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Na grande maioria das pessoas, o ducto pancreático principal (Wirsung), se une ao colédoco
para desembocar ao duodeno.
Como a VB se enche se não tem comunicação com o fígado? Como o Esfincter de Oddi está
fechado, a VB se enche pela vinda retrógrada da bile.
-TRIANGULO DE CALOT (ou "triângulo hepatocístico"): CAI MUITO, pois nele passa a estrutura
responsável pela irrigação da VB, a "ARTÉRIA CÍSTICA", e portanto, se for fazer a
colecistectomia, precisa fazer sua ligadura. É delimitado pelas devidas estruturas:
*BORDA HEPÁTICA
*DUCTO HEPÁTICO COMUM
*DUCTO CÍSTICO
!RX geralmente não detecta cálculos de colesterol. Geralmente detectam cálculos pigmentados, por ter cálcio.
!"Lama biliar" acredita-se que possa ser um precursor dos cálculos, e podem até causar a clínica. Porém, na
maioria dos casos, não evolui para cálculos e se desfaz espontaneamente. Os fatores de risco são os mesmos
para formação dos cálculos de colesterol. Recomenda-se colecistectomia profilática em pacientes com
Colelitíase
-Sintomáticos: basta ter tido uma cólica. Não opera se elevado risco cirúrgico ou recusa do
paciente.
-Colelitíase ASSINTOMÁTICA não constitui uma enfermidade portanto não há indicação formal de
colecistectomia, só nos casos de VACA:
Associação com pólipos de risco (>1cm , >60 anos, associados a cálculos, em crescimento,
sintomáticos)
Cálculos grandes (2,5cm) Maior risco de CA de VB.
Os PÓLIPOS de VB são muito semelhantes com Colelitíase, porém, não possuem sombra
acústica posterior.
!Pode fazer videolaparoscopia em abd com várias cirurgias prévias? Sim, pela Técnica de
Hasson. A única contra-indicação absoluta hoje para video é instabilidade hemodinâmica.
Quando fazer TRATAMENTO CLÍNICO? NÃO FUNCIONA BEM, tendo MUITA RECIDIVA. É a
chamada "dissolução farmacológica" com o Ácido Ursodesoxicólico, que deve ser feito
apenas em cálculos de COLESTEROL + <1,5cm.
(Questão CA VB) O exame de escolha para dx é a USG. Quando o tumor NÃO invade a
camada muscular, invadindo apenas a LÂMINA PRÓPRIA, basta a colecistectomia simples.
Quando INVADE A CAMADA MUSCULAR, faz a "Cirurgia de Fain", com hepatectomia dos
segmentos IVb e V + Linfadenectomia regional + Ressecção dos portais dos trocaters (se
VLP). Se ULTRAPASSA A SEROSA, colecistectomia radical (associar hepatectomia direita e
estendida). Para os tumores irressecáveis (M1), terapia paliativa.
Cólica biliar
Em cerca de 20% dos casos, aquele cálculo acaba por impactar na saída da VB, que tenta
vencer essa resistência contraindo, causando dor, principalmente após alimentos
gordurosos.
Por definição, essa dor deve ser por NO MÁXIMO 06 HORAS. Além disso, é uma dor que vai
MELHORANDO PROGRESSIVAMENTE.
Colecistite
Quando impactado de maneira mais persistente, o cálculo promover uma maior estase da
bile no interior da VB, que favorece a inflamação e proliferação bacteriana (principalmente
gram negativos - E.coli, Klebisiella...), o que acaba distendendo essa VB, que dificulta a sua
vascularização, gerando ISQUEMIA.
Esse paciente terá uma dor que NÃO MELHORA ESPONTANEAMENTE (>6h), a não ser que
haja intervenção médica.
!Como não está obstruindo a via biliar principal, NÃO TEM ICTERÍCIA.
!Na cintilografia, será dado tecnécio, que é marcado em todo local que tem bile, de modo que
se a saída da VB está obstruída, a sua entrada (retrógrada) também estará, e o marcador não
consegue preencher a VB. Portanto, AUSÊNCIA DE CONTRASTE NA VB.
*Complicações
Coledocolitíase
Pode ser PRIMÁRIA (cálculo formado dentro do colédoco -> a MINORIA -> cálculo MARROM)
ou SECUNDÁRIA (cálculo vem da VB). Por definição, até 02 anos depois de uma
colecistectomia, pensaremos em cálculos residuais (secundário), e depois disso, primário.
*Quadro clínico: quando sintomático, o paciente terá COLESTASE -> icterícia (BD), acolia
fecal, colúria + AUMENTO FA/GGT.
