Você está na página 1de 28

UNIVERSIDADE TIRADENTES

CAMPUS FAROLÂNDIA
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO

JORGE CARVALHO MENDONÇA JÚNIOR


KARINA SILVA SANTOS
THAYANNE CICERA SOARES SILVA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO CURRICULAR DE


NUTRIÇÃO CLÍNICA

MÓDULO 1

Aracaju
2023
JORGE CARVALHO MENDONÇA JÚNIOR
KARINA SILVA SANTOS
THAYANNE CICERA SOARES SILVA

RELATÓRIO DE ATIVIDADES REALIZADAS NO ESTÁGIO CURRICULAR DE


NUTRIÇÃO CLÍNICA

Rel
atório apresentado como requisito para avaliação
do Estágio Curricular de Nutrição Clínica,
orientado pela Prof. Andreza Araújo, no 2º
semestre de 2023.

Aracaju
2023
SUMÁRIO

Introdução.......................................................................................................................4
Desenvolvimento……………………………………………………………………….5
Diagnóstico clínico e/ou suspeitas diagnosticadas……………………………………6
Conceito e fisiopatologia da patologia em tratamento……………………………….6
Prescrição médica e evoluções………………………………………………......
……...9
Interação droga x nutrientes……………………………………………………..
…….9
Exames laboratoriais.....................................................................................................12
Exame físico....................................................................................................................14
Exame clínico-nutricional.............................................................................................14
Avaliação antropométrica do estado nutricional e avaliações
subjetivas........................................................................................................................15
Anamnese alimentar......................................................................................................16
Diagnóstico nutricional.................................................................................................18
Objetivos dietoterápicos................................................................................................18
Cálculos da prescrição
dietoterápica............................................................................18
Prescrição dietética........................................................................................................20
Suplemento escolhido para uso na prescrição
dietética...............................................21
Orientações dietoterápicas específicas e recomendações
gerais.................................22
Valores da dieta
proposta..............................................................................................23
Substituição....................................................................................................................26
Conclusão.......................................................................................................................27
1.INTRODUÇÃO
O primeiro módulo do estágio em Nutrição Clínica do curso de Nutrição da
Universidade Tiradentes, foi realizado no Hospital Cirurgia, para o acompanhamento
nutricional do paciente. A paciente em estudo foi submetida à hemodiálise logo após ser
internada em um quadro de Doença Renal Crônica (DRC) que se apresentou de forma
silenciosa, ela descobriu logo depois de fazer exames de rotina.
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a prevalência de
hipertensão autorreferida passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017. A pressão alta
tende a aumentar com a idade, chegando, em 2017, a 60,9% entre os adultos com 65
anos e mais; e foi menor entre aqueles com maior escolaridade, com 14,8% entre
aqueles com 12 anos ou mais de estudo. De acordo com o estudo, as mulheres ainda
continuam com maior prevalência de diagnóstico médico de hipertensão arterial quando
comparado aos homens, tendo registrado 26,4% contra 21,7% para eles. Em 2017, as
capitais com maior prevalência entre as mulheres foram Rio de Janeiro (34,7%) e Recife
(30,0%), e entre os homens, foram Maceió (26,3%) e Natal (26,2%). Para o total, o Rio
de Janeiro (RJ) se manteve pelo segundo ano consecutivo como a capital brasileira com
o maior percentual de hipertensos (BRASIL, 2016).
Os dados de mortalidade por HAS mostram um aumento de 2006 a 2016, onde
que em 2006 foram registrados 36.707 casos de óbito tanto para o sexo masculino como
para o sexo feminino, em contraposto em 2016 foram registrados 49.635 óbitos tanto
para o sexo masculino como para o sexo feminino.
A prevalência e a incidência da DRC ainda são desconhecidas em muitos países
(BASTOS e KIRSZTAJN, 2011). Os Estados Unidos estimam prevalência de 14,8% de
DRC na população adulta de 2011 a 2014 e 703.243 casos, com 124.114 novos casos
em 2015, apresentando taxa de incidência de 378 pacientes por 1.000.000 de pessoas
(pmp), estando 87,3% desses em tratamento renal substitutivo (SARAN, et al, 2018).
Na América Latina, a incidência foi de 167,8 pmp em 2005 e, no Brasil, de 431
pmp em 2004 (CHERCHIGLIA, et al, 2010). Ainda, segundo a Pesquisa Nacional de
Saúde (PNS), a prevalência de DRC autorreferida é de 1,42%, ou seja,
aproximadamente dois milhões de indivíduos da população no país, o que revela a
dimensão da doença no Brasil (BRASIL, 2013).
Uma pesquisa de monitoramento da doença renal crônica terminal (DRCT) no
Brasil, por meio do subsistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade
(APAC), analisou, no período de 2000 a 2006, o perfil epidemiológico dos indivíduos
que ingressaram na terapia renal substitutiva (TRS) e identificou 148.284 pacientes em
diálise, com incidência estimada em 119,8/milhão de pessoas por ano (MOURA, et al,
2009).
Os estudos que avaliam a associação de fatores de risco à DRC no Brasil foram
realizados com amostras pequenas ou com pacientes em TRS. As pesquisas que
abordam a DRC anterior à DRCT são internacionais e mostraram como fatores
associados à lesão renal e à consequente perda da filtração, a diabetes, a hipertensão, a
hipercolesterolemia, o tabagismo, o consumo de álcool, o sobrepeso/obesidade, a dieta e
a idade avançada (STEVENS, et al, 2013; COLLINS, et al, 2015).
Acredita-se que no Brasil, assim como nos estudos internacionais, a DRC esteja
associada a fatores de risco, tais como condições sociodemográficas, comportamentos,
estilos de vida não saudáveis e doenças crônicas.

