretanto, os últimos avanços na prevenção, atendimento pré-hospitalar e
hospitalar, como também notratamento das sequelas do AVC, trouxe excepcional melhoria no
prognóstico desses pacientes. Fica também evidente que a actuação da enfermagem
demonstra grande importância naassistência do paciente com AVC, sendo preciso que se
discuta a prática do profissional enfermeiro neste tipo especial de atendimento, identificando
os cuidados de enfermagem e seus respectivos cuidados. (DE SÁ, et. al. 2014).

1.1.FORMULAÇÃO DE PROBLEMA

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido como “derrame”, configura-se


como uma das principais a causa de morte e de incapacidades no país. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), mostra que o AVC é a terceira causa de morte em adultos no

14
mundo. As doenças cerebrovasculares são uma das principais causas de morte a nível
mundial, infectando sobre tudo as pessoas adultas, sendo o principal foco do nosso estudo.

Adiante destas asseverações tencionamos desenvolver a nossa investigação partindo da


seguinte questão:
Qual é a prevalência do Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico, em pacientes adultos
atendidos no Hospital provincial do Bengo no ano de 2021?

15
JUSTIFICAÇÃO

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença cada vez mais comum na nossa
sociedade, capaz de provocar limitações não só nos indivíduos infectados, bem como às suas
famílias mais próximas, Para que uma equipa de enfermagem responda com competência e
seja de mais-valia no contexto de equipa multidisciplinar, quer a nível da promoção da saúde,
quer na prevenção da doença, é de extrema importância, desde cedo dar maior atenção à
assistência de enfermagem.Desta forma, pareceu-nos pertinente desenvolver um estudo, com
a finalidade de conhecer a prevalência desta doença na província do Bengo

16
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Anatomia

2.1.1 Anatomia vascular cerebral

O corpo humano é constituído por vários sistemas, sendo o sistema cardiovascular constituído
pelo coração, vasos sanguíneos (artérias, arteriolas, capilares, vénulas e veias) e linfáticos. As
artérias permitem a irrigação dos órgãos alvo, como sejam o coração e o cérebro, entre outros,
permitindo o aporte de sangue às restantes partes do corpo humano (pereira et al ;2012).

Em termos gerais, o cérebro precisa de oxigénio (O2) e glicose que lhe chegam
continuamente através da corrente sanguínea. É pelos chamados troncos supra-aórticos da
crossa da aorta, nomeadamente, artéria carótida comum direita, ramo do tronco
braquiocefálico, a artéria carótida comum esquerda, ramo direito da crossa da aorta, e as
artérias vertebrais direita e esquerda, que têm origem das artérias subclávias direita e
esquerda, respetivamente, que o sangue chega ao cérebro. Os territórios arteriais do encéfalo
são divididos em duas circulações: a circulação anterior ou carotídea, dependente das artérias
carótidas internas, e a circulação posterior ou vértebro-basilar, dependente das artérias
vertebrais e basilar. A união entre os dois sistemas, na base do cérebro, através dos seus ramos
que se encontram em contínua comunicação, forma o Polígono de Willis (Filho et al, 2000;
Ludvig, 1998).

As artérias carótidas internas (ACI) esquerda e direita, irrigam os olhos e os hemisférios


cerebrais, as artérias carótidas externas (ACE) esquerda e direita, irrigam as regiõescervical e
facial. As artérias vertebrais irrigam as regiões latero-posteriores do pescoço, sendo as
estruturas da parte posterior da cavidade craniana irrigadas pelo tronco basilar (Antunes et al,
1986; Carvalho, 1980).

Constituição da parede arterial

As paredes das artérias são constituídas pelas camadas íntima, média e adventícia, do interior
para a periferia. A camada íntima é formada por uma camada superficial de células endoteliais
sobre uma área subintimal constituída por matriz extracelular (Pasquallucci, 1999).

A camada média contém células musculares lisas dispostas de forma concêntrica, fibras
elásticas e tecido nervoso. As células musculares lisas são responsáveis pela síntese do
material extracelular (colagénio, elastina, etc.). A elastina é um polipéptido primário com
17
cerca de setecentos aminoácidos. A relação entre a quantidade de elastina e o colagénio varia
consoante se trate das grandes artérias elásticas ou das pequenas artérias musculares. A
camada média tem ainda a membrana limitante elástica externa, menos definida, estando por
vezes ausente, nomeadamente nas artérias cerebrais (Pasquallucci, 1999).

Por último a camada adventícia, está por fora da lâmina elástica externa, e é constituída por
tecido conjuntivo e rede intersticial. O colagénio tem como função constituir uma rede
fibrilhar que, promove a adesão e migração celular e facilita a adesão das células musculares
lisas (CML) à matriz (Pasquallucci, 1999).

Entre a rede arterial e a rede venosa, temos a rede capilar. A rede venosa leva ao coração o
sangue que provém de todas as partes do corpo, incluindo o cérebro (Goldberg, 1990).

