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Brazilian Journal of Health Review 24540

ISSN: 2595-6825

Fisioterapia respiratória e terapia intensiva

Respiratory physiotherapy and intensive care


DOI:10.34119/bjhrv4n6-076

Recebimento dos originais: 08/10/2021


Aceitação para publicação: 02/11/2021

Francyelle Silva Pereira


Acadêmica do Curso de Fisioterapia da Faculdade UniBRAS de Rio Verde.
E-mail: francyelle.sp@hotmail.com

Leonardo Squinello Nogueira Veneziano


Professor Mestre do Curso de Fisioterapia da Faculdade UniBRAS de Rio Verde e
orientador da pesquisa.
E- mail: leosnv@yahoo.com.br

RESUMO
A fisioterapia respiratória pode definir-se como uma especialidade da fisioterapia que
utiliza estratégias, meios e técnicas de avaliação e tratamento que buscam a otimização
do transporte de oxigênio, contribuindo assim para prevenir, reverter ou minimizar
disfunções ventilatórias, promovendo a máxima funcionalidade e qualidade de vida dos
pacientes; podendo ainda proporcionar assistência ao paciente criticamente enfermo em
unidades de terapia intensiva. Muitos pacientes que são submetidos à ventilação
mecânica apresentam fraqueza muscular respiratória, a qual acarreta um desmame
ventilatório difícil, prolongamento da estada hospitalar e associação com desfechos
clínicos negativos. Nesse sentido, a atuação do fisioterapeuta torna-se indispensável nos
centros de unidade de terapia intensiva (UTIs), pois ele previne, avalia a fraqueza
muscular e prescreve a forma e intensidade do treinamento muscular respiratório, após
discussão com a equipe multiprofissional para a diminuição dos efeitos deletérios
advindos do imobilismo prolongado e afecções clínicas. Elucidado a importância deste
profissional na UTI, o presente estudo objetivou realizar uma revisãosistemática das
literaturas disponíveis sobre a eficácia da fisioterapia na UTI, bem como delinear o papel
do fisioterapeuta nesse processo. Esta revisão comprova que o fisioterapeuta é
fundamental nas UTIs, pois ele se destaca por promover diretamente a evolução do
tratamentoadequado aos pacientes em situações de distúrbio clínico, que necessitam de
reabilitação gradativa, auxiliando na manutenção das funções vitais do sistema corporal,
bem como na prevenção de possíveis agravos clínicos, diminuição dos riscos de infecção
hospitalar trazendobenefícios psicológicos ao paciente e ajudando-o a retornar à função
e à vida diária.

Palavras-chave: Unidade de Terapia Intensiva. Atuação do Fisioterapeuta. Fisioterapia.


Ventilação Mecânica. Prevenção.

ABSTRACT
Respiratory physiotherapy can be defined as a specialty of physiotherapy that uses
strategies, means and techniques of assessment and treatment that seek to optimize
oxygen transport, thus contributing to prevent, reverse or minimize ventilatory

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dysfunctions, promoting maximum functionality and quality of life of patients; it can also
provide assistance to critically ill patients in intensive care units. Many patients who
undergo mechanical ventilation present respiratory muscle weakness, which leads to
difficult ventilatory weaning, prolonged hospital stay and association with negative
clinical outcomes. In this sense, the role of the physiotherapist becomes indispensable
in intensive care unit (ICU) centers, as he/she prevents, evaluates muscle weakness and
prescribes the form and intensity of respiratory muscle training, after discussion with
the multiprofessional team for the reduction of deleterious effects from prolonged
immobilization and clinical conditions. Elucidating the importance of this professional
in the ICU, this study aimed to perform a systematic review of available literatureon the
effectiveness of physiotherapy in the ICU, as well as to outline the role of the
physiotherapist in this process. This review proves that the physiotherapist is essential in
ICUs,as he stands out for directly promoting the evolution of the appropriate treatment
for patients insituations of clinical disorder, requiring gradual rehabilitation, assisting in
maintaining the vitalfunctions of the body system, as well as preventing possible clinical
worsening, reducing the risks of hospital infection bringing psychological benefits to the
patient and helping him to return to function and daily life.

Keywords: Intensive Care Unit. Performance of the Physiotherapist. Physiotherapy.


Mechanical Ventilation. Prevention.

1 INTRODUÇÃO
A dedicação do fisioterapeuta ao paciente crítico teve seu início entre as décadas
de 40 e 50 devido à crise da poliomielite. Em anos recentes, os fisioterapeutas estão cada
vez mais presente no ambiente hospitalar, entretanto sua atuação difere em cada
instituição, não estandoseu papel bem definido, desde então sua afirmação como parte da
assistência intensiva tem sidoprogressiva (NOZAWA et al., 2008), e sua atuação como
profissional integrante da equipe multiprofissional no tratamento de pacientes nas
unidades de terapia intensiva (UTI) é reconhecida em diversos países desenvolvidos
(GODOY et al., 2011).
No Brasil, embora os fisioterapeutas estejam cada vez mais presentes nas UTIs,
sua atuação difere em cada instituição não estando seu papel bem definido, entretanto,
somente entre 1973 e 1979, que reconheceu-se a importância da fisioterapia nos hospitais,
especialmente com a fisioterapia respiratória, o que leva essa época a ser a mais
importante para a inserção da fisioterapia respiratória brasileira que, com seu rápido
crescimento na década seguinte, consolidou-se como indispensável em todos os
hospitais, quando então essa especialidade passou definitivamente a compor também as
equipes de terapia intensiva definido (NOZAWA et al., 2008).