2. DESENVOLVIMENTO

Nome: L. M. C. S. S Sexo: F Data Nasc: 06/07/64 Idade: 59

Naturalidade: Aracaju Nacionalidade: brasileira

Grupo Racial: [ ]Branco [ ]Pardo [x]Negro [ ]Outro:

Procedência: Aracaju Estado Civil: Casada

Profissão: Agente de Saúde


2. História clínica completa:

a. Queixa principal (QP):


A paciente tinha queixas somente relacionadas a ansiedade, sentia o ritmo
cardíaco acelerado. Procurou um cardiologista que solicitou a realização de exames de
rotina, através desses exames a paciente foi avisada que precisaria dar entrada no
hospital para os devidos cuidados.
b. História da doença atual (HDA):
A paciente em estudo, foi admitida na unidade em urgência dialítica, sendo
submetida a sessões de hemodiálise e 3 transfusões de sangue, após dor lombar bilateral
com irradiação para membros inferiores, foi relatado também astenia, inapetência e
náuseas.
Desde então relatou melhora clínica, negando queixas no momento da admissão.
c. História patológica pregressa (HPP):
Ansiedade;
Hipertensão arterial ;
Doença Renal Crônica.
d. História familiar (HFr):
Pai diabético e renal crônico.
Mãe hipertensa.

e. História social (HS):

Paciente sexo feminino, 59 anos, reside no bairro Suissa no município de


Aracaju- SE. Mãe de 3 filhos. Mora com o marido, 2 filhos e a mãe. É dona do lar e tem
como profissão agente de saúde, trabalha de segunda a sexta das 8h às 12h.

3. DIAGNÓSTICO CLÍNICO E/OU SUSPEITAS DIAGNÓSTICAS


Hipercalemia refratária, hipertensão arterial (HAS), urgência dialítica (DRC) e
ansiedade.