Circulação extracraniana

O coração é um órgão com quatro cavidades, duas aurículas e dois ventrículos. A artéria aorta
(Ao) nasce no ventrículo esquerdo (VE) e segue um trajeto curvo, no sentido antero-posterior
para a esquerda. A crossa da Ao. situa-se à frente, à esquerda da traqueia e à esquerda do
esófago. Da sua zona horizontal surgem três ramos importantes, o tronco arterial
braquiocefálico, a artéria carótida comum (ACC) esquerda e a artéria subclávia esquerda
(Carvalho, 1980).

Ao nível da articulação esterno-costo-clavicular o tronco braquiocefálico divide-se na artéria


subclávia direita e num ramo mais volumoso, a ACC direita (Carvalho, 1980). As ACC com
origens diferentes dirigem-se verticalmente num sentido caudocraniano, passando por trás e
ligeiramente por fora dos lobos tiróideus (Carvalho, 1980).

Circulação intracraniana

O Polígono de Willis forma-se através da anastomose das ACP, das ACM, das ACA, pelas
artérias comunicantes posteriores (ACoP) e artéria comunicante anterior (ACoA)
(normalmente apresenta-se permeável em situações de doença vascular cerebral) (Antunes et
al, 1986; Babikian,).

Por vezes surgem variações morfológicas a nível intracraniano, o Polígono de Willis pode
surgir morfologicamente incompleto e mal funcionante. Também nas artérias extracranianas,
nomeadamente nas ACC e nas artérias vertebrais podem surgir variantes morfológicas
(Antunes et al, 1986 ; NASCET, 1991).
18
Vascularização das estruturas crânio-encefálicas

A irrigação das estruturas intracranianas é da responsabilidade do Polígono de Willis. Alguns


ramos da ACI, também contribuem na vascularização destas estruturas: a artéria oftálmica
irriga o nervo ótico e parte da retina; a ACoP e artéria coroideia anterior irrigam as estruturas
do diencéfalo e telencéfalo , Os ramos da ACI e as artérias que formam o Polígono de Willis
(ACM, ACA, ACP, ACoP e ACoA) irrigam o diencéfalo, os gânglios da base e a cápsula
interna (Martin, 1996)

As diferentes partes da cápsula interna tem irrigações diferentes, os avos superiores do limbo
anterior e posterior e o genu são irrigados primariamente por ramos da ACM. O avo inferior
da cápsula interna é irrigado pela ACA (limbo anterior) e pelas artérias coroideias (limbo
posterior). A parte inferior do genu é irrigada pela ACA, ACM ou ACoP. Os gânglios da base
são irrigados principalmente pela ACM (artérias lenticulo estriadas) e artéria coroideia. O
tálamo é vascularizado por ramos da ACP, ACoP eartéria coroideia posterior. O hipotálamo é
alimentado por ramos da ACA, ACP e ACoP (Martin, 1996).

Relativamente ao córtex cerebral, a sua irrigação é realizada por ramos distais das ACA,
ACM e ACP. Estes ramos são frequentemente denominados “corticais” para se distinguirem
dos ramos profundos que irrigam o diencéfalo, os gânglios da base e cápsula interna. A ACA
em forma de “C”, tem origem onde a ACI se bifurca e acompanha a fissura sagital, contorna o
genu do corpo caloso (Martin, 1996).

O conhecimento dos lobos da região cortical que são irrigados pelas diferentes artérias
cerebrais ajuda a entender as alterações funcionais que se seguem a uma oclusão vascular, ou
outra patologia dos vasos cerebrais (Martin, 1996).

19
2.2.Conceito.

O Acidente Vascular Cerebral hemorrágico (AVCh) pode ser definido como qualquer coleção
de sangue intracraniano, entretanto, neste trabalho foi abordado sangramentos de origem não
traumática (espontâneas) relacionados ou não à Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Trata-
se de uma doença grave e comum, porém pouco estudada em relação ao Acidente Vascular
Cerebral isquêmico (Santos, 2013).

O Acidente Vascular Cerebral hemorrágico (AVCH) é uma doença silenciosa, com grande
impacto na população mundial devido a sua grave taxa de morbidade entre o grupo de
doenças vasculares, sendo uma das principal causa de morte em adultos e um dos principais
motivos de incapacidade em todo mundo, chegando a ser fatal em 40% a 50% das
vítimas após seis meses, onde a maioria dos sobreviventes mostram deficiências
neurológicas e residual significativas, tornando o AVC uma das principal causa da
deficiência funcional mundial (Garritano et al., 2012).

