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ESCOLA DE ENFERMAGEM CATARINA DE SIENA LTDA

FUNDADA EM 18/10/97 – RECREDENCIADA NA FORMA PRESENCIAL E


CREDENCIADA NA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD),
COMO INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO BÁSICA PELA PORTARIA – SEI Nº
217 DE 11 DE ABRIL DE 2022.
CNPJ: 02.101.472/0001-66 – RUA SÃO JOÃO, 553 – SÃO BENEDITO – PAU DOS
FERROS – CEP: 59.900-000 – FONE: (84) 3351-2108

FRANCISCA DE ASSIS JANE DE SOUSA


MARINA MARIA PAULO FERREIRA
SOLANGE GOMES DA SILVA COSTA

SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

PAU DOS FERROS/RN


2023
FRANCISCA DE ASSIS JANE DE SOUSA
MARINA MARIA PAULO FERREIRA
SOLANGE GOMES DA SILVA COSTA

SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SUPORTE AVANÇADO DE VIDA

Relatório apresentado à disciplina de


especialização em urgência e emergência da
Escola de Enfermagem Catarina de Siena,
como requisito necessário para avaliação.

Preceptor. Lupicino Junior

PAU DOS FERROS/RN


2023
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1

2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................ 4

2.1 Suporte Básico de Vida (SBV) ................................................................................................. 4

2.2 Suporte Avançado de Vida (SAV) ........................................................................................... 5

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 8

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 9
3

1 INTRODUÇÃO

Durante nossa especialização tivemos aulas práticas e teóricas administradas pelo


Enfermeiro e Professor Lupicino Junior, onde nesses encontros se tratavam dos seguintes
temas: Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Avançado de Vida (SAV). Segundo nos afirma
Gonzaga (2016) “A integração entre aulas teóricas e aulas práticas são de fundamental
importância para a melhor compreensão do conteúdo e consequentemente a melhor construção
do conhecimento.
Durante as aulas obtivemos conhecimentos de grande importância para nosso dia a dia,
tanto no trabalho quanto para nossas vidas, tivemos a oportunidade de aprendermos mais a
partir das aulas práticas e teóricas realizadas em quatro encontros com a carga horária de 16
horas aulas no Catarina de Siena.
Em nossa turma de Urgência e Emergência foram realizamos procedimentos de SBV e
SAV em bonecos simuladores, como também em nossos colegas, tivemos outras formas de
aprendizado utilizando alguns materiais da instituição como : ambu, onde tivemos simulações
de realizações de manobras em pacientes em PCR (Parada cardiorrespiratória) e cuidados pós
PCR sobre instrução e observação do professor, as simulações aconteceram no momento das
aulas, a partir delas foram administrados materiais por meio de slides, fizemos pesquisas no
Google, resumos das disciplinas e provas.
Dessa forma, nos capacitamos um pouco mais para assim darmos continuidade com
nossos estágios, onde iremos ter a oportunidade de praticarmos tudo o que aprendemos durante
as aulas teóricas.
4

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Suporte Básico de Vida (SBV)

