UNIVERSIDADE PARANAENSE - UNIPAR CURSO NUTRIÇÃO

MODALIDADE DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – METODOLOGIA

SEMIPRESENCIAL DA UNIVERSIDADE PARANAENSE - UNIPAR

ESTEFANY GUIMARÃES DE FREITAS

LUCIANA ROSA DOS SANTOS

ERROS E PERIGOS DE SUPLEMENTOS EM

PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO.
Creatina, Cafeína e Proteína do soro

UMUARAMA - PR
2023
 ESTEFANY GUIMARÃES DE FREITAS
LUCIANA ROSA DOS SANTOS

ERROS E PERIGOS DE SUPLEMENTOS EM

PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO.
Creatina, Cafeína e Proteína do soro

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado de à Banca Examinadora do
Curso NUTRIÇÃO da Universidade
Paranaense – Campusm SEDE, como
requisito parcial para a obtenção do título
de Bacharel de nutrição, sob orientação do
GILBERTO ALVES.

UMUARAMA - PR
2023
 AGRADECIMENTOS

Primeiramente, a Deus, razão da minha existência, por ter me dado saúde e força
para enfrentar os obstáculos do dia-dia e concluir esta caminhada;

Agradeço aos meus pais e familiares, que com muito amor e dedicação me
apoiaram e acreditaram em mim;

Ao meu noivo Aledson, pelo apoio incondicional, pelos conselhos, proteção,

paciência e amizade;

Ao nosso orientador Gilberto Alves, por gentilmente ter aceitado esta orientação e
ter dado o suporte necessário no decorrer do trabalho;

A minha amiga Luciana, companheira de TCC, que fez essa jornada ser mais leve,
alegre e divertida;

A toda equipe do curso, a coordenadora e os docentes que nos deram aula, em

especial professora Tatiane por toda atenção e ensinamentos;

A todos qυе direta оυ indiretamente fizeram parte desta formação, о mеυ muito
obrigada!!

3
 Venho por meio desta, agradecer por essa oportunidade, e a todos que fizeram
parte dessa etapa importante na minha vida;

A Deus, aos meus pais, aos meus irmãos, que sempre me incentivaram e me deram
forças para continuar;

Ao nosso orientador Gilberto Alves, que com sua ajuda e suporte sempre que
precisamos nos possibilitou de assim estar encerrando esse importantíssimo ciclo;

Quero agradecer também a minha amiga e companheira de TCC Estefany, que

esteve comigo durante toda essa caminhada, na qual foi de muito perrengue, mas
também de muita alegria e diversão;

A Unipar com toda sua equipe, e a todos os professores que fizeram o máximo para
ensinar e ajudar em tudo;

Sem vocês nada disso seria possível, meus mais sinceros agradecimentos!!!

4
 “A natureza é o
único livro que
oferece conteúdo
valioso em todas as
suas folhas”

Johann Goethe

5
 SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................ 9
2. ABORDAGEM DA ATIVIDADE FÍSICA.......................................................11
2.1. . Musculação............................................................................................11
2.2.1 Suplementos.........................................................................................11
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................18
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................19
ANEXOS...........................................................................................................22

6
ERROS E PERIGOS DE SUPLEMENTOS EM PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO.
Creatina, Cafeína e Proteína do soro

FREITAS. Estefany Guimarâes de 1

SANTOS. Luciana Rosa dos 2

ALVES, Gilberto 3

RESUMO

O presente trabalho teve como objetivo a realização de uma revisão bibliográfica

sobre como a prática regular e bem orientada dos praticantes de
esportes/musculação, visando aprimorar seus resultados e obter maior disposição
para os treinos, estão constantemente buscando opções de suplementação
alimentar. Assim, o presente estudo tem como objetivo compreender os efeitos da
suplementação de creatina, proteína do soro e cafeína no organismo humano,
enfatizando seus erros e perigos com a superdosagem sem um acompanhamento
nutricional qualificado. Atualmente, o uso inadequado desses suplementos por conta
própria é um dos principais motivos para desenvolvimentos de insuficiência renal,
sendo os rins e o fígado os órgãos mais afetados, pelo fato de serem responsáveis
pela metabolização dos nutrientes. Foi realizado um levantamento de informações
que serão analisadas criticamente, bem como recolhidas de modo que se espera
que os praticantes de musculação compreendam a importância de uma avaliação
nutricional antes de ingerir suplementos alimentares de forma inapropriada.

Palavras chave: Musculação. Suplementação. Creatinina. Proteína do soro.

Cafeína.

