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ESPORTIVA VEGANA
Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 2
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 3
Autor
Organização
ALESSANDRA LUGLIO
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 4
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 5
Colaboradores
CAROLINA TEODOROSKI
• Nutricionista e Gastróloga;
• Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Santa Catarina;
• Especialista em Nutrição Materno-infantil e Natural Chef, com linha
de atuação em Nutrição Infantil;
• Coordenadora do Departamento de Eventos do LK Design Hotel em
Florianópolis e idealizadora da Liga SuperSeed, um movimento de
educação nutricional para o público infantil.
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 6
GABRIELA SOUZA
GIULIA LONGEN
• Nutricionista;
• Especialista em fisiologia do exercício, avaliação metabólica
por interpretação de exames laboratoriais;
• Pós graduado em Nutrição Clinica Funcional;
• Terapeuta florais de Bach - HealingHerbs®;
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 7
MARCELA WORCEMANN
SARAH NICHELE
TATIANA CONSOLI
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 8
PREFÁCIO
Não vai faltar proteína!
Algumas condutas são óbvias, como não consumir produtos de origem animal;
outras, nem tanto. Saber quais alimentos evitar não é tudo. É necessário saber
substituí-los da forma correta. O sucesso da alimentação vegana depende de
uma boa orientação nutricional, e, diga-se de passagem, atualmente essa regra
vale para quase todo mundo. É cada vez mais comum onívoros terem deficiên-
cias nutricionais importantes, como carência de ferro, de cálcio, de vitamina D
e também de B12, ou seja, o problema nem sempre está relacionado à falta de
proteína animal na dieta.
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 9
Cada pessoa que deseja seguir o veganismo pode encontrar um caminho pos-
sível e praticável dentro da sua realidade socioeconômica.
A alimentação vegana é novidade para a grande maioria das pessoas e, por isso,
realmente precisa de orientação nutricional. Mas eu tenho certeza que, depois de
ler este guia, não sobrará nem mesmo o argumento de que os ingredientes da
dieta vegana são difíceis de encontrar, caros e até contrários à boa saúde.
Não tenho dúvida de que Filipe Testoni é hoje a maior autoridade da nutrição
esportiva para veganos. Nos últimos anos, ele vem derrubando tabus e ensinan-
do, de forma clara e didática, como ter uma ótima performance no esporte sem
comer carne.
Rodolfo Peres
Nutricionista
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 10
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
À Celina, ao Mushu e à Theodora pelo lar cheio de amor que ofereceu as me-
lhores condições do mundo para a escrita deste guia; e a cada um dos seus
colaboradores, pelo precioso tempo e energia despendidos, sem os quais ele
não teria sido possível.
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 11
EPÍLOGO
Olhando para trás, percebo que foi em 2016 que Todos os seres. Aqueles que eu amo, mas tam-
a semente do vegetarianismo foi plantada em bém os meus inimigos. Os meus pets, que chamo
mim. Naquele momento o solo não era fértil o su- de filhos, mas também cada ave, bovino, suíno e
ficiente e faltaram água e nutrientes para que pu- peixe, cujo sofrimento eu continuava ignorando
desse germinar, mas ela resistiu mais um par de para me alimentar da forma que tinha aprendi-
anos até que fosse capaz de desabrochar, como do ser lógica e “natural” (além de conveniente, é
depois pude perceber que acontece com muitas claro). Foi aí que uma grande questão emergiu
pessoas que se dão conta de que comer alimen- – como eu poderia ser feliz promovendo o sofri-
tos de origem animal já não faz mais sentido, mas mento de outros seres?
que se detêm de tomar uma atitude por uma ou
Inicialmente, o apego ao meu físico e desem-
outra razão.