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É notório que a nova atuação da fisioterapia intensiva brasileira possibilitou uma


importante integração multiprofissional e interdisciplinar, a qual passou a exigir ainda
mais estudos e aprimoramento dos fisioterapeutas para que estes pudessem atuar com
maior respeitodos demais profissionais da equipe e promover uma assistência resolutiva
aos pacientes críticos(SARMENTO, 2007).
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o ambiente físico onde todas as práticas
tendem para o cuidado de doentes graves, que detém componentes fundamentais para
que a assistência ocorra com a máxima eficácia e o mínimo de riscos. Primordialmente,
somente médicos e enfermeiros formavam a equipe da UTI. Com o decorrer dos anos,
novas especialidades foram se juntando às UTIs (CAETANO et. al., 2007).
A fisioterapia respiratória pode atuar na prevenção e no tratamento das doenças
respiratórias utilizando-se de diversas técnicas e procedimentos terapêuticos tanto em
nível ambulatorial, hospitalar ou de terapia intensiva, com o objetivo de melhorar a função
pulmonar, através da desobstrução brônquica, da expansão das áreas pulmonares
colapsadas e no equilíbrio da relação ventilação/perfusão (SANTOS et al., 2009),
diminuindo assim o tempo dehospitalização, pois inicia precocemente sua reabilitação
proporcionando qualidade na internação de cada paciente.
Diante disso, é de extrema relevância que esse assunto seja mais aprofundado, o
que justifica o desenvolvimento desse trabalho, que tem como sua principal questão
norteadora que deverá ser respondido ao final deste estudo: como a fisioterapia
respiratória pode atuar na prevenção de agravos resultantes da internação na UTI?
Tendo em vista as considerações expostas, o presente estudo objetivou realizar
uma revisão sistemática das literaturas disponíveis sobre a eficácia da fisioterapia na UTI,
bem comodelinear o papel do fisioterapeuta nesse processo

2 METODOLOGIA
O estudo trata-se de uma revisão de literatura realizada entre os meses de julho
a outubro de 2021, através da análise de referências bibliográficas, encontradas na base
de dados do Google Acadêmico, MedLine (Literatura Internacional em Ciências e
Saúde), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências e Saúde),
Cochrane, PubMed e Biblioteca Virtual.
Como critério de pesquisa foram usadas as palavras chaves: Unidade de Terapia
Intensiva; Atuação do Fisioterapeuta; Fisioterapia; Ventilação Mecânica e Prevenção.
Os artigos selecionados foram aqueles que mostraram compatibilidade com o tema

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proposto e disponibilizados na íntegra conforme a relevância para o presente estudo;


artigos disponíveis nos idiomas português e inglês; ensaios clínicos; que estivessem sido
publicados entre os anosde 2000 a 2016 e que relatasse a assistência fisioterapêutica
respiratória diante do paciente encontrado na unidade de terapia intensiva.
Como critério de exclusão adotados foram excluídos artigos que não abordavam
o assunto em questão, que não demonstrasse a atuação da fisioterapia e que possuíam
dados incompletos ou considerados não indexados ou sem vínculo científico.

3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Ventilação Mecânica de 2013, a
ventilaçãomecânica deve ser feita de forma segura, utilizando pressões que protegem os
pulmões do paciente, evitando lesões provocadas pela mesma, tanto a Ventilação
Mecânica Invasiva (AMIB) quanto a Ventilação Mecânica Não Invasiva (SBPT)
(TELES et al., 2013).
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são Unidades complexas dotadas de
sistema de monitorização contínua que admitem pacientes potencialmente graves ou
com descompensação de um ou mais sistemas orgânicos e que com o suporte e tratamento
intensivostenha possibilidade de se recuperar. Atualmente, estas unidades desempenham
um papel decisivo na chance de sobrevida de pacientes gravemente enfermos, sejam eles
vítimas de trauma ou de qualquer outro tipo de ameaça vital (FERNANDES; PULZI
JÚNIOR; COSTA FILHO, 2010).
Baseando-se na alta complexidade dos atendimentos realizados atualmente pela
Fisioterapia em Terapia Intensiva, no grande número de ocorrências clínicas e admissões
que ocorrem durante o período de vinte e quatro horas, da melhora dos indicadores
clínicos e financeiros, além de exigências jurídica, a Associação Brasileira de
Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva recomenda a
presença do Fisioterapeutanos CTIs adulto, pediátrico e neonatal, perfazendo a carga
horária de vinte e quatro horas ininterruptas (ASSOBRAFIR, 2013).
A Portaria GM/MS nº 3.432 de 12 de agosto de 1998 estabelece que deve haver
para cada 10 leitos, um fisioterapeuta destinado aos cuidados exigidos pelo Ministério de
Saúde, por diminuírem as complicações e o período de hospitalização, reduzindo,
consequentemente, os custos hospitalares. Além do mais, os profissionais

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Fisioterapeutas estão sujeitos à prestação máxima de 30 horas semanais de trabalho, de


acordo com a Lei nº 8.856/94 (NICOLAU; LAHOZ, 2007).
A rotina estabelecida nesses centros é bastante rigorosa devido à necessidade de
monitorização contínua e a presença de pacientes graves, o que inviabiliza a presença
de acompanhante e a utilização de pertences pessoais por parte dos pacientes, e ainda
exige dos profissionais e visitantes um contato mais contido a fim de minimizar
possíveis complicações (RIBEIRO, 2008).
Vale ressaltar ainda as características físicas desse ambiente: a presença de ruídos
(desde vozes dos profissionais até os sons das aparelhagens, com seus alarmes sonoros;
um odor no ambiente), uma mistura de cheiros (desinfetante, medicações, materiais para
curativos e de secreções); ambiente muito claro, iluminado artificialmente por luz
fluorescente com janelas sempre fechadas e recobertas, impossibilitando ver a luz do
dia; temperatura fria e mantida regularmente. Essas características tornam o espaço
pouco humanizado (CORONETTI; NASCIMENTO; MARTINS, 2006).
De acordo com Pessini e Bestachini (2004), com frequência, são observados
ambientestecnicamente perfeitos, mas sem alma e ternura humana. Essa desumanização
do cuidado é ainda mais notória nas UTIs, em que, por conta do domínio operacional
dos aparelhos e a realização de procedimentos técnicos, o cuidador e o ser cuidado
parecem estar afastados.
Sendo assim, o profissional inserido nesse espaço tem como norteador do
exercício daprofissão a responsabilidade de promover ao paciente um atendimento que
melhore o desconforto e a vulnerabilidade no sofrimento tanto da família quanto do
doente (TOFFOLETTO et al., 2005).
Os pacientes da UTI são monitorados de perto e geralmente são mantidos
sedados (adormecidos) com medicação. Comparado a outras unidades de atendimento,
existem mais dispositivos de monitoramento, IVs e medicamentos utilizados no
tratamento de pacientes. Geralmente uma enfermeira é responsável pelo atendimento de
um único paciente. Entretanto todos os profissionais de saúde (enfermeiros ou médicos)
deve ter um treinamento especializado em suporte de vida e atendimento a pacientes
críticos (LEITE; VILA, 2005).
No atendimento multidisciplinar oferecido aos pacientes em UTIs, o
fisioterapeuta se faz presente em vários segmentos do tratamento intensivo, como por
exemplo: (a) atendimentoa pacientes críticos que não necessitam de suporte ventilatório;
(b) assistência durante a recuperação pós cirúrgica, com o objetivo de evitar