4. CONCEITO E FISIOPATOLOGIA DA PATOLOGIA EM TRATAMENTO:


Hipertensão arterial (HA) e função renal estão intimamente relacionadas,
podendo a hipertensão ser tanto a causa como a consequência de uma doença renal. Nas
formas maligna ou acelerada, a hipertensão pode determinar um quadro grave de lesão
renal, de natureza microvascular, caracterizada por proliferação miointimal ou necrose
fibrinóide, a nefrosclerose maligna. Esse quadro pode acarretar, com grande frequência
e em pouco tempo, se a hipertensão não for tratada, um quadro de insuficiência renal
crônica (IRC) terminal (BORTOLOTTO, 2008).
A prevalência de hipertensão, determinada por ocasião da detecção da doença
renal, aumenta progressivamente à medida que a função renal vai deteriorando, de tal
forma que na fase terminal ou dialítica de IRC a quase totalidade dos nefropatas é
hipertensa (BORTOLOTTO, 2008; KAPLAN, 2002; THURAISINGHAM, s/a)
Na maior parte do tempo, a evolução da doença renal crônica é assintomática,
fazendo com que o diagnóstico seja feito tardiamente. Nesses casos, o principal
tratamento imediato é o procedimento de hemodiálise (BRASIL, 2023).
O equilíbrio da química interna do corpo humano se deve, em grande parte, ao
trabalho dos rins e qualquer alteração nas funções desses órgãos pode gerar um
desequilíbrio no organismo, tornando indispensável o estabelecimento de uma terapia
renal substitutiva (TRS). Este decréscimo das funções renais é denominado
insuficiência renal (IR), que pode ser classificada em insuficiência renal aguda (IRA) ou
insuficiência renal crônica (IRC) e geralmente se desenvolvem a partir do manejo
inadequado de doenças crônicas, como a Diabetes Mellitus (DM) e a Hipertensão
Arterial Sistêmica (HAS) (JÚNIOR, et al, 2019; MALTA, et al., 2019).
As condições que causam a DRC incluem doenças sistêmicas como diabetes
(DM), seja tipo 1 ou do tipo 2, hipertensão arterial sistêmica (HAS) não controlada,
pacientes com doenças cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca, no qual ocorre a
alteração dos níveis pressóricos, impactando sobre a hemodinâmica glomerular, sendo
essas as duas principais causas de DRC no Brasil. Pessoas com obesidade, idosos,
histórico de DRC na família e o tabagismo também são fatores associados à DRC (DA
SILVA, et al., 2017; JUNIOR, et al., 2017; PINHO, SILVA, PIERIN, 2015;
BOUSQUET, DA COSTA, ANDRADE, 2019).
Quando a função renal é insuficiente a ponto de gerar risco iminente para a vida
do paciente, o quadro é classificado como urgência dialítica e o indivíduo necessita do
estabelecimento de uma TRS de maneira urgente. Entre as manifestações da urgência
dialítica estão comumente a acidose metabólica, a hipercalemia, a hipervolemia e
alterações do sistema nervoso central como sonolência, tremores, coma, convulsões,
entre outros (MALKINA, 2017).
O tratamento do portador de DRC é classificado de acordo com os estágios da
doença. Nos estágios iniciais, é utilizado o tratamento conservador como tratamento
dietético, medicamentoso e controle dos fatores de risco (PEREIRA, CHEMIN,
MENEGATTI, RIELLA; 2016). Nos estágios finais, é indicada a terapia renal
substitutiva (TRS) que consiste em transplante renal, a diálise peritoneal (DP) e a
hemodiálise (HD) (BRASIL M da S, 2014).
Em pacientes que apresentam a DRC, o fumo tem efeitos vasoconstritores,
tromboembólicos e diretos no endotélio vascular, fatores de risco para progressão
acelerada da doença renal em homens. A literatura mostra, também, uma associação
entre tabagismo, diabetes e hipertensão. (AGUIAR, et al., 2020; BASTOS e
KIRSZTAJN, 2011).
A anemia é uma complicação comum em portadores de DRC e é considerada
preditora de mortalidade nesses pacientes (CASES, 2018). A anemia é uma
complicação frequente da doença renal crônica (DRC) e está associada à diminuição da
qualidade de vida dos pacientes, causa aumento da morbidade e mortalidade e acelera a
taxa de progressão da DRC. A principal causa da anemia na DRC é a produção
inadequada de eritropoetina endógena, hormônio que atua na diferenciação e maturação
dos precursores das hemácias (CASES, et al., 2018).
A monitoração periódica do estado nutricional deve fazer parte do
acompanhamento desse paciente em diálise, sendo fundamental para prevenir,
diagnosticar e tratar a desnutrição. A depleção do estado nutricional é frequentemente
observada à medida que a perda da função renal evolui. A etiologia da desnutrição
associada à DRC é multifatorial, sendo quase sempre associada à ingestão alimentar
insuficiente e/ou, principalmente, ao hipercatabolismo, além das perdas de nutrientes
durante o procedimento hemodialítico. A desnutrição possui um impacto negativo na
evolução dos pacientes em HD pois está associada a um maior número de complicações,
como maior risco de infecções, além de maior frequência e duração das internações
hospitalares. Estudos nacionais apresentam uma ampla variação na prevalência de
desnutrição moderada a grave associada a HD, possivelmente em função das diferentes
metodologias utilizadas na sua avaliação (SANTOS et al, 2019).
O conceito de ansiedade não envolve um critério unitário, principalmente no
contexto psicopatológico. A ansiedade pode ser definida como um conjunto de
manifestações somáticas – aumento da frequência cardíaca e respiratória, sudorese,
tensão muscular, náusea, vazio no estômago, tontura – e psicológicas – apreensão,
alerta, inquietude, hiper vigilância, dificuldade de concentração e de conciliação do
sono, entre outros (DRATCU, 1993). É definida, ainda, como um estado ou sensação de
desassossego, agitação, incerteza e temor resultante da previsão de alguma ameaça ou
perigo, geralmente de origem intrapsíquica, cuja fonte é desconhecida ou não pode ser
determinada (BLEGER, 1984; LATORRE, 1994).