Na coledocolitíase, a icterícia tem uma particularidade, pois ela é FLUTUANTE. SE NÃO FOR
FLUTUANTE, PENSAR NOS TUMORES. Isso ocorre pois o cálculo se movimenta dentro do
colédoco, conforme este se contrai, e a bile escoa. Além disso, a VB é NÃO PALPÁVEL, pois
90% dos casos é decorrente de cálculo vindo da VB, e esta sempre se contraindo em cima de
cálculos, vai deixando ela ESCLERO-ATRÓFICA.
*Diagnóstico:
1) Sempre que tem uma colestase, o primeiro exame será uma ULTRASSONOGRAFIA, que
embora não seja bom para visualizar cálculo no colédoco, mostra se tem dilatação de via
biliar intra/extra-hepática, além de mostrar se tem cálculo na VB. Cálculo na VB + Colédoco
dilatado -> muito provavelmente é coledocolitíase.
2) Porém, o que CONFIRMA é a CPRE, USG ENDOSCÓPICA e COLANGIO-RM.
!Na CPRE é feita uma endoscopia, chegando até a segunda porção do duodeno, na papila de
Vater, cateterizando ela, jogando contraste, podendo observar falhas de enchimento no
colédoco, ou seja, coledocolitíase. É um ótimo exame para Dx, porém, é altamente invasivo,
podendo complicar com PA, perfuração duodenal, etc. A grande VANTAGEM, é que apesar de
invasivo, consegue também TRATAR, por meio da papilotomia.
!A colangio-RM é um ótimo exame para dar Dx, além de ser não invasivo. NÃO UTILIZA
CONTRASTE, bastando a própria bile. Porém, ele NÃO é terapêutico.
Cenário 1) Risco Alto: icterícia flutuante, USG com cálculo no colédoco (apesar de ruim
exame), Bilirrubina > 4. Cd: CPRE (diagnóstico e terapêutico).
Cenário 2) Risco Intermediário: Colédoco dilatado ( > ou = 5mm), Bilirrubina 1,8 - 4 mg/dL.
Cd: ColangioRM ou US endoscópico.
Cenário 3) Risco Baixo: Alteração laboratorial + Colédoco < 5mm. Cd: Colangiografia
transoperatória.
Cenário 4) Risco muito baixo: tudo negativo. Cd: Colecistectomia (sem necessidade de
análise do colédoco)
!Sempre que se opera o colédoco, numa cirurgia aberta (coledocotomia), irriga-se com
abundância, e deve-se deixar o DRENO DE KEHR (em T), para evitar risco de estenose e
formação de fístula. O dreno é retirado 2 a 3 semanas após.
Colangite Aguda
Sempre que a via biliar fica em estase, pode infeccionar, passando a apresentar uma
Colangite Aguda. Isso não ocorre só na coledocolitíase, mas em qualquer quadro que esteja
causando obstrução da bile (tumor, estenose , coledocolitíase.).
1) Não grave: Febre alta com calafrios + Ictericia + Dor abdominal (Tríade de Charcot)
*Tratamento: o tratamento das duas é parecido: ATB + DRENAGEM BILIAR. O que vai mudar
é o momento que se faz essa drenagem. Na primeira situação pode fazer uma drenagem
ELETIVA. Na segunda, a drenagem deve ser IMEDIATA.
!Essa drenagem das vias biliares vai depender se essa obstrução é alta ou baixa. Quando
baixa, faz por CPRE + Papilotomia. Se a obstrução é alta, como no TU de Klatskin, faz a
Drenagem transhepática percutânea.
"Cistos das vias biliares (Doença de Caroli)": é caracterizada pelo surgimento de dilatações
císticas permanentes de algum ponto da via biliar. Na maioria se apresenta na INFÂNCIA,
podendo aparecer também no adulto. Se apresenta com ICTERÍCIA + DOR EM QSD + MASSA
ABDOMINAL PALPÁVEL. O grande problema é o surgimento de complicações, em que o
colangiocarcinoma é a mais temida. A incidência de carcinoma de VB também está
documentada, além da possibilidade de CIRROSE BILIAR SECUNDÁRIA. A "CLASSIFICAÇÃO
DE TODANI" pode ser cobrada em provas.
Colelitíase? Dor < 6h. Conduta? Cirurgia se clínica, porcelana, > 2,5cm, pólipo ou
hemólise
Colecistite Aguda? Dor>6h + febre + Murphy. Conduta? ATB + Cirurgia até 72h
Coledocolitíase? Icterícia intermitente. Conduta? CPRE (papilotomia) / Cirurgia
/Derivação
Colangite? Charcot ou Reynolds. Conduta? ATB / Drenagem biliar
Tumor periampular? Icterícia progressiva + Courvosier + Perda ponderal. Conduta?
Whipple (duodenopancreatectomia)
Pólipo de vesícula? Colecistectomia se sintoma ou risco de CA (>60 a, > 1cm,
associado à cálculo, ou em crescimento)