O AVCH é popularmente conhecido como “derrame cerebral”, e caracteriza-se como uma


patologia que resulta na incapacidade do indivíduo ou que pode ser fatal. A maior parte dos
pacientes acometidos morrem ainda nos primeiros anos após o acidente, os que sobrevivem
apresentam dificuldades de deambulação: falar, desenvolver o autocuidado e realizar tarefas
diárias (Araújo et al., 2012)

2.3.Etiologia

Os mecanismos responsáveis por AVC hemorrágico podem ser por rotura de um vaso,
hemorragias subaracnoideias, por existência de malformações arterio-venosas, aneurismas, ou
outras causas. A hemorragia, por rotura vascular, caracteriza-se por um início muito brusco,
com um quadro drástico e sem flutuações do défice. Acompanha-se com frequência de
cefaleia, náusea e vómitos, muitas vezes de alterações do estado de consciência e desvio
conjugado dos olhos e algumas vezes também da cabeça (para o lado da lesão, quando a
hemorragia é do hemisfério ou para o lado contrário, quando a lesão é do tronco cerebral). O
AVC é consequência de uma hemorragia em apenas cerca de 20% dos casos. A hemorragia
intraparenquimatosa (hemorragia cerebral) resulta da rotura de vasos que irrigam o
parênquima nervoso. Podem resultar de aneurisma sacular, que consoante a sua localização
pode originar hemorragia subaracnoideia (Anderson et al, 1994; Thom et al, 2006)

20
2.4. Epidemiologia

Angola registou em 2015,cerca de 7.200 mortes por acidentes vasculares cerebrais


hemorrágico (AVCH), e 11.490 novos casos das doenças AVCH corresponde há 15 % a 20%
de todos os avc, sendo a causa mais comum de carácter hipertensivo. Já na hemorragia
subaracnóide a causa mais comum é a ruptura de um aneurisma. Ambos têm alta taxa de
morbimortalidade, variando com sintomas de uma cefaleia leve até ao coma (Minsa, 2015).

As maiorias das hemorragias subaracnóideas espontâneas são decorrentes de rotura de


aneurismas intracranianos (70-80%) ou de malformações arteriovenosas (5-10%),
constituindo entidade clínica com elevados riscos de sequelas neurológicas e mortes. Em
aproximadamente 15% dos pacientes com hemorragia subaracnóidea a causa do sangramento
é indeterminada, não se observando qualquer anormalidade ao exame arteriográfíco cerebral
Dentro desse grupo de casos tem se delineado um quadro mais específico chamado
"hemorragia perimesencefálica não aneurismática" (HPNA), com prognóstico excelente
(Bozzola1992).

2.5. Sinais e sintomas

Todo AVC hemorrágico começa de repente, de forma súbita e sem avisar, e é muito frequente
haver dor de cabeça intensa, mal súbito, convulsões ou até mesmo desmaio imediato e coma
na hora do sangramento intracraniano (Diccini e Bernadina , 2010).

, (2010). Não existe AVC hemorrágico que começa com sintomas lentamente aparecendo em
horas ou dias, ou semanas; todo ele começa de um minuto para o outro. Assim, os sintomas
mais frequentes são:

 Dor de cabeça forte e persistente;


 Enfraquecimento;
 Desvio da comissura labial (a boca fica “torta”) para um lado do rosto;
 Paralisia de um lado do corpo, ou do rosto;
 Dificuldade de falar, deglutir e deambular;
 Alterações visuais, como cegueira repentina;
 Sonolência;
 Perda da consciência ou crises convulsivas

.
21
2.6. Fisiopatologia

Os sangramentos relacionados à hipertensão arterial são originados em artérias perfurantes de


pequeno calibre, encontradas nos locais onde habitualmente ocorrem os AVCh relacionados à
hipertensão: núcleos da base (35 a 45% dos casos), substância branca profunda (25%), tálamo
(20%), cerebelo (15%) e tronco (principalmente na ponte) (5%). Essas artérias de pequeno
calibre originam-se directamente de vasos de maior calibre (p. ex., artéria cerebral média),
sem contar com a gradual diminuição de calibre, que mais comummenteé vista em outros
territórios arteriais (Neto; Takayanagui, 2014).

Ainda para estes autores, esses ramos ficam bastante expostos aos efeitos deletérios da
hipertensão. A exposição crónica à HAS leva a uma série de alterações patológicas que
acarretam em constrições focais do calibre desses vasos. Esse processo foi denominado de
lipo- hialinólise. A lipo-hialinólise engloba dois processos patológicos que incluem a
aterosclerose dos ramos perfurantes de maior calibre (100 a 500 mícrons) e arterioloesclerose
dos ramos menores (< 100mícrons). A aterosclerose é mais comum nas bifurcações dos vasos
e se caracteriza pela proliferação subintimal de fibroblastos e deposição de macrófagos com
gordura no seu interior. Como consequência, os vasos estão com seus calibres diminuídos e
com menor complacência, favorecendo a oclusão, que levaria a um AVCi lacunar, ou uma
rotura, que levaria à hemorragia (Oliveira; 1997; Ladeira, 2015).

