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CAMPUS FAROLÂNDIA
DEPARTAMENTO DE NUTRIÇÃO
MÓDULO 1
Aracaju
2023
JORGE CARVALHO MENDONÇA JÚNIOR
KARINA SILVA SANTOS
THAYANNE CICERA SOARES SILVA
Rel
atório apresentado como requisito para avaliação
do Estágio Curricular de Nutrição Clínica,
orientado pela Prof. Andreza Araújo, no 2º
semestre de 2023.
Aracaju
2023
SUMÁRIO
Introdução.......................................................................................................................4
Desenvolvimento……………………………………………………………………….5
Diagnóstico clínico e/ou suspeitas diagnosticadas……………………………………6
Conceito e fisiopatologia da patologia em tratamento……………………………….6
Prescrição médica e evoluções………………………………………………......
……...9
Interação droga x nutrientes……………………………………………………..
…….9
Exames laboratoriais.....................................................................................................12
Exame físico....................................................................................................................14
Exame clínico-nutricional.............................................................................................14
Avaliação antropométrica do estado nutricional e avaliações
subjetivas........................................................................................................................15
Anamnese alimentar......................................................................................................16
Diagnóstico nutricional.................................................................................................18
Objetivos dietoterápicos................................................................................................18
Cálculos da prescrição
dietoterápica............................................................................18
Prescrição dietética........................................................................................................20
Suplemento escolhido para uso na prescrição
dietética...............................................21
Orientações dietoterápicas específicas e recomendações
gerais.................................22
Valores da dieta
proposta..............................................................................................23
Substituição....................................................................................................................26
Conclusão.......................................................................................................................27
1.INTRODUÇÃO
O primeiro módulo do estágio em Nutrição Clínica do curso de Nutrição da
Universidade Tiradentes, foi realizado no Hospital Cirurgia, para o acompanhamento
nutricional do paciente. A paciente em estudo foi submetida à hemodiálise logo após ser
internada em um quadro de Doença Renal Crônica (DRC) que se apresentou de forma
silenciosa, ela descobriu logo depois de fazer exames de rotina.
De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a prevalência de
hipertensão autorreferida passou de 22,6% em 2006 para 24,3% em 2017. A pressão alta
tende a aumentar com a idade, chegando, em 2017, a 60,9% entre os adultos com 65
anos e mais; e foi menor entre aqueles com maior escolaridade, com 14,8% entre
aqueles com 12 anos ou mais de estudo. De acordo com o estudo, as mulheres ainda
continuam com maior prevalência de diagnóstico médico de hipertensão arterial quando
comparado aos homens, tendo registrado 26,4% contra 21,7% para eles. Em 2017, as
capitais com maior prevalência entre as mulheres foram Rio de Janeiro (34,7%) e Recife
(30,0%), e entre os homens, foram Maceió (26,3%) e Natal (26,2%). Para o total, o Rio
de Janeiro (RJ) se manteve pelo segundo ano consecutivo como a capital brasileira com
o maior percentual de hipertensos (BRASIL, 2016).
Os dados de mortalidade por HAS mostram um aumento de 2006 a 2016, onde
que em 2006 foram registrados 36.707 casos de óbito tanto para o sexo masculino como
para o sexo feminino, em contraposto em 2016 foram registrados 49.635 óbitos tanto
para o sexo masculino como para o sexo feminino.
A prevalência e a incidência da DRC ainda são desconhecidas em muitos países
(BASTOS e KIRSZTAJN, 2011). Os Estados Unidos estimam prevalência de 14,8% de
DRC na população adulta de 2011 a 2014 e 703.243 casos, com 124.114 novos casos
em 2015, apresentando taxa de incidência de 378 pacientes por 1.000.000 de pessoas
(pmp), estando 87,3% desses em tratamento renal substitutivo (SARAN, et al, 2018).
Na América Latina, a incidência foi de 167,8 pmp em 2005 e, no Brasil, de 431
pmp em 2004 (CHERCHIGLIA, et al, 2010). Ainda, segundo a Pesquisa Nacional de
Saúde (PNS), a prevalência de DRC autorreferida é de 1,42%, ou seja,
aproximadamente dois milhões de indivíduos da população no país, o que revela a
dimensão da doença no Brasil (BRASIL, 2013).
Uma pesquisa de monitoramento da doença renal crônica terminal (DRCT) no
Brasil, por meio do subsistema de Autorização de Procedimentos de Alta Complexidade
(APAC), analisou, no período de 2000 a 2006, o perfil epidemiológico dos indivíduos
que ingressaram na terapia renal substitutiva (TRS) e identificou 148.284 pacientes em
diálise, com incidência estimada em 119,8/milhão de pessoas por ano (MOURA, et al,
2009).
