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PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

(PCR)

Profº MSc. Rafael Carvalho


EPIDEMIOLGIA
 A parada cardiorrespiratória (PCR) permanece como
uma das emergências cardiovasculares de grande
prevalência e com morbidade e mortalidade elevadas. A
criação de protocolos e algoritmos internacionais
permitiu a padronização e a organização da assistência
médica (SBC,2019)
 No Brasil ocorrem anualmente em média 200.000 mil
casos de PCR e metade sendo considerado 50% destes
casos em ambiente intra hospitalar (SBC, 2019).
 Segundo a American Heart Association (AHA) 2015, o
Suporte Básico de Vida (SBV) compreende um conjunto
de técnicas seqüenciais caracterizadas por
compressões torácicas, abertura das vias aéreas,
respiração artificial e desfibrilação;
DEFINIÇÃO
 A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como a
ausência de atividade mecânica cardíaca, que é
confirmada por ausência de pulso detectável, ausência
de responsividade e apneia ou respiração de gasping
(NACER; BARBIERI, 2015).
PRÉ HOSPITALAR X INTRA
HOSPITALAR
 Entre os anos de 1950 a 2010 a American Heart
Association (AHA) trabalhava com a cadeia de socorro
para pré hspitalar de forma individualizada. A partir da
atualização de 2015 esta configuração se modificou.
CADEIA DE SOCORRO AHA 2020
IDENTIFICAÇÃO
 Independente de onde ocorra a PCR a identificação do
quadro é o fator determinante para o andamento do
socorro, sendo ele no pré ou no intra hospitalar. A PCR
requer intervenção imediata. Com isso, ter alguém no
local que saiba reconhecer e agir em um caso de PCR
fará toda diferença entre a vida e a morte da vítima bem
como sobre seu prognóstico.
OBSERVAÇÃO
 Para cada minuto sem as manobras de reanimação
cardiopulmonar e desfibrilação as chances de
sobrevivência do paciente caem de 7 a 10% (AHA,2020)
SINAIS E SINTOMAS DE UMA PCR

1. Inconsciência
2. Ausência dos movimentos respiratórios
3. Midríase Bilateral
4. Palidez
5. Ausência do pulso CAROTÍDEO, FEMURAL OU
APICAL.
6. OBS: Independente do tipo de PCR os sinais e
sintomas permanecem os mesmos!
MIDRÍASE BILATERAL
TIPOS DE PCRS
 A PCR pode ocorrer por tipos diferentes. Este fato se da
devido a causa primária que desencadeou a PCR, que
pode ser desde uma alteração metabólica, respiratória,
um trauma ou até mesmo uma patologia clínica. Dentre
os tipos de PCR podemos citar:
1. Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP)
2. Fibrilação ventricular (FV)
3. Atividade elétrica sem pulso (PESP)
4. Assistolia
TAQUICARDIA VENTRICULAR SEM
PULSO
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
ATIVIDADE ELÉTRICA SEM PULSO
Assistolia
TRATAMENTO RITMOS CHOCAVEIS
 Iniciar SBV
 Providenciar acesso venoso
 Avaliar o ritmo com desfibrilador manual
 O ritmo é FV ou TV sem pulso?
 Realizar choque 200J bifásico ou 360J monofásico e
reiniciar a RCP (Por profissional habilitado)
TRATAMENTO DOS RITMOS NÃO
CHOCAVEIS
 Iniciar SBV
 • Avaliar o ritmo com desfibrilador manual
 • Se ritmo organizado AESP ou assistolia, iniciar RCP •
 Providenciar acesso venoso
 • Monitorar com os cabos do desfibrilador
 • Administrar adrenalina 1mg 3 a 5 min de intervalo,
seguida de flush de 20ml de solução fisiológica
(conforme prescrição médica)
 Considerar causas reversíveis (se ainda não foram
pesquisadas)
CAUSAS REVERSÍVEIS DA PCR NÃO
CHOCAVEL
5H 5T

Hipóxia Tóxicos

Hipovolemia Tamponamento cardíaco

Hidrogênio (acidose) Tensão no tórax

Hiper/hipocalemia Trombose coronária

Hipotermia Tromboembolismo pulmonar


SBV- CABD 2020
 C- Circulação
 A- Via aérea
 B- Boa ventilação
 D- Desfibrilação PRECOCE
CICLOS DE RCP

 30 compressões
 2 ventilações
 5 ciclos
 Ritmo = frequência entre 100/120 por minuto
CICLO RCP COM VIA AÉREA
AVANÇADA
 No ultimo protocolo (2020) a AHA, definiu que
quando a vitima de PCR estiver em com via aérea
avançada, as manobras deverão ser aplicadas de
forma intermitente, acompanhando o ritmo
cardíaco pelo monitor e realizando uma ventilação
através da bolsa máscara sendo 1 ventilação a
cada 5 a 6 segundos.
PARADA RESPIRATÓRIA
 Se o profissional identificar durante o CABD uma parada
respiratória com o pulso presente, o protocolo a ser
seguido é:
 Realizar uma ventilação a cada 5 a 6 segundos ou 10 a
12 ventilações por minuto durante 2 minutos. A cada 2
minutos verifique o pulso. Se presente retorne as
ventilações se ausente inicie o protocolo de RCP
AUTO PULSE
 O auto pulse é um equipamento de grande auxilio para
a equipe de socorro em casos de PCR tanto no meio
intra quanto no pré hospitalar. Uma vez que quando
instalado o profissional ou socorrista fica livre para
outras ações. Desde que seja uma equipe treinada!
 Vídeo 1
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Com isso, podemos afirmar que a PCR é uma patologia
emergencial que requer intervenção imediata. Sendo
assim, é de fundamental importância que o profissional
da saúde saiba como agir nesta situação, aumentando
assim as chances de sobre vida da vítima.
BIBLIOGRAFIA
 American Heart Association. Destaques das diretrizes da
AHA 2015 para RCP e ACE.

 BRAGA, Renata Maria de Nassau e. Atuação da equipe de
enfermagem no atendimento à vítima de parada
cardiorrespiratória no ambiente intra-hospitalar. Rev.
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abr./jun., 2018 ISSN 2359-4330

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Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2a edição, 2016.
 COSTA ,Brenda Gomes; OLIVEIRA, Michele da silva ;
CAMILO, júnior Cezar . atendimento ao paciente em
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seminário de ic , 2016 / 2º.

 DUARTE, Marta Batista et al. Educação continuada


como estratégia qualificadora do profissional
enfermeiro à parada cardiorrespiratória: uma revisão
integrativa.
 GUIMARÃES, Kellen De Campos; LUCIANO, Cristiana da Costa .
O conhecimento do enfermeiro frente condutas às vítimas em
parada cardiorrespiratória. Graduação em Enfermagem.
Faculdade Unida de Campinas (FacUnicamps). Campinas

 GUIMARÃES, Maressa Ribeiro et al. Revisão de literatura:


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 LIMA, Aline reis de; INVENÇÃO ,Andréa da silva santos; atuação
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 LUCENA, Vanderli da Silva; SILVA, e Fernanda
Lima. Assistência de enfermagem frente à
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 Luciano PM, Matsuno AK, Moreira RSL, Schmidt A,
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