Durante muito tempo, a formação do hematoma foi considerada um evento monofásico, ictal,
que rapidamente cessava. As consequências desse hematoma seriam um efeito de massa local
e a formação de uma zona de hipo perfusão do tecido sadio em um halo na periferia do
coágulo, por efeito mecânico compressivo. Seria formada, nessa visão, uma zona de
penumbra isquêmica, à semelhança do que ocorre no AVC isquêmico. A lesão neuronal
directa pelo hematoma e a área de penumbra peri-hematoma levariam a um edema
secundário. Em casos de AVCh mais graves, a hipertensão intracraniana (HIC) e herniações
aparecem e existe lesão cerebral pelo efeito de massa do hematoma (Neto; Takayanagui,
2013).

Esse modelo, ainda de acordo com Neto e Takayanagui (2013), entretanto, não explica toda
extensão dos danos neurológicos causados pelo AVCH, principalmente em pacientes sem

HIC, considerando-se que o hematoma tende a dissecar e respeitar planos (acumulando-se e


acomodando-se entre os neurónios, divulsionando-os, ou seja, afastando-os em vez de
22
seccioná- los) e posteriormente ser reabsorvido. Também tem sido proposto um modelo de
lesão ''inflamatória”: com ênfase no papel de citocinas e metaloproteinases, geradas a partir de
activação de leucócitos, que é estimulada pelos produtos da degradação do coágulo que
ocorrem na intimidade do tecido neuronal como principais factores responsáveis pelo edema
perilesional e danos irreversíveis após o AVCh. A partir da rotura da artéria perfurante,
ocorreria juntamente do sangramento a passagem de glicose e electrólitos para o meio
extravascular, exercendo efeito osmótico e constituindo o primeiro estímulo para a formação
do edema perilesional. Depois disso, um coágulo se forma e as plaquetas activadas liberam
mediadores que favorecem o edema local e o recrutamento de leucócitos.Segundo estes
autores, os leucócitos na proximidade do coágulo secretam interleucina l, IL-6 e o TNF-a.
Essas citocinas no AVCh exercem efeitos inflamatórios locais e sistémicos. Em uma fase
mais tardia (após 72 horas), a lise das hemácias contidas no coágulo leva à liberação de ferro,
monóxido de carbono e bileverdina, cristais prismáticos verdes insolúveis em água, formados
no organismo a partir da hemoglobina. Essas substâncias interagem com radicais livres e
lesam a membrana celular além da liberação de glutamato pelos neurónios (excito toxicidade).
(Oliveira; 1997;Ladeira, 2015).

2.7. Classificação

Segundo o Machado, (2006), Vem dizer a respeito ao tema acrescentando, que o AVC
hemorrágico é aquele que ocorre quando um vaso (artéria ou veia) se rompe dentro do
cérebro, causando extravasamento de sangue, lesionando e provocando um inchaço naquela
região onde houve o sangramento, ocorrendo hemorragia em alguns pontos do sistema
nervoso, AVChemorrágico pode se apresentar de duas formas:

 Hemorragia Intraparenquimatosa (HIP)


 Hemorragia Subaracnóidea (HSA).

Hemorragia intraparenquimatosa: é causada pela ruptura de pequenas artérias perfurantes,


ocasionando sangramento dentro do parênquima cerebral, provocando um hematoma nas
estruturas locais que levará à lesão neurológica. O principal factor de risco associado aqui é a
hipertensão arterial. A hemorragia intraparenquimatosa (HIP), é o subtipo mais comum de
hemorragia cerebral, acometendo cerca de 15% de todos os casos de AVC hemorrágico
(MACHADO, 2006).

Hemorragia subaracnóidea: é aquela que ocorre dentro das meninges, normalmente está
muito relacionada à ruptura de aneurismas (que é um dos tipos graves de AVC hemorrágico, e
23
ocorre quando o aneurisma intracraniano rompe, extravasando sangue dentro do cérebro) e
também por malformações arteriovenosas e acarreta em sangramento no espaço
subaracnóideo (Machado, 2006).

Segundo o Habib (2000), o AVC hemorrágico é mais frequente, entretanto, é aquele devido a
um pico elevado de pressão alta, ou o que ocorre em pacientes que tem hipertensão arterial
por vários anos e não se trata correctamente.

O seu reconhecimento e tratamento imediatos são importantíssimos para deixar a pessoa que
sofreu o AVC hemorrágico com menores sequelas neurológicas. Quanto mais cedo o
diagnóstico e o tratamento, melhores serão as chances de poucas ou nenhuma sequela no
futuro (Kumar et all, 2010).

2.9.Factores de risco.

Tabela 1 - Factores de risco para AVCH (Sousa, 2000).

Não Modificáveis Idade, sexo, raça, história familiar

Modificáveis HTA, fibrilhação auricular (FA), dislipidémia,


hábitos tabágicos, alcoolismo

“Factor de risco é uma característica presente em alguns indivíduos de uma população, uma
característica do seu ecossistema e que aumenta a probabilidade desse indivíduo vir a ser
infectado por uma determinada doença. ”Os factores de risco vasculares podem ser
características inerentes ao indivíduo, sendo chamados factores de risco vasculares não
modificáveis, como o sexo, a idade, a raça e a histórico familiar. Existem também os factores
de risco vasculares modificáveis, que podem ser alterados pelo indivíduo. Os mais
importantes são a HTA, a DM, a dislipidémia, o tabagismo e as doenças cardíacas
potencialmente emboligenas (CPE) (Ferro et al, 2000; Feigin et al, 1998).