ABSTRACT

1 Acadêmicas Curso de Nutrição da Universidade Paranaense – UNIPAR.

2 Acadêmicas Curso de Nutrição da Universidade Paranaense – UNIPAR.
3 Docente Curso de Nutrição da Universidade Paranaense – UNIPAR..

7
The present work aimed to carry out a bibliographical review on how regular and
well-oriented practice of sports/bodybuilding practitioners, aiming to improve their
results and obtain greater willingness to train, are constantly looking for food
supplementation options. Thus, the present study aims to understand the effects of
creatine, whey protein and caffeine supplementation on the human body,
emphasizing the errors and dangers of overdose without qualified nutritional
monitoring. Currently, the inadequate use of these supplements on their own is one
of the main reasons for the development of kidney failure, with the kidneys and liver
being the most affected organs, as they are responsible for metabolizing nutrients. A
survey of information was carried out that will be critically analyzed, as well as
collected so that it is expected that bodybuilders understand the importance of a
nutritional assessment before ingesting dietary supplements inappropriately .

KEY WORDS: Bodybuilding. Supplementation. Nutritionist's role. Creatinine. Whey

protein. Caffeine.

Unidade Unipar, 20 de de mortality. The microbiota of the hands is composed of

resident and transient bacteria that often circulate in the hands of professionals who
handle the patients themselves. Currently, nosocomial infection is one of the main
causes of mortality and may be associated with serious diseases, medical and
surgical interventions and related complications. The research was developed based
on bibliographic consultations, such as books, magazines, periodicals and articles
published online, whose objective is to 2022.

8
 PA
GE
25
1. INTRODUÇÃO

O exercício físico tornou-se um hábito na vida de pessoas de diversas faixas

etárias que buscam melhorar a estética corporal e, consequentemente, a saúde. A
importância da atividade física, associada à musculação, contribui para a
manutenção da saúde, melhorando o desempenho individual, aumentando a massa
muscular e a satisfação física (FRANCATTO et al., 2016).
A atividade física pode ser considerada qualquer movimento corporal
produzido pelos músculos esqueléticos que requeira gasto energético. Por outro
lado, o exercício é uma atividade física planeada e bem estruturada que visa
melhorar ou manter componentes físicos, com vista à melhoria da saúde. Tanto a
atividade física quanto o exercício incluem movimentos que requerem algum grau de
energia e força, mas o objetivo do exercício é melhorar ou manter a aptidão física
(SANTOS et al., 2021).
O principal objetivo dos praticantes de musculação (bodybuilders) está na
maioria das vezes relacionado à estética do corpo, com a hipertrofia, ou seja, o
aumento da massa muscular magra. Para melhorar o desempenho físico, os
praticantes de musculação utilizam recursos biológicos (SOUZA, 2018). O termo
ergogênio significa melhorar ou potencializar a capacidade de trabalho em pessoas
saudáveis e seu uso pode estar associado à melhora da sensação de sintomas
como cansaço, fadiga, dores físicas e mentais, frequentemente encontradas em
exercícios de alta intensidade, melhorando assim as capacidades do organismo.
Individual. desempenho (FRANCATTO et al., 2016).
A nutrição é extremamente essencial para atletas e fisiculturistas, pois uma
combinação de nutrição, treinamento e suplementação adequada se necessária
pode garantir que os objetivos desejados sejam alcançados (ARAGÃO; FERREIRA,
2022).
No âmbito desportivo, existem vários suplementos que têm como principais
objetivos aumentar o tecido muscular, produzir energia nos músculos, melhorar a
fadiga e reduzir a gordura corporal (lípidos), entre muitos outros. Um desses
suplementos nutricionais é a creatina, utilizada por quem busca performance ou
satisfação estética (SILVA; JUNIOR, 2021).
Acredita-se também que seguindo estudo de revisão bibliográfica Mata
(2020), este estudo confirma a eficácia do uso da cafeína como meio de melhorar o

9
 PA
GE
25
desempenho em exercícios aeróbicos e anaeróbicos, e por ser biológico, possui
diversos mecanismos fisiológicos que podem ser úteis para melhorar o desempenho
em atletas que participam de esportes de alta intensidade.Neste trabalho foi
realizado um levantamento bibliográfico a partir de buscas em bases de dados
eletrônicas, Google Acadêmico e Scielo com as palavras-chave: Cafeína,
Treinamento de Força, Musculação, Whey Protein e Creatina. Os artigos
selecionados abrangem o período de 2004 a 2020. Para inclusão dos artigos, os
critérios utilizados foram: Artigos relacionados à cafeína, whey protein, musculação,
creatina em artigos na Odontologia portuguesa e inglesa. Primeiramente foi
realizada uma leitura exploratória, analisando assim os artigos mais relevantes para
o desenvolvimento do presente estudo.