O Suporte Básico de Vida (SBV) consiste em um conjunto de medidas voltadas à


redução do dano ou do risco de morte associado a eventos cardiovasculares, em especial, à
parada cardiorrespiratória (PCR) não traumática, tanto no ambiente extra hospitalar1 como no
ambiente intra hospitalar2.
Após estudos sobre (SBV) foi possível entender que este é definido como sendo um
conjunto de estratégias que visam manter o suporte à vítima até a chegada da equipe de
emergência, através de ações voltadas à melhora do prognóstico do paciente vítima de PCR em
ambiente pré-hospitalar
No ambiente intra hospitalar, foi visto que a parada cardiorrespiratória geralmente está
associada a quadros circulatórios ou respiratórios que se agravam e pode ser prevista e evitada
através da vigilância e de medidas de prevenção e tratamento precoce, além do acionamento da
equipe de ressuscitação.
Já no ambiente extra hospitalar, a maioria das PCR acontecem de forma súbita e em
decorrência de problemas cardíacos subjacentes. A chance de sobrevivência nesses casos está
associada ao rápido reconhecimento da PCR, acionamento do serviço médico de emergência,
início das manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e uso do desfibrilador externo
automático (DEA), quando disponível.
A RCP tem como objetivo principal prover um fluxo de oxigênio e sangue para o
coração e o cérebro. Ela deve ser feita imediatamente, pois o cérebro não tolera mais de 4
minutos de hipóxia e após 10 minutos sem RCP tem-se morte cerebral estabelecida. Com 4
minutos de RCP inicia-se lesão cerebral e em 10 minutos já existe morte cerebral estabelecida.
O atendimento em SBV segue a ordem do CAB ou CABD, que se trata de um
mnemônico para descrever os passos simplificados do atendimento SBV, onde:
 Abertura das vias aéreas;

1
Condição que se dá fora do ambiente hospitalar. Disponível em:
https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/extra-hospitalar/intra-hospitalar/. Acesso em: 03
set. 2023.
2
Tratamento feito parcialmente dentro de uma unidade hospitalar. Dependendo da melhoria do
paciente este pode passar a ser medicado em casa. Disponível em:
https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/extra-hospitalar/intra-hospitalar/. Acesso em: 03
set. 2023.
5

 Corresponde à checar responsividade, Chamar por ajuda, Checar o pulso e a respiração


da vítima, Iniciar compressões (30 compressões);
 Boa ventilação (2 ventilações);
 Desfibrilação, neste caso, com o desfibrilador externo automático (DEA).

2.2 Suporte Avançado de Vida (SAV)

O Suporte Avançado de Vida (SAV) é a segunda etapa do conjunto de habilidades e


conhecimentos envolvidos no tratamento do paciente com parada cardiorrespiratória (PCR).
O SAV caracteriza-se pela continuidade das medidas de suporte básico de vida,
utilizando equipamentos, técnicas especiais de circulação e ventilação artificial oferecidas
exclusivamente por médicos e enfermeiros em centros especializados. O objetivo é solucionar
a causa que desencadeou a parada cardiorrespiratória (PCR) e estabilizar o paciente. Será
realizado monitoração cardíaca, desfibrilação (quando necessário) e obtenção de via
intravenosa para terapia farmacológica.
O SAV envolve: Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade; Desfibrilação;
Dispositivos de via aérea avançada e oxigênio; Acesso venoso e drogas; Dispositivos de
compressão mecânica e dispositivos de oxigenação por membrana extracorpórea.
A parada cardiorrespiratória pode ser dividida em três fases:
 Fase elétrica: essa fase compreende o período inicial (de 3 a 4 minutos) da PCR, na sua
grande maioria apresenta-se como fibrilação ventricular (FV). Aqui, faz-se necessário
desfibrilação imediata e RCP de alta qualidade.
 Fase hemodinâmica: essa fase vai de 4 a 10 minutos após a PCR. Compreende à
depleção dos substratos para um metabolismo adequado, sendo a desfibrilação e a RCP
de alta qualidade ainda críticas para esses pacientes.
 Fase metabólica: fase após os 10 minutos de PCR, em que há acidose e disfunção
celular graves. Aqui, faz-se necessário cuidados pós parada, bem como, caso não ocorra
volta da circulação espontânea, as chances de sobrevivência do paciente caem e ele
geralmente não sobrevive.
O diagnóstico da PCR é firmado quando se tem o conjunto das seguintes características:
Paciente não responsivo; Paciente sem pulso central palpável; Quando identificada,
inicialmente, deve-se partir para o suporte básico de vida; Ritmos cardíacos e Ritmos chocáveis.
São eles: Fibrilação ventricular (FV) e Taquicardia ventricular sem pulso (TVsp), sendo
ambas tratadas da mesma forma na PCR:
6

RCP de alta qualidade.


