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VII SEMANA ACADÊMICA DE FISIOTERAPIA

VI SEMANA ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO


FÍSICA

Área do conhecimento: Fisioterapia

RELATO DE CASO: DIAGNÓSTICO E INTEVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA


SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

Autor 1 Fulano xxxxx xxxxxx Acadêmico de Fisioterapia do Centro Universitário


da Amazônia (UNAMA). xxx.xxx7@gmail.com
Autor 2 Ciclano xxxxx xxxxxx Acadêmico de Fisioterapia do Centro Universitárioda
Amazônia (UNAMA).
Autor 3 Beltrano xxxxx xxxxxx Acadêmico de Fisioterapia do Centro Universitário
da Amazônia (UNAMA).
Autor 4 Ana xxxxx xxxxxx Acadêmico de Fisioterapia do Centro Universitárioda
Amazônia (UNAMA).
Autor 5 Caio xxxxx xxxxxx Preceptor do curso Fisioterapia do Centro
Universitárioda Amazônia (UNAMA).

Resumo:

Objetivo: Descrever as estratégias de diagnostico funcional e intevenção fisioterapêutica


ambulatorial e hospitalar em uma caso de Síndrome Coronariana Aguda. Relato de Caso:
Homem, 52 anos, apresentou quadro de dor torácicaretroesternal, palpitações e dispneia e
com alterações da frequecnia cardiaca, pressão arterial e dispneia, sendo identificada oclusão
artial coronariana, acinesia da parede anterior do ventrículo esquerdo e alterações nas funções
de tolerância ao exercício físico (CIF: b455). Resultados: A conduta da fisioterapia, na unidade
de emergência é controlar as disfunções respiratórias através de VNI. A realização de
exercícios físicos terapêuticos periódicos que aumenta o nível de atividade física, ajuda no
controle do peso e pressão arterial. Os teste de capacidade funcional, como por exemplo o
teste ergométrico, alem de avaliar a resposta ao exercício, nos ajuda a determinar os limites
do exercício de forma segura. Conclusão: a fisioterapia cardiovascular hospitalar e
ambulatorial apresentar varias estratégias para um bom diagnostico funcional e intevenção em
um caso de SCS em adulto.
Palavras-chave: Fisioterapia cardiovascular; Diagnostíco; Doenças cardiovasculares.

1. Introdução

A doença isquêmica do coração é a principal causa de morte em todo o mundo, sendo


responsável por 7,4 milhões de óbitos anuais, o que representa 13,2% de todas as mortes
(WHO, 2016).
O conhecimento da fisiopatologia é determinante para o fisioterapeuta cardiovascular
ter sucesso na assistência aos cardiopatas. A atenção aos sinais clínicos pode ser
determinante para a implementação de intervençãoterapêutica adequada. Reconhecer a
importância das informações obtidas nos exames complementares, assimcomo saber
interpretá-las, é um diferencial para a prática clínica (coronariografia, ecocardiograma e teste
ergométrico) (GUALANDRO et al., 2017).
Conhecer as indicações e ter habilidade para aplicação e interpretação dos
procedimentosde avaliação física e funcional é determinante para o sucesso do fi
sioterapeutacardiovascular e para o tratamento adequado dos pacientes (HERNANDES;
KARSTEN, 2014).
Nesse sentido, o objetivo desse relato é descrever as estratégias de diagnostico
funcional e intevenção fisioterapêutica ambulatorial e hospitalar em uma caso de
Síndrome Coronariana Aguda (SCA).
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FÍSICA
2. Relato de Caso

