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By Sarah Lima Campos – @MEDNURSE.

PAPIRO Página |1

Vias Biliares
BIZU!
2 PRINCIPAIS: COLELITÍASE (COLECISTOLITÍASE) + COLEDOCOLITÍASE
COLELITÍASE • Sintomáticos: cólica biliar
(COLECISTOLITÍASE) Hipocôndrio D Náuseas
Aguda (< 24h) Vomito
DOR Contínua Após a refeição
Dura até 6h (pico 30min a 5h)
COLEDOCOLITÍASE • Sintomáticos: surtos transitórios de Síndrome colestática + icterícia flutuante
QSD Colúria
Irradia para escápula Acolia
DOR Contínua Icterícia flutuante
Dura 1 a 5 horas
COLELITÍASE • FR
(COLECISTOLITÍASE) Female → Mulher
Fair → clara/ caucasiana
Faty → obesa
Fertile → gestação prévias
Forty → idade ≥ 40 anos
• Exame laboratorial: HMG; BTF; FA; GGT; TGO; TGP; AMILASE; LIPASE
• Exames de imagem: USG de abdômen
• Toda colelitíase sintomática tem indicação cirúrgica
• Quando operar um ASSINTOMÁTICO = Colecistectomia PROFILÁTICA?
1. Doenças hemolíticas
2. Vesícula em porcelana
3. Cálculos > 25mm (2,5 cm)
4. Bypass gástrico
5. Transplantado
6. Pólipos + litíase ou Pólipo em > 50 anos, c/ crescimento ou > 1cm

• Quando operar um SINTOMÁTICO sem cálculo?


✓ 2x episódio de dor
✓ Com lama biliar (USG endoscópica)
COLEDOCOLITÍASE • Primária: Nos pacientes submetidos a colecistectomia > 2 anos
• Secundária: Nos pacientes submetidos a colecistectomia até 2 anos
• Exames laboratoriais:
✓ Bilirrubina direta (2 a 5 mg/dl)
✓ Fosfatase alcalina > 150 U/L
✓ Aminotransferase (TGO): > 150 U/L (↑10x)
• Exames de imagem:
✓ 1º exame investigatório: USG abdominal (colédoco: > 6 ou 8mm)
✓ Coledocolitíase na USG = CPRE (Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica)
• Tratamento:
✓ Após a CPRE, está sempre indicada a colecistectomia
✓ CPRE (colangiopancreatografia endoscópica retógrada)
Procedimento diagnóstico e terapêutico
Parte terapêutica = Papilotomia (esfincterotomia): Incisão do esfíncter de Oddi.
Essa abertura libera a principal barreira para a eliminação dos cálculos
• Complicações da CPRE?
✓ Pancreatite aguda
✓ Hemorragia (Síndrome da janela posterior: perfuração após papilotomia)
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➢ Complicações: Perfuração - Stapfer (tipo II – periampulares)


