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CASO CLÍNICO
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA
Belo Horizonte
2023
Alicia Lima Ribeiro
Ana Carolina Silva Matos
Camilla de Castro Souza
Lilian Gabrielle Souza de Oliveira
Mariana Oliveira Martins
Monique Lorena do Nascimento Correia
Ryan Cristian Laurentino de Souza
Teresa Helena Costa Silva Gonçalves
CASO CLÍNICO
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA DE FRAÇÃO DE EJEÇÃO REDUZIDA
Belo Horizonte
2023
RESUMO
O presente trabalho propõe-se a abordar a insuficiência cardíaca, e
através de um caso clínico explicar a insuficiência cardíaca de fração de
ejeção reduzida, explorando as causas, sintomas, fatores de risco, bem como
estratégias de cuidados e intervenções. Além disso, destacar a importância
da prevenção e da atuação da enfermagem nessa condição clínica.
ABSTRACT
2. OBJETIVO
O objetivo deste estudo é abordar um caso clínico sobre a Insuficiência
cardíaca de fração de ejeção reduzida, relatando sintomas, tratamento,
fatores de risco, prevenção e o papel do enfermeiro.
3. METODOLOGIA
4.1 FISIOPATOLOGIA
A fisiopatologia da IC resulta em alterações e manifestações clínicas,
ocorrendo disfunção miocárdica significativa antes que o paciente apresente
sinais e sintomas, tais como dispneia, edema ou fadiga. Com a progressão da
IC, o corpo ativa mecanismos compensatórios neuro-hormonais, que realizam
a tentativa do corpo de lidar com a IC e são responsáveis pelos sinais e
sintomas que se desenvolvem.
Modulação do SRAA
Inibidores de ECA
A inibição da ECA faz com que menos angiotensina I se transforme em
angiotensina II, além de inibir a degradação da bradicinina, potente
vasodilatador. Esses efeitos em conjunto são potencialmente benéficos pois
inibem o remodelamento ventricular esquerdo, por redução da hipertrofia,
fibrose e apoptose celular do cardiomiócito.
Antagonistas mineralocorticoides
O “escape” de aldosterona, possivelmente causado pelo acúmulo de
renina em paciente em uso de IECA ou BRA, faz com que antagonistas
mineralocorticoides como a espironolactona, único antagonista
mineralocorticoide disponível no mercado brasileiro até o momento, sejam
úteis para potencializar a inibição do SRAA em pacientes com ICFEr.
4.2 EPIDEMIOLOGIA
4.3 TRATAMENTO
O tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida
(ICFEr) geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar que inclui
medicamentos, mudanças no estilo de vida e, em alguns casos,
procedimentos médicos.
Medicamentos
Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (IECA) ou
Bloqueadores dos Receptores da Angiotensina (BRA): Esses medicamentos
ajudam a relaxar os vasos sanguíneos e reduzir uma carga de trabalho do
coração.
Betabloqueadores: Eles diminuem a frequência cardíaca e a pressão
arterial, aliviam o esforço do coração. Exemplo: Bisoprolol
Inibidores da Neprilisina: São usados em combinação com IECA ou BRA
para melhorar ainda mais a função cardíaca. Exemplo: Ramipril
Diuréticos: Ajudam a eliminar o excesso de fluido do corpo para aliviar os
sintomas de retenção de líquidos. Exemplo: Espironolactona
Antagonistas da Aldosterona: Podem ser prescritos em casos mais
graves de ICFEr para reduzir a retenção de sódio e água.
Digoxina: Pode ser usada em alguns casos para fortalecer a contração do
músculo cardíaco.
Vacinação
Manter as vacinas atualizadas, especialmente contra a gripe e a
pneumonia, é importante, pois essas infecções podem piorar as insuficiências
cardíacas.
Limitação do álcool
O consumo excessivo de álcool pode piorar a insuficiência cardíaca.
Limitar ou evitar o álcool é aconselhável.