2. ABORDAGEM DO TREINAMENTO DE FORÇA

2.1 Musculação.

Recentemente, o treinamento físico tem aumentado significativamente devido

ao desejo de melhorar a qualidade de vida, a condição física e a aparência estética.
Estas são algumas das principais razões pelas quais as pessoas procuram
exercícios intensos na academia. As pessoas que frequentam a academia são
pessoas fisicamente ativas, geralmente jovens, motivadas pela redução da gordura
corporal e pelo aumento da massa muscular, por isso o treinamento de força é um
método popular e popular na academia (HIRSCHBRUCH; CARVALHO, 2014).
Na musculação ocorre aumento da força muscular, e a principal alteração
morfológica é a hipertrofia muscular. É definida como um aumento no volume
muscular devido ao aumento da área de secção transversa das fibras que compõem
um determinado músculo (Crozetta, Oliveira, 2009). O treinamento de força (TF)
produz adaptações positivas no corpo humano, levando à melhoria do desempenho
físico em termos de saúde, preparo físico e longevidade (KRASCHNEWSKI et al.,
2016).
O músculo esquelético é um tecido extremamente plástico que consegue
adaptar-se rapidamente às exigências que lhe são impostas, promovendo a
preservação e/ou aumento da massa, força e potência muscular. Estímulos
mecânicos, como aumento da sobrecarga, induzem adaptações que levam ao

10
 PA
GE
25
aumento da área de secção transversa (AST) e alterações nas propriedades
contráteis das fibras musculares. A estimulação não farmacológica mais poderosa
desse músculo é o treinamento de força (TR) (KRASCHNEWSKI et al., 2016).

2.1.2 Suplementos.

Creatina

A creatina (ácido metilguanidinoacético) é um aminoácido que, além de estar

presente em determinados alimentos, também é produzida endogenamente, por
meio de um processo que envolve órgãos como fígado, rins e pâncreas e é utilizado
outros aminoácidos como substratos, como como glicina, metionina e arginina
(NASCIMENTO; AMARAL, 2020). É utilizado como fonte de combustível dietético
porque foi demonstrado aumento de creatina muscular e resultados documentados
também mostram que ela pode promover maior desempenho, bem como aumento
de ganho muscular, massa magra e força (CASSIANO et al., 2021).
A maioria dos atletas e fisiculturistas utilizam suplementos com o objetivo
principal de aumentar a massa muscular através de exercícios de força, velocidade e
potência, levando a melhorias significativas no desempenho físico. Porém, sem a
prescrição ou supervisão de um nutricionista, pode ser ineficaz para o organismo ou
até causar efeitos colaterais indesejados (SANTOS; MARTINS; FERREIRA; 2021).
Os benefícios da creatina no desempenho durante o exercício físico estão
associados ao aumento da energia intracelular, redução do acúmulo de fosfato
inorgânico e aumento do pH, fatores que promovem a síntese e reparação de
tecidos melhores músculos, demonstrando a necessidade de exercícios que
envolvam mais atividade física. esforço. Além disso, a ingestão de creatina também
auxilia na manutenção do peso corporal em resposta ao treinamento de força e sua
suplementação ocorre devido à maior retenção hídrica no músculo devido ao efeito
osmótico causado pelo aumento da creatina no músculo, mantendo a massa
muscular do indivíduo (SOARES et al. , 2020).
A suplementação por creatina para desenvolvimento atlético tem sido
bastante utilizada. Descobertas recentes apontam que o uso da creatina possui
efeito terapêutico para doenças caracterizadas por fraqueza, atrofia e doenças
metabólicas, tais como; ossos, músculos e cérebro (MARESE et al., 2019).
Pesquisas apontam que o consumo de creatina pode ser considerado um meio