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complicações respiratórias e motoras; e (c)assistência a pacientes graves que necessitam


de suporte ventilatório (SABETZKI; CICOTOSTE, 2008).
No suporte ventilatório o fisioterapeuta tem importante participação, auxiliando
na condução da ventilação mecânica, desde o preparo e ajuste do ventilador artificial à
intubação,evolução do paciente durante a ventilação mecânica, interrupção e desmame
do suporte ventilatório e extubação (JERRE; BERALDO, 2007).
Ver um ente querido na UTI pode ser assustador, por isso é importante ter uma
equipede assistes sociais, profissionais de saúde mental, clérigos (ministro da religião,
padres e outros), médicos e enfermeiros prontos a ajudar o paciente e a sua família a
lidar o estresse da hospitalização e cuidados intensivos, seja lhes passando uma
informação sobre o quadro de saúde do paciente ou para dar um apoio adicional,
prestando-lhes um atendimento humanizado(FERNANDES; PULZI JÚNIOR; COSTA
FILHO, 2010).

3.1.1 A equipe de uma UTI


Na área da saúde, o trabalho em equipe é considerado um mecanismo
indispensável na atuação dos profissionais, em contraposição ao intenso processo de
especialização e fragmentação das ações geradas por esses indivíduos. Nesse contexto,
a abordagem da equipe multiprofissional mostra-se como uma estratégia que pode levar
a uma maior interação entre asdiferentes áreas do conhecimento (PEDUZZI, 2001).
Para Oliveira (2011), numa UTI o objetivo comum é a recuperação do paciente
em tempo hábil, num ambiente físico e psicológico adequados, onde a atitude particular
de cada membro da equipe que ali trabalha está orientada para o aproveitamento das
facilidades técnicas existentes, aliadas a um bom relacionamento humano. Para um
trabalho em equipe deve existir,além do espírito de equipe, o respeito mútuo entre seus
membros, para que cada um desempenheharmonicamente o seu papel em área de sua
responsabilidade, através da união de conhecimentos, experiências e habilidades. Em
qualquer situação, a formação de uma equipe multiprofissional está sempre na
dependência das necessidades do paciente e baseia-se nos objetivos da unidade.
Amestoya et al. (2014) sinaliza que uma equipe é constituída por um grupo de
pessoasque adquiriram um determinado nível em sua interação, ou seja, o grupo passa
por um processo e desenvolvimento antes de ser equipe. Os membros desse tipo de
equipe tendem a complementar-se de forma sinérgica, trazendo ampla variedade de
habilidades e experiências para cada situação.

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É condição indispensável que toda a equipe esteja apta a cooperar no


desenvolvimentodas atividades, dentro de uma filosofia de trabalho já delineada com o
espírito de terapia intensiva, em função das necessidades do paciente e, voltada para os
objetivos e finalidades daunidade (LEITE; VILA, 2005).
Basicamente, a equipe multiprofissional de uma UTI pode ser constituída por
médico,enfermeira, fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, sociólogo e teólogo. Desde
o planejamento e organização da UTI até o atendimento, recuperação e alta dos pacientes
deve se fazer notar a participação da equipe multiprofissional (ULTRA, 2008).
Para garantir a segurança e a redução de sofrimento do cliente e de seus
cuidadores, a prática colaborativa entre os vários profissionais de saúde com diferentes
experiências profissionais promove uma assistência da mais alta qualidade. Colaboração
ou cooperação interprofissional se apresenta como uma estratégia do trabalho em equipe
e está relacionada a uma ética do cuidado, aproximando-se de práticas participativas e de
relacionamentos pessoaismútuos e recíprocos entre os profissionais de saúde (PIROLO;
FERRAZ; GOMES, 2011).
Não obstante, as constantes situações de emergência exigindo rapidez de
raciocínio e ação, o fato de ser uma unidade fechada e geralmente restrita aos que nela
trabalham, a complexidade tecnológica e científica e o enfrentamento frequente com a
morte são fatores que podem ameaçar a atmosfera desse ambiente, tornando-o mais
estressante tanto para o profissional quanto para o cliente (LEITE; VILA, 2005).
Assim, a realidade vivenciada pelos profissionais que atuam em UTI é permeada
por variados conflitos, sentimentos e emoções, o que requer uma excelente capacitação
técnico- científica e preparo profissional e emocional; em contrapartida, exige sobretudo
habilidade paragerenciar tais condições enquanto equipe multiprofissional, exercitando
ao máximo o trabalho em equipe (FERNANDES; PULZI JÚNIOR; COSTA FILHO,
2010).
Na unidade de terapia intensiva, não existem equipes mais relevantes que outras,
poissão extremamente necessárias para atender a qualquer complicação do paciente.
Nesse caso, é importante dizer que uma cama é tão importante quanto o sistema de
oxigenação (AMESTOYAet al., 2014).
O tratamento do paciente é consequência do trabalho de toda a equipe de
profissionais,assim, a comunicação e a troca de informações entre os profissionais que
integram a equipe multidisciplinar torna-se de fundamental importância para não ocorrer
distorções e falhas no atendimento, pois através dela são fornecidas informações que

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contribuem para o conhecimento uniforme entre os membros da equipe (PEDUZZI,


2001).