24
2.10.Fatores de risco não modificáveis.

 Histórico familiar: A história familiar é um factor de risco vascular importante, pois


define a herança genética de uma patologia e de outros factores de risco vasculares. A
história familiar materna ou paterna de AVC está relacionada com o aumento de risco.
Esse aumento pode reflectiraspectos genéticos (Achutti et al, 2003, Liao et al, 1997).
 Idade: Os efeitos cumulativos do envelhecimento no sistema cardiovascular e a
natureza progressiva dos factores de risco para o AVCH justificam o aumento do
risco com a idade (Ferro et al, 2000).
 Etnia: Raças Vários estudos demonstram que o AVC é mais frequente, tem maior
gravidade e mortalidade em indivíduos de raça negra, sendo mais frequentes as
hemorragias e estenoses intracranianas. Existem várias razões, sendo que o grupo
étnico tem também grande prevalência de factores de risco vasculares, como a HTA,
a DM e o ambiente socioeconómico. Nos indivíduos asiáticos, o tipo de AVC mais
comum é a hemorragia intracraniana e nos indivíduos de raça Branca são as
estenoses intracranianas (Achutti et al, 2003).
 Sexo: O maior número de mortes por doença vascular cerebral nas mulheres resulta
dos óbitos depois dos 75 anos, pois o sexo feminino durante a idade fértil encontra-se
protegido contra a doença aterosclerótica, sendo menos atingido por AVC devido ao
efeito protector dos estrogénios (Bray, 1997).

2.11.Fatores de risco modificáveis:

Segundo CHARLES, (2000). Vem citando os factores de riscos medicáveis tais como:

 Hipertensão arterial: (HTA) significa aumento da pressão sanguínea. Esta pressão


resulta da quantidade de sangue que o coração bombeia em cada minuto e da
resistência do fluxo sanguíneo, controlada pelos tecidos dos vasos sanguíneos. Em
condições de repouso, num indivíduo normal uma pressão arterial sistólica (PAS) é
<130 milímetros de mercúrio (mmHg) e uma pressão arterial diastólica (PAD) é
<80mmHg (Wilkinson, 2003).
 Tabagismo: Os hábitos tabágicos provocam arritmias, aumento da PA, lesões
endoteliais, alterações no perfil lipídico com aumento dos triglicerídeos, de VLDL e
de LDL com diminuição de HDL, levando ao aumento de formação de trombos,
aumento da agregação plaquetária e aumento no número de placas ateromatosas em

25
todo o leito vascular. Tudo isto aumenta o risco de AVC. O risco varia consoante a
quantidade total de tabaco fumado, expressa em maços por ano (Castro e Batlouni,
1999).
 Doenças cardíacas potencialmente embolígenas.
Os eventos de origem cardíaca constituem uma causa bem estabelecida de AVC e
quando associadas a outros factores de risco como HTA e idade, maior é a
predisposição (Mogensen, 2002).

2.13.Complicações:

Segundo Carla leonela (2019) diz que As complicações mais frequentes no AVCH
são:
 Edema (inchaço) cerebral.
 Crise epiléptica (convulsão
 Depressão
 Úlceras de decúbito (feridas na pele decorrente da imobilidade)
 Infecções e Trombose,
Com Tratamento adequado muitas destas complicações podem ser prevenidas,
infelismente as células do cérebro (neurónios) não são capazes de se regenerar, como
acontece em alguns outros órgãos, o que significa que não existe tratamento
medicamentoso ou cirúrgico capaz de reverter os efeitos do AVC após a fase aguda da
doença.

2.14. Diagnóstico:

O diagnóstico precoce e a terapia adequada representam papel fundamental na redução da


morbimortalidade dos pacientes acometidos pelo AVC hemorrágico. A realização do
diagnóstico desta alteração cerebral o mais precocemente possível, é primordial, devido à alta
mortalidade imediata (YEW, 2009).

Segundo Yew, (2009). Enfermidade, logo após a realização dos exames preliminares, e
seguido dos exames complementares mais específicos, no caso específico do AVC
hemorrágico, o diagnóstico é feito da seguinte maneira:

 Exame físico - Feito pelo médico para avaliar os déficits neurológicos (paralisias)
presentes, nível de glicemia, níveis de prassão arterial, temperatura, etc.