Administração de vasopressores e antiarrítmicos.
Desfibrilação.
Ritmos não chocáveis.
São eles: Atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia.
Atividade elétrica sem pulso (AESP).
Definida pela ausência de pulso palpável na vigência de atividade elétrica cardíaca
organizada. Várias são as causas para essa atividade cardíaca, sendo a conduta feita de acordo
com a etiologia identificada.
Possíveis causas: Os 5 H’s.
Hipo/ hipercalemia.
Hipóxia.
Hipovolemia.
Hipotermia.
H+ (acidose).
Possíveis causas: Os 5 T’s.
Tóxicos.
Tamonamento cardíaco.
Trombose coronariana.
Tromboembolismo pulmonar.
Tensão pulmonar (pneumotórax).
O estabelecimento de uma via aérea avançada não é prioridade na fase inicial de
atendimento à PCR, visto que dados da literatura mostram que em torno de 25% de todas as
interrupções nas compressões torácicas são devidas à colocação de uma via aérea avançada.
Assim, a única indicação absoluta para intubação de um paciente durante a PCR é ter
uma ventilação ineficiente com a bolsa-válvula-máscara. Mesmo assim, não se deve
interromper a realização das compressões torácicas.
Acesso venoso periférico (AVP) se faz necessário em caso de necessidade de
administração de medicações e volume para reverter as possíveis causas da PCR.
Acesso venoso central (AVC) não é recomendado ser feito de rotina nos casos PCR.
Acesso intraósseo, Kits de acesso intraósseo para rápida infusão de volume e
vasopressores tem se tornado cada vez mais disponíveis e são excelentes alternativas ao AVP
e substituem o AVC na PCR.
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Acesso arterial, sua principal finalidade é monitorar a pressão arterial diastólica e titular
os esforços da ressuscitação.
Medicações usadas na PCR:
Epinefrina ou adrenalina; Vasopressina; Corticosteroides; Amiodarona; Lidocaina;
Magnésio e Bicarbonato de sódio.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante as aulas teóricas e práticas no tocante aos SBV e SAV foi possível perceber sua
importância para todos de uma forma geral, haja vista que, se o serviço funcionar da forma que
é para ser, evitando assim maior número de mortalidade e aumentando as chances de vida do
paciente que necessitar este serviço, é possível fornecer atendimento as vítimas em situações
de urgência, como PCR, onde ele estabelece medidas de reanimação do paciente.
Diante do relatório exposto, sabe-se que os serviços são para o benefício de todos, haja
vista que, a validação dessa capacitação deveria dar início ainda nas escolas, afim de promover
saúde e conhecimento para um maior número de pessoas, pois o processo de ensino aprendizado
deve ser construído visando a integração de aulas teóricas e atividades práticas, possibilitando
os educandos a construção de seu conhecimento.
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REFERÊNCIAS

AMERICAN HEART ASSOCIATION. ACLS Advanced Cardiac Life Suport: provider


handbook. Las Vegas: Satori Continuum Publishing, 2016.

AMERICAN HEART ASSOCIATION. Suporte Básico de Vida: manual do profissional.


Mesquite: Integracolor LTD, 2016.

GONZAGA, Iago Batista Mendes. A importância de aulas práticas no processo de ensino


aprendizado. Disponível em: file:///C:/Users/Maria%20Jose/Downloads/6657-
Texto%20do%20artigo-24506-1-10-20170126.pdf. Acesso em: 01 set. 2023.

ISADORA LUCENA. Resumo de Suporte Avançado de Vida no adulto: manejo intra-


hospitalar/Colunistas. Disponível em: https://www.sanarmed.com/resumo-de-suporte-
avancado-de-vida-no-adulto-manejo-intra-hospitalar-colunistas. Acesso em 01 set.2023.

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