11
 PA
GE
25
ergogênico eficiente e eficaz, que somado com exercícios que demandam grande
intensidade e força, resultam em um ganho significativo de massa corporal
(NASCIMENTO; AMARAL, 2020).
Em conjunto com exercício físico resistido, o consumo de creatina aumenta as
concentrações de creatina muscular livre e fosforilada em média de 25 a 37%.
Tendo o efeito na massa corporal magra e no desempenho físico mais evidenciado
nos vegetarianos do que em não vegetarianos, em decorrência da ausência do
consumo de proteína de origem animal (LORENZETI et al., 2019). O uso da creatina
para ganho de massa magra e força se dá através da liberação de triglicerídeos
plasmáticos, que reduz a demanda do uso de glicogênio muscular, assim
preservando a massa corporal magra (TEIXEIRA et al., 2020).
Um aspecto importante a ser levado em consideração quando analisamos se
a creatina faz mal ou não é exatamente o fato do aminoácido estar naturalmente
presente no nosso organismo através da dieta e da síntese endógena realizada pelo
fígado e demais órgãos (OLIVEIRA; AZEVEDO; CARDOSO, 2017).
Segundo Gualano (2014,) uma análise foi feita sobre o impacto do uso da
creatina sobre a função renal. Além da suplementação diária, os atletas participantes
da pesquisa também receberam uma dieta com alto teor de proteínas. Após 12
semanas de suplementação, os pesquisadores não observaram efeitos colaterais
sobre a função renal, demonstrando que esse suplemento pode ser utilizado de
maneira segura.
Segundo Gualano (2014,), apesar de haver inúmeros relatos sobre os efeitos
nocivos da suplementação de Creatina, incluindo cãibras, disfunções renais e
hepáticas, hipertermia e desidratação, não possuem evidências científicas que
sustentem essas informações. Talvez, o único efeito adverso provocado pela
suplementação da Creatina seja a retenção hídrica, que possui algumas
repercussões negativas sobre o desempenho físico a depender da modalidade
esportiva. Não há nenhuma evidência concreta na literatura de que a creatina possa
apresentar qualquer indício de risco a saúde ou de efeitos colaterais destacáveis em
homens saudáveis, mas segundo Oliveira, Azevedo e Cardoso (2017), existem
inúmeros casos na literatura indicando que a creatina possa prejudicar a função
renal quando consumida de forma indiscriminada. Quando o assunto é desempenho
muscular, a maioria dos estudos afirma que a creatina é segura para consumo em
longo prazo, e não havendo até o momento pesquisas que comprovem que a

12
 PA
GE
25
creatina provoque algum malefício à saúde.
Cafeína
A cafeína é um ergogênico bastante utilizado que está presente em diversas
bebidas e alimentos esportivos, além de ser encontrada em diversos medicamentos
que não exigem prescrição médica para seu uso. É um estimulante do sistema
nervoso central que possui múltiplas ações, sendo a mais importante a redução da
percepção de esforço e dor, e um efeito direto na contração muscular (DAVIS,
2009). Aproximadamente 90% dos adultos consomem cafeína e 70% dos atletas de
alto nível utilizam cafeína regularmente. Após a ingestão, a cafeína é metabolizada
no fígado. Tanto a cafeína ingerida por via oral, ou por via intravenosa, apresentam
farmacocinética semelhante, sendo que ela atravessa facilmente todas as
membranas biológicas. A cafeína tem efeitos no sistema nervoso central, resultando
em antagonismo de receptores de adenosina, provocando redução da percepção de
dor além de aumento e sustentação temporal do estado de alerta. Essa redução da
percepção de dor pode acabar levando a mitigação da fadiga, fazendo com que o
músculo contraia mais vezes de forma anaeróbia, levando a um acúmulo de ácido
láctico (DAVIS, 2009).
A cafeína reduz os sintomas de fadiga, melhora a atenção sustentada e a
vigilância através desta interação neuroquímica. Outros aspectos localizados no
SNC são a redução da dor muscular esquelética e da sensação de força, levando a
uma redução na percepção do esforço durante o exercício e, portanto, influenciando
os fatores motivacionais para manter o esforço durante o exercício. Como nem todos
os aspectos do SNC foram examinados em detalhes, deve-se considerar que um
efeito placebo também pode estar presente. No geral, parece que os efeitos de
aumento de desempenho da cafeína residem no cérebro, embora mais pesquisas
sejam necessárias para revelar os mecanismos exatos pelos quais o efeito do SNC
é estabelecido (MEEUSEN R., 2013).
Os resultados encontrados por Altimari e colaboradores (2000) em uma
revisão de literatura demonstraram efeito ergogênico do uso da cafeína em
exercícios físicos de média e longa duração em 75% dos estudos revisados.
Adicionalmente, apontaram diferentes respostas fisiológicas e metabólicas após a
administração da cafeína. Esses autores ainda observaram que a dosagem de
cafeína é determinante na melhora do desempenho, uma vez que o
desencadeamento das respostas fisiológicas e metabólicas está associado à

