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APed 15 – Bradicardia
Conduta
1. Realizar impressão inicial e avaliação primária (APed 2), com ênfase para:
• Manter permeabilidade das vias aéreas: permitir que o paciente assuma posição confortável ou realizar
manobras para abertura de vias aéreas;
• Avaliar oximetria de pulso;
• Oferecer oxigênio em alta concentração, com máscara não reinalante, se saturação de oxigênio (O2) <
94%, dispneia ou aumento do trabalho respiratório;
• Ventilação assistida, se necessário; avaliar perfusão tecidual;
• Avaliar pressão arterial (PA) (com manguitos adequados);
• Avaliar estado neurológico (nível de consciência);
• Se identificada bradicardia sintomática (com sinais de comprometimento cardiopulmonar), as prioridades
são oxigenação e ventilação imediatas.
• Os sinais de comprometimento cardiopulmonar são:
• Sinais de choque como: alteração aguda do estado mental (redução aguda do nível de consciência),
perfusão periférica e sistêmica deficientes, hipotensão;
• Combinados com desconforto ou insuficiência respiratória;
• Se, apesar da oxigenação e ventilação adequadas, a FC for ≤ 60 batimentos por minuto (bpm)
(em bebês e crianças) com sinais de perfusão tecidual inadequada (ou seja, o comprometimento
cardiopulmonar persiste), iniciar imediatamente as manobras de ressuscitação cardiorrespiratória (RCP)
(Protocolo APed 7).
APed 15 – Bradicardia
Elaboração: Janeiro/2016 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 1/3
Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.
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ATENÇÃO: em caso de intoxicação por drogas colinérgicas podem ser necessárias doses mais altas (ver
protocolo TOX correspondente);
7. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de
destino (preferencialmente com serviço de cardiologia pediátrica).
Observações
• Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3).
• Atentar para o direito da criança de ter um acompanhante (responsável legal ou outro).
• Principais ritmos que causam bradiarritmia: bradicardia sinusal, bradicardia atrioventricular (BAV) 1º grau,
BAV 2º grau (tipo 1 e tipo 2), BAV 3º grau.
• A bradicardia constitui sinal indicativo de PCR iminente em bebês e crianças quando associada a sinais de
perfusão tecidual inadequada.
• Bradicardia sintomática: FC mais lenta que o normal para a idade do paciente pediátrico (geralmente
< 60 bpm), associada a comprometimento cardiopulmonar.
• Bradicardia no paciente pediátrico pode ser secundária a: hipóxia, acidose, hipotensão, hipotermia, efeitos de drogas.
• Bradicardia pode também ser primária, como resultado de condições cardíacas congênitas ou adquiridas.
• Para a utilização do MPTC, considerar analgesia ou sedação leve.
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Elaboração: Janeiro/2016 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 2/3
Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.
APed 15 – Bradicardia
Sim
Náo
RCP se FC ≤ 60 bpm
com perfusão inadequada, apesar da
oxigenação e ventilação
- Epinefrina
- Atropina se tônus vagal aumentado
ou bloqueio atrioventricular primário
- Considerar marcapasso
transtorácico
- Tratar causas subjacentes
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Elaboração: Janeiro/2016 Este protocolo foi pautado nas mais recentes evidências científicas disponíveis. 3/3
Adaptações são permitidas de acordo com as particularidades dos serviços.
Conduta:
1. Realizar impressão inicial e avaliação primária (APed 2), com ênfase em:
• manter a permeabilidade das vias aéreas;
• oferecer oxigênio se SatO2 < 94%;
• considerar via aérea avançada e ventilação assistida, se necessário;
• avaliar perfusão periférica e instalar acesso vascular intravenoso/intraósseo (IV/IO);
• avaliar pressão arterial e oximetria de pulso;
• avaliar estado neurológico.
• ATENÇÃO: é fundamental detectar os sinais de instabilidade hemodinâmica (comprometimento
cardiopulmonar) associados às taquiarritmias com pulso, que são:
• desconforto/insuficiência respiratória;
• sinais de choque: perfusão inadequada em órgãos-alvo, com ou sem hipotensão arterial;
• alteração aguda do estado mental: rebaixamento da consciência;
• colapso súbito com pulsos rápidos e fracos.
Taquicardia com QRS normal/estreito: arritmias atriais (como flutter), taquicardia sinusal (TS) e taquicardia
supraventricular (TSV).
• DEVE SER TRATADA A CAUSA, pois a taquicardia, nesse caso, é um sintoma. NÃO tentar baixar a FC
com intervenções farmacológicas ou elétricas.
Taquicardia com QRS largo (> 0,09 s): taquicardia ventricular (TV) – maior probabilidade – ou TSV com
condução intraventricular aberrante.
5. Realizar contato com a Regulação Médica para definição do encaminhamento e/ou da unidade de saúde
de destino (preferencialmente com serviço de cardiologia pediátrica).
Observações
• Considerar os 3 “S” (Protocolos PE1, PE2, PE3);
• Atentar para o direito da criança de ter um acompanhante (responsável legal ou outro);
• Manobras vagais utilizadas em pediatria:
• colocar bolsa com água e gelo sobre a metade superior da face do bebê ou da criança (sem cobrir
nariz e boca, para não obstruir a ventilação) por 15 a 20 segundos;
• a criança maior pode soprar um canudo estreito ou obstruído;
• na criança maior também pode ser realizada manobra de Valsalva ou massagem de seio carotídeo;
• NÃO realizar pressão ocular, pelo risco de lesão na retina.
• Nos casos de pacientes estáveis (sem sinais de instabilidade hemodinâmica) e sem sintomas importantes,
com taquicardias com QRS estreito regular (TSV) sem reversão com adenosina, QRS estreito irregular ou
QRS largo, pode-se considerar aguardar a avaliação do cardiologista, sem medicar no atendimento pré-
hospitalar (APH);
• TV é incomum em pediatria e, quando ocorre, em geral o paciente apresenta cardiopatia de base;
• ATENÇÃO ao realizar a cardioversão elétrica: em grande parte dos monitores/ desfibriladores, o modo
sincronizado (botão “SYNC”) deve ser ativado a cada tentativa de cardioversão sincronizada;
• Lembrar que a infusão rápida de amiodarona pode causar vasodilatação, hipotensão, bloqueio cardíaco
ou TV polimórfica;
• Considerar o algoritmo das taquiarritmias com pulso – SAV Pediátrico, a seguir.