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RIO DE JANEIRO
2023
CAROLINE FERREIRA SIMÕES
RIO DE JANEIRO
2023
CIP - Catalogação na Publicação
Aos meus pais, Edineide e Paulo, por todo suporte, dedicação, presença, incentivo e
por não medirem esforços para que eu realizasse os meus sonhos. Sem eles, não
seria possível chegar até aqui.
À minha irmã, Juliana, pelo companheirismo, ajuda e incentivo, tornando meus dias
mais leves.
Aos meus avós, Lia (in memoriam) e João (in memoriam) por todo carinho e cuidado.
A todos os meus amigos, pela amizade, apoio e por serem fortaleza em todos os
momentos.
Para os próximos anos, projeta-se que a proporção de pessoas com idade de 65 anos
PRISMA Extension for Scoping Reviews (TRICCO et al., 2018) com busca em três
inclusão e que não apresentaram resultados exclusivos para idosos hipertensos foram
identificados nas bases de dados, dos quais 1486 eram duplicatas e foram
removidos automaticamente pelo Rayyan. Com base nos títulos e resumos, 4887
artigos foram excluídos e 59 foram eliminados por análise de texto na íntegra. 10
1 INTRODUÇÃO 12
1.1 LETRAMENTO EM SAÚDE 12
1.2 HIPERTENSÃO ARTERIAL 15
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA 18
2 QUESTÃO NORTEADORA E OBJETO 20
2.1 QUESTÃO NORTEADORA 20
2.2 OBJETO 20
3 OBJETIVO 21
3.1 OBJETIVO GERAL 21
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 21
4 JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA 22
5 METODOLOGIA 23
5.1 TIPO DE ESTUDO 23
5.2 FONTE DE DADOS 23
5.3 ESTRATÉGIA DE BUSCA 23
5.4 CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 24
5.4.1 Critérios de inclusão 24
5.4.2 Critérios de exclusão 24
5.5 SELEÇÃO DOS ARTIGOS 25
5.6 EXTRAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS 25
5.7 CATEGORIZAÇÃO DOS DADOS 26
6 RESULTADO E DISCUSSÃO 27
6.1 SELEÇÃO DAS FONTES DE EVIDÊNCIA 27
6.2 CARACTERÍSTICAS DAS FONTES DE EVIDÊNCIA 28
6.3 INTERVENÇÕES E PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS 34
6.4 CATEGORIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS 41
6.5 ELABORAÇÃO DOS MATERIAIS UTILIZADOS COMO SUPORTE 44
6.6 TEMATIZAÇÃO E AMBIENTE ASSISTENCIAL 45
7 CONCLUSÃO 47
8 REFERÊNCIAS 48
9 APÊNDICE 53
10 ANEXOS 55
12
1 INTRODUÇÃO
Figura 1 – Relação entre o letramento em saúde e os determinantes sociais da saúde associada aos
resultados de médio e longo prazo.
Continua
14
Figura 2 – Proporção de pacientes internados em 1994 e 1995 de acordo com o nível de letramento
em saúde.
sintomas são dores no peito, dores de cabeça, tonturas, zumbido nos ouvidos,
fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal (BRASIL, 2021).
A HA mantém forte associação com distúrbios metabólicos, alterações
estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvos como coração, encéfalo, rins e sistema
arterial (RIO DE JANEIRO, 2016). É considerada o principal fator de risco modificável
para doenças cardiovasculares, doença renal crônica (DRC) e morte prematura,
tendo-se um impacto significativo no número de internações e custos médicos, devido
às complicações nesses órgãos (BARROSO et al., 2021). Dentre as complicações,
destacam-se doença arterial coronária (DAC), insuficiência cardíaca (IC), acidente
vascular encefálico (AVE) e doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), além da
DRC, que pode se agravar e levar o paciente a necessitar de terapia dialítica
(BARROSO et al., 2021).
As DCV são o principal motivo de óbito nas Américas, sendo a hipertensão
arterial responsável por mais de 50% dos casos como fator desencadeador (OPAS,
2022). Segundo os indicadores da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2022), no
Brasil, por dia ocorrem mais de 1100 óbitos por DCV, por hora são cerca de 46 mortes
e a cada 90 segundos, 1 pessoa morre.
Em âmbito mundial, estima-se que 1,28 bilhão de adultos com idades entre 30
e 79 anos tenham hipertensão arterial, sendo que aproximadamente apenas 1 em
cada 5 adultos (21%) têm a doença sob controle (WHO, 2021). No Brasil, segundo o
VIGITEL 2021, a prevalência de hipertensão autorreferida foi de 26,3%. Em ambos os
sexos, observou-se que a frequência de diagnóstico aumentou com a idade, chegando
em 2021, a 61% entre os adultos com 65 anos ou mais (BRASIL, 2022).
De acordo com as estatísticas em 2016, foram registrados um total de 983.256
internações e atendimentos ambulatoriais no SUS, gerando um custo de cerca de
R$61,2 milhões (BRASIL, 2022).