Homem, 52 anos de idade, residente em Santarém (PA), casado, pai de três


filhos,professor universitário. Na noite de 13 de outubro de 2021, por volta de 22h30,
apresentou quadro de dor torácicaretroesternal em aperto, de início súbito e de forte
intensidade, com irradiação para omembro superior esquerdo e regiões cervical, mandibular
e dorsal. A dor ocorreu emrepouso, cerca de duas horas após um treino de corrida em
intensidade moderada. Além do quadro de dor, apresentou palidez cutânea, palpitações e
dispneia; sem náuseas ouvômitos. Como comorbidades, apresenta sobrepeso (IMC =
27kg/m²), hábitos sedentários,hipotireoidismo (levotiroxina 75 mg), hipertensão arterial
sistêmica (sem necessidade detratamento farmacológico) e elevado nível de estresse
emocional relacionado àsatividades profissionais.
Levado ao hospital pelo filho mais velho, foi admitido na unidade de emergência às
23h40,com pressão arterial de 160/70 mmHg, frequência cardíaca (140 bpm) e respiratória
(22 irpm) elevadas, e com baixa (88%). Ausculta cardíaca sem alterações e auscultapulmonar
com crepitações nos dois terços inferiores de ambos os pulmões. O paciente foiencaminhado
rapidamente para uma sala de hemodinâmica para avaliação(coronariografi a) e intervenção
(angioplastia). Na avaliação, foi identifi cada oclusão proximal total da Artéria Descendente
Anterior (DA), com acinesia da parede anterior do Ventrículo Esquerdo (VE),além de lesões
menores que 60% de obstrução na artéria Coronária Direita(CD) e artéria Circunfl exa (CX).
Então, foi submetido à angioplastia primáriacom colocação de stent farmacológico na DA.
Encaminhado para a Unidade Coronariana (UCO), evoluiu bem e teve alta para
aenfermaria no terceiro dia pós-intervenção. Não apresentou mais quadro anginoso,
porémpassou a referir cansaço aos pequenos esforços, tanto em atividades de higiene
ecuidados pessoais como durante o atendimento da equipe de fi sioterapia. Antes da alta,no
sétimo dia pós-intervenção, foi realizado ecocardiograma que apresentou persistênciada
acinesia da parede anterior do VE e fração de ejeção do VE igual a 37%. Dois meses após a
alta hospitalar, o paciente buscou um serviço de reabilitaçãocardiovascular para avaliação
física e funcional e para iniciar as atividades derecondicionamento físico. Apresentou os
relatórios do ecocardiograma realizado durantea internação hospitalar e de um teste
ergométrico.
Após a entrevista (anamnese), o exame físico e a análise dos exames
complementares, optou por realizar os seguintes procedimentos de avaliação: teste da
caminhada de seis minutos; teste de velocidade da marcha; teste da fala; teste de levantar e
sentar de um minuto. Com base nos resultados, foi possivel realizar o diagonóstico cientico
funcional (CIF: b455 - Funções de tolerância ao exercício) que evidenciou limitações nas
funções de tolerância ao exercício e redução da capacidade respiratória e cardiovascular
associado ao aumento do esforços físico.