Gestão do estresse
O estresse pode desencadear sintomas do ICFEr. Práticas de gestão
do estresse, como meditação, relaxamento e ioga, podem ser benéficas.
5. CASO CLÍNICO
5.1 ANAMNESE
História Pregressa:
Paciente portadora de arritmia ventricular desde os 12 anos, não era
tratada adequadamente e evoluiu com piora do caso em 2020. Diagnosticada
com arritmia ventricular de VD, idiopática, região subtricuspídea, muito
frequente, refratária a todo tratamento farmacológico, submetida a 4 ablações
prévias apresentando recidivas, muito sintomática. Teve TEP em maio de
2020 após o primeiro procedimento. Não é tabagista e nem etilista, não é
hipertensa, diabética e sem histórico de infarto.
Histórico Familiar:
A paciente relata que o pai também tinha problema cardíaco,
realizando duas cirurgias para troca da valva mitral. O pai faleceu 6 meses
após a segunda cirurgia aos 45 anos. A mãe é portadora de diabetes tipo 2 e
sem histórico de outras doenças.
Exame Físico:
21/09/2022 Na consulta com seu arritmologista paciente apresenta-se
normocorada, hidratada, acianótica, afebril, anictérica, dispneica, taquicárdica.
AP: Sons respiratórios presentes, sem ruídos adventícios.
ABD: Livre, sem ausência de dor à palpação superficial ou profunda,
ausência de visceromegalias.
MMll: Presença de edema
Peso: 88kg
Altura: 1,62 m
PA: 140x90 mmHg;
FR: 30 irpm
Spo2: 88%
FC: 125 bpm.
TAX: 36.5 ºC
Débito cardíaco: diminuído
Após o exame físico a paciente apresenta o resultado do ECG, Holter e
da Ressonância Magnética Cardíaca, onde foi constatado que paciente
apresentava insuficiência cardíaca de fração de ejeção reduzida (ICFER)
NYAH lll.
Exame:
RNM (Laudo): Arritmias ventriculares durante o exame, dificultando a
análise das imagens.
Ventrículo direito exibe dimensões e volumes preservados com
disfunção sistólica leve.
Ventrículo esquerdo exibe dimensões e volumes preservados com
disfunção sistólica leve.
Ventrículo direito com fração de ejeção (51-71%) 48%
Ventrículo esquerdo com fração de ejeção (57-77%) 45%
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
CARDÍACA
HOLTER
Fonte: Arquivo pessoal, 2022.
5.2 CONDUTA MÉDICA
A pedido médico foi iniciado pela paciente medicações via oral sendo
elas: Bisoprolol
2,5mg 1 cp ao dia;
Ramipril 5 mg 1 cp ao
dia;
Retorno ao médico:
Exame:
RNM (Laudo): Arritmias ventriculares durante o exame;
Ventrículo direito exibe dimensões e volumes preservados.
Ventrículo esquerdo exibe dimensões e volumes preservados.
Planejamento
Intervenções de Enfermagem
Controle de medicamentos;
Aconselhamento nutricional;
Autocontrole da doença cardíaca Controle do peso;
Promoção do exercício;
Controle de energia;
Controle de imunização;
Controle de arritmias;
Eficácia da bomba cardíaca Monitorização de sinais vitais;
Controle hidroeletrolítico;
Controle hídrico;
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do presente trabalho fica evidente que a insuficiência cardíaca
representa um desafio significativo para a saúde global. Este trabalho reforça
a importância da conscientização, prevenção, tratamento adequado e
importância do papel do enfermeiro. O papel do enfermeiro é crucial pois sua
participação abrangente, desde a educação do paciente até a coordenação
de cuidados integrados, destaca-se como peça fundamental no
gerenciamento eficaz dessa condição. A implementação das práticas de
enfermagem centradas no paciente, contribui não apenas para a melhoria dos
resultados clínicos, mas também para a qualidade de vida dos indivíduos
afetados pela insuficiência cardíaca.
REFERÊNCIAS