13
 PA
GE
25
quantidade ingerida de forma que, embora doses entre 3 e 10 mg/kg de peso
corporal possam melhorar a performance, o intervalo sugerido é de 3 a 6 mg/kg.
Esse achado permite inferir que a estimulação oferecida pela ingestão de doses
mais elevadas acima de 6 mg/kg de cafeína não representará em nenhum benefício
adicional ao desempenho (ASTORINO et al., 2010,).
O impacto da cafeína sobre os níveis de glicose no sangue tem implicações
para as pessoas com diabetes que podem estar pensando em consumir
suplementos contendo cafeína. Os fornecedores de suplementos esportivos têm a
responsabilidade de fornecer uma descrição precisa dos efeitos colaterais com um
aviso claro para os pacientes diabéticos. Na literatura há casos de pessoas com
diabetes tipo 1 que desenvolveram cetoacidose diabética aguda grave após a
ingestão de um suplemento energético contendo cafeína.O limite superior do
consumo seguro é inferior a 400 mg por dia. No entanto, a ingestão aguda de altas
doses de cafeína pode causar alterações metabólicas significativas que podem ser
fatais. Paciente que consome uma dose tóxica de cafeína pode vir a causar
sintomas desagradáveis (como vômitos) após a omissão de sua insulina basal de
ação prolongada (HAMED, 2018). Há vários protocolos de uso relacionados à
cafeína, entretanto a dose total estimada para se obter o efeito ergogênico é de 3 a
6mg/kg, podendo ser administrada de forma seriada no período de antes e durante a
prática esportiva ou em dose única antes do início da atividade física (BURKE,
2017).

Suplemento Mecanismo de ação Protocolo de ingestão

sugerido

Múltiplas ações, mas Ingestão de 3 a 6mg de

destaca-se a redução de
Cafeína percepção de esforço ou dor
Efeito direto na contração
muscular.
Fonte: (BURKE, 2017)
cafeína por quilo de massa
do atleta, podendo ser
administrado em dose única
antes da atividade física.

Proteína do soro (whey protein)

A proteína do soro do leite, popularmente chamada de Whey Protein, consiste

em um dos principais suplementos utilizados no meio atlético para alcançar a

14
 PA
GE
25
hipertrofia muscular. O consumo de suplementos proteicos e ricos em aminoácidos
tem crescido entre os atletas e esportistas, onde são utilizados tanto com o intuito de
substituir proteínas da dieta como para aumentar o valor biológico das proteínas da
refeição.
A proteína do soro influencia positivamente quando usada corretamente no
desempenho esportivo de atletas e também proporcionam mudanças na composição
corporal, sendo a suplementação proteica uma estratégia prática e segura de
adequar a qualidade nutricional e a biodisponibilidade de aminoácidos da dieta
(NÓBREGA et al., 2009)
A diminuição da massa muscular esquelética está associada à idade e à
inatividade física. Já está suficientemente comprovado que a manutenção ou o
ganho de massa muscular esquelética, principalmente em pessoas idosas, contribui
para uma melhor qualidade e prolongamento da vida. Exercícios físicos,
principalmente os resistidos com pesos, são de extrema importância para impedir a
atrofia e favorecer o processo de hipertrofia muscular, melhorando a quantidade
Segundo Lemon 14, pessoas envolvidas em treinos de resistência necessitam de
1,2 erentes ao consumo diário de proteínas para atletas e praticantes de exercício
físico vem sofrendo pequenas modificações ao longo do tempo.

Superdosagem Whey

Silva e Rodrigues Júnior (2020) demonstraram que o uso abusivo de

suplementos alimentares é frequentemente realizado por pessoas que realizam
atividades físicas participando de academias esportivas e musculação para fins
estéticos e biológicos, bem como para melhorar o desempenho esportivo. No
entanto, as recomendações de produtos são frequentemente dadas por pessoas
sem conhecimento completo. Quanto ao uso indiscriminado, as pesquisas foram
realizadas por Neves, Pereira, Lira, Firmino; Tabai (2017), com base na análise de
registros de 300 usuários de suplementos alimentares, demonstrou que o whey
protein foi o suplemento alimentar mais consumido e que a grande maioria dos
usuários de suplementos alimentares promoveu o consumo dessas substâncias por
professores de educação física, seus amigos e menos muitas vezes por
nutricionistas.
Tais resultados foram levados em consideração por Santos et al. (2021), que

15
 PA
GE
25
realizaram um estudo através de um questionário aplicado a uma amostra de 100
pessoas entre 18 e 30 anos, que praticavam atividade física em academia,
demonstraram que 75% utilizavam suplementos nutricionais, dos quais 29% eram
whey protein. A preocupação destacada pelos autores foi que a maioria tomava
suplementos nutricionais sem o devido acompanhamento médico ou de nutricionista,
30% foram recomendados por um personal trainer, 28% foram recomendados por
um amigo, amigos recomendam e 24% pesquisam na internet para escolher a dieta
alimentar. suplementos. O estudo descobriu que 88% dos entrevistados não
estavam cientes dos riscos de consumir muitos suplementos dietéticos.
Superdosagem Proteína do soro