5. PRESCRIÇÃO MÉDICA E EVOLUÇÕES

Dia – Admissão pela Nutrição

Dieta branda 4h/4h

Sacarato de Hidróxido Férrico 100mg/5ml - 48h/48h (quantidade: 2)

Heparina 5000 UI/0,25ml ampola SC/MAV - 12h/12h

Eritropoetina 4000 UI/1ml - frasco amp SC (Seg-Quart-Sex)

Hidralazina 25mg - drágea - VO - 8h/8h

Maleato de Enalapril 10mg -comp -VO - 12h/12h (quantidade: 2)

Succinato de metoprolol 50mg - comp - VO - 24h/24h

Mononitrato de Isossorbida 20mg - comp - VO - 8h/8h

Furosemida 40mg - comp - VO - 24h/24h

Glicose 25% amp 10ml EV(MAV) - EV - 24h/24h

Bromoprida 10mg - comp - VO - 12h/12h

Dipirona 500mg - comp - VO - 6h/6h

Glicose 50% - amp 10ml EV(MAV) - ACM (quantidade: 3) (Se <90 na HD)

Insulina humana regular 100 UI - fr. ampola - 10ml SC/EV(MAV) (<180 0 UI)

Restrição Hídrica (800ml/dia)


Obs.: Desde o primeiro dia de atendimento não houve alteração dos
medicamentos.

6. INTERAÇÃO DROGA X NUTRIENTE

FÁRMACO POSOLOGIA FUNÇÃO INTERAÇÃO REAÇÕES


FÁRMACO X ADVERSAS
NUTRIENTE

Heparina Anticoagulante Perda gradativa Hipotensão,


5000
na HD. de sódio e alopecia,
UI/0,25ml
retenção de eczema,
ampola
potássio. púrpura,
SC/MAV -
hipercalemia,
12h/12h
osteoporose,
febre, edema
pulmonar,
vômito,
constipação,
asma. Além de
sangramentos ou
hemorragias.

Eritropoetina Anemia por Até o momento Dor de cabeça,


4000 UI/1ml -
DRC em não foram dores nas
frasco amp SC
diálise ou observadas articulações,
(Seg - Quarta -
hemodiálise. interações fraqueza,
Sexta)
clinicamente cansaço, tontura.
significativas. Pressão
sanguínea
elevada

Hidralazina Anti- Há decréscimo Náusea, vômito,


25mg - drágea
hipertensivo e de absorção e diarreia, falta de
- VO - 8h/8h
vasodilatador concentração apetite,
do fármaco constipação.

Maleato de Anti- Redução nos Fadiga, cefaleia,


10mg -comp -
Enalapril hipertensivo níveis séricos tonturas, tosse e
VO - 12h/12h
de potássio e hipotensão.
lítio.

Succinato de Anti- Até o momento -


50mg - comp -
Metoprolol hipertensivo não foram
VO - 24h/24h
observadas
interações
clinicamente
significativas.

Mononitrato Vasodilatador Até o momento Alterações


20mg - comp -
Isossorbida não foram posturais na
VO - 8h/8h
observadas pressão (muito
interações raramente com
clinicamente desmaio), mãos
significativas. e pés frios,
palpitações,
vertigem, dor de
cabeça, enjoo,
dor abdominal,
diarreia, prisão
de ventre e
dispneia de
esforço.

Furosemida Diurético Baixa absorção Náusea, vômitos


40mg - comp -
de vitamina e diarreia.
VO - 24h/24h
B12 e K.

Bromoprida Anti- Até o momento Inquietação,


10mg - comp -
hipertensivo não foram sonolência,
VO - 12h/12h
observadas fadiga.
interações
clinicamente
significativas.

Dipirona Analgésico Até o momento Náusea ou


500mg - comp
não foram vômito, febre,
- VO - 6h/6h
observadas sensação de
interações cansaço, perda
clinicamente de apetite, urina
significativas. de cor escura,
fezes de cor
clara,
aparecimento de
cor amarelada
na pele ou na
parte branca dos
olhos, coceira,
erupção na pele
ou dor na parte
superior do
estômago.

7. EXAMES LABORATORIAIS

Exame 04/09 06/09 08/09 12/09 Referência

BiliT 0,25 0,36 - - (até 1,4)

BiliD 0,12 0,12 - - (até 0,4)

BiliI 0,14 0,24 - - (até 1)

Creatinina 10,99 8,65 3,85 6,28 (até 1)


Potássio 4,75 4,84 4,10 5,43 (3,5 - 5,1)

PCR 16,5 14,9 9,90 4,03 (até 3,0)

Sódio 135,3 135,2 132 137,1 (até 136/145)

Ureia 161,1 151 49 75,7 (até 15/45)

Glicose 123 114 123 - (até 99)

Hemácias 2,67 2,94 3,07 3,12 (4 - 5)

Hemoglobina 7,8 8,5 8,9 9,9 (12 - 16)

Hematócrito 24,8 27,6 28,7 28,1 (31 - 47)

Vcm 92,88 93,88 93,49 90,06 (82 - 95)

Hcm 29,21 28,91 28,99 31,73 (26 - 34)

CHCM 31,45 30,80 31,01 35,23 (30 - 35)