3.1.2 Equipamentos da UTI


De acordo com Dias (2016), para ter um atendimento padrão é fundamental
contar com equipamentos de UTI de alta qualidade. Só assim o hospital consegue
garantir o monitoramento constante dos pacientes e realizar diversas intervenções,
inclusive de alta complexidade. Um dos principais equipamentos de UTI é o ventilador
pulmonar, visto que a sua função é garantir uma ventilação artificial e promover suporte
ventilatório temporário a pacientes que não conseguem respirar normalmente.
Além do ventilador pulmonar, há outros equipamentos que tornam-se essenciais
na UTI devido a sua importância. Dias (2016) os descreve nomeadamente:

• Desfibrilador
O desfibrilador faz um disparo de uma carga elétrica sobre o coração do paciente
que está com arritmia cardíaca ou em parada cardiorrespiratória. É, portanto, um
equipamento indispensável para salvar vidas no hospital.

• Cama e colchão
Conforto é importante, mas, além disso, trata-se das possibilidades do paciente
de descansar, sem interferir em lesões ou necessidades corporais após a cirurgia. Nesse
caso, umaparte importante do equipamento na unidade de terapia intensiva é a cama e o
colchão. A cama deve ser tecnológica, afastada de paredes que impossibilitem o
movimento do paciente. Algunsdeles possuem trilhos e gavetas que garantem segurança,
além de rodas para realizar movimentos urgentes. O colchão deve ser de ar, possuindo
um compressor que trabalhe a pressão constante, para evitar a formação de úlceras.

• Ventilador mecânico
Os músculos respiratórios podem sofrer de insuficiência, portanto, esta máquina
ajudaos pulmões a satisfazer a necessidade de oxigênio. Isso pode ser feito através de
máscaras faciais ou nasais, que usam tiras elásticas; também poderiam ser tubos de
conexão endotraquealou orotraqueal, ou seja, da boca ou do nariz, respectivamente; ou
tubos no pescoço, conhecidoscomo traqueostomia, que não dependem do nariz ou da

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boca, mas diretamente da traqueia. Em ambos os casos, o paciente é mantido


incomunicável, tornando os cuidados médicos mais relevantes, razão pela qual essas
equipes geralmente emitem alarmes por som ou iluminação, caso sejam necessários
cuidados de emergência.

• Ventilador pulmonar
O ventilador pulmonar é um dos principais equipamentos de UTI, visto que a sua
função é garantir uma ventilação artificial e promover suporte ventilatório temporário a
pacientes que não conseguem respirar normalmente.

• Bombas de infusão
Devido à pouca ou nenhuma autonomia do paciente, a administração de fluídos
do paciente, medicamentos ou alimentos, deve ser garantida. Para fazer isso, os tubos
conhecidoscomo cateteres são conectados e entram pelas veias no tecido subcutâneo
ou diretamente no estômago. Essas bombas são diferentes de acordo com as
necessidades; isto é, podem ser bombas peristálticas para grandes vazões ou
simplesmente cateteres. Como as máquinas de ventilação, essas bombas geram alarmes
no momento de qualquer inconveniente, como obstáculos no fluxo de ar, alimentos ou
medicamentos.

• Oxigenoterapia
Basicamente, eles são dispensadores presos à parede mais próxima de cada cama.
Elessão usados somente quando o paciente precisa de mais oxigênio, isso requer um
mecanismo detubos, mangueiras e máscaras conectadas a um umidificador.

• Sistema de sucção
Assim como a oxigenoterapia, o sistema de aspiração concentra-se nas secreções
brônquicas dos pulmões, uma vez que estas são eliminadas metodicamente, ou seja, por
meio desse sistema de aspiração. É importante que isso exista nas equipes da unidade de
terapia intensiva, pois esse sistema é especializado para eliminar líquidos sem transmitir
infecções.

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• Monitor
Todos os parâmetros vitais do paciente devem ser evidenciados em algum lugar,
paraque seja monitorado a frequência cardíaca, pressão arterial, saturação, temperatura,
respiração,etc. Este monitor gera alarmes que atingem qualquer ponto do departamento,
além de permanecer conectado a uma tela central que contém informações vitais para
todos os pacientesda unidade.

• Barra de energia
Essa é uma barra de energia fornece eletricidade ininterrupta a todas as
ferramentas demonitoramento de pacientes, usadas em casos de falta de energia.

• Eletrocardiógrafos
Como o nome indica, o eletrocardiógrafo (ECG) é um aparelho que realiza uma
avaliação cardiológica. A partir da atividade elétrica do coração, ele identifica os seus
batimentos, o que permite o diagnóstico de uma série de problemas, como: arritmias;
desvios de eixo cardíaco; isquemia aguda do miocárdio; fibrilação ventricular;
taquicardia ventricular; bradicardia acentuada; infarto agudo do miocárdio, entre outros.
É importante contar com tecnologias que ofereçam, além de uma análise
confiável, telas de alta resolução e praticidade no transporte do equipamento.

3.2 FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA


A fisioterapia respiratória define-se como uma especialidade da fisioterapia que
utilizaestratégias, meios, e técnicas de avaliação e tratamento que buscam a otimização
do transporte de oxigénio, prevenindo, revertendo ou minimizando disfunções
ventilatórias (DIAS, 2016).
Yamauchi (2005) afirma que a fisioterapia respiratória tem como objetivo
melhorar afunção respiratória, promover e manter os níveis adequados de oxigenação na
circulação, preservando a função pulmonar. São dois aspectos que caracterizam a
fisioterapia respiratória:(1º) higiene brônquica, ou seja, a remoção das secreções retidas;
e (2º) manutenção daexpansibilidade pulmonar.
A fisioterapia respiratória envolve um grande número de técnicas que podem ser
associadas às modalidades de ventilação mecânica. Dentre as principais estão: manobras
de higiene brônquica e reexpansão pulmonar, que em conjunto com o posicionamento

