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PROTOCOLO DE INVESTIGAÇÃO
GRUPO Nº 2
AUTORES:
Orientadora
________________________________________
Elizabeth Albano
(Licenciada em Análises Clínicas e Saúde Pública)
BENGO, 2021/2022
ÍNDICE
I. INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO......................................................................................................5
1.2. JUSTIFICATIVA................................................................................................................6
II. OBJECTIVOS........................................................................................................................7
2.1. Geral.....................................................................................................................................7
2.2. Específicos...........................................................................................................................7
3.1 Conceito................................................................................................................................8
3.2 Epidemiologia.......................................................................................................................8
3.9 Tratamento..........................................................................................................................18
3.11 Prevenção..........................................................................................................................18
IV. METODOLOGIA...............................................................................................................20
4.3. População...........................................................................................................................20
4.4. Amostra..............................................................................................................................20
V. CRONOGRAMA DO PROJECTO.....................................................................................22
I. INTRODUÇÃO
1.1. PROBLEMATIZAÇÃO
Qual é a prevalência dos casos da sífilis em pacientes dos 15 aos 25 anos de idade,
atendidos no Hospital Provincial do Bengo, no IIIº trimestre de 2021?
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1.2. JUSTIFICATIVA
Em 2017 foi percebido um aumento dos casos de sífilis no Brasil (Brasil, 2017).
Por estes motivos nós escolhemos este tema para nós aprofundarmos nele, a fim de
melhor diagnosticar, prevenir, informar e sensibilizar a população sobre os riscos da doença e
as necessidades da realização de consultas pré-natais por parte de mulheres grávidas, servindo
de certa forma como um pequeno contributo para a minimização de casos, mortes tanto de
adultos quanto de nados e de gestantes infectadas pela doença.
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II. OBJECTIVOS
2.1. Geral
Avaliar a prevalência dos casos da sífilis em pacientes dos 15 aos 25 anos de idade,
atendidos no Hospital Provincial do Bengo, no IIIº trimestre de 2021.
2.2. Específicos
3.1 Conceito
Perspectivas históricas
O Treponema pallidum foi descoberto por Fritz Richard Schaudinn e Paul Erich Hoffman em 1905
(Castro, 2004).
O seu corpo está rodeado por uma membrana citoplasmática, por seu turno envolvida numa membrana
externa. Existe ainda uma fina camada de peptidoglicano entre estas duas membranas, o que lhe
permite encurtar o período de incubação. A virulência dos organismos e o sistema imunitário do
hospedeiro podem igualmente afectar o período de incubação (Araújo, 2017).
A bactéria Treponema Pallidum tem uma alta mobilidade e possui alta aderência às células
hospedeiras. A capacidade quimiotáxica dessa bactéria é um importante fator que contribui para a
virulência desse microrganismo. Estudos da sua membrana externa revelam um baixo número de
proteínas integrais, deixando ao sistema imunitário poucos alvos para a resposta imune (Araújo, 2017;
Lafaiete, 2019).
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O Treponema tem uma tremenda capacidade de invadir e fixar-se rapidamente nas superfícies
celulares e adentrar as junções endoteliais e os tecidos. Tem capacidades biossintéticas muito
limitadas e requer múltiplos nutrientes, não consegue sobreviver no exterior do seu único
reservatório natural, os humanos. É uma bactéria com pouca resistência ao meio ambiente e
pode ser facilmente destruída quando fora do organismo hospedeiro (Araújo, 2017; Lafaiete,
2019).
3.3 Epidemiologia
A sífilis afeta um milhão de gestantes por ano em todo o mundo, levando a mais de
300 mil mortes fetais e neonatais e colocando em risco de morte prematura mais de 200 mil
crianças (CAVALCANTE, 2013).
Sífilis é uma doença universal que acomete todas as camadas da sociedade. O meio de
contaminação é restrito ao ser humano e são transmissíveis somente as manifestações da
sífilis primária e secundária. Sendo possível a reinfecção, uma vez que não confere
imunidade. Por ter atividade sexual com mais frequência, os jovens entre 15 e 25 anos são
especialmente os mais acometidos. Verifica-se que houve acréscimo de 68,2% em 2013, com
aumento de 55,7% nos casos entre os homens e 97,7% entre as mulheres, das notificações em
relação ao ano anterior. Observou-se, claramente, a maior ocorrência de sífilis entre os
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Na maioria dos casos, a infecção é adquirida por contacto directo com lesões de sífilis
primária ou secundária (Araújo, 2017).