Os estudos que avaliam a associação de fatores de risco à DRC no Brasil foram
realizados com amostras pequenas ou com pacientes em TRS. As pesquisas que
abordam a DRC anterior à DRCT são internacionais e mostraram como fatores
associados à lesão renal e à consequente perda da filtração, a diabetes, a hipertensão, a
hipercolesterolemia, o tabagismo, o consumo de álcool, o sobrepeso/obesidade, a dieta e
a idade avançada (STEVENS, et al, 2013; COLLINS, et al, 2015).
Acredita-se que no Brasil, assim como nos estudos internacionais, a DRC esteja
associada a fatores de risco, tais como condições sociodemográficas, comportamentos,
estilos de vida não saudáveis e doenças crônicas.
2. DESENVOLVIMENTO
Glicose 50% - amp 10ml EV(MAV) - ACM (quantidade: 3) (Se <90 na HD)
Insulina humana regular 100 UI - fr. ampola - 10ml SC/EV(MAV) (<180 0 UI)
7. EXAMES LABORATORIAIS
Basófilo 1,70 - - - (0 - 2)
8. EXAME FÍSICO
DATA DESCRIÇÃO
12/09/2023 idem
9. EXAME CLÍNICO-NUTRICIONAL
Disfagia Ausência
Odinofagia Ausência
Xerostomia Ausência
Náuseas Ausência
Vômitos Ausência
Dispepsia Ausência
Epigastralgia Ausência
Peso
55,4kg 55,4kg
Peso seco
54,4kg 54,4kg
CB esquerda - 26,0 cm
CPe
31,5 cm 30,0
CPd
31,0 cm 31,0
%Adeq CB
82,52% (Depleção leve) 82,52% (Depleção
leve)
IMC
21,51 kg/m2 21,51 kg/m2
ASG
Desnutrido leve/moderado Desnutrido
leve/moderado
DESJEJUM DESJEJUM
Inhame Sopa
Café Pão
(Ingestão 100%)
COLAÇÃO COLAÇÃO
Tangerina Tangerina
(Ingestão 100%) (Ingestão 100%)
ALMOÇO ALMOÇO
Macarrão Macarrão
Salada Salada
LANCHE LANCHE
Maçã Mamão
JANTAR JANTAR
Pão Inhame
FA: Deambulando
FT: Afebril
FI: Desnutrição
FA = FATOR
ATIVIDADE
FT = FATOR
TÉRMICO
FI = FATOR INJÚRIA
Refeição Alimentos
INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS
Na (mg) 280
K (mg) 300
Cl (mg) 216
Ca (mg) 240
Mg (mg) 76
P (mg) 190
Sabor Baunilha
VIT B5 1.4 - - 5* -
(mg)
17.1 SUBSTITUIÇÃO
● Novasource GC1.5
É uma fórmula enteral hipercalórica (84% amido de tapioca, 10%isomaltulose e
6% maltodextrina), hiperproteica (88% caseinato de cálcio e sódio obtidos do
leite de vaca e 12% proteína isolada de soja) e hiperlipídica (46% de óleo de
canola de baixo teor erúcico, 37% óleo de girassol e 17% óleo de girassol de alto
teor eleico) com carboidratos de lenta absorção, sem adição de sacarose e isenta
de lactose, apresentando 15g de fibra/L, foi desenvolvida para pacientes com
necessidade de controle glicêmico que precisam de maior aporte calórico e
proteico. A dieta escolhida teve o objetivo de equilibrar o nível de glicose, após
ser observado vários picos ao analisar os exames.
NEE 2280kcal
Volume 1540
Vazão 70ml/h
Fibra 23.1g
Ca 154mg
P 154mg
K 385mg
Na 154mg
Mg 52.36mg
Cl 100.1mg
18. CONCLUSÃO
O acompanhamento da paciente foi realizado em 2 visitas, onde todos os dados
possíveis foram coletados. A paciente sempre se mostrou bastante responsiva e
colaborativa, o que ajudou no detalhamento de informações.
REFERÊNCIAS
AGUIAR, Lilian Kelen de; PRADO, Rogério Ruscitto; GAZZINELLI, Andrea;
MALTA, Deborah Carvalho. Fatores associados à doença renal crônica: inquérito
epidemiológico da Pesquisa Nacional de Saúde. 2020.