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adequado no leito dos pacientes na UTI, otimiza o transporte de oxigênio através do


aumento da relação ventilação-perfusão (V/Q), aumento dos volumes pulmonares,
redução do trabalho respiratório, minimização do trabalho cardíaco e aumento do
clearance mucociliar (CARVALHO, 2001).
Após os primeiros cuidados de emergência e estabilização do quadro, o paciente
é submetido a uma cuidadosa avaliação fisioterapêutica observando-se aspectos como as
funçõesvitais, nível de consciência, observação dos exames, inspeção global, teste de
sensibilidade, teste articular passivo e verificação de doenças prévias associadas
(DENKER, 2002).
Imobilidade, descondicionamento físico e fraqueza são problemas comuns em
pacientes com insuficiência respiratória ventilados mecanicamente e podem contribuir
para o prolongamento da hospitalização, por isso, deve ser realizada também uma
avaliação respiratória, além de vários aspectos que devem ser observados, como:
informações básicas (exames e condutas já realizadas), ausculta pulmonar, gasometria
arterial, radiografia de tórax, freqüência respiratória, padrão muscular respiratório,
ventilometria, pressão inspiratória máxima, pressão expiratória máxima, percussão
torácica, observação da simetria e expansibilidade torácica, efetividade da tosse, aspecto
da secreção traqueal e parâmetros do respirador. Desta forma, torna-se possível a
definição de um plano de tratamento para os pacientes (JERRE; BERALDO, 2007).
Nesse contexto, a fisioterapia respiratória pode auxiliar na manutenção das
funções vitais pela prevenção e/ou controle sintomático de doenças pulmonares,
circulatórias e músculoesqueléticas; reduzir as complicações e o tempo de ocupação do
leito hospitalar e colaborar para a boa evolução do paciente (SABETZKI; CICOTOSTE,
2008).
Vale ressaltar a necessidade de tratamento individualizado que se adapte às
exigênciasdo paciente e ao tipo de patologia e à importância de uma abordagem
multidisciplinar cujo objetivo principal é o benefício máximo para a saúde dos idosos e
a melhoria da sua qualidadede vida (FRANÇA et al., 2012).

3.2.1 Técnicas fisioterapêuticas respiratórias


A fisioterapia respiratória em terapia intensiva envolve um grande número de
técnicasque podem ser associadas às modalidades de ventilação mecânica. Dentre as
principais estão: manobras de higiene brônquica, cinesioterapia respiratória, exercícios
com aparelho de incentivo inspiratório, respiração com pressão positiva, manobras de

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expansão e reexpansão pulmonar, treinamento muscular, ZEEP e recrutamento alveolar


(FITIPALDI, 2009).

3.2.1.1 Técnicas de higiene brônquica


As manobras de higiene brônquica correspondem a um conjunto de técnicas para
garantir as vias aéreas pérvias, atuando no processo do descolamento e também
deslocamento de secreções, promovendo de tal forma condições para uma adequada
ventilação e prevenção de infecções respiratórias e são indicadas quando a função do
sistema mucociliar está debilitadaou quando há um importante acúmulo de secreção nas
vias aéreas (REGENGA, 2000).
Essas manobras são essenciais para evitar o acúmulo de secreções com o
propósito deimpedir os processos bronco-obstrutivos, quadros infecciosos e ainda para
melhorar, facilitar epromover a limpeza mucociliar (KNOBEL, 2006).
Entre elas, as principais são: drenagem postural, percussão, vibração,
vibrocompressão, aceleração do fluxo expiratório (AFE), terapia expiratória manual
passiva (TEMP), tosse assistida e aspiração traqueobrônquica (FITIPALDI, 2009).

3.2.1.1.1 Drenagem postural


A drenagem postural (DP) constitui uma das técnicas de higiene brônquica mais
antiga e amplamente utilizada na fisioterapia respiratória, que tem a finalidade de
auxiliar a mobilização de secreções através da ação da gravidade, principalmente em
doenças com grande quantidade de secreção. Essa técnica consiste em posicionar o
paciente em decúbito que favoreçam o deslocamento das secreções brônquicas, por meio
do auxílio da força da gravidadeassociada à anatomia e nessas posições permanecer de 3
a 15 minutos (PRESTO, 2007).
O guia prático da American Association for Respiratory Care de 1994, saliente
que asprincipais indicações para a drenagem postural são: dificuldade para eliminar a
secreção; retenção de secreção; em patologias como fibrose cística, bronquiectasia ou
pneumopatia comcavitação; atelectasia causada por tamponamento mucoso; presença de
corpo estranho nas viasaéreas (CARVALHO, 2001).

3.2.1.1.2 Percussão
A percussão ou tapotagem pode ser definida como qualquer manobra realizada
com asmãos, de forma ritmada ou compassada sobre um instrumento ou corpo qualquer.

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Foi descrita por Linton em 1934, e desde então foi sendo utilizada com grande
frequência pelos fisioterapeutas. O objetivo dessa técnica é mobilizar a secreção
pulmonar viscosa, da parede pulmonar, através do tixotropismo realizado pelas ondas
mecânicas, tornando o muco mais fluído, facilitando sua condução para as vias aéreas
superiores (MAYER et al., 2002).
Segundo Carvalho (2001), a técnica caracteriza-se pela percussão com as mãos
em forma de concha ou ventosa, para maior eficácia é necessário que a mão em concha
esteja perfeitamente acoplada ao tórax do paciente na fase de contato com a pele não se
distanciandomuito na fase de retirada da mão e que seja realizada simultaneamente na
região que apresenta secreção.

3.2.1.1.3 Vibração - Vibrocompressão


A vibração torácica consiste em movimentos oscilatórios rítmicos e rápidos de
pequena amplitude, exercidos sobre a parede do tórax com a intensidade suficiente para
causar uma vibração em nível bronquial, com uma frequência de 3 a 55Hz e pode ser
aplicada de forma manual ou mecânica. O efeito positivo dessa técnica é o efeito
tixotrópico sobre o muco que se liquefazem quando submetidos a constante agitação
(SELESTRIN et al., 2007).
Segundo Carvalho (2001), a vibração é contração isométrica do ombro e
cotovelo do fisioterapeuta e é realizada sobre a parede do tórax do paciente, e pode ser
associada a técnica de terapia expiratória manual passiva (TEMP); enquanto a
vibrocompressão consiste em posicionar as duas mãos na área torácica e durante a
expiração exercer uma ação vibratória associada a uma compressão manual do tórax,
essa ação utiliza o efeito tixotrópico ao mesmo tempo em que aumenta o fluxo
expiratório, facilitando a mobilização de secreções.