26
 Exames de sangue - Na entrada do hospital, os principais são os exames de glicemia
(açúcar) no sangue e testes de coagulação. Depois, a depender de caso a caso, outros
testes são pedidos pelo neuro assistente.
 Tomografia do crânio - Este é o principal exame na fase mais aguda (primeiras
horas) do AVC hemorrágico. Ele é o único que pode diferenciar se estamos diante de
um AVC isquêmico ou hemorrágico, e avaliar o tamanho e local do sangramento, ou a
necessidade de cirurgia de urgência.
 Ressonância Nuclear Magnética do crânio - Trata-se de um exame mais sensível e
apurado do que a Tomografia, que analisa e dá a extensão e locais exatos de onde
ocorreu o AVC. Embora seja melhor do que o tomo, pela logística de sua realização e
por não estar disponível em qualquer lugar, não é o exame de escolha para todos os
casos.
 Angiografia dos vasos cerebrais e do pescoço - Este exame é muito importante para
verificar se há aneurismas ou mal formações dos vasos. Podem ser feitas pelos
métodos de angiotomografia, angioressonância ou pelo convencional (mais invasivo),
a arteriografia cerebral digital.
 Ecocardiograma - Este é um ultrassom do coração, que avalia se as cavidades
cardíacas estão normais ou apresentam alteração.

exames complemetares

Sengundo o autor supra -citado YEW, (2009) acresce que os exames complemetares são os
seguintes:

 Ecografia de carótidas e vertebrais com Doppler;


 Ressonancia Magnetica
 Hemograma
 Tomografia Computalizada
 Ecocardiograma com Doppler;
 Electrocardiograma;

Exames laboratoriais

Yew, (2009). O autor citado acima vem dizendo a respeito dos exames laboratoriais que são:

 Hemograma,
 Glicemia de jejum,
27
 Creatinina,
 Ureia,
 Sódio,
 Potássio,
 Colesterol total,
 HDL,
 Triglicerídeos,

2.15.Tratamento do AVC Hemorrágico

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico e depende da avaliação do volume da lesão, da


localização e da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente
recebem todo o suporte clínico e de reabilitação. O tratamento visa drenar o sangue presente
na área; em alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão intracraniana, que tende
a aumentar, devido ao do edema. Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por
esta medida e há a necessidade de avaliação para possibilidade de ressangramento. O
tratamento clínico tem o objetivo geral o controle da PA e de complicações, como crises
convulsivas e infecções (Brasil, 2007).

O tratamento de emergência para o AVC hemorrágico visa estabilizar a condição do paciente;


depois, o tratamento é focado em fazer com que o AVC não se repita e identificar se haverá
ou não sequelas (Chulay e Burns, 2012).

Actualmente, para as primeiras horas e dias no tratamento de um AVC hemorrágico, é manter


a pressão arterial estável (menor de 140/90 mmHg). Além disso, o paciente deve ser internado
em UTI ou NeuroUTI, para melhor monitoramento, pois estes pacientes podem complicar e
piorar (Diccine e Bernadina, 2010).

O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do volume da lesão, da localização e


da condição clínica do paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente recebem todo o
suporte clínico e de reabilitação (Martins, 2002).

A reabilitação deve ser iniciada tão logo a condição do paciente permita e é uma parte do
tratamento. Como seu início depende das condições do paciente, somente deve ser feita
quando não há perigo de piorar o estado neurológico ou clínico. Um bom programa de
reabilitação conta com uma equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia

28
ocupacional, que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas sequelas
neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente (SILVA, 2005).

2.16.Cuidados de Enfermagem.

Segundo Silva, (2005) Os pacientes afectados pelo AVCH necessitam de cuidados


especiais de uma equipe multiprofissional, mas nesse instante, destaca-se os cuidados de
enfermagem diante de uma paciente acometido por esta enfermidade.

 Ao avaliar nível de consciência devem ser realizadas as seguintes avaliações:


(atenção e concentração), (memória), (estado afetivo), (linguagem), (raciocínio
e orientação).
 Manter controlo da pressão arterial, temperatura, padrão respiratório e
glicemia.
 Posicionar o paciente adequadamente, e estar atento à sua monitorização.
 (Informar qualquer alteração hemodinâmica importante, estimulo doloroso,
fisioterapia respiratória, etc);
 Manter a cabeceira elevada 30º;
 Manter a temperatura corporal abaixo de 37,5ºC;
 Realizar balanço hídrico rigoroso;
 Manter repouso absoluto no leito;
 Realizar a mudança de decúbito a cada 2 horas, promovendo conforto com
travesseiros;
 Avaliar integridade cutânea diariamente;
 Realizar a massagem de conforto com hidrante corporal diariamente;
 Para pacientes afásicos, promover meio de comunicação (seja através da
escrita, mímica ou lousa de alfabeto);
 Comunicar qualquer alteração do estado neurológico (queda do Glasgow,
convulsões, piora do padrão respiratório, sangramentos, agitação psicomotora,
hipertensão arterial exagerada);
 Após neurocirurgia manter oxigenação adequada, evitar aspirações traqueais
prolongadas, controlar a sedação, examinar pupilar a cada hora.

29
3. OBJECTIVOS

3.1 Geral:

 Conhecer a prevalência do Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico em adultos com


idades compreendidas dos 18 aos 70 anos atendidos no Hospital Provincial do Bengo.