Frequência Valor
Internações (SIH) 83.688 R$ 37.416.706,61
Em relação a mortalidade por HA, registros mostraram que entre 2006 e 2016,
ocorreram um total de 489.848 óbitos (BRASIL, 2022).
Com isso, diante do crescimento dessa faixa etária, será possível notar um
aumento significativo de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) na população
(BRASIL, 2022). Dentre as DCNTs, segundo Boccolini e Camargo (2016), a
hipertensão arterial é a que mais acomete os idosos. Sendo considerada, de acordo
com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (2020), o principal fator de risco modificável
para doenças cardiovasculares (DCV) e morte prematura.
Em uma publicação de 2003, a National Assessment of Adult Literacy - NAAL
demonstrou a preocupação dos idosos serem a faixa etária que mais apresentam
doenças crônicas e mais utilizam os serviços de saúde, porém apresentam a menor
proporção de pessoas letradas e maior proporção de pessoas com nível abaixo do
básico (apud CDC, 2009).
Sabendo-se que o LS limitado é considerado um obstáculo à prestação de
cuidados da saúde (MAGNANI et al., 2018), em um relatório publicado em 2020, a
UnitedHealth Group EUA, ilustrou a importância do letramento em saúde como
19
Figura 3 – Idosos residentes em municípios com os mais altos níveis de letramento em saúde
experimentaram melhores resultados de saúde comparado a municípios com menores níveis de
letramento em saúde.
2.2 OBJETO
3 OBJETIVO
4 JUSTIFICATIVA/RELEVÂNCIA
5 METODOLOGIA
#3 aged OR elderly
#1 AND #2 AND #3
((‘Literacy, Health’ OR ‘Health Literacy’ OR ‘Health Education’ OR
‘Education, Health’ OR ‘Community Health Education’ OR ‘Education,
Community Health’ OR ‘Health Education, Community’) ) AND
((Hypertension OR ‘Blood Pressure, High’ OR ‘Blood Pressures, High’
Biblioteca Virtual em OR ‘High Blood Pressure’ OR ‘High Blood Pressures’) ) AND ((Aged OR
Saúde (BVS) Elderly))
“Letramento em Saúde” OR “Alfabetización en Salud” OR “Educação em
Saúde” OR “Educación en Salud” AND Hipertensão OR Hipertensión
AND Idoso OR Anciano
Fonte: Autoria própria
Assim como no passo anterior, a extração e análise dos dados foi realizada por
um revisor (SIMÕES, C.F.) e conferido pelo terceiro revisor (LOPES, L. F. N.). Esse
procedimento consistiu em criar uma tabela em Excel e preenchê-la com as variáveis
do banco de dados. As informações coletadas e compiladas na planilha foram: autor,
ano, título, população, nome da estratégica educativa, resultados, desenho do estudo,
objetivo do estudo, limitações metodológicas e conclusão.
26
6 RESULTADO E DISCUSSÃO
Por meio da busca eletrônica, 6442 artigos foram identificados nas bases de
dados, dos quais 1486 eram duplicatas e foram removidos automaticamente pelo
Rayyan. Em seguida, com base nos títulos e resumos, 4887 artigos foram excluídos
e 59 foram eliminados por análise de texto na íntegra. Sendo, esses últimos, excluídos
pelos motivos descritos na Figura 4 ou pela combinação entre eles. Por fim, 10
registros foram considerados elegíveis e incluídos na revisão.
Figura 4 – Fluxograma do processo de inclusão e exclusão dos estudos por meio da busca eletrônica
nas bases de dados.
Fonte: Adaptado de PRISMA Extension for Scoping Reviews (TRICCO et al., 2018).
28
No Quadro 5, encontram-se os 10 estudos incluídos nesta revisão, juntamente com a síntese sobre a população-alvo, tipo de
estudo, objetivo e resultado. As limitações de cada estudo estão descritas no Apêndice A. Nota-se, em termos de localização
geográfica, que 3 estudos são dos EUA, 2 do Brasil, 1 do Irã, 1 da Espanha, 1 da Argentina, 1 da China e 1 da Coréia do Sul. Sendo
estes, publicados entre 1982 e 2020.
Quadro 5 – Caracterização dos estudos incluídos segundo autor, ano, país, população, tipo de estudo, objetivo e principais resultados.