penho atlético, e minha ignorância em relação a
Naquela época eu estava no começo da minha tudo que envolvesse uma dieta vegetariana (além
segunda graduação, em Nutrição, e encantado da própria ignorância em relação às verdadeiras
com o estudo da biologia celular. Ao mesmo tem- causas do sofrimento, diria Buda), me impediram
po, no âmbito pessoal, sentia uma sensação es- de ir adiante com a ideia de deixar de comer ani-
tranha de que “faltava algo”, apesar de ter todas mais e seus derivados, pois acreditava que seria
as condições que, se supõe, são necessárias para necessário renunciar àquilo que havia levado anos
a felicidade, no que diz respeito à vida profissio- para desenvolver e que tinha um peso grande na
nal, familiar, amorosa e todas essas gavetas que construção de como eu me enxergava (ou como
gostamos de arrumar muito bem, iludidos com a gostaria que fosse enxergado). Nesta época eu
ideia de que uma vez em ordem não precisarão já havia sido premiado em meia dúzia de moda-
mais de grande preocupação. lidades esportivas, tinha vencido recentemente
um campeonato de fisiculturismo e era Oficial do
Na busca pelas respostas para as questões
Exército – nada que combinasse com o estereó-
que vinha carregando comigo, me deparei com
tipo, obviamente enganoso, de vegano fraco que
um livro escrito pelo monge budista e doutor em
um dia imaginei.
biologia molecular por uma renomada instituição
francesa, chamado Matthieu Ricard. Aquilo me Ocorre que, nos anos seguintes, aquela resis-
pareceu muito estranho, pois ciência e budismo tente semente foi capaz de germinar e começar
eram coisas que, a meu ver, não poderiam jamais o estabelecimento de suas raízes. É dito que uma
andar juntas. Através dele conheci os preceitos vez que tomamos consciência de algo, não é
básicos da filosofia budista, dentre eles o que mais possível retroceder, por maiores que sejam
mais me marcou e despertou para a ideia do ve- os esforços para ignorar aquilo. Dito e feito. Logo
ganismo: o de que todos os seres desejam ser fe- não fui mais capaz de continuar comendo carnes
lizes e evitar o sofrimento. sem considerar a violência intrínseca neste ato.
Independentemente de quais fossem as conse-
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 12
quências, decidi que pararia por ali mesmo. Feliz- cos anos, assisti à produção científica acerca do
mente, não demorou para que eu percebesse que tema crescer, embora continuasse escassa, até
nenhuma expectativa negativa se materializou, que, mais recentemente, fui provocado a elaborar
de fato, e sequer precisei abdicar do meu físico este guia pela pessoa que mais me incentivou na
e desempenho, o que, àquela altura, de qualquer minha caminhada profissional e a quem sou eter-
forma, já havia se tornado algo de menor impor- namente grato, a Ale Luglio.
tância.
A escrita deste documento foi muito mais desa-
Caminhando, então, para o final da graduação fiadora do que eu poderia imaginar e exigiu uma
e já tendo me tornado vegano, consumi todas as grande dedicação de energia, além de ter que li-
informações que pude sobre o assunto e me sur- dar com questões pessoais importantes. A ideia
preendi com a dificuldade em encontrá-las. Fo- de escrever algo que ficaria registrado “para sem-
ram os materiais elaborados pelo Dr. Eric Slywitch pre”, correndo o risco de errar e estando sujeito
e pela Sociedade Vegetariana Brasileira que me a grandes críticas, só não foi paralisante porque
ajudaram a dar os primeiros passos, até que me saber que muitas pessoas terão acesso a tantas
matriculei na primeira turma de pós-graduação informações que teriam me ajudado, anos atrás,
em Nutrição Vegetariana pela Plenitude Educa- a não temer adotar o vegetarianismo ou, até mes-
ção, onde conheci pessoas que foram importan- mo, me incentivado a fazê-lo antes, é algo muito
tíssimas, como a minha querida amiga Milena, maior e que não me permitiu ficar parado.
para o amadurecimento desta nova forma de me
Este material que está em suas mãos agora ca-
relacionar com o mundo que estava se tornan-
racteriza o fruto carregado de novas sementes,
do realidade – “uma consequência natural para
oriundo daquela uma plantada há sete anos. Ele
aqueles que mudam a sua maneira de se alimen-
não pretende ser perfeito, tampouco definitivo, o
tar”, como diz o próprio Dr. Eric.
que seria impossível, mas sim servir de guia para
Logo depois, me tornei professor das matérias todos que amam se exercitar e que estão dan-
de vegetarianismo e nutrição esportiva em dife- do os seus primeiros passos no vegetarianismo,
rentes cursos de pós-graduação e me empenhei e como base para aqueles que, eu clamo, darão
em conectar estes dois mundos, divulgando com continuidade ao trabalho de disseminação do co-
empenho a nutrição vegetariana em todos os lu- nhecimento sobre a alimentação à base de plan-
gares onde tive a oportunidade de estar, presen- tas, até que todos os seres possam ser felizes e
cial ou virtualmente. Pode-se dizer que esta foi a livres do sofrimento.