3.2 Específicos:

 Identificar as características sociode-mográficas (Idade, Género, proveniência)


 Identificar antecedentes patológicos
 Citar exames complementares realizado ao longo tratamento,
 Mencionar tratamento farmacológico e não farmacológico,
 Descrever acções deenfermagem realizada durante a consulta até ao internamento

30
4. METODOLOGIA

4.1.Tipo de estudo

Trata-se de um estudo descritivo observacional retrolectivo com abordagem quantitativa.

4.2.Local de estudo

O presente estudo foi realizado no Hospital Provincial do Bengo, que é um Hospital do


nível2º, fica localizado no Município do Dande, Província do Bengo, limitado á norte
…Banco BPC a sul, pela Farmácia caxito

4.3.Universo / População e Amostra

A População de estudo foi constituída por 100 processos dos pacientes com AVC
Hemorrágico, e destes foi extraída uma amostra de 70 processos.

Para o feito será empregue a técnica probabilística aleatória simples.

4.4.Critérios de inclusão

Foram incluídos todos os processos dos pacientes diagnosticado com AVC Hemorrágico
noHospital províncial do Bengo, com as idades compreendidas dos 18 á 70 anos.

4.5.Critérios de exclusão

Como critérios de exclusão, foram considerados todos os processos de pacientes com


AVCHemorrágico que não preencherem os requisitos acima supracitados.

4.6. Procedimentos Éticos.

O tema foi aprovado pelo conselho científico do Instituto Técnico de Saúde do Bengo, que
posteriormente irá elaborar um ofício solicitando a Direcção do Hospital provincial a
realização da recolha de dados.

Respeitar-se-á, questões de índole ética e moral, serão tomadas medidas preventivas de


modo a garantir a protecção dos direitos, dos processos dos pacientes com AVC

Que foram submetidos ao estudo, medidas essas como: não divulgação dos nomes presente
nos processos.

31
4.7.Variaveis de estudo

 Idade
 Género
 Proveniência
 Tratamento farmacológico e não farmacológico
 Exames complementares
 Antecedentes patológicos
 Acções de enfermagem

4.8. Procedimentos de Recolha de Dados

Após aprovação do Hospital, proceder-se-á a recolha de dados. Para aplicação do


questionário, haverá uma explicação prévia aos membros da Direcção do Hospital.

Para a colheita de dados, utilizamos um questionário estruturado com perguntas abertas e


fechadas contendo os dados sociodemográficos e a descrição da patologia do AVC
Hemorrágico.

4.9.Apresentação, análise e tratamento de dados

A apresentação de dados foi feita no computador, no programa Microsoft Office e no Word


2007, onde apresentamos os resultados em forma de tabelas

32
5. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS

Tabela nº 1- Distribuição da amostra segundo a idade

Idade Fr Fa%

18-24 3 4

25-31 8 11

32-38 8 11

39-45 7 10

46-52 12 18

53-59 14 20

60-66 4 6

_<67 14 20

Total 70 100
Fonte: Questionário de recolha dados

Interpretação: de acordo com os dados da tabela nº1. Dos 70 processos dos doentes,
preenchidos 14 que representam 20% têm idade compreendidas entre 53-59 e dos 67 anos
com mesma representatividade. 3 que correspondem á 4% têm a idade compreendida entre18
a 24anos.

33
Tabela nº 2- Distribuição da amostra segundo o Género

Género Fr Fa%

Feminino 28 40

Masculino 42 60

Total 70 100%

Fonte: fichas de recolha de dados

Interpretação: de acordo com os dados da tabela nº2. Dos 70 processos dos doentes,
preenchidos 42 que representam 60% pertecem ao género Masculino e o género com menor
representatividade. Foi o o género feminino com 28 casos notificados que corresponde 40%

34
Tabela nº 3- Distribuição da amostra segundo a Proveniência.

Proveniência Fa %

Dande 32 46

Ambriz 14 20

QUIBAIXE 7 10

NAMBUA GONGO 4 6

LUANDA 13 18

TOTAL 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados

Interpretação: de acordo com os dados da tabela nº3 o município com maior proveniência é
o município do Dande, com32 processo que correspondem a 46%, e o município que segue a
liderar a tabela é o município de Ambriz com14 casos eque representou 20%, porém a
proveniência que segue a liderar a tabela é a Província de Luanda com 13 casos equivalente a
18% , por tanto o município se segue a liderar a tabela é o município dos Dembos Quibaixe
com a representação de 7 casos e que resultou ao percentual de 10% e, também o município
com menor representação na tabela é o município do Nambua Gongo com 4 casos que
equivale á 6% da proveniência

35
Tabela nº 4-Distribuição da amostra segundo o TratamentoFarmacológico dos pacientes com
AVCH

Tratamento Fr % Tratamento Não Farmacológico Fr %


Farmacológico dos dos pacientes com AVCH
pacientes com
AVCH
Manitol 21 30 Fisioterapia 32 46