Primeiro autor
População Estudo Objetivo Resultado
Ano, País
Continua
29
Quadro 5 – Caracterização dos estudos incluídos segundo autor, ano, país, população, tipo de estudo, objetivo e principais resultados (continuação)
Primeiro autor
População Estudo Objetivo Resultado
Ano, País
Continua
30
Quadro 5 – Caracterização dos estudos incluídos segundo autor, ano, país, população, tipo de estudo, objetivo e principais resultados (continuação)
Primeiro autor
População Estudo Objetivo Resultado
Ano, País
Continua
31
Quadro 5 – Caracterização dos estudos incluídos segundo autor, ano, país, população, tipo de estudo, objetivo e principais resultados (continuação)
Primeiro autor
População Estudo Objetivo Resultado
Ano, País
Após 18 meses de tratamento, houve uma taxa
Comparar a taxa de significativamente maior de controle da PA nos participantes
Pacientes com HA
controle da pressão arterial do grupo RAMP do que nos participantes individuais do
diagnosticados pelo médico por
dos participantes após RAMP (78,9% vs 36,5%, P < 0,001). A PA sistólica foi
mais de 6 meses. PAS clínica
atendimento no Programa reduzida em 19,7 mmHg (95% IC −22,03, −17,40, P < 0,001)
superior a 140 mmHg (para
Ensaio clínico de Avaliação e Gestão de e a PA diastólica em 8,1 mmHg (95% IC −9,66, −6,61, P <
Fu, S. N. aqueles com idade <80) e
controlado Riscos (Risk Assessment 0,001) no grupo RAMP, enquanto o RAMP individual
2020, China superior a 150 mmHg (para
randomizado and Management Program demonstrou redução 9,3 mmHg (95% IC −12,1, −6,4, P <
aqueles com idade ≥80) ou PAD
- RAMP) em grupo com 0,001) na PA sistólica sem qualquer diferença significativa na
superior a 90 mmHg em suas
aqueles atendidos no PA diastólica. O peso corporal (PC) e o índice de massa
duas consultas clínicas mais
RAMP de atendimento corporal (IMC) dos participantes do grupo RAMP não tiveram
recentes.
habitual (individual). alterações significativas, enquanto os participantes do RAMP
individual tiveram um aumento significativo no PC e no IMC.
Alcançar a PA ideal,
Indivíduos que não tinham
aumentar o conhecimento
previamente participado de um
e autoeficácia sobre as Os resultados sugerem que a satisfação do usuário idoso foi
estudo de programa de
interações alta. A pressão arterial reduziu durante as quatro visitas para
educação pessoal, tivessem
medicamentosas 82% dos participantes. PEP-NG teve um grande efeito no
pelo menos 60 anos de idade
decorrentes das práticas de aumento do conhecimento e autoeficácia para evitar
(por autorrelato), pontuação de
automedicação, reduzir comportamentos adversos de automedicação. O escore de
Neafsey, P. J. alfabetização em saúde de pelo Estudo série de
comportamentos adversos risco comportamental não mudou significativamente, mas foi
2008, EUA menos 44 como medida pela casos
autorrelatados associados significativamente correlacionado com a pressão arterial
ferramenta Rapid Estimate of
a possíveis interações sistólica na quarta visita. Os resultados positivos encontrados
Adult Literacy in Medicine
medicamentosas e nesta pequena amostra sugerem que a PEP-NG pode
(REALM), uso de anti-
demonstrar satisfação desempenhar um papel central na facilitação da comunicação
hipertensivo prescrito e
usando o PEP-NG paciente-profissional e adesão à medicação.
funcionamento físico e cognitivo
(Personal Education
independente.
Program - Next Generation)
Continua
32
Quadro 5 – Caracterização dos estudos incluídos segundo autor, ano, país, população, tipo de estudo, objetivo e principais resultados (continuação)
Primeiro autor
População Estudo Objetivo Resultado
Ano, País
Verificar a eficácia do
Envelhecimento Saudável
Após a intervenção, a pressão arterial sistólica do grupo
Indivíduos com idade maior ou e Envelhecimento Feliz
experimental diminuiu significativamente em relação ao grupo
Park, Y. H. igual a 65 anos, frequência Ensaio clínico (Healthy Aging and Happy
controle. Os escores de autoeficácia do exercício, saúde
2011, Coréia do regular no centro de idosos e controlado Aging - HAHA), programa
geral, vitalidade, funcionamento social e saúde mental no SF-
Sul diagnóstico de hipertensão há randomizado integrado de educação em
36 (formulário) foram estatisticamente maiores do que os do
mais de 1 ano. saúde e exercícios para
grupo controle.
idosos com hipertensão
residentes na comunidade.
Continua
33
Quadro 5 – Caracterização dos estudos incluídos segundo autor, ano, país, população, tipo de estudo, objetivo e principais resultados (continuação)
Primeiro autor
População Estudo Objetivo Resultado
Ano, País
As intervenções utilizadas nos estudos e a síntese das suas principais características podem ser encontradas no Quadro 6,
bem como o ambiente assistencial onde a intervenção foi aplicada.
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
Uso de intervenções educativas verbais e visuais por meio de um programa de atenção farmacêutica focado em
educação em saúde e monitoramento de problemas relacionados a medicamentos (PRM)
➢ Formato presencial com visitas mensais do programa de 40 a 60 minutos
Farmácia
➢ Materiais utilizados: apresentações interativas com slides, manuscritos, folhetos informativos e tabelas de medicamentos
comunitária
(Anexo B).
pertencente
➢ Assuntos dos materiais: hipertensão (natureza, causas e tratamento), autogestão de medicamentos (reações adversas,
Aguiar, P. M. à rede
administração e armazenamento) e mudanças no estilo de vida.