fase de floração e polinização. Durante estes pou-
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 13
SUMÁRIO
Parte I - Introdução
48 Necessidades energéticas
56 Carboidratos
77 Proteínas
121 Gorduras
131 Modificação da composição corporal
150 Micronutrientes
183 Suplementação esportiva
Apêndices
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I. INTRODUÇÃO AO
VEGETARIANISMO
NO ESPORTE
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 15
1. VEGETARIANISMO
NO ESPORTE
A adoção de uma dieta vegetariana no assunto e, eventualmente, se proporem a
esporte ganhou enorme notoriedade no fazer, ao menos, uma tentativa de mudar
final da década de 2010, sobretudo de- a sua forma de se alimentar.
pois do lançamento do documentário
Este movimento representa uma enor-
The Game Changers (Dieta de Gladiado-
me quebra de paradigma, pois como
res, no Brasil. Netflix, 2018) [1], que apre-
será explorado adiante, a ideia de que
senta o relato positivo de atletas de dife-
comer carne é muito importante, ou até
rentes modalidades que adotaram uma
mesmo essencial para a saúde e, sobre-
dieta à base plantas, e no contexto de
tudo, para o desempenho, literalmente
outros acontecimentos no meio espor-
atravessa os milênios. É natural que se
tivo, como a decisão do então campeão
observe, portanto, uma grande resistên-
mundial de Fórmula 1, o britânico Lewis
cia por parte de diferentes grupos da
Hamilton, de se tornar vegano em 2017,
sociedade, como ocorre toda vez que o
após uma redução gradual do consumo
status quo é questionado.
de carnes nos anos anteriores [2] .
O objetivo deste capítulo é identifi-
Apesar das fortes críticas da comunida-
car os diferentes tipos de vegetarianismo
de científica em relação ao referido do- e as principais motivações que levam à
cumentário, é fato que ele levantou uma sua adoção, bem como orientar uma
enorme discussão acerca dos efeitos de transição segura e bem-sucedida para
uma dieta livre de produtos de origem este padrão alimentar, além de descrever
animal sobre o desempenho e, mais do brevemente a história do vegetarianismo
que isso, ao expor os depoimentos de no esporte e apontar os achados cientí-
atletas de alto nível advogando em prol ficos mais atuais a respeito dos efeitos
do vegetarianismo, encorajou muitas de uma dieta à base de plantas sobre o
pessoas a se informarem melhor sobre o desempenho.
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 16
Tabela 1.1 – Definição dos tipos de vegetarianismo e das nomenclaturas relacionadas ao tema.
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 19
à medida que expõem o seu estilo de gativos sobre sua saúde, mas jamais
vida e incentivam o vegetarianismo [4]. tolerar consumir derivados de ani-
mais.
É interessante observar que a motiva-
ção principal do indivíduo impactará, No contexto do esporte, independen-
muitas vezes, suas escolhas alimen- te da classificação da dieta vegetaria-
tares. Uma pessoa que se torna vege- na adotada pelo praticante ou atleta e
tariana exclusivamente por questões de sua motivação para tal, é recomen-
de saúde estará mais propensa a se dado que a alimentação seja baseada,
alimentar de mais vegetais e poderá, o máximo possível, em frutas, legu-
mais facilmente, se permitir consumir mes, verduras e grãos integrais, pois
algum derivado de animal quando en- estes alimentos são fontes de prati-
tender que este não lhe causará gran- camente todos os nutrientes neces-
de prejuízo neste sentido. Um vegano, sários para a manutenção da saúde e
por sua vez, estaria mais propenso a otimização do desempenho [5] , com
manter uma dieta pobre em vegetais exceção da vitamina B12 que será dis-
mesmo consciente dos impactos ne- cutida posteriormente.