Leucócito 11.100 7.900 8.500 7.600 (4000 - 11000)

Neutrófilos 73,10 61,00 59,50 64,70 (40 - 70)

Linfócitos 15,50 24 24,60 23,70 (20 - 50)

Monócito 8,80 11,80 12,20 8,40 (3 - 14)

Eosinófilo 0,90 - - - (0,1 - 4)

Basófilo 1,70 - - - (0 - 2)

Plaquetas 163.000 110.000 94.000 131.000 (150.000 -


450.000)

Exame Motivo da Alteração para o paciente


Creatinina Disfunção renal (DE MELLO,2021)

Potássio Disfunção renal (DE MELLO,2021)

Ureia Disfunção renal (DE MELLO,2021)

PCR Processo inflamatório (PEIXOTO,2015)

Glicose Disfunção renal (CERSOSIMO,2004)

Hemácias Anemia (PEIXOTO,2015)

Hemoglobina Anemia (PEIXOTO,2015)

Hematócrito Anemia (PEIXOTO,2015)


Produção inadequada de eritropoetina endógena,
Vcm
hormônio que atua na diferenciação e maturação dos
precursores das hemácias (CASES, et al., 2018).

Leucócitos Infecção ou inflamação (PEIXOTO,2015)

Neutrófilos Infecção ou inflamação (PEIXOTO,2015)

Linfócitos Infecção (PEIXOTO,2015)

8. EXAME FÍSICO

EVOLUÇÕES AVALIAÇÃO FÍSICA

DATA DESCRIÇÃO

05/09/2023 Paciente no leito, contactante, estável, consciente,


verbalizando, LOTE. Hipocorada, leve depressão temporal,
leve depleção na bola de Bichat, clavículas levemente
proeminentes, afebril ao toque, edema nos MMII grau 1,
cabelos e unhas fracas.

12/09/2023 idem
9. EXAME CLÍNICO-NUTRICIONAL

Apetite Presença, ingestão 100%

Disfagia Ausência

Odinofagia Ausência

Xerostomia Ausência

Náuseas Ausência

Vômitos Ausência

Dispepsia Ausência

Epigastralgia Ausência

Ritmo intestinal Adequado

Ritmo urinário Adequado

10. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DO ESTADO NUTRICIONAL E


AVALIAÇÕES SUBJETIVAS

ANTROPOMETRIA DATA 05/09/2023 DATA 12/09/2023

Peso
55,4kg 55,4kg
Peso seco
54,4kg 54,4kg

Altura 1,59 m 1,59 m


CB direita
25,5 cm 25,5 cm

CB esquerda - 26,0 cm
CPe
31,5 cm 30,0
CPd
31,0 cm 31,0
%Adeq CB
82,52% (Depleção leve) 82,52% (Depleção
leve)
IMC
21,51 kg/m2 21,51 kg/m2

ASG
Desnutrido leve/moderado Desnutrido
leve/moderado

11. ANAMNESE ALIMENTAR

RECORDATÓRIO 24H RECORDATÓRIO 24H

Data: 05/09/2023 Data: 12/09/2023

DESJEJUM DESJEJUM

Inhame Sopa

Ovo frito Omelete

Café Pão

(Ingestão 100%) Café

(Ingestão 100%)

COLAÇÃO COLAÇÃO

Tangerina Tangerina
(Ingestão 100%) (Ingestão 100%)

ALMOÇO ALMOÇO

Macarrão Macarrão

Carne moída Carne moída

Salada Salada

(Ingestão 100%) (Ingestão 100%)

LANCHE LANCHE

Maçã Mamão

(Ingestão 100%) (Ingestão 100%)

JANTAR JANTAR

Sopa de verdura 2 ovos

Pão Inhame

Café com leite Café

(Ingestão 100%) (Ingestão 100%)


CEIA Ceia

Iogurte Mingau de aveia

(Ingestão 100%) (Ingestão 100%)

12. DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL


Desnutrição moderada.

13. OBJETIVOS DIETOTERÁPICOS


Recuperar e manter o bom estado nutricional, reduzindo a degradação de
proteína e regulando de forma precisa a ingestão proteica e hídrica, com o objetivo
evitar a desidratação ou hidratação excessiva, além de controlar os distúrbios
eletrolíticos e melhorar as complicações sistêmicas, a fim de prevenir as alterações
metabólicas e corrigir as deficiências nutricionais.