Farmácias
➢ Durante o programa, o farmacêutico identificou e resolveu os problemas relacionados a medicamentos (PRMs), Populares do
classificando-os de acordo com o método estabelecido na propedêutica farmacoterapêutica: necessidade, efetividade, Brasil
segurança e adesão
➢ As intervenções do farmacêutico em relação às mudanças na farmacoterapia foram encaminhadas aos médicos
verbalmente ou escritos por meio de relatórios.
Continua
35
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor (continuação)
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
Sessões educativas e desenvolvimento de um diário pessoal de saúde por meio de um programa focado em educação
para autogestão (Health Coaches for Hypertension Control - HCHC)
➢ Sessões educativas em grupo compostas por 8 módulos principais e 8 módulos suplementares de 1h30 cada.
Módulos básicos: 1) Discussão inicial sobre plano de ação individual e monitoramento de comportamentos utilizando um diário
de saúde pessoal; 2) Noções básicas de controle da hipertensão: visão geral sobre comportamentos e estilo de vida, incluindo
gestão de medicamentos para o controle da hipertensão. Os pacientes receberam um monitor de pressão arterial e foram
ensinados de como utilizar; 3) Nutrição: módulo focado no controle de peso e a dieta DASH; 4) Atividade Física: abordagem
sobre controle do peso e planos personalizados para aumentar a atividade física; 5) Uso de tabaco: materiais e informações
sobre programas sobre cessação do tabagismo; 6) Gestão do Stress: técnicas de relaxamento recomendadas para gerir o stress
e melhorar a pressão arterial. Os participantes recebem um CD de gerenciamento de estresse; 7) Gestão de medicamentos:
Dye, C. J. abordagem sobre como funcionam os medicamentos de hipertensão e desenvolvimento de um plano personalizado de gestão Comunidade
de medicamentos; 8) Plano de ação de longo prazo: desenvolvimento de um plano de ação pessoal de longo prazo para
continuar as atividades de controle da hipertensão nas próximas 8 semanas.
Módulos suplementares: 1) 6 aulas semanais de nutrição: ênfase no desenvolvimento de habilidades na leitura dos rótulos dos
alimentos, na compra e na preparação de alimentos saudáveis. Incentivo: uso de livro de receita; 2) 2 aulas de atividade física:
ênfase no módulo principal e no desenvolvimento de habilidades para estabelecer um plano de atividade física personalizado
visando a redução do risco de lesões e manutenção das atividades físicas. Incentivo: Pedômetro para estabelecer metas e
autoavaliação.
➢ Os módulos foram adaptados para os indivíduos com baixa escolaridade e letramento em saúde.
➢ Os participantes receberam um notebook para atividades interativas.
➢ Materiais utilizados nas sessões educativas: Disease Control and Prevention CHW sourcebook; A Training Manual for
Preventing Heart Disease and Stroke; National Institutes of Health; Your Heart, Your Life: A Lay Health Educator’s Manual
(2013); National Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI).
Continua
36
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor (continuação)
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
1. Mudança organizacional (indireta): Adição de um consultório dedicado exclusivamente para o programa. Durante a visita,
os pacientes tiveram sua pressão arterial medida e registrada. E em seguida, eram relembrados de realizar a PA
semanalmente, manter as mudanças no estilo de vida e cumprir com o tratamento farmacológico. O lembrete era verbal e
com folhetos especialmente elaborados para idosos.
Fígar, S. Hospital
2. Médicos de atenção primária (indireta): A fim de alcançar um maior nível de comprometimento, estabeleceu-se a
participação ativa dos médicos da atenção primária, especialistas em hipertensão e epidemiologistas. Receberam apoio da
gestão e tiveram encontros focados em: fatores associados ao mau controle da PA, benefícios das pequenas reduções na
PA em idosos, relação médico-paciente em doenças crônicas e intervenções farmacológicas e não farmacológicas. Os
médicos recebiam lembretes eletrônicos cada vez que abriam o prontuário eletrônico podendo observar os registros de PA
dos pacientes.
3. Sessões educativas (direta): 4 sessões educativas que ofereciam aprendizagem e participação ativa: tópicos com ênfase
às mudanças comportamentais. As sessões foram conduzidas por especialistas em hipertensão.
Continua
37
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor (continuação)
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
Adição da estratégia educação em grupo no Programa de Gerenciamento e Avaliação de Risco (Risk Assessment and
Management Program - RAMP)
➢ No programa habitual do RAMP, as enfermeiras clínicas eram treinadas para realizarem avaliação de risco, aconselhamento
pessoal de estilo de vida e encaminhamento para serviços de saúde multidisciplinares (exemplo: fisioterapeuta, nutricionista
e terapia ocupacional). Como intervenção, ofereceu-se um programa de educação em grupo após o expediente.
➢ Etapas da educação em grupo:
○ Palestra educacional de 30 minutos, com foco nas modificações do estilo de vida para hipertensão, como evitar fatores
de risco e atividades físicas aeróbicas regulares de pelo menos média intensidade.