A transição para uma dieta vegeta- voltando a consumi-los por uma série
riana pode se dar de forma abrupta de razões, e que, mais tarde, fazem
ou gradual, conforme o desejo de o que chamam de “nova tentativa” de
cada indivíduo, o que costuma estar se tornarem vegetarianos.
relacionado ao motivo primário pelo Dado que a alimentação humana
qual esta decisão foi tomada. É co- está intrinsecamente relacionada
mum encontrar pessoas que após um com as mais diversas áreas da vida,
período de exclusão de determinados estes movimentos são naturais e
alimentos de origem animal, acabam compreensíveis. Ao profissional de
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saúde cabe, de maneira sempre aco- nas leguminosas), pode causar des-
lhedora, dar suporte para que cada confortos como flatulência, disten-
paciente avance na direção deseja- são e dor abdominal [7],[8] .
da da forma mais segura possível. Técnicas simples de preparo pode-
Não existem regras que determinem rão amenizar esses sintomas e serão
como uma transição para a dieta ve- discutidas mais adiante, no capítulo 7.
getariana deva acontecer. É imprescindível que o profissional
Algumas medidas, entretanto, po- de saúde envolvido no atendimento
derão beneficiar a todos os interes- deste público explique a importância
sados em adotar este padrão ali- da realização destas técnicas, ensine
mentar, pois reduzem desconfortos como fazê-las corretamente e enco-
intestinais, proporcionam autonomia raje o atleta a incorporá-las em sua
e favorecem a saúde. No caso dos rotina, sobretudo quando notar algum
atletas e praticantes de exercícios tipo de resistência neste sentido.
físicos, uma transição que minimize Além do exposto, outros desafios
inconvenientes pode ser ainda mais
relatados pelos atletas são ingerir o
importante, visto que qualquer preju-
grande volume de comida que pode
ízo sobre o desempenho é altamente
desencorajador. ser necessário para atingir suas ne-
cessidades calóricas elevadas e en-
As queixas mais comuns entre os
contrar boas alternativas para se
atletas que iniciam a dieta vegetaria-
na e que frequentemente desencora- alimentar nos locais onde as compe-
jam a continuidade desta decisão es- tições podem acontecer.
tão relacionadas ao grande consumo Ambas as situações se tornam de fá-
de fibras alimentares. Embora a in-
cil manejo uma vez que os novos ali-
gestão de fibras seja essencial para
mentos e receitas passam a fazer par-
a manutenção de uma microbiota in-
testinal saudável [6], a ingestão exa- te da nova rotina. Soluções possíveis
gerada delas, sobretudo quando do para estas questões serão abordadas
tipo fermentável (muito presentes ao longo dos próximos capítulos.
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Estas práticas
não precisam ser
implementadas de
forma sequencial,
mas sim conforme
a necessidade de
cada indivíduo.
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Este grupo de alimentos tem um papel central na dieta do atleta em virtude do enorme
número de nutrientes que fornece e representa o principal substituto imediato das car-
nes na alimentação. É muito importante preparar as leguminosas de maneira adequada
para minimizar desconfortos e prevenir desistências.
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A adoção destas
práticas tem como
objetivo educar
e incluir uma
maior variedade
de alimentos de
origem vegetal na
alimentação...
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 29
Ainda que já esteja bem estabeleci- [16]. Outro estudo, desta vez com 553
do na literatura que a alta ingestão de atletas holandeses de elite e sub-elite
carboidratos favorece o desempenho de esportes de endurance, coletivos e
esportivo (mais detalhes na parte 2 força, verificou que a grande maioria
deste guia), muitos atletas, sobretu- deles ingeria quantidades de carboi-
do amadores, seguem um padrão ali- dratos menores do que as recomen-
mentar pobre neste nutriente, confor- dadas atualmente [17]. Dado que os
me demonstra um estudo que avaliou alimentos de origem vegetal que com-
a ingestão alimentar de 116 atletas de põem a base da dieta do atleta, como
endurance de diferentes modalidades os cereais, tubérculos e leguminosas,
(triatlo e pentatlo de inverno, Ironman são ricos em carboidratos, é comum
e meio Ironman) e verificou que menos que adoção de um padrão alimentar
da metade (46%) ingeriam as quan- vegetariano resulte em uma maior in-
tidades de carboidratos recomenda- gestão desse nutriente e, consequen-
das para este volume de treinamento temente, na melhora do desempenho.
