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O AMOR INTERROMPIDO

Antônio Carlos
O AMOR INTERROMPIDO
O amor que sofre uma interrupção, criando, na
criança, um sentimento de insegurança em
relação à vida, um sentimento profundo de
conexão com a morte mesmo.
O AMOR INTERROMPIDO
O foco é a primeira etapa do
desenvolvimento infantil,
especialmente os momentos
iniciais, do nascimento ao
terceiro ano de vida.

Pessoas que vivem essa dinâmica, em geral, são pessoas


ativas e funcionais, mas com uma dificuldade em reconhecer
que têm o suficiente. Algo sempre está faltando, não podem
chegar à plenitude, não podem se entregar, nas suas
relações; vivenciam dificuldades na conexão com o outro.
Muitas vezes sentem-se inseguras, desconfiadas.
HELLINGER AFIRMA QUE:
“O amor no seio da família tanto pode provocar
doença como restabelecer a saúde.”

“Não é a família que provoca as doenças, mas a


profundidade dos vínculos e a necessidade de
compensação. Quando se traz isso à luz, esse
mesmo amor e essa mesma necessidade de
compensação podem, num nível superior, ter uma
influencia benéfica sobre a doença.”
O desenvolvimento natural do ser humano é afetado
quando um filhote é deixado por sua mãe,
especialmente, por um determinado período de tempo,
seja lá por qual motivo for, tanto faz uma doença ou um
curso, a morte da mãe ou a viagem de férias. Quanto
mais novo, pior. Se é um tempo pequeno (uma semana,
quatro dias) para um bebê bem pequeno, isso lhe
parecerá demais. Para uma criança de três anos, uma
semana lhe parecerá demais!
Isso tem a ver com a mãe, mas também com o pai. Sentimentos
de segurança básica têm também a ver com o pai. Portanto, a
ausência do pai também gera traumas na infância.
Para mães e pais, no entanto, o ideal seria que tivessem a
consciência de que filhos pequenos não podem ser deixados
sozinhos. O tempo é relativo. O “pouco tempo” para os pais
pode ser “muito tempo” para o filhote. A presença da mãe,
especialmente, é fundamental para a criança, do nascimento
até o terceiro ano de vida.
ADOÇÃO
➢ Deixamos a criança em sua família. Em primeiro lugar os avós, depois
vêm os tios e tias. Somente se ninguém da família estiver disposto,
devemos procurar outras pessoas.
➢ Ao escolher os pais adotivos, aqueles que têm filhos próprios são
melhores que os que não têm filhos. Porque a criança não pode ser um
substituto. O ideal é a intenção de poder fazer algo pela criança adotada
e não colocá-la no lugar de outra.
“Como é possível que se comportem assim?”
A criança olha com amor para o excluído e, através de
seu comportamento nos obriga a olhar com amor
para esse rejeitado ou excluído. Assim, o chamado
mau comportamento é o amor por alguém que foi
excluído nesse campo.
Ao invés de olharmos para a criança devemos olhar
com amor para onde elas olham com amor.
DISTÚRBIOS DA FALA
• Conflitos não solucionados na família, que alguém não
podia estar presente nela ou não teve a palavra, porque
foi mantido em segredo ou dado para doção.
• Dentro dela há duas pessoas opostas que querem ter a
palavra simultaneamente. Um está contra o outro.
GAGUEIRA
➢ A gagueira frequentemente tem
um pano de fundo sistêmico
similar ao da esquizofrenia.
Enquanto que em relação à
esquizofrenia o conflito não
solucionado se torna visível na
confusão, no gago se mostra na
fala.
➢ SOLUÇÃO: aqueles que não estão
reconciliados na família são
colocados um em frente ao outro
até que ambos se reconheçam e
se reconciliem mutuamente.
GAGUEIRA
➢ Pode se observar que o gago, antes
de começar a gaguejar, olha
primeiro para o lado. Isso significa
que olha para uma imagem interna,
falando mais explicitamente: para
uma pessoa interiorizada, da qual
tem medo e perante a qual começa
a gaguejar.
➢ SOLUÇÃO: Numa constelação
encontrar essa pessoa de forma
aberta, prestando-lhe homenagem,
até que ela também o acolha e lhe
mostre o seu amor, o gago pode
olhar para ela, nos olhos e dizer
claramente o que sente e o que
deseja.
ESQUIZOFRENIA
É algo sistêmico. Existe um assassinato na família, às
vezes, várias gerações atrás. Os dois, a vítima e o
assassino, são excluídos do sistema. O
representante sente essa oposição entre o
assassinato e a vítima e fica confuso.
HIPERATIVIDADE
✓ Medo do contato. Não para quieta para não se envolver.
✓ Estão olhando para um morto para o qual a família não está
olhando.
As crianças mais difíceis são aquelas com o maior amor, porém
não sabemos para onde estão olhando!!!
O QUE LEVA AO
VÍCIO?
Alguém se torna viciado
quando a mãe lhe disse:
“O que vem do seu pai não
vale nada. Tome só de
mim.”
O vício é portanto a
vingança da criança contra
a mãe, pelo fato de tê-la
impedido de tomar algo do pai.
Quando ajudamos demasiadamente uma
criança, ela fica brava. Por isso
ajudamos mantendo uma certa
distância. Sobretudo ajuda-se em nome
dos pais. É importante nos colocarmos
abaixo deles.

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