Fu, S. N. ○ Os participantes tiveram 15 a 30 minutos para discutir entre si sobre como implementar mudanças em sua vida diária. Clínica
○ Exibição de um vídeo autoexplicativo de 5 minutos com as etapas da HBPM.
○ Demonstração interativa de 20 minutos, com foco na seleção e no uso de manguitos branquiais e dispositivos de HBPM.
Houve, também, a demonstração de um registro apropriado das leituras de HBPM.
○ Após algumas semanas, os pacientes foram orientados a trazer de volta os medicamentos e o dispositivo de HBPM para
verificar o aparelho e a adesão aos medicamentos.
➢ Materiais utilizados: apresentações e folhetos educativos. Os materiais foram elaborados especialmente para pacientes
idosos com conteúdo escritos de forma simples, sucinta, sem jargões, palavras com tamanho de fonte de pelo menos 14
pontos e uso maximizado de diagramas e imagens. Os tópicos tinham ênfase na gestão do autocuidado.
➢ 2-3 profissionais de saúde auxiliando na demonstração e no treinamento prático de HBPM durante a educação em grupo.
Continua
38
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor (continuação)
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
Uso de um programa de computador/tablet sensível ao toque: Programa de Educação Pessoal - Próxima Geração
(Personal Education Program-Next generation - PEP-NG)
➢ Por meio de um programa de computador/tablet sensível ao toque, os comportamentos de automedicação dos pacientes
eram registrados. O programa analisava as informações inseridas pelos pacientes e fornecia apenas o conteúdo interativo
aplicável aos seus comportamentos.
➢ O programa incluía animações, perguntas interativas e uma impressão que listava os comportamentos e estratégias
corretivas sugeridas junto com uma ilustração da interação medicamentosa.
➢ Resumos dos sintomas autorrelatados do paciente, uso de medicamentos (incluindo frequência/tempo), interações
medicamentosas e as estratégias corretivas eram impressos separadamente para o paciente e para o profissional que
Neafsey, P. J. Comunidade
deveria inserir no prontuário médico.
➢ Os 3 comportamentos adversos de automedicação identificados com os pesos de maior prioridade eram abordados na
educação personalizada fornecida pelo tablet.
➢ No caso de menos de 3 comportamentos adversos relatados, o PEP-NG oferecia um conjunto de até três padrões sobre
adesão à medicação, analgésicos de venda livre que podem ser tomados com segurança com anti-hipertensivos e perigos
da combinação de analgésicos.
➢ O PEP-NG utilizava letras grandes (fonte Arial Black de tamanho 20), nível 6ª série, imagens de 3 cm de altura, barras de
rolagens largas e menus que facilitam a manobra de um usuário que pode ter articulações rígidas e/ou tremor fino. A
velocidade da exibição, os movimentos do objeto e a sequência de animação foram reduzidos para acomodar
adequadamente a capacidade de processamento visual e cognitivo dos idosos.
Continua
39
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor (continuação)
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
Programa integrado de educação em saúde e exercícios para idosos hipertensos denominado Envelhecimento
Saudável e Envelhecimento Feliz (Healthy Aging and Happy Aging - HAHA) utilizando 3 intervenções (educação em
grupo, aconselhamento e exercício)
1. Educação em saúde em grupo: Sessões semanais ministradas por duplas de enfermeiras treinadas. Tópicos de cada sessão:
Introdução, definição e sintomas de hipertensão, complicações da hipertensão, medicamentos, verificação da pressão arterial,
dieta, exercício, gestão do estresse, atendimento de emergência, tabagismo e álcool, estratégia de autogestão e avaliação do
programa.
2. Aconselhamento individual: Aconselhamento individual de saúde por enfermeira treinada para encorajar a iniciação e
Park, Y. H. Comunidade
manutenção de comportamentos de autogestão e para identificar quaisquer problemas potenciais no programa. O tempo para
cada participante era de 1 hora.
3. Exercícios de elástico personalizados para o paciente: O exercício com elástico foi realizado por 12 semanas (2 vezes por
semana). Os fisioterapeutas classificaram os participantes em vários grupos com nível de condicionamento físico semelhante e
2–3 séries de 12–15 tipos de exercícios (15–25 repetições/série) foram realizadas usando um elástico (Thera-band).
Aquecimento: Alongamento leve, 15 min, 1 série; Exercício principal: desenvolvimento de ombros, encolhimento de ombros,
elevação frontal, elevação lateral, rosca bíceps, extensão tríceps, retrocesso, remada curvada, remada sentada, supino, leg
press, agachamento, rosca abdominal, elevação pélvica, tempo 40 min, 15–25 repetições, 2–3 séries com elástico;
Desaquecimento: Alongamento leve, 5 min, 1 série.
1. Aconselhamento: Entrevista de aconselhamento de 5 a 10 minutos com o paciente imediatamente após a consulta médica, Ambulatório
Morisky, D. E.
para ajudar a esclarecer e enfatizar a importância do regime terapêutico; hospitalar
2. Apoio ao paciente: Compreensão familiar, apoio e reforço para o paciente;
3. Sessões em grupo: Série de três sessões em grupo de 1 hora, para aumentar a compreensão do paciente e os sentimentos
de autoconfiança sobre seu problema, particularmente em relação ao gerenciamento e adesão.