É sabido que o exercício físico regular aos onívoros, indivíduos que seguem
reduz a inflamação crônica associada uma dieta vegetariana possuem uma
à obesidade, diabetes mellitus tipo 2 e maior atividade antioxidante devido ao
síndrome metabólica. Entretanto, a sua maior consumo de vitamina C, vitamina
realização de forma intensa, prolonga- E, betacaroteno e outros antioxidantes
da ou de forma exaustiva pode pro- [20] e menores níveis de marcadores
mover inflamação crônica, overtraining do estresse oxidativo [21] e de inflama-
e maior suscetibilidade de infecções. ção, como proteína C-reativa e ferritina
Um dos fatores que contribuem para [22],[23],[24]. Os efeitos pró ou anti-in-
estes efeitos é o aumento exacerbado flamatórios da alimentação também
da síntese de compostos pró-oxidan- influenciam em sintomas relacionados
tes, conhecidos como espécies reati- às articulações, conforme demonstra-
vas do oxigênio (ERO). O aumento das do em estudos com pacientes porta-
ERO pode reduzir a capacidade antio- dores de osteoartrite, artrite psoriática
xidante corporal, situação conhecida e artrite reumatoide [19]. É possível que
como estresse oxidativo. Comparado a maior ingestão de antioxidantes e os
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Rebeldes verdes
É preciso repensarmos
nossa alimentação do
ponto de vista da ética
animal e socioambiental.
A falta de uma com- confirmado pelo enor- tionamento do senso
provação científica con- me sucesso de atletas comum de que o espor-
tundente de que as die- do passado e do pre- te de alto rendimento
tas vegetarianas sejam sente que competem não pode ser saudável,
superiores a uma dieta em condições de igual- permitindo a proposta
onívora para o desem- dade com seus oponen- de um padrão alimentar
penho esportivo não tes onívoros. que ao menos atenue
deve ser, em absoluto, suas potenciais conse-
Ao contrário, a de-
razão para desencora- quências negativas no
monstração clara das
já-las entre os pratican- longo prazo e contribua
evidências de que uma
tes de exercícios físicos para uma carreira mais
dieta à base de plantas
e atletas, visto que tam- longeva.
promove maior saúde
pouco existe compro-
e longevidade sem pre- Além disso, enquan-
vação de que este pa-
judicar o desempenho to sociedade, é preciso
drão alimentar ofereça
é muito encorajadora, repensarmos nossa ali-
qualquer prejuízo para
pois proporciona uma mentação do ponto de
os seus adeptos, fato
oportunidade de ques- vista da ética animal e
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Um paradoxo alimentar
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33 mi 58%
de pessoas não têm da população convive
o que comer com algum grau de
insegurança alimentar
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74%
das emissões do
Brasil vêm da
produção de comida
Seeg: Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima - Novembro/2023
Desmatamento: Energia:
1 bilhão 100 milhões
de toneladas (56%) de toneladas (6%)
Agropecuária: Recorte da
carne bovina:
600 milhões
de toneladas (34%) 1,4 bilhão
Cujas emissões são de toneladas brutas
geradas sobretudo pelo
rebanho bovino.
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O impacto ambiental gerado na pro- Isto porque, para que possamos nos
dução dos alimentos de origem animal alimentar com dietas que protagoni-
é exponencialmente maior do que o zam os alimentos de origem animal,
dos alimentos de origem vegetal de- é necessário que sejam produzidos,
vido a uma soma de diversos fatores, através da agricultura, alimentos para
mas, sobretudo, por uma razão crucial: os animais da pecuária.
a ineficiência energética do sistema
A produção de calorias vegetais para
da pecuária.
alimentar esses animais ocupa imen-
sas quantidades de terra, o que im-
pulsiona o desmatamento e deman-
da o uso de água doce, fertilizantes e
agrotóxicos, que degradam a natureza,
além de potencializar a emissão de
gases responsáveis pelo aquecimento
global.
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ESPORTIVA VEGANA
Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 43
Ética animal
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GUIA DE NUTRIÇÃO
ESPORTIVA VEGANA
Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 44
A alimentação baseada
em plantas é o modelo
alimentar que mais nos
aproxima da natureza,
com harmonia e
respeito, pois, afinal,
somos parte dela.
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GUIA DE NUTRIÇÃO
ESPORTIVA VEGANA
Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 45
Natação
Barreiras Mudanças
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 46
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Introdução Sumário Vegetarianismo Planejamento Micronutrientes Apêndices 47
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