3.2.1.1.4 Aceleração do fluxo expiratório (AFE)


Essa técnica é considerada como sendo uma energia aplicada, pelas mãos do
fisioterapeuta sobre o tórax do paciente, que assume a função da tosse quando a mesma
encontra-se ineficaz. Como mais uma forma para auxiliar na eliminação do muco
brônquico, essa técnica consiste de mecanismo igual ao da tosse; existe uma expiração
forçada, entretanto, não ocorre o fechamento glótico. Obtém-se esse fluxo mediante
contrações enérgicas dos músculos abdominais, porém, de forma passiva (FITIPALDI,
2009).

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De acordo com Regenga (2000), essa técnica consiste em um movimento tóraco-


abdominal sincronizado, criado pelas mãos do fisioterapeuta, sobre o tempo expiratório,
que se inicia no nível do platô inspiratório e não ultrapassa os limites fisiológicos
expiratórios do paciente. A técnica é indicada em problemas respiratórios, sempre que a
secreção for um fatoragravante.

3.2.1.1.5 Terapia expiratória manual passiva


A técnica consiste em uma compressão torácica com as duas mãos do terapeuta
dispostas ao longo da parede torácica. A compressão é realizada durante toda a fase
expiratória e tem por finalidade aumentar o fluxo expiratório e o deslocamento das
secreções para vias aéreas de maior calibre, onde a tosse é mais eficaz (SILVA; RUBIN;
SILVA, 2000).

3.2.1.1.6 Tosse assistida


É uma manobra de expiração forçada, voluntária ou não, que visa à eliminação
das secreções pulmonares. A tosse será mais eficaz quanto maior o volume de ar inspirado
e a força dos músculos abdominais. Aqueles pacientes que estiverem intubados ou
traqueostomizados também deverão ser estimulados a tossir, porém, para que a secreção
seja expelida, o fisioterapeuta deverá realizar a aspiração traqueal (KNOBEL, 2006).
De acordo com Presto (2007), o paciente inspira e, em conjunto com a expiração
o terapeuta exerce uma pressão a qual aumenta a força compressiva durante a expiração,
gerando aumento da velocidade do ar expirado, simulando com isso, o mecanismo
natural da tosse. Quando o paciente está restrito ao leito, a elevação da cabeceira da
cama favorece a realização da técnica.

3.2.1.1.7 Aspiração traqueobrônquica


É um procedimento invasivo, intensamente utilizado pela fisioterapia respiratória,
com o objetivo evitar ou reverter uma atelectasia, aumentar a capacidade residual
funcional e facilitar as trocas gasosas, bem como remover secreções traqueobrônquicas
e orofaríngeas, favorecendo na melhora da permeabilidade das vias aéreas, melhorando
a ventilação pulmonar.Está indicada em pacientes que não conseguem tossir ou expelir
naturalmente (FITIPALDI, 2009).

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3.2.1.2 Manutenção da Expansão Pulmonar


Esta técnica baseia-se na utilização de posturas e posições que permitem uma
maior expansão alveolar numa região pulmonar concreta. Com a sua aplicação procura-
se aumentar a distensibilidade da zona que se quer expandir, diminuindo a
distensibilidade dos restantes territórios por meio de contenção torácica (PRYOR;
WEBBER, 2002).
De acordo com Nicolau e Lahoz (2007), a cinesioterapia respiratória consiste em
um recurso próprio da fisioterapia respiratória, que visa melhorar as condições da
mecânica respiratória de pacientes que apresentam hipoventilação ou hiperinsuflação
pulmonar, debilidade muscular respiratória, respiração bucal ou qualquer padrão de
ventilação espontâneaque leve a uma desvantagem mecânica e, consequentemente, a um
suprimento de oxigênio insatisfatório para o organismo.
A orientação e o controlo manuais por parte do terapeuta são importantes para
conseguir uma expansão localizada eficaz e evitar a mobilização desnecessária de
volumes demasiado elevados (FITIPALDI, 2009).

3.2.1.2.1 Exercícios Respiratórios


Os exercícios respiratórios são realizados apenas em pacientes em respiração
espontânea. Esses visam diminuir o trabalho respiratório, melhorar a oxigenação e
aumentar a função respiratória. Quando ele é feito regularmente melhora a saúde,
proporciona bem-estar, melhora a confiança e a qualidade de vida. Os músculos ligados
à respiração são inspiratórios e expiratórios e, como todos os músculos do corpo,
também podem ser exercitados através de diversas técnicas de fisioterapia respiratória
(SCANLAN, 2000).

3.2.1.2.2 Padrão ventilatório diafragmático


Essa técnica pode ser realizada tanto com o paciente deitado em decúbito dorsal
(barriga pra cima), sentado ou de pé. A técnica consiste em colocar as mãos na região
abdominal, aplicando uma leve compressão, e então faz-se uma inspiração pelo nariz de
formalenta e gradual verificando o deslocamento anterior da região abdominal. Mantém-
se a inspiração por três segundos. A expiração ocorre pela boca de forma lenta e gradual
eliminandotodo o ar inspirado. É recomendado iniciar com 2 séries de 7 repetições,
intensificando o exercício de acordo com a sua resistência (PRESTO, 2007).

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O objetivo deste exercício é fazer com que o paciente realize uma contração de
formavoluntária do diafragma durante a inspiração, na tentativa de melhorar a ventilação
nas bases pulmonares; ao mesmo tempo, a respiração torna-se mais eficiente devido ao
maior volume corrente e menor frequência respiratória determinada por este tipo de
respiração (SCANLAN, 2000).
Os exercícios que priorizam a respiração diafragmática são altamente benéficos
no pós-operatório, principalmente nas cirurgias abdominais altas e toracotomias.
Pacientes idosos,obesos, com pneumopatia e/ou que tenham que ficar restritos ao leito
por mais de vinte e quatrohoras devem ser estimulados a aprender adequadamente o
exercício e repeti-lo mesmo quandoo fisioterapeuta não estiver presente. Os exercícios
respiratórios realizados precocemente no pós-operatório podem reduzir os dias de
permanência hospitalar e as complicações pulmonares(PRESTO, 2007).

