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FACULDADE UNINASSAU

CURSO DE FISIOTERAPIA

Daniele Barradas de Carvalho

Fisioterapia Hospitalar- Um caso clínico.

Trabalho submetido ao Curso de Fisioterapia


da Faculdade UNINASSAU, como parte dos
requisitos necessários à obtenção de nota da
disciplina de Estágio supervisionado IV.

Professor: Telmo

Teresina
2022
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Objetivo: Verificar os efeitos de uma rotina de atendimentos fisioterapêuticos em


uma unidade hospitalar localizada no bairro Santa Maria, Teresina- PI.

1. Introdução

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma alteração da circulação cerebral que


ocasiona um déficit transitório ou definitivo no funcionamento de uma ou mais partes
do cérebro, podendo ser por meio isquêmico ou hemorrágico e resultando em perda
da função neurológica. O AVC representa a terceira causa de morte em vários
países do mundo e a principal causa de incapacidade física e mental, acometendo,
particularmente, pessoas com mais de 55 anos. (COSTA, 2011). No Brasil, segundo
dados do Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são responsáveis por
32% dos óbitos. Ao se ajustar os dados de mortalidade com a idade, o acidente
vascular encefálico (AVE) aparece como líder de causas de morte.

As UPA’s são unidades de pronto atendimento 24 horas que prestam atendimento


resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadro clinico crônico ou
agudizado, presta primeiro atendimento a traumas, caso não for resolvido as queixas
em 24 horas, encaminha para internamento hospitalar através de uma central de
leitos. ( VIEIRA, 2015.)

A inclusão do fisioterapeuta nas unidades de terapia intensiva e nos setores de


urgência e emergência está baseada na reestruturação dos modelos de saúde. Seu
surgimento se deu a partir das demandas por profissionais capacitados. A
intervenção fisioterapêutica feita de forma precoce, com uma abordagem qualificada,
atenua as taxas de mortalidade, infecção, e o tempo de hospitalização. Tal atuação
gera impacto direto na recuperação do doente crítico e menores custos com a saúde
de

uma forma geral. A prática está orientada nas diretrizes elaboradas e publicadas
pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). ( DE PAIVA, 2017.)

Os tratamentos fisioterapêuticos na fase hospitalar baseiam-se em procedimentos


simples, como exercícios metabólicos de extremidades, para diminuir o edema e
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aumentar a circulação; técnicas de tosse efetiva para eliminar obstruções


respiratórias e manter os pulmões limpos; exercícios ativos para manter a amplitude
de movimento e elasticidade mecânica dos músculos envolvidos; treino de marcha
em superfície plana e com degraus, entre outras atividades, uma vez que a
mobilização precoce dos pacientes após cirurgia cardíaca demonstra reduzir os
efeitos prejudiciais do repouso prolongado no leito, aumenta a autoconfiança do
paciente e diminui o custo e a permanência hospitala. A fisioterapia motora tem
grande significado para o desenvolvimento da capacidade respiratória, procurando
evitar atelectasias em áreas pulmonares inferiores e sendo importante na prevenção
de processos vasculares venosos, particularmente tromboembolismo e
tromboflebites entre outros, sobretudo por alterações venosas no membro inferior. A
mobilização precoce reduz os efeitos prejudiciais do repouso no leito e maximiza a
velocidade em que as atividades habituais podem ser reassumidas. Atualmente,
novas técnicas terapêuticas permitem que a maioria dos pacientes tenha alta
hospitalar precocemente após infarto e revascularização do miocárdio sem perda da
capacidade funcional. Nos últimos anos, foram descritos inúmeros benefícios do
exercício regular para portadores de cardiopatia, além da melhora na capacidade
funcional.( TITOTO, 2005.)
De acordo com Emmerich , os episódios de agudização ou de piora clínica em
pacientes com DPOC tornaram-se um problema de saúde pública de grande
vulto, exigindo maiores investimentos e pesquisas nas áreas de pneumologia,
medicina de urgência, terapia intensiva e fisioterapia respiratória. Dispnéia e
fadiga, os dois principais sintomas vivenciados por portadores da DPOC,
podem ser o resultado do nível diminuído de atividades, da redução da força e
da endurance, levando a mais descondicionamento e criando um ciclo vicioso de
declínio progressivo. A execução de testes de exercícios durante a internação
hospitalar pode contribuir para a dessensibilização da dispnéia, promover o
retorno às atividades da vida diária e laborativas, assim como um início
precoce do programa de reabilitação pulmonar (RP). (SCHNAIDER, 2017).
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2. Conclusão
A Fisioterapia no ambiente hospitalar atua tanto na prevenção de complicações
como na promoção de saúde, sendo assim, um serviço indispensável. Na unidade
hospitalar em questão houve a possibilidade de ser trabalhado fisioterapia motora,
respiratória e neurológica nos pacientes alocados nas enfermarias, e conforme os
atendimentos iriam sendo executados, de forma geral observou-se melhora nos
sinais vitais, na disposição, no humor e ganho na amplitude dos movimentos.
Pontuando a eficicácia da fisioterapia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBAS, CARMEN SÍLVIA VALENTE ET AL. RECOMENDAÇÕES BRASILEIRAS


DE VENTILAÇÃO MECÂNICA 2013. PARTE I. REVISTA BRASILEIRA DE
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MORTALIDADE. DATASUS - TABNET. INDICADORES E DADOS BÁSICOS.
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COSTA, FABRÍCIA AZEVÊDO DA; SILVA, DIANA LÍDICE ARAÚJO DA; ROCHA,
VERA MARIA DA. SEVERIDADE CLÍNICA E FUNCIONALIDADE DE PACIENTES
HEMIPLÉGICOS PÓS-AVC AGUDO ATENDIDOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE
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1348, 2011.
DE PAIVA, D. R., GUIMARÃES, V. S., RÔLA, Q. C. S., DE CASTRO, I. P. R.,
GOMES, K. S., & DOS ANJOS, J. L. M. (2017). INSERÇÃO E ATUAÇÃO DE
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VIEIRA, MARILENE S. ET AL. PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM
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TITOTO, LÍGIA ET AL. REABILITAÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À
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SCHNAIDER, J., & KARSTEN, M. (2017). TESTES DE TOLERÂNCIA AO
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EXACERBAÇÃO DA DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA
CRÔNICA. FISIOTERAPIA EM MOVIMENTO , 19 (4). OBTIDO EM
HTTPS://PERIODICOS.PUCPR.BR/FISIO/ARTICLE/VIEW/18822.

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