Continua
40
Quadro 6 – Síntese das principais características das intervenções e ambiente assistencial segundo autor (continuação)
Primeiro Local da
Intervenção e suas principais características
autor intervenção
1. Investigação temática: Os temas geradores discutidos no CC foram escolhidos por representar o universo vocabular e
coletivo dos idosos através de entrevistas com os participantes.
2. Tematização: Uso de técnicas de sensibilização e acolhimento com o uso de pulseiras e/ou balões coloridos, a fim de
estimular a aproximação entre os idosos e a expressão de sentimentos em relação às experiências com anti-hipertensivos
para tratamento. Utilizou-se, também, a produção de desenhos, textos e trabalhos manuais com massa de modelar. Um
vídeo sobre hipertensão e imagens sobre o tratamento em projetor multimídia foram utilizados para estimular a participação Unidades da
dos idosos. E em seguida, os participantes foram convidados a escrever ou desenhar o que vinha à mente após ter assistido Estratégia
o vídeo e visualizado as imagens. Saúde da
Machado, A. 3. Problematização: Nessa etapa, utilizou-se o recurso da encenação. As dramatizações eram situações-problemas que Família
deveriam ser discutidas e solucionadas pelos idosos. Os participantes foram estimulados a relatar se já vivenciaram situações (ESF)
L. G.
Atenção
semelhantes. Uma caixa de medicamento confeccionada pela pesquisadora com diferentes doses de um anti-hipertensivo
primária à
foi utilizada para ilustrar as cenas. saúde
○ Primeira situação-problema: encenação de uma idosa que apresentava dificuldade em realizar cálculos matemáticos
simples para tomar a dose correta do medicamento anti-hipertensivo prescrito. Além disso, também se esquecia de
tomar o medicamento nos mesmos horários.
○ Segunda situação-problema: encenação de uma idosa que não comparecia com regularidade às consultas com o
médico e/ou o enfermeiro para acompanhamento do tratamento de hipertensão por não compreender o que eles diziam.
A personagem não compreendia as palavras e expressões utilizadas pelos profissionais da saúde e, por isso, apenas
ia à unidade de saúde pegar os anti-hipertensivos.
Por fim, os idosos avaliaram a intervenção com placas com expressões faciais de dúvida, alegria e tristeza.
Fonte: Adaptado de AGUIAR, P. M. et al. (2012), DELAVAR, F.; PASHAEYPOOR, S.; NEGARANDEH, R. (2020); DYE, C. J.; WILLIAMS, J. E.; EVATT, J.H.
(2015), ESTRADA, D. et al. (2012), FIGAR, Silvana et al. (2004), FU, S. N. et al. (2020), NEAFSEY, P. J. et al. (2008), PARK, Y. H. et al. (2011), MORISKY, D. E.
et al. (1982) e MACHADO, A. L. G. (2015)
41
As intervenções se basearam nas seguintes durações de tempo ou acompanhamento: 10 meses de duração (AGUIAR et
al., 2012); 6 semanas de duração (DELAVAR; PASHAEYPOOR; NEGARANDEH, 2020); dados coletados no início do estudo,
8 semanas e 16 semanas (DYE; WILLIAMS; EVATT, 2015); aplicação e resultados dos questionários no momento inicial, na alta e
aos 30 dias (ESTRADA et al., 2012); resultados medidos após 12 meses (FIGAR et al., 2004); a PA de consultório e os parâmetros
clínicos foram avaliados aos 6, 12 e 18 meses (FU et al., 2020); resultados da intervenção foram relatados com base em 4 visitas
mensais (NEAFSEY et al., 2008); 12 semanas de duração (PARK et al., 2011); as medidas que avaliaram os efeitos do programa
educativo foram coletados em 2 e 5 anos de acompanhamento (MORISKY et al.,1982) e reaplicação dos instrumentos QATHAS e
LS pós-teste aplicado 2 a 4 meses após a intervenção educativa (MACHADO, 2015).
A partir da análise das intervenções de cada estudo, as estratégias utilizadas a fim de promover e/ou melhorar o nível de
letramento em saúde em idosos hipertensos foram categorizadas de acordo com o Quadro 7.
Quadro 7 – categorização das estratégias utilizadas nas intervenções dos estudos, exceto intervenções indiretas.
Sessões Sessões
Sessões educativas via Aconse- Atividade Diário de
educativas em educativas Uso de material
Primeiro autor aparelhos eletrônicos lhamento prática de saúde
grupo individual educativo escrito
e/ou computador individual exercício físico pessoal
presencial presencial
Aguiar, P. M.
Delavar, F.*
Continua
42
Quadro 7 – categorização das estratégias utilizadas nas intervenções dos estudos, exceto intervenções indiretas (continuação)
Sessões Sessões
Sessões educativas via Aconse- Atividade Diário de
educativas em educativas Uso de material
Primeiro autor aparelhos eletrônicos lhamento prática de saúde
grupo individual educativo escrito
e/ou computador individual exercício físico pessoal
presencial presencial
Dye, C. J.*
Estrada, D.