Em relação aos malefícios, a literatura documenta problemas causados pelo

consumo excessivo, um estudo realizado por Vasconcelos et al., (2021), através de
uma revisão sistemática, revelou que na literatura há relatos sobre os efeitos nocivos
associados ao consumo excessivo de whey. proteínas, rins e fígado, são os órgãos
mais afetados porque são responsáveis pelo metabolismo dos nutrientes.
O estudo também revelou achados de piora da agressividade, aumento da
acne e alterações no microbioma, sendo que essas questões se tornam mais
complexas quando uma pessoa é sedentária. Resultados semelhantes também
foram encontrados no estudo realizado por Verdan et al. (2021), teve como objetivo
demonstrar a importância dos profissionais farmacêuticos na educação sobre os
possíveis riscos associados ao consumo indiscriminado de suplementos nutricionais.
Os autores apontam vários problemas associados ao consumo excessivo de
proteínas: quando esse consumo ultrapassa 15% do gasto energético, pode levar à
sobrecarga renal, gota, cetose, ganho de gordura visceral e balanço negativo de
cálcio.
Portanto, o acompanhamento de um profissional habilitado é fundamental
para o uso de suplementos alimentares. O estudo também ressalta a atuação dos
nutricionistas nesse sentido, a importância da avaliação da prescrição, inclusive no
autocuidado, verificando a oferta e monitorando a nutrição.

16
 PA
GE
25
Suplemento Mecanismo de ação Protocolo de ingestão
sugerido

Whey A incorporação de proteína As recomendações gerais

de soro de leite produz
melhorias no desempenho
muscular devido ao aumento
dos níveis de glutationa,
reduzindo assim a atividade
dos agentes oxidantes no
organismo.
indicadas variam de 20 a 40 g
de proteína de soro de leite por
dia, tomadas 30 minutos antes
do almoço para apoiar a perda
de peso ou até 2 horas após o
treinamento de resistência para
apoiar o aumento da massa
muscular.

Fonte: O autor(2023)

17
 PA
GE
25
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os estudos citados nesta revisão concluem que parece não haver risco para a
segurança alimentar ou para a saúde nutricional quando a suplementação de
creatina é tomada corretamente. Além de ser um dos produtos mais consumidos
atualmente, a suplementação de creatina também é eficaz para a resistência
muscular e o desempenho físico, respeitando a individualidade de cada pessoa e
fazendo uso desse recurso de forma consciente.
É importante ressaltar que o consumo de suplementos deve ser realizado
sob supervisão de profissional adequado, para que seja realizada orientação,
monitoramento e controle dos possíveis efeitos, bem como da dosagem consumida.
Por fim, deve-se reconhecer que os profissionais nutricionistas podem contribuir para
o uso adequado da suplementação de creatina, ações de prevenção de riscos,
implementação e avaliação de ações baseadas no conhecimento. Considerando os
produtos utilizados neste estudo, podemos afirmar que a utilização dos suplementos
citados, tomados sob supervisão de um nutricionista, em dosagens adequadas,
garante melhor desempenho no desenvolvimento corporal e maior fornecimento de
energia. Porém, com base na literatura atual, observa-se que a maioria das pessoas
toma suplementos em diferentes concentrações para seu uso, o que por vezes é
prejudicial à saúde..
É importante ressaltar também que as necessidades nutricionais e energéticas
têm efeito direto sobre o desempenho durante as atividades físicas. Sendo
necessário compreender os efeitos mais amplos e não direto com esses
suplementos no exercício, ressaltando que esses suplementos vem sendo cada vez
mais utilizados para realização de práticas esportivas. Entretanto conclui- se que as
suplementações citadas não representam riscos significativos para a saúde em
indivíduos saudáveis; porém, pode haver prejuízo da função renal quando o uso for
indiscriminado (dosagem superior à recomendada). Cabe ao médico, nutricionista,
farmacêutico e/ou outro profissional da saúde qualificado orientar o paciente quanto
ao consumo destas suplementações.

18
 PA
GE
25

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALTIMARI, L. R.; CYRINO, E. S.; ZUCAS, S. M.; BURINI, R. C. Efeitos

ergogênicos da cafeína sobre o desempenho físico. Paul. J. Phys. Educ., v. 14,
n. 2, p. 141-58.2000.