3.2.1.2.3 Padrão ventilatório em tempos


Este padrão caracteriza-se por ocorrerem pausas no ciclo respiratório. Estas
pausas ocorrem depois da inspiração, depois da expiração ou em ambas as situações.
São inspirações nasais, suaves e curtas, interrompidas por pausas inspiratórias
programas em dois, três, quatro até seis tempos, finalizadas com expiração oral até a
CRF. Contraindicado para pacientes obstrutivos graves (SCANLAN, 2000).
Na inspiração fracionada o paciente deve realizar várias inspirações nasais
seguidas de pausas inspiratórias até atingir a capacidade pulmonar total, aumentando a
quantidade de inspirações conforme a progressão do paciente (SILVA; CAMPOS,
2006).

3.2.1.2.4 Compressão/Descompressão
A compressão torácica também é conhecida como terapia expiratória manual
passiva(TEMP), mas talvez esta não seja a terminologia mais adequada para definir a
técnica. A compressão / descompressão torácica súbita também é conhecida como
TEMP brusca, mas parece que esta nomenclatura também não é correta. Estas técnicas
são muito utilizadas na prática, mas infelizmente os estudos a seu respeito ainda não
demonstram sua eficácia,principalmente pelo fato de sua realização estar associada a
exercícios com tosse associada. (SCANLAN, 2000).
Na compressão torácica expiratória, o fisioterapeuta deve posicionar suas mãos na
base inferior dos arcos costais e imprimir uma compressão no tórax, para baixo e para

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dentro, duranteo ato expiratório do paciente. Ela também pode ser utilizada para auxiliar
o huffing (PRESTO,2007).
Na manobra de compressão e descompressão torácica súbita o fisioterapeuta
deve colocar suas mãos na base inferior dos últimos arcos costais e durante a expiração
aplicar uma compressão no tórax do paciente, para dentro e para baixo. Assim que o
paciente iniciar a inspiração, deve-se realizar uma descompressão súbita. Alguns autores
também a caracterizam como "expansiva", apesar de seus benefícios como manobra
desobstrutiva serem, teoricamente,mais amplos (FITIPALDI, 2009).
O principal objetivo da compressão torácica é acelerar o fluxo expiratório e, desta
forma, modificar a pressão no interior do tórax. Esta variação súbita do fluxo, talvez,
facilite o descolamento e o deslocamento das secreções pulmonares. O princípio
fisiológico da compressão/descompressão torácica súbita é semelhante ao da
compressão torácica, porém a variação do fluxo é realizada na fase expiratória e
inspiratória. Note que, apesar destas técnicas serem muito utilizadas e muitas vezes
favorecerem a remoção de secreção, ainda não há estudosque confirmem completamente
estes fatos (REGENGA, 2000).
Alguns cuidados devem ser levados em consideração, como por exemplo,
pacientes idosos que correm o risco de apresentarem fratura dos arcos costais, se as
técnicas forem aplicadas com força extrema, por isso uma boa anamnese deve ser feita
antes de qualquer manobra (SCANLAN, 2000).

3.2.1.2.5 Fortalecimento muscular


A medição da força muscular respiratória é feita através das medições das
pressões máximas inspiratórias e expiratórias, com um manômetro. Aceita-se como
pressão inspiratória máxima normal, para um jovem adulto masculino por volta de -125
cmH2O e de pressão expiratória máxima de +230 cmH2O, e em mulheres esse valor
diminui em 30%, após os 20 anos de idade há uma queda de 0,5 cmH2O por ano
(PRESTO 2007).
O fortalecimento muscular respiratório é realizado quando o paciente se encontra
em Ventilação Mecânica Invasiva, com enfraquecimento da musculatura respiratória, o
que impedeo desmame da ventilação mecânica (SARMENTO, 2007).
Exercícios de fortalecimento da musculatura abdominal associados à respiração
são indispensáveis neste processo de fortalecimento dos músculos inspiratórios, pois
com isso será possível adquirir um aumento da pressão intra-abdominal e,

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consequentemente, proporcionar uma vantagem mecânica diafragmática, especialmente


no que se refere à dinâmica abdominodiafragmática (REGENGA, 2000).
Os treinamentos musculares respiratórios e globais visam o restabelecimento da
função muscular, melhorando a força e a resistência. O treinamento muscular respiratório
podeser realizado com o Threshold; com o ajuste da sensibilidade do ventilador; com o
uso da estimulação diafragmática elétrica transcutânea (EDET); P-Flex e exercício
motor global precoce, com o objetivo de melhorar a função muscular, em especial a do
diafragma. O exercício motor precoce inclui atividades terapêuticas progressivas, como
os exercícios na cama, sedestação a beira do leito, ortostatismo, transferência para a
cadeira e deambulação (FITIPALDI, 2009).

3.3 PAPEL DA FISIOTERAPIA NA EXTUBAÇÃO/REINTUBAÇÃO


De acordo com Gonçalves et al. (2007), a extubação é definida pela retirada da
via aérea artificial, sendo considerado sucesso da extubação quando o paciente
permanece pelo menos 48 horas sem a necessidade de ser reintubado. A reintubação é
considerada precoce quando o paciente não suporta ficar sem a ventilação mecânica
antes de completar 48 horas, sendo possíveis causas o rebaixamento do nível de
consciência, a falência da musculatura respiratória, ou alterações hemodinâmicas. Antes
de proceder com a extubação, deve levar em conta a resolução da patologia de base ou
do motivo que levou esse paciente a necessitar do suporte ventilatório mecânico, para
que com isso se evite a reintubação.
A ventilação mecânica invasiva oferece suporte, principalmente para pacientes
que serecuperam de insuficiência respiratória aguda. Apesar de o objetivo ser manter a
função respiratória até o ponto de sua recuperação, é necessário ter a consciência que a
permanência eprolongamento do suporte ventilatório traz riscos e várias complicações.
A melhor estratégia e conduta para o indivíduo que necessitou de suporte ventilatório
seria o planejamento do seu desmame e extubação o mais rápido possível (JOHNSTON,
et al. 2008).
A ventilação mecânica impõe maiores riscos ao paciente, como por exemplo:
lesão pulmonar, barotrauma, repercussões hemodinâmicas, tromboembolismo,
pneumonia induzida pela ventilação mecânica, trauma da via aérea pela permanência da
via aérea artificial e pela insuflação inadequada do cuff, atrofia muscular respiratória e
toxicidade pelo oxigênio; o que promove o aumento do tempo de ventilação mecânica,
tempo maior de internação e altos custos hospitalares. Além disso, os pacientes que