Diuréticos 28 40 Cirúrgico 10 14

Anti-hipertensivos 15 21 Nenhum 28 40

Antibióticos 6 9

Total 70 100 70 100


Fonte: fichas de recolha de dados

Interpretação dos resultados: de acordo coma tabela n 4 sobre o tratamento farmacológico e


não farmacologico, a (Fr=21) 30% foram assistidos com o fármaco manitol, sendo (Fr=28)
40% no seu tratamento constou os diureticos, ao que (Fr=15)21% eram tratados com anti-
hipertensivos, em ultima análise farmacologica (Fr=6) 9% tiveram em seus processos
antibioterapia. Em relação ao não farmacológico (Fr=32) 46% tiveram assistência com
fisioterapeuta, sendo que (Fr=10) 14% fizeram uma craniotomia para discompressão cerebral,
ainda (Fr=28) 40% não tiveram nenhum tipo de assistencia não farmacologica registado em
nível do seu processo.

36
Tabela nº 5 – Distribuição da amostra segundo osExames Complementares

EXAMES COMPLEMENTARES Fa %

HEMOGRAMA 33 47

ECG 13 19

TAAC 17 24

RESSONANCIA MAGNETICA 7 10

Total: 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados

Interpretação dos Resultados: de acordo com a tabela n 5 os exames complementares com


maior representatividade foi o hemograma com 33 casos que corresponde a 47% e o que
segue a liderar a tabela é o TAAC com17 casos que representou 24% e, também que vem a
liderar a tabela é o exame ECG, porém o exame com menor representação é a
RESSONANCIA MAGNETICA com menor representatividade foi o exame ressonância
magnética com 7 casos que representa 10%.

37
Tabela nº 6 - Distribuição da amostra segundo os Antecedentes Patológicos

ANTECEDENTES PATOLOGICOS

HIPERTENSÃO 25 36

DIABETES 16 23

ASMA 10 14

INSUFICIËNCIA CARDIACA 8 11

ISUFICIENCIA RENAL 11 16

TOTAL 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados

Interpretação dos Resultados: de acordo com a tabela n 6 o antecedentes patológico com


maior representatividade foi a hipertensão arterial com 26 casos que corresponde a 36% e a
seguir foi a patologia Diabetes com 16 casos que equivale a 23%, e a insuficiência renal
ocupou a terceira posição no percentual mais elevado e a Asma como a 4º patologia mais
citada nos processos com 10 casos que equivale á 14% e por fim, o menor percentual é da
insuficiência cardíaca com 8 casos e representou 11%

38
Tabela nº 7 - Distribuição da amostra segundo as Acções de Enfermagem

ACÇÕES DE ENFERMAGEM Fa Fr

MUDANÇA DE DECÚBITO 16 23

AVALIAÇAO DOS SINAIS VITAS 38 54

ADMINISTRAÇAO DE FARMACOS 16 23

TOTAL 70 100
Fonte: fichas de recolha de dados

Interpretação dos Resultados: de acordo com a tabela n 7 as acções de enfermagem com


maior representatividade foi a Avaliação dos sinais vitais com 38 casos que corresponde a
54% e com menor representatividade foi a Administração de fármacos e Mudança de decúbito
, Ambas com 16 casos que representa 23%.

39
CONCLUSÃO

De acordo com a pesquisa feita no Hospital provincial do Bengo concluímos que a idade dos
pacientes com maior representatividade variou entre os 53-59 e ≤ 67 anos de idade. A
proveniência com maior representatividade é município do Dande com 46. Quanto ao género,
o género com maior representatividade foio género Masculino com 60. Quanto ao Tratamento
o Manitolencotra-se com maior representatividade de 30 já o não farmacológico encotra-se
com maior representatividade a Fisioterapia com 46 quanto ao exame encontra-se o
hemograma com maior representatividade com 47 e os antecedentes patológico encontra-se a
hipertensão com 36%. Quanto a acções de enfermagem encontra-se com maior
representatividade a Avaliação dos sinais vitais com 54.

40
SUGESTÕES

A educação e promoção para saúde é um meio preventivo muito essencial, visto que reduz
com muita eficácia as enchentes e números elevados de casos nos hospitais e centros de
saúde, devem ser utilizado muitos meios de comunicação de forma a facilitar a população a
compreender os benefícios de se prevenirem de certas patologias de forma a reduzir as
incidências das tais, como no caso do número elevado de AVC hemorrágico, por tanto
sugerimos aos profissionais a utilizarem diversos meios de comunicações e não simplesmente
um único, visto que muitos podem não entender o que se aborda, isto significa que deve ser
utilizado mais divulgações nas redes sociais por ser um dos meios de comunicações mais
utilizados, a realização de mais palestras nas comunidades não só com os utentes e familiares,
pelo facto de muitas pessoas não consultarem os serviços de saúde.

41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Management of Patients WithA cute Is chemic Stroke.
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42
APÊNDICE
ANEXOS

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