Figar, S.
Fu, S. N.*
Neafsey, P. J.*
Park, Y. H.
Morisky, D. E.
Machado, A. L. G.*
TOTAL 6 3 5 3 2 1 1
Por meio da categorização, pôde-se notar que a maioria dos autores utilizaram
combinações de estratégias em suas intervenções, ao invés de utilizá-las
isoladamente. Dentre elas, as “sessões educativas em grupo presencial” e “uso de
material escrito” foram as mais aplicadas.
Em um estudo com pacientes em tratamento oncológico ambulatorial e seus
acompanhantes, notou-se que os materiais impressos como os folhetos educativos
tiveram uma boa recepção e foram capazes de auxiliar na tomada de decisões em
domicílio, principalmente, quando elaborados com clareza na linguagem
(NASCIMENTO et al., 2015).
Segundo Freitas e Cabral (2008), em um estudo sobre o uso de material
impresso como fonte de educação para pacientes traqueostomizados, esse tipo de
material facilita o processo educativo tanto do paciente quanto de seus familiares. Isso
porque após as consultas, leituras podem ser feitas
Diversos recursos foram utilizados como suporte nas estratégias, dentre eles
estão slides, folhetos informativos, manuscritos, tabela de medicamentos, tríptico,
vídeos, demonstrações interativas, palestras e exercícios. Conforme observado no
Quadro 6, metade dos estudos (DELAVAR; PASHAEYPOOR; NEGARANDEH, 2020;
DYE; WILLIAMS; EVATT, 2014; FU et al., 2020; NEAFSEY et al., 2008; MACHADO,
2015) mencionaram a preocupação em adaptar os conteúdos dos materiais de acordo
com o LS dos usuários como ponto chave.
Os pacientes que possuem letramento em saúde inadequado, frequentemente,
relatam que os médicos usam palavras incompreensíveis, falam muito rápido, não
fornecem informações suficientes quanto ao seu estado de saúde e não se certificam
se a mensagem transmitida foi compreendida (RUDD et al., 2005; SCHILLINGER et
al., 2004, apud PASSAMAI et al., 2012, p. 307). E por isso, segundo Rudd et al. (2005),
é importante que os profissionais da saúde tenham habilidade na comunicação e
utilizem vocabulários simples (apud PASSAMAI et al., 2012, p. 307). Ainda mais, que
somado ao baixo letramento em saúde, muitas vezes o paciente se encontra com
condições físicas e cognitivas prejudicadas pelo adoecimento ou apresenta algum
desconforto que lhe cause constrangimento (RDD et al., 2005 apud PASSAMAI et al.,
2012, p. 307).
Em 2009, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), divulgou um
guia de como desenvolver materiais eficazes de comunicação em saúde, com o
objetivo de promover o letramento em saúde de forma efetiva. Conforme observado
no Quadro 6, algumas das principais orientações abaixo citadas pelo CDC estão
descritas nas intervenções dos estudos:
Etapas pré-elaboração e envolvimento dos usuários:
● Identificar o público-alvo e definir os principais problemas de saúde;
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fatores associados à baixa adesão terapêutica foram: baixa renda, uso de dois ou
mais anti-hipertensivos e dificuldades para ler a embalagem dos medicamentos
(GEWEHR et al. 2018).
Segundo Palmeira et al. (2022), em uma pesquisa descritiva com pacientes
hipertensos em uso de anti-hipertensivos, os resultados mostraram que os seguintes
fatores estão relacionados com a não adesão ao tratamento: esquema terapêutico,
quantidade de medicamentos, efeitos colaterais, condições financeiras, dificuldade de
acesso ao medicamento, desconhecimento da doença e esquecimento. Ao passo que
o conhecimento da doença e terapêutica; sentimentos de medo da morte e
complicações; participação dos profissionais e familiares; e facilidade de acesso aos
medicamentos foram relatados como fatores que favoreciam a adesão ao tratamento
(PALMEIRA et al. 2022).
Com isso, nota-se que a adesão aos medicamentos anti-hipertensivos é uma
questão complexa influenciada por vários aspectos, devendo-se entender a
interferência de cada para melhores cuidados à saúde (PALMEIRA et al. 2022). Nesta
revisão da literatura, conforme Quadro 6, notou-se que as intervenções aplicadas, a
fim de promover maior letramento em saúde em idosos hipertensos, se preocuparam
em solucionar a maior parte desses problemas. Permitindo então, desta forma, que
os pacientes alcançassem um maior nível de conscientização, adesão terapêutica e
melhores resultados de saúde.
As intervenções estiveram presentes em diferentes contextos da saúde, o
número de estudos de acordo com o ambiente assistencial foi: (1) farmácia popular,
(3) ambiente hospitalar, (2) clínica, (3) comunidade e (1) unidade de Estratégia Saúde
da Família (ESF). Em 7 estudos, as intervenções fizeram parte da criação de um
programa de saúde ou foram adicionadas em um programa já existente. Verificando-
se, assim, a importância de uma equipe multidisciplinar com farmacêuticos, médicos
e enfermeiros, por exemplo, na construção do saber relacionados à saúde.