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necessitam ser reintubados apresentam maiores riscos de morbimortalidade do que


aqueles que são extubados com sucesso. Para evitar essas complicações alguns testes
podem ser realizados antes da extubação, com intuito de prevenir a falha, como por
exemplo, o Teste de Respiração Espontânea (TRE) e o Índice de Tobbin (SAVI,2012).
O prolongamento desnecessário do processo de desmame pode acarretar no
aumento da incidência de complicações da ventilação mecânica. Portanto a ventilação
mecânica deve serretirada assim que o paciente tenha condições fisiológicas e clínicas
para se manter sem o suporte ventilatório sem correr o risco de reintubação, pois o
desmame prematuro pode acarretar também complicações severas, tais como:
dificuldades para a reintubação e piora da troca gasosa (YAMAUCHI, 2005).
De acordo com Savi (2012) alguns outros fatores também devem ser levados em
consideração antes de se proceder com a extubação, como a troca gasosa, no qual o
paciente deve ter a PaO2 for inferior a 60 mmHg com a concentração de oxigênio
ofertado por volta dos 40%, estabilidade hemodinâmica, sem ou com a presença de
suporte mínimo de drogas vasoativas, nível de consciência adequado com presença de
drive respiratório, tosse eficaz, poiso acúmulo de secreção e a incapacidade de eliminá-
la através da tosse são fatores que contribuem de maneira importante para falha da
extubação.
Sabe-se que a falha de extubação tem significativa associação com complicações
e com o aumento da mortalidade hospitalar em pacientes clínicos e cirúrgicos, além
disso, a extubação sem sucesso prolonga significativamente o tempo de ventilação
mecânica, o tempo de permanência na UTI e no hospital, além de evoluir para a
traqueostomia. Protocolos são elaborados para que o desmame da ventilação mecânica
seja realizado de forma mais segura, eliminando os possíveis fatores que levariam a
complicações e posteriormente a falha da extubação. Há evidências de que, em certas
circunstâncias, protocolos de desmame podem reduzir o tempo de ventilação mecânica
(YAMAUCHI, 2005).

3.4 A INTERVENÇÃO DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA DENTRO DA UTI


A atuação do fisioterapeuta na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é recente e
vem passando por transformações ao longo dos anos. Historicamente, o papel da
fisioterapia nesse campo foi tratar as complicações respiratórias advindas da internação
e imobilização no leito por meio de exercícios respiratórios. Com a atuação cada vez

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mais presente e com resultados favoráveis, a fisioterapia foi gradativamente ganhando


credibilidade e visibilidade (JERRE; BERALDO, 2007).
Dentre as principais conquistas dos fisioterapeutas nas UTI, podemos citar o
ganho deautonomia no manuseio do ventilador mecânico e o fortalecimento da parceria
com a equipe multidisciplinar. Os profissionais de saúde e de assistência social
proporcionam ao paciente internado melhores condições para a obtenção ou manutenção
da independência funcional e, consequentemente, maior qualidade de vida durante o
período de internação e após de alta. Portanto, o trabalho em equipe é fundamental
(MONTENEGRO, 2012).
Devido a valiosa contribuição do fisioterapeuta nas UTIs ao tratamento global
do paciente, a fisioterapia respiratória tem sido cada vez mais solicitada e sua atuação
nas UTIs cada vez mais frequente e gastos hospitalares tem sido reduzidos, uma vez que
os métodos e administração da Fisioterapia Respiratória têm acarretado aos utentes uma
evolução rápida (HAMMON, 2003).
Muitos pacientes podem se beneficiar com a Fisioterapia Respiratória, incluindo
pacientes com diagnóstico de Asma Brônquica, Bronquite Crônica, DPOC, Enfisema
Pulmonar, Bronquiolite, Fibrose Cística, Fibrose Pulmonar, Pneumonias, Doenças
Oncológicas, Pré e Pós operatório de cirurgias torácicas e abdominais, entre outras
(JERRE; BERALDO, 2007).
A intervenção fisioterapêutica no desmame precoce tem demonstrado grandes
benefícios aos pacientes acamados, principalmente devido à rápida perda de massa
muscular que se reduz pela metade em menos de duas semanas em indivíduos com total
imobilidade. Dependendo do quadro clínico do paciente o posicionamento adequado e
a mobilização articular precoce pode ser o único contato possível de interação entre o
paciente e o ambiente em que vive, além de ser um método utilizado na prevenção do
imobilismo (SARMENTO, 2007).
Em uma fase de internação em CTI ou UTI, a fisioterapia respiratória controla
os níveis de oxigênio para manter o paciente vivo, preparando esse paciente para, assim
que possível, respirar sem aparelho, determinando o momento exato que o sistema
respiratório tem capacidade de suprir o corpo. Já em uma fase ambulatorial, trabalharia
para melhorar a capacidade respiratória, melhorando a resistência e a oxigenação em
pacientes com asma, bronquite, obesos, acamados entre outros casos de mal
funcionamento respiratório (BORGES et al, 2009).

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O fisioterapeuta respiratório, como parte pertencente da equipe multidisciplinar


da UTI, demanda cada vez mais capacitação especializada para acompanhar a evolução
dos cuidados intensivos e, indubitavelmente, compõem uma parcela relevante da equipe
da UTI, sendo sua com atuação pertinente nas partes motora e respiratória, e em todo o
processo do desmame, principalmente ao estabelecer um protocolo para tal, com a
diminuição efetiva do tempo de ventilação mecânica, menor índice de mortalidade e de
custo de internação dentro daUTI (NETO; SOUSA, 2012).

4 CONCLUSÃO
Dentro dos resultados encontrados podemos constatar que o profissional de
fisioterapia é de tem grande importância na equipe multidisciplinar na UTI. Sua atuação
ajudatanto na fisioterapia motora quanto na respiratória, além de ser atuante em todo o
processo do desmame, uma vez que reduz possíveis complicações clínicas, permanência
de internação e redução de custos hospitalares por agir diretamente no tratamento e
prevenção de patologias cardiopulmonares, circulatórias e musculares melhorando a
condição física do paciente e trazendo resultados satisfatórios que contribuem muito
para a recuperação do paciente, ajudando-o a retornar à vida diária.

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