Sua transmissão ocorre da mesma maneira que a sífilis adquirida, ou seja, por via
sexual. O agravante neste caso é a gestante ser acometida pela infecção, e a mesma não ser
tratada ou ser tratada de maneira inadequada, ocorrendo o risco de contaminação vertical. O
feto pode ser infectado por via transplacentária em qualquer fase da gestação ou pelo canal
vaginal durante o parto (Silva, 2016; Nascimento, 2018).
A sífilis congénita precoce inclui aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal que
ocorre em aproximadamente 40% dos conceptos infectados, a partir de mães não tratadas.
Cerca de 30% das crianças infectadas são assintomáticas ao nascimento, com surgimento dos
sintomas durante os primeiros três meses de vida. A infecção pode ser fulminante e
disseminada, e os sinais e sintomas mais comuns são febre, anemia, retardo no
desenvolvimento, irritabilidade, lesões mucocutâneas (rashmaculopapular no tronco, palmas
das mãos e plantas dos pés, condiloma lata e erupções bolhosas), rinite sero-sanguinolenta,
hepatoesplenomegalia, icterícia, ascite, glomerulonefrite, linfadenopatia, dactilite, e
pseudoparalisia devido à osteocondrite. Esta última pode ser generalizada e acompanhada de
pericondrite, afectando todos os ossos do esqueleto, mais acentuadamente no nariz e na tíbia.
Fazem parte do quadro sintomas oculares e neurológicos, hemólise e trombocitopenia. Dadas
às múltiplas apresentações da sífilis congénita, esta deve ser considerada no diagnóstico
diferencial de toda doença grave em recém-nascidos, mesmo que a mãe seja soronegativa no
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momento do parto, uma vez que a infecção pode ter sido muito recente (Nogueira et al.,
2014).
A sífilis é uma doença de evolução lenta. Quando não tratada, alterna períodos
sintomáticos e assintomáticos, com características clínicas, imunológicas e histopatológicas
distintas, divididas em três fases: sífilis primária, sífilis secundária e sífilis terciária (Brasil,
2010).
Não havendo tratamento após a sífilis secundária, existem dois períodos de latência:
um recente, com menos de um ano, e outro de latência tardia, com mais de um ano de doença
(Brasil, 2010).
Quando a sífilis não é tratada na fase primária, evolui para sífilis secundária, período
em que o treponema já invadiu todos os órgãos e líquidos do corpo. Nesta fase, aparece como
manifestação clínica o exantema (erupção) cutâneo, rico em treponemas e se apresenta na
forma de máculas, pápulas ou de grandes placas eritematosas branco-acinzentadas
denominadas condiloma lata, que podem aparecer em regiões úmidas do corpo (Brasil, 2010).
A sífilis terciária pode levar dez, vinte ou mais anos para se manifestar. A sífilis
terciária se manifesta na forma de inflamação e destruição de tecidos e ossos. É caracterizada
por formação de gomas sifilíticas, tumorações amolecidas vistas na pele e nas membranas
mucosas, que também podem acometer qualquer parte do corpo, inclusive no esqueleto ósseo.
As manifestações mais graves incluem a sífilis cardiovascular e a neurossífilis (Brasil, 2010;
Guimarães, 2017).
Cancro duro: lesão genital ulcerada ou rosada, geralmente única, que aparece em 10 a
90dias (média de 21 dias) após o contágio;
Adenopatia regional (íngua) não supurativa, indolor e múltipla;
As lesões podem ser extragenitais e desaparecem, independente do tratamento, em3 a
8 semanas (Nogueira et al., 2014).
Em 70 a 90% dos casos podem ocorrer sintomas gerais como febre, artralgias, mal
estar geral e linfadenopatia generalizada (Nogueira et al., 2014).
primária e secundária onde têm lesões bolhosas, placas mucosas e condilomas (Dorado et al.,
2014).
Para esta técnica é necessário que a úlcera seja limpa com gaze estéril e soro
fisiológico. Após esse procedimento, é necessário que a base do cancro seja pressionada, até
que saia uma secreção. Uma lâmina deve ser encostada nesta secreção e, logo em seguida,
uma laminula deve ser colocada em cima da secreção na lâmina. Este material deve ser levado
rapidamente ao laboratório para ser analisado em microscópio de campo escuro para
visualizar o Treponema pallidum. A técnica não é recomendada para úlceras na cavidade oral
e ânus, já que não é muito específica e diferentes espiroquetas não patogênicas podem ser
confundidas (Dorado et al., 2014).
Esta técnica é bem mais específica que a primeira e detecta somente espiroquetas
patogênicas. É utilizada em sífilis primária, terciária e congênita. Nesta técnica as lâminas
com a secreção da úlcera são fixadas com anticorpos monoclonais, coradas e secas para
posterior visualização em microscópio de fluorescência. Esta visualização se dá devido ao uso
de marcadores, como por exemplo, fluorocromos, que emitem fluorescência (Dorado et al.,
2014).