3. Resultados e discussão

De acordo com o caso o paciente apresentou quadro de dor torácica de início súbito
em repouso, além de palidez cutânea, palpitações e dispneia e sem náuseas ou vômitos,
sugestivo de síndrome coronariana aguda (SCA). Nessa condição clínica a dor torácica é uma
das principais queixas, podendo representar até 40% das causas de internação hospitalar
(NICOLA et al., 2021). Os fatores de risco cardiovasculares não modificáveis para essa
situação clínica eram o sexo e idade (OLIVEIRA et al., 2008; DINARDI; DINARDI; SOARES,
2009). Os fatores modificáveis são o sedentarismo, sobrepeso associado ao hipotireoidismo,
hipertensão arterial e estresse emocional (NICOLA et al., 2021). O papel do fisioterapeuta
sobre os fatores modificais foram relacionados a realização de exercícios físicos terapêuticos
periódicos que aumenta o nível de atividade física, além de ajudar no controle do peso e
pressão arterial. Orientações para mudanças do estilo de vida e controle do estresse devem
ser realizados sempre ao final de cada intervenção.
Os achados clínicos iniciais levam à suspeita doença arterial coronariana (DAC).
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Segundo Carvalho et al. (2023), a DAC ocorre como resultado do mecanismo fisiopatológico
nas artérias, que afeta a camada íntima e média das artérias, associada ao acúmulo focal de
lipídios e fibrilas colágenas difusas, enquanto a SCA é caracterizada por uma redução
repentina no fornecimento de sangue ao coração.
Até o paciente ser transferido para a sala de hemodinâmica, a conduta da fisioterapia,
na unidade de emergência é controlar as disfunções respiratórias (taquipneia, saturação de
O2 de 88% e ausculta pulmonar com crepitações nos dois terços inferiores de ambos os
pulmões), que pode está associada a edema agudo pulmonar cardiogênico. Para Silva (2009),
o uso da ventilação não invasiva (VNI) melhora da oxigenação, diminuição do trabalho
respiratório e redução da necessidade de ventilação mecânica invasiva. De acordo com Park
et al. (2001), os efeitos da VNI estão ligados a uma resposta específica do mecanismo de
interação coração-pulmão, resultando numa melhor resposta gasométrica e menor incidência
de intubação. Os achados clínicos e as informações obtidas no setor de hemodinâmica
(oclusão proximal total da artéria Descendente Anterior, com acinesia da parede anterior do
Ventrículo Esquerdo, além de lesões menores que 60% de obstrução na artéria Coronária
Direita e artéria Circunflexa) confirmam a hipótese diagnóstica DAC. Na angiografia após três
dias de colocação de stent farmacológico na artéria Descendente Anterior, contatou-se uma
insuficiência cardíaca com redução da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (<40%)
(ROHDE et al., 2018).
Para a fisioterapia cardiovascular, o teste ergométrico nos dá informações importantes
para diagnóstico funcional do paciente. Durante o teste, são monitorados parâmetros como
frequência cardíaca, pressão arterial, sintomas relatados pelo paciente e alterações no
eletrocardiograma (ECG). Essas informações são avaliadas para fornecer informações sobre
a aptidão cardíaca, identificar doenças cardíacas subjacentes, avaliar a resposta ao exercício
e determinar os limites de exercício seguro (MENEGHELO et al., 2010). Para prescrição de
exercício físico aeróbio, as informações como frequência cardíaca máxima é importante para
o calculo da zona alvo de exercícios. Outra variável é o volume máximo de oxigênio (VO2max.),
utilizada para o calculo do equivalente metabólico de trabalho (METs) que é diretamente
associada a intensidade do esforço do paciente (McARDLE; KATCH; KATCH, 2016).
Os testes clínicos empregados pela equipe de fisioterapia na avaliação funcional
foram teste da caminhada de seis minutos no qual avalia a capacidade física dos pacientes
para executar tarefas rotineiras (SOARES; PEREIRA, 2011), teste de velocidade da marcha
que avalia o desempenho físico e a capacidade funcional (MONTEIRO et al., 2014), teste da
fala que avaliar a intensidade do exercício submáximo (DE LUCCA et al., 2012) e teste de
levantar e sentar de um minuto que avalia a força de MMII, da mobilidade funcional e rastreio
de sarcopenia (BOHANNON; CROUCH, 2019). Porém, dentre testes aplicados, o talk test é
capaz de fornecer informações relativas aos limiares ventilatórios, pois está diretamente
relacionado a intensidade de exercício para pacientes com isquemia. Os marcadores desse
teste são usados para identificar os momentos análogos ao primeiro limiar ventilatório são os
próximos ao TT±, sendo que os valores próximos ao resultado TT- para o segundo limiar
ventilatório.

4. Conclusão

Esse estudo de caso evidenciou a fisioterapia cardiovascular hospitalar e ambulatorial e as


varias estratégias para um bom diagnostico funcional e intevenção em um caso de SCS em adulto

5. Referências

BOHANNON, R.W.; CROUCH, R. 1-Minute Sit-to-Stand Test: systematic review of procedures,


performance, and clinimetric properties. J Cardiopulm Rehabil Prev, v.39, n.1, p.:2-8, 2019.
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FÍSICA
2014.
CARVALHO, V,M.F et al. Diminuição dos Níveis Séricos do Receptor Solúvel da Oncostatina M
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