47
7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS
BAKER, D. W. et al. Health Literacy and the Risk of Hospital Admission. Journal of
General Internal Medicine, v. 13, n. 12, p. 791–798, dez. 1998.
BRÖDER, J. et al. IUHPE Position Statement on Health Literacy: a practical vision for
a health literate world. Global Health Promotion, v. 25, n. 4, p. 79–88, dez. 2018.
CDC. Improving Health Literacy for Older Adults: Expert Panel Report 2009. Atlanta:
U.S. Department of Health and Human Services; 2009.
DYE, Cheryl J.; WILLIAMS, Joel E.; EVATT, Janet Hoffman. Improving hypertension
self-management with community health coaches. Health promotion practice, v. 16,
n. 2, p. 271-281, 2015.
FU, Sau Nga et al. A cluster‐randomized study on the Risk Assessment and
Management Program for home blood pressure monitoring in an older population with
inadequate health literacy. The Journal of Clinical Hypertension, v. 22, n. 9, p. 1565-
1576, 2020.
IBGE. População cresce, mas número de pessoas com menos de 30 anos cai
5,4% de 2012 a 2021. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-
noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/34438-populacao-cresce-mas-numero-de-
pessoas-com-menos-de-30-anos-cai-5-4-de-2012-a-
2021#:~:text=A%20popula%C3%A7%C3%A3o%20total%20do%20pa%C3%ADs,39
%2C8%25%20no%20per%C3%ADodo>. Acesso em: 30 out. 2022.
KUWABARA, A.; SU, S.; KRAUSS, J. Utilizing Digital Health Technologies for Patient
Education in Lifestyle Medicine. American Journal of Lifestyle Medicine, v. 14, n. 2,
p. 137–142, dez. 2019.
PARK, Yeon-Hwan et al. The effects of an integrated health education and exercise
program in community-dwelling older adults with hypertension: a randomized
controlled trial. Patient Education and Counseling, v. 82, n. 1, p. 133-137, 2011.
VAN DER HEIDE, I. et al. Health literacy in chronic disease management: a matter of
interaction. Journal of Clinical Epidemiology, v. 102, p. 134–138, out. 2018.
9 APÊNDICE
APÊNDICE A – Síntese das limitações dos estudos incluídos na revisão de escopo segundo os autores.
A farmácia escolhida para este estudo foi a única representante da rede governamental federal de Farmácias Populares do
Brasil no município. Assim, como este estudo foi realizado em um local e vários pacientes foram perdidos no seguimento ou
Aguiar, P. M. excluídos de acordo com o protocolo, o tamanho da amostra foi pequeno. Esses fatores dificultaram o desenho de um estudo
randomizado com grupo controle. Além disso, o farmacêutico da pesquisa fez todas as leituras de pressão arterial. Medidas
feitas por pacientes, médicos ou enfermeiros não fizeram parte do estudo. Acredita-se que essa abordagem pode garantir maior
confiabilidade ao método e reduzir variações nos resultados.
Delavar, F. As limitações deste estudo foram relacionadas aos curtos períodos de intervenção e acompanhamento. E ainda, respostas
provavelmente irrealistas relacionadas à adesão de alguns participantes.
Um mês após a alta, a maioria dos pacientes esqueceram parte do conhecimento adquirido. No entanto, devido ao pequeno
número de pacientes pesquisados, essa conclusão pode limitar a avaliação deste estudo. Outra limitação do estudo, tanto pela
Estrada, D. confiabilidade do instrumento utilizado quanto pelo conhecimento adquirido, foi que os pacientes incluídos foram apenas pacientes
internados e com idade superior a 65 anos. Seria desejável a realização de mais estudos em que os grupos de pacientes incluídos
fossem de todas as idades e sua procedência, além da internação, fosse também da Atenção Primária.
Figar, S. Não aplicável
Em primeiro lugar, apenas a PA do consultório foi registrada em todas as medidas de resultado. Para avaliar uma leitura de PA
mais abrangente, os resultados do estudo podem incluir leituras de PA ambulatoriais ou leituras de PA caseiras por dispositivo
HBPM com memória digital ou funções de transmissão sem fio. Em segundo lugar, como tinha um número limitado de aparelhos
Fu, S. N.
de HBPM, os participantes tiveram que se revezar para usar os aparelhos de HBPM durante o período do estudo. Os pacientes
poderiam descontinuar a HBPM porque tiveram acesso limitado ao dispositivo HBPM. Em terceiro lugar, embora se tenha tentado
minimizar a contaminação por estudo controlado randomizado por cluster, a contaminação potencial ainda pode existir devido à
rotação de pessoal de grupos de intervenção para grupos de controle.
Continua
54
APÊNDICE A – Síntese das limitações dos estudos incluídos na revisão de escopo segundo os autores (continuação).
10 ANEXOS
Continua
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Continua
57