PCR é uma reação enzimática que permite reproduzir milhões de vezes uma sequência
específica de DNA. Para tal, é utilizada a enzima DNA polimerase. Ela replica pequenas
quantidades de DNA e as cópias replicadas são analisadas com diversos fins (Dorado et al.,
2014).
Essa técnica amplificará os ácidos nucleicos e pode ser realizada com amostras
frescas. Pode ser feito com diversas amostras, mas as que garantem um melhor resultado são
as amostras colhidas nas úlceras genitais e nas lesões exsudativas (Dorado et al., 2014).
Testes não treponêmicos são mais baratos, então por motivos econômicos e de
complexidade, eles têm preferência para serem realizados. Dorado et al. (2014) atestam que,
quando o resultado é reativo no teste não-treponêmico, um teste treponêmico (mais caro) é
solicitado para a confirmação e que independente da fase da doença e/ou do tratamento, os
testes treponêmicos se mantém positivos por toda a vida.
3.9 Tratamento
6/6/horas por quatro semanas. Alguns autores sugerem o uso de azitromicina para o
tratamento da sífilis, porém há relatos de falhas terapêuticas (Nascimento, 2018).
3.11 Prevenção
IV. METODOLOGIA
4.3. População
A nossa população será constituída por todos os pacientes com prescrição médica para
o diagnóstico da sífilis, no Hospital Provincial do Bengo, durante IIIº trimestre de 2021, com
idades compreendidas dos 15 aos 25 anos.
4.4. Amostra
Serão incluídos no estudo todos os pacientes dos 15 aos 25 anos de idade, com
prescrição médica para o diagnóstico da sífilis, no Hospital Provincial do Bengo, durante IIIº
trimestre de 2021.
Serão excluídos do estudo todos os pacientes com idades não compreendidas dos 15
aos 25 anos.
Serão elaboradas fichas com todas as variáveis em estudo, que serão preenchidas com
os dados que tiraremos do livro de registros do Hospital Provincial do Bengo.
Será elaborado um ofício pela direcção do ITSB que será dirigida à direcção clínica do
Hospital Provincial do Bengo, solicitando autorização para recolha de dados no livro de
registros, com o objectivo de avaliar a prevalência dos casos da sífilis em pacientes dos 15 aos
25 anos de idade, atendidos no Hospital Provincial do Bengo, no IIIº trimestre de 2021.
Os dados serão introduzidos numa base de dados através da estatística descritiva, cujos
resultados serão redigidos em forma de texto no Microsoft Word 2016, processados e
analisados no Excel 2016, e serão apresentados em texto e em tabelas no Power Point 2016,
com citações e referências bibliográficas de acordo com as regras da APA.
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V. CRONOGRAMA DO PROJECTO
Nº Actividades
DEZ. JAN. FEV. MAR. APR. MAI.
01 Aprovação do tema X
Elaboração do
02 protocolo de X X X
Investigação
Aprovação do
03 protocolo pela X
Comissão
Científica
04 Recolha de dados X
Processamento de
05 X
dados
Redação da
06 X
monografia
Entrega do trabalho
07 X
para censura
08 Acertos finais X
Entrega definitiva
do trabalho a
09 Comissão X
Científica
Defesa do Trabalho
10 X
de Fim do Curso
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ARAUJO, Liney Maria de. et al. (2017) Guia Prático em Abordagem Sindrômica: Prática
Baseada em Evidência – Sífilis. 1ª ed. Cuiabá-Brasil: S.N.
CASTRO, Rita Maria Rodrigues Teixeira de. (2004) Contribuição Para o Estudo de Infecção
por Treponema Pallidum Subespécie Pallidum: Resposta Serológica, Diagnóstico Molecular e
Genotipagem. Lisboa: IHMT.
DORADO, J.S. et al. (2014) Infecciones por treponemas. Sífilis. México: Medicine.
NASCIMENTO, Luís Felipe de Araújo. (2018) Atenção Farmacêutica na Sífilis. Juiz de Fora
- Brasil: UFJF.
NOGUEIRA, Maria Gorete dos Santos et al. (2014) Guia Técnico Sífilis: Sífilis adquirida,
Sífilis na Gestante e Sífilis Congênita. 1ª ed. Belo Horizonte-Brasil: Ministério da Saúde.
SLAVEN, Ellen M.; STONE, Susan C.; LOPEZ, Fred A. (2007) Doenças Infecçiosas –
Diagnóstico e Tratamento no Sector de Emergência. 1. ed. Rio de Janeiro.