14. CÁLCULOS DA PRESCRIÇÃO DIETOTERÁPICA

Item Fórmula Cálculo Valor


encontrado
na dieta
proposta

Harris Benedict GEB=


655+(9,6x54,4)+(1,7x159
,5) - (4,7x59)
655+(9,6xP)+(1,7xE) - GEB=
(4,7x Idade) 665+522,24+271,15-
Fonte: Harris e Benedict, 277,3
1919. GEB= 1171,09 Kcal
(Escolhida para o cálculo)
NEE \NEE=1171,09Kcal x FA 2128kcal/
x FT x FI dia
NEE= 1171,09Kcal x 1.3
x 1.0 x 1.5
NEE= 2280 kcal/dia

FA: Deambulando
FT: Afebril
FI: Desnutrição

FA = FATOR
ATIVIDADE
FT = FATOR
TÉRMICO
FI = FATOR INJÚRIA

NEE Harris Benedict GEB =


655+(9,6x62)+(1,7x159,5
655+(9,6xP)+(1,7xE) - )
(4,7x Idade) - (4,7x59) -
Fonte: Harris e Benedict, GEB =
1919. 655+595,2+271,15-277,3
(cálculo feito com o peso GEB= 1244,05Kcal
usual para posterior NEE =1244,05Kcal x FA
evolução) x FT x FI
NEE = 1244,05 x 1.3 x
1.0 x 1.5
NEE = 2425,89kcal
NEE = 2425 kcal/dia

NEE Regra de Bolso


25 a 35 Kcal/Kg/dia NEE = 35x54,4= -
BRASPEN, 2021 1904kcal
NEE = 1900 kcal/dia

PTN HD 84.7g / 338.8kcal


1,2/g/kg/dia 15.92%
DP -
1,4/g/kg/dia
BRASPEN, 2021

CHO 50% a 60% 301.5g / 1206kcal


Cuppari, 2014 56.67% -

LIP 25% a 35% 64.8g / 583.2kcal -


Cuppari, 2014 27.4%

15. PRESCRIÇÃO DIETÉTICA

Refeição Alimentos

Desjejum Macaxeira cozida - 5 col. sopa CH picada - 150g


7h Ovo cozido - 1 unidade média - 50g
Café com leite - 1 xícara de chá - 200ml
Maçã - 1 unidade média - 130g

Colação Mamão - 1 fatia média - 170g


9h Aveia em flocos - 2 colheres de sopa cheias - 30g

Almoço Arroz integral cozido - 5 colheres de sopa cheias - 100g


12h Feijão carioca cozido - 1 concha rasa - 80g
Filé de peixe assado - 1 filé pequeno - 100 g
Abóbora cozida - 2 colheres de sopa cheias - 72g
Couve-manteiga refogada - 2 colheres de servir rasas - 60g
Laranja lima - 1 unidade média - 180g

Lanche Uva - 1 cacho pequeno - 170g


15h

Jantar Sopa de legumes - 1 concha média cheia - 130 g


18h Pão integral - 2 fatias - 50g
Queijo coalho - 1 fatia média - 45g
Suco natural de goiaba - 1 copo americano duplo - 240ml
Ceia Mingau de aveia - 1 prato raso - 195ml
21h

15.1 SUPLEMENTO ESCOLHIDO PARA USO NA PRESCRIÇÃO DIETÉTICA


● Novasource Ren
Novasource Ren é um suplemento oral, hipercalórico e hiperlipídico, sem adição
de sacarose, isenta de lactose e com 15g de proteína/200ml. É indicado para o
tratamento de pacientes renais agudos ou crônicos em tratamento dialítico que
necessitam de maior aporte calórico-proteico e restrição de volume.

INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS

Densidade calórica 2.0

Distribuição calórica PTN - 15% - 60kcal / 15g

CHO - 40% - 160kcal / 40g

LIP - 45% - 180kcal / 20g

Fonte de proteína 95% caseinato de cálcio e sódio obtidos


do leite da vaca
5% L-arginina

Fonte de carboidrato 97% xarope de glicose


3% frutose

Fonte de gordura 43% de óleo de canola com baixo teor


erúcico
42% TCM*
15% óleo de milho

Na (mg) 280

K (mg) 300

Cl (mg) 216
Ca (mg) 240

Mg (mg) 76

P (mg) 190

Osmolaridade 739,2 mOsm/L de água

Apresentação Garrafinha 200ml

Sabor Baunilha

16. ORIENTAÇÕES DIETOTERÁPICAS ESPECÍFICAS E


RECOMENDAÇÕES GERAIS
Evite:
1. Miúdos (moela, fígado, coração, sarapatel, dobradinha, chouriço etc.);
2. Alimentos ultraprocessados (alimento pronto para consumo ou para aquecer, como:
pizza/lasanha congelada, hambúrguer) e embutidos (salsicha, mortadela, linguiça,
salame, presunto etc.);
3. Oleaginosas (amendoim, castanhas, nozes);
4. Alimentos ricos em açúcar, como biscoitos, doces, balas, tortas e sorvetes;
5. Refrigerantes, bebidas com açúcar e bebidas alcoólicas;
6. Alimentos industrializados que possuem aditivos em excesso, que são fonte de
fósforo (sucos de pó, caldos, temperos e molhos prontos etc.);
7. Enlatados em conserva, como milho, ervilha, azeitonas, picles, palmito;
8. Temperos, molhos prontos e alimentos de pacote ricos em sódio.
Recomendações:
1. Controlar a ingestão de potássio;
2. Consuma diariamente frutas, verduras e legumes;
3. Prefira temperos naturais como salsa, alho, cebolinha, açafrão, orégano, hortelã,
alecrim etc.;
5. Prefira alimentos cozidos, assados ou grelhados;
6. Se expor ao sol sem protetor solar (20 a 30min) diariamente para ativação de
vitamina D.
Como reduzir o potássio dos vegetais antes do consumo:
1. Descascar frutas e vegetais;
2. Deixar de molho por no mínimo 30min;
3. Desprezar a água que deixou o alimento de molho;
4. Colocar em uma panela com outra água e deixar ferver;
5. Desprezar a água do cozimento;
6. Refogar.
● Remolho das leguminosas
1. Colocar as leguminosas de molho em água, até que fiquem completamente
cobertas;
2. Adicionar algumas gotas de limão ou vinagre da sua preferência;
3. Deixar na geladeira por 24 horas, e durante este período trocar a água de 3 a 4
vezes;
4. O cozimento deve ser feito com a panela aberta e toda espuma que se formar,
deve ser desprezada;
5. Ao final, temperar da forma que preferir.

17. VALORES DA DIETA PROPOSTA

NUTRI Valor da Valor da RDA/ RDA/ RDA/ EAR UL


ENTES dieta com dieta sem IRC HAS AI*
suplemento suplement
o

KCAL 2128 1728kcal 25 a - - - -


35kcal/
kg/dia

CHO 301.5g 261,5g - - 130 -


1206kcal 1046kcal -

PTN 84.7g 69.7g 1.2 - - 46 - -


338.8kcal 278.8kcal 1.4

LIP 64.8g 44.8g - - - - -


583.2kcal 403.2kcal

VIT A 896.3 716.3 - - 700 500 3000


(mcg) (>RDA<UL (>RDA<U
) L)

VIT C 458.4 438.4 - - 75 60 2000


(mg) (>RDA,UL) (>RDA<U
L)

VIT D 6.6 2.6 - - 15 10 100


(mcg) (<RDA) (<RDA)

VIT E 21.4 13.4 - - 15 12 1000


(mg) (>RDA<UL (<RDA>
) EAR)

VIT B1 1.3 0.8 - - 1.1 0.9 -


(mg) (>RDA) (<RDA)

VIT B2 1.22 0.5 - - 1.1 0.9 -


(mg) (>RDA) (<RDA)

VIT B3 16.1 8.7 - - 14 11 35


(mg) (>RDA<UL (<RDA)
)

VIT B6 2.48 0.5 - - 1.5 1.3 100


(mg) (>RDA<UL (<RDA)
)

FOLAT 517.1 451.1 - - 400 320 1000


O (mcg) (>RDA<UL (>RDA<U
) L)

VIT B12 6 5.2 - - 2.4 2.0 -


(mcg) (>RDA) (>RDA)

VIT B5 1.4 - - 5* -
(mg)

Ca (mg) 1294.9 1054.9 - - 1200 1,000 2000


(>RDA<UL (<RDA>
) EAR

Fe (mg) 11.1 7.1 - - 8 5 45


(>RDA<UL (<RDA>
) EAR)

Mg (mg) 424.2 348.2 - - 320 265 350


(>UL) (>RDA<U
L)

P (mg) 1446.7 1146.7 - - 700 580 4000


(>RDA<UL (>RDA<U
) L)

Se (mcg) 84.4 54.4 - - 55 45 400


(>RDA<UL (>RDA)
)

Zn (mg) 10.6 7.0 - - 8 6.8 40


(>RDA<UL (>RDA)
)

K (mg) 3783.7 3483.7 - >90<120 4.700


(<RDA) (<RDA) mEq/dia

Na (mg) 1047.7 767.7 <2.30 <2000 1.300 2.30


(<RDA) (<RDA) 0 0

Fibra (g) 42.1 42.1 - - 21*


(>RDA) (>RDA)

G. Poli. 11.7 8.1 - - -


(g)

G. Mono 17.5 11.5 - - -


(g)

G. Sat. 25.6 16.6 - -


(g)

Colester 333.6 330.0 - -


ol (mg)

Iodo 0.42 - - 150 95 1,10


(mcg) 0

Cobre 2.4 2.1 - - 0.9 0.7 10


(mg) (>RDA<UL (>RDA<U
) L)

