Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO:
ELASTICIDADE E
COMPLACÊNCIA
FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA 1
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: ELASTICIDADE E COMPLACÊNCIA
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO:
ELASTICIDADE E
COMPLACÊNCIA
2
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: ELASTICIDADE E COMPLACÊNCIA
SUMÁRIO
COMPLACÊNCIA PULMONAR................................................................................ 4
SURFACTANTE ...................................................................................................... 6
3
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: ELASTICIDADE E COMPLACÊNCIA
4
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: ELASTICIDADE E COMPLACÊNCIA
pulmão de um adulto já formado e evolu- fluxo aéreo, como ocorre nos casos de ins-
ído, com o de uma criança imatura. piração. E por outro lado, aquelas vias aé-
reas que possuem o menor diâmetro serão
ELASTICIDADE PULMONAR aquelas que irão possuir a maior resistên-
cia na passagem do fluxo, fato este que
Elasticidade ou resistência pulmonar é a
ocorre na fase expiratória do ciclo respira-
capacidade que um pulmão possui de re-
tório. Algumas situações podem aumentar
tornar ao seu estado inicial, após sofrer
essa resistência como pacientes com asma
uma deformação externa, ou seja, é a ca-
ou DPOC, pois irá ocorrer broncoconstric-
pacidade desses sistemas das vias aéreas
ção.
de resistirem ao fluxo. Com isso, ela reflete
a capacidade que os pulmões de um indi- ELASTICIDADE DAS VIAS RESPI-
víduo possuem de retornar ao seu estado
RATÓRIAS
base após o processo de inspiração. Essa
propriedade, por sua vez, irá dificultar a Ela irá depender basicamente do fluxo de
passagem do ar por dentro das vias aé- ar que se concentra dentro dos pulmões
reas. Ela é composta pela resistência dos daquele paciente, assim como de alguns
tecidos e pela resistência das vias aéreas outros fatores como: a conformação em
propriamente dita. A resistência pulmonar que a árvore brônquica se encontra, o vo-
pode ser calculada pela razão entre o re- lume pulmonar, a capacidade de compla-
sultado da subtração entre a pressão de cência das vias respiratórias, a densidade
pico (Ppico) e a pressão de platô (Pplatô), e a viscosidade e o sistema muscular liso
e o fluxo aéreo. daqueles brônquios. Todos esses fatores
irão contribuir para uma possível modifica-
Essa resistência pode ser determinada por
ção na resistência das vias respiratórias,
alguns fatores, como a velocidade que o
aumentando ou diminuindo-a. A confor-
fluxo aéreo adquire, o comprimento da-
mação em que a árvore brônquica se en-
quele sistema de condução (das vias aé-
contra pode variar de um indivíduo para
reas), as principais propriedades físicas do
outro, e isso vai depender também da
ar inspirado (como a viscosidade e a den-
idade do paciente e da sua superfície cor-
sidade) e o diâmetro interno das vias aé-
poral. Ela também vai variar de acordo com
reas.
a fase do ciclo respiratório que o paciente
Com isso, observou-se que aquelas vias se encontra, seja na fase de inspiração ou
aéreas que possuem o maior diâmetro, tem na fase de expiração. Em outras palavras,
uma menor resistência na passagem desse essa árvore traqueobrônquica vai ter um
5
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: ELASTICIDADE E COMPLACÊNCIA
tamanho quando ocorre a inspiração e ou- uma expiração, quanto durante uma inspi-
tro tamanho na expiração. ração. Algumas doenças de base pulmo-
nares como a sarcoidose, fibrose e carcino-
À medida que as vias respiratórias se bi-
matose difusa, essa elasticidade tecidual
furcam e chegam aos terminais periféricos,
encontra-se comprometida, tendo seus
elas vão se tornando cada vez mais estrei-
valores basais aumentados.
tas e, por consequência, aumentam a sua
resistência, sendo os brônquios segmenta- SURFACTANTE
res e subsegmentares as estruturas pul-
monares que concentram a maior parte da O surfactante é uma substância que possui
resistência das vias respiratórias. propriedades tensoativas, e é produzido
pelos pneumócitos tipo II. Ele e suas prote-
Quanto ao volume pulmonar e a resistên- ínas possuem a função de reduzir a tensão
cia das vias aéreas, eles são inversamente superficial entre o líquido que está pre-
proporcionais, ou seja, à medida que o vo- sente na cavidade alveolar com o ar at-
lume pulmonar aumenta, a elasticidade mosférico. Além de reduzir a tensão super-
(resistência) dos pulmões irá diminuir. ficial, ele também evita o edema de inters-
tício. Quando o surfactante é perdido, ou
ELASTICIDADE TECIDUAL
ocorre alguma condição que impeça a sua
dos pelo pulmão em todo o ciclo respirató- uma síndrome denominada síndrome do
velocidade com que esse deslocamento irá anças que tiveram um parto prematuro,
ocorrer, podendo 5 ser feito tanto durante não dando tempo para os pneumócitos
tipo II se amadurecerem.
6
VENTILAÇÃO E PERFUSÃO: ELASTICIDADE E COMPLACÊNCIA