ASTORINO, Todd A.; ROBERSON, Daniel. Efficacy of acute caffeine ingestion

for short-term high-intensity exercise performance: a systematic review. J.
Strength. Cond.Res., v. 24, n. 1, p. 257-65, 2010.

ARAGÃO, Géssica de C.; FERREIRA, J. C. de S. Benefícios da creatina como

suplemento nutricional. Research, Society and Development. v. 11, n. 5, p.
e12511527827,2022.

BALDIN, A.E.; GOMES, E.C.Z.; BENDER, S.; LINARTEVICHI, V.F. Efeitos

dasuplementação crônica de creatina na função renal: uma revisão.
Pesquisa,Sociedade e Desenvolvimento, v. 10, n.14, pág.e89101421867, 2021.

BARROS, A. P. P. de; XAVIER, F. B. Suplementação de creatina para o

treinamento de força. Rev. UNINGÁ, Maringá, v. 56, n. 1, p. 91-97, 2019.

BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº

18-RegulamentoTécnicosobreAlimentosparaAtletas.MinistériodaSaúde.Brasília,2010.

BRASIL, AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC

nº243 - Requisitos para composição, qualidade, segurança e rotulagem dos
suplementos alimentares e para atualização das listas de nutrientes,
substânciasbioativas, enzimas e probióticos, de limites de uso, de alegações e de
rotulagemcomplementar destes produtos. Ministério da Saúde. Brasília, 2018.

BRIOSCHI, F.R., HEMERLY, H.M., BINDACO, E. S. Efeitos ergogênicos da creatina.

RevistaConhecimentoemDestaque,v.8,n.19,p.160,2020.Disponívelem:http://ead.so
ufabra.com.br/revista/index.php/cedfabra/article/view/178 Acesso em: 23 maio 2023.

BURKE LM. et al. Practical issues in evidence-based use of performance

supplements: supplement interactions, repeated use and individual
responses.SportsMed.v.47,n.1,p.79100.2017.

CASSIANO, Leandro Colombo et al. O uso de creatina monohidratada e o possível

compromentimentona disfunção renal: revisão narrativa. Revista Eletrônica Acervo
Saúde, v. 13, n. 8, p. e8609-e8609,2021.

CROZETA, C.; OLIVEIRA, G.K. Análise do perfil alimentar de mulheres com

sobrepeso, praticantes de treinamento de força em academias de Curitiba-
PR.Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo, v. 3, n. 17, 2009. p. 432-
441,set/out, 2009.

DAVIS JK. et al. Caffeine and Anaerobic performance: Ergogenic Value and

19
 PA
GE
25
Mechanism of Action. Sports Med. v. 39, n. 10, p. 813-832. 2009.

FRANCATTO, C. E. et al. A utilização de creatina por praticantes de musculação em

academias na cidade de Mogi Mirim – SP. Revista Ciencia & Inovação – FAM. V.3,
n.1 p.35,2016.

GUALANO, B. Suplementação de Creatina: Efeitos Ergogênicos Terapêuticos e

Adversos . 1ª. ed. Barueri - SP: Manole Ltda, 2014. 156 p.

HAMED E. Caffeine Toxicity Following Ingestion of an Exercise Supplement by

a Patient with Type 1 Diabetes. 2018.

HIRSCHBRUCH, M. D. CARVALHO, J. R. Nutrição Esportiva: uma visão prática.

3.ed. São Paulo: Manole, 2014.

KRASCHNEWSKI, J. L. et al. Is strength training associated with mortalitybenefits? A

15 year cohort study of US older adults. Preventive Medicine,Baltimore, v. 87, p.
121127,2016.Disponívelem:https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S00917
43516300160?via%3Dihub>Acesso em: 08 set 2023.

LORENZETI, Fábio Medici. Nutrição e suplementação esportiva: aspectos

metabólicos, fitoterápicos e da nutrigênomica. Phorte Editora. LTDA, 2019.

MARESE, Angélica Cristina Milan et al. Principais mecanismos que correlacionam a

microbiota intestinal com a patogênese da depressão. Fag Journal of Health (Fjh),
v. 1, n. 3, p. 232-239, 2019.

Mata V. Suplementação de cafeína em exercícios anaeróbicos, Revista Eletrônica,

São Paulo, v 1, n 1, p 73-79, Set 2020.

MENDES, R. S. Avaliação da rotulagem de suplemento de creatina. 26 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Nutrição)-Universidade de
Brasília,2018. Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/2473. Acesso em: 31
maio 2023.

MEEUSEN R. Caffeine, exercise and the brain, Jul. 2013. Disponível

em:https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23899750?dopt=Abstract.Acesso em 13 de
Fevereiro de 2023.