17.1 SUBSTITUIÇÃO
● Novasource GC1.5
É uma fórmula enteral hipercalórica (84% amido de tapioca, 10%isomaltulose e
6% maltodextrina), hiperproteica (88% caseinato de cálcio e sódio obtidos do
leite de vaca e 12% proteína isolada de soja) e hiperlipídica (46% de óleo de
canola de baixo teor erúcico, 37% óleo de girassol e 17% óleo de girassol de alto
teor eleico) com carboidratos de lenta absorção, sem adição de sacarose e isenta
de lactose, apresentando 15g de fibra/L, foi desenvolvida para pacientes com
necessidade de controle glicêmico que precisam de maior aporte calórico e
proteico. A dieta escolhida teve o objetivo de equilibrar o nível de glicose, após
ser observado vários picos ao analisar os exames.

NEE 2280kcal

Densidade calórica 1.5

Volume 1540

Vazão 70ml/h

CHO 134.75g - 539kcal - 35%


PTN 77g - 308kcal - 20%

LIP 77g - 693 kcal - 45%

Fibra 23.1g

Ca 154mg

P 154mg

K 385mg

Na 154mg

Mg 52.36mg

Cl 100.1mg

Osmolalidade 352 mOsm/L de água

Apresentação Sistema fechado 1L

18. CONCLUSÃO
O acompanhamento da paciente foi realizado em 2 visitas, onde todos os dados
possíveis foram coletados. A paciente sempre se mostrou bastante responsiva e
colaborativa, o que ajudou no detalhamento de informações.

Os resultados encontrados reforçam a importância da avaliação nutricional e do


acompanhamento nutricional no contexto do tratamento de renais crônicos em
hemodiálise e portadores de hipertensão. Em função da diversidade de variáveis e da
dificuldade no estabelecimento de um procedimento padrão para este grupo, é essencial
o conhecimento por parte do profissional de saúde sobre quais parâmetros usados para
avaliação do estado nutricional são capazes de identificar melhor a presença de
desnutrição no paciente. Assim as medidas certas poderão ser tomadas para que dessa
forma o paciente tenha êxito na sua reabilitação.

REFERÊNCIAS
AGUIAR, Lilian Kelen de; PRADO, Rogério Ruscitto; GAZZINELLI, Andrea;
MALTA, Deborah Carvalho. Fatores associados à doença renal crônica: inquérito
epidemiológico da Pesquisa Nacional de Saúde. 2020.

BARBOSA, Dulce Aparecida et al. Co-morbidade e mortalidade de pacientes em início


de diálise. Acta Paulista de enfermagem, v. 19, p. 304-309, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Hipertensão arterial. Estatísticas. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/h/hipertensao/estatisticas

BORTOLOTTO LA, Praxedes JN. Hipertensão secundária. In: Nobre F, Serrano Jr C,


eds. Tratado de cardiologia da Socesp. Barueri: Manole, 2005..

BOUSQUET-SANTOS, Kelb; COSTA, Luciane da Graça da; ANDRADE, Joanlise


Marco De Leon. Estado nutricional de portadores de doença renal crônica em
hemodiálise no Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 1189-
1199, 2019.

CASES A, EGOCHEAGA MI, TRANCHE S, PALLARÉS V, OJEDA R, GÓRRIZ JL,


et al. Anemia en la enfermedad renal crónica: Protocolo de estudio, manejo y derivación
a Nefrología. Nefrologia. 2018.

CERSOSIMO, Eugenio. A importância do rim na manutenção da homeostase da


glicose: aspectos teóricos e práticos do controle da glicemia em pacientes diabéticos
portadores de insuficiência renal. J Bras Nefrol, v. 26, n. 1, p. 29-39, 2004.

DE MELLO, Palloma Aline et al. Nefrotoxicidade e alterações de exames laboratoriais


por fármacos: revisão da literatura. Revista de Medicina, v. 100, n. 2, p. 152-161, 2021.

GOMES, Yury et al. Desfecho clínico de pacientes em urgência dialítica. Ciência,


Cuidado e Saúde, v. 19, 2020.

PEIXOTO, Adriana Lopes. Solicitação e Interpretação de Exames Laboratoriais: Uma


visão fundamentada e atualizada sobre a solicitação, interpretação e associação de
alterações bioquímicas com o estado nutricional e fisiológico do paciente. AS Sistemas,
2015.

VINHAL, Lucieli Boschetti; DE MORAIS, Elizabeth Rodrigues. PERFIL CLÍNICO E


EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES RENAIS CRÔNICOS DE UM HOSPITAL
ESTADUAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA-GO. Revista Movimenta ISSN, v. 1984,
p. 4298, 2021.

Você também pode gostar