NÓBREGA, Antonio Cláudio Lucas da et al. Modificações dietéticas, reposição

hídrica, suplementos alimentares e drogas: Comprovação de ação ergogênica e
potenciais riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói,
v. 15, n. 03, p.3-12, mar. 2009.

OLIVEIRA, L. M.; AZEVEDO, M. de O.; CARDOSO, C. K. de S. Efeitos da

suplementação de creatina sobre a composição corporal de praticantes de
exercícios físicos. Rev. Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 11. n. 61. p.10-15,
2017.

SANTOS, J. P. C. dos; MARTINS, G. H. da S.; FERREIRA, J. C. de S. O uso da

20
 PA
GE
25
creatina no treinamento de força e na melhoria do desempenho físico.
Research, Society and Development, v. 10, n. 11, p. e59101119410, 2021.

SERGES, Dubois. Efeitos do uso de creatina em praticantes confirmados de

musculação. Repositório Institucional Unisc. P. 1-34, 2016. Disponível
em:https://repositorio.unisc.br/jspui/handle/11624/1414 Acesso em: 31 maio 2023.

SILVA, R. A. Suplementação de creatina no esporte: mecanismo de

ação,recomendações e consequências da sua utilização. Repositorio
InstitucionalUNICEUB, Brasilia. V.1 n.1 p. 5-7, 2018.Disponível
em:https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/235/12608/1/21507299.pdf Acesso
em:23 de maio de 2023.

SILVA, A. M. da; JUNIOR, O. M. R. Benefícios no uso do suplemento creatina

nahipertrofia e força. Research, Society and Development, v. 10, n. 16,
p.e136101623886, 2021.

Silva, A. C. G., & Junior, O. M. R. Riscos e benefícios no uso de suplementos

nutricionais na atividade física. Brazilian Journal of Development,6(12), 96770-
96784.2020.

SOARES, Iraíldo Francisco et al. A ação da creatina no desempenho esportivo: uma

revisão sistemática. RBNE-Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 14, n. 89,
p. 536-542, 2020

SOUZA, R. S. Consumo de suplementos alimentares associados à atividade

física:uma revisão de literatura. Repositório digital da UFPE. 2018. Disponível
em:https://attena.ufpe.br/handle/123456789/28951 Acesso em: 31 maio 2023.

SOUZA, E. B. de; SILVA, M. H. V. A Creatina como recurso ergogênico

nutricional:uma revisão da literatura. JIM - Jornal de Investigação Médica , v. 3, n.
1, p. 105–119, 2022.

TEIXEIRA, Ygor et al. Efeitos da Suplementação de Creatina Sobre o

Desempenho Físico: Uma revisão integrativa da literatura. Pesquisa, Sociedade
e Desenvolvimento , v. 9, n. 7, pág. e982974947-e982974947, 2020.

VASCONCELOS, Q. D. J. S., Bachur, T. P. R., & Aragão, G. F. Whey protein

supplementation and its potentially adverse effects on health: a systematic
review. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, 46(1), 27-33.2021.

VERDAN, K. F. G., dos Santos, J. E., & de Senna Junior, V. A.. Riscos e benefícios
da utilização de suplementos nutricionais na prática de atividade física. Revista
Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, 7(10), 1592-1606.2021.

21
 PA
GE
25
ANEXOS:

DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Declaro para os devidos fins que eu, Estefany Guimaraes de Freitas, RG:
12.682.886-1– SSP-PR, aluno(a) do Curso de Nutrição da Unipar Sede de Umuarama,, sou
autor do trabalho intitulado:“ERROS E PERIGOS DE SUPLEMENTOS EM
PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO.”, que agora submeto à banca examinadora do
Trabalho de Conclusão de Curso – Nutricao.
Também declaro que é um trabalho inédito, nunca submetido à
publicação anteriormente em qualquer meio de difusão científica.

________________________ _______________
Nome completo do Aluno
Assinatura digital

22
 PA
GE
25

DECLARAÇÃO DE AUTORIA

Declaro para os devidos fins que eu, Luciana Rosa dos Santos, RG:
14.031.446-3 – SSP-PR, aluno(a) do Curso (Nutrição Unipar Sede - Umuarama ) sou autor
do trabalho intitulado: “ERROS E PERIGOS DE SUPLEMENTOS EM PRATICANTES
DE MUSCULAÇÃO.”, que agora submeto à banca examinadora do Trabalho de
Conclusão de Curso – (Nutrição)
Também declaro que é um trabalho inédito, nunca submetido à
publicação anteriormente em qualquer meio de difusão científica.

__________________ _____________________
Nome completo do Aluno
Assinatura digital

23