▪ As lesões do tipo II tendem a cura espontânea e geralmente não
necessitam de abordagem cirúrgica
Duodeno é uma víscera retroperitoneal, desta forma um sangramento na papila
duodenal causa um retropneumoperitôneo, o paciente não tem peritonite. Ao
toque retal apresenta crepitação da parede posterior do reto + RX com
delineamento das bordas renais, fibras do músculo psoas estão normais.
✓ Infecção
Quando suspeitar de • Icterícia no pós-operatório
lesão da via biliar após ✓ Coledocolitíase residual
cirurgia? ✓ Lesão Iatrogênica da via biliar
• O que fazer?
✓ Intraoperatória: Colangiografia
✓ Pós-operatório: ColangioRNM
• Conduta:
✓ Lesão < 50%: rafia + dreno de Kehr
✓ Lesão > 50%: derivação biodigestiva + hepaticojejunostomia
• Diagnostico diferencial
✓ Leucocitose = colecistite
✓ Dor abdominal intensa + náuseas + vomito = pancreatite → solicitar amilase e lipase
✓ Aumento de TGO (AST) e TGP (ALT) + Enzimas canaliculares (FA + GGT) = coledocolitíase
✓ Aumento da BD = colecistite
✓ Síndrome colestática (icterícia flutuante + acolia + colúria) = coledocolitíase
✓ Icterícia persistente = neoplasia (icterícia colestática)
✓ Repetidas crises de cólica biliar = colecistite crônica (Formação dos seios de Rokitansky-Aschoff)
Por que a icterícia na O cálculo do colédoco tem um formato prismático o que ainda permite a passagem de
causa litiásica é bile pelo canal do colédoco e assim ser excretado no duodeno.
flutuante?
Já o tumor de cabeça de pâncreas circunda o colédoco, comprime o ducto até fechar
toda a sua luz, com isso a bile vinda do fígado e não armazenada pela vesícula biliar não
consegue ser excretada para o duodeno, levando há uma icterícia persistente.
Contudo existe um tumor que tem as mesmas características da coledocolitíase, que é
o tumor de papila (Tumor de papila de Vater).
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COLELITÍASE OU COLECISTOLITÍASE
Conceito É a formação de cálculo (ou pedra) no interior da vesícula biliar
• Cálculo de colesterol (amarelo)
✓ Principal constituinte dos cálculos biliares
✓ Supersaturação de colesterol na bile (↓ lectina e sais biliares e ↑colesterol)
✓ Cálculos de colesterol e cálcio = 70%
✓ Cálculos puros e colesterol = < 10%
Cálculos ✓ Estase biliar
✓ Bilirrubina Direta
• Cálculo preto
✓ Bilirrubina de cálcio
✓ Associado a doenças hemolíticas; cirrose
✓ Bilirrubina Indireta
• Cálculo marrom
✓ Secundária a dismotilidade biliar
✓ Infecção bacteriana (E. coli)
✓ Bilirrubina Indireta
✓ População asiática
Lama biliar • Massa de bilirrubinato de cálcio + colesterol + mucina
• 80% assintomáticos
• Sintomáticos: cólica biliar
Hipocôndrio D Náuseas
Aguda (< 24h) Vomito
Clínica DOR Contínua Após a refeição
Dura até 6h (pico 30min a 5h)

• Repetidas crises de cólica biliar que se desenvolve a colecistite crônica


• Formação dos seios de Rokitansky-Aschoff (epitélio atrofiado, em protrusão para a camada
muscular)
• Por que dor após as refeições?
Come → piloro/ duodeno → estimula a contração da vesícula + relaxamento do esfíncter
Fisiopatologia de Oddi → libera a bile (o que não ocorre pela obstrução) → estase biliar → dano na
da dor mucosa → fosfolipase A2 → lectina convertida em lisolectina → inflamação.
❖ Forte estímulo para a contração da vesícula contra a obstrução, levando à
distensão do órgão e dor
• Female → Mulher
• Fair → clara/ caucasiana
Fator de risco • Faty → obesa
5F • Fertile → gestação prévias
• Forty → idade ≥ 40 anos
• Outros: dislipidemia; perda ponderal rápida; ceftriaxona; jejum prolongada; nutrição
parenteral; cirrose; doença de cronh; uso de Fibrato; contracepção oral (estrogênio)
• Exames laboratoriais: diagnostico diferencial
✓ Leucocitose = colecistite
✓ Dor abdominal intensa + náuseas + vomito = pancreatite → solicitar amilase e lipase
✓ Aumento de TGO (AST) e TGP (ALT) + Enzimas canaliculares (FA + GGT) = coledocolitíase
Diagnóstico ✓ Aumento da BD = colecistite
• Exame de imagem:
✓ 1º exame: USG de abdômen
➢ Achados:
▪ Sombra acústica
▪ Se movem com a mudança de decúbito
▪ Lama biliar é ecogênica, porém, não produz sombra acústica
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➢ Problemas:
▪ É operador-dependente
▪ Obesos, há maior dificuldade para a realização do exame
▪ Cálculos pequenos podem não projetar sombra acústica
▪ Cálculos < 3mm em diâmetro podem ser perdidos no exame
▪ Peristaltismo intenso e gases intestinais podem dificultar na visualização
✓ TC de abdômen
➢ NÃO é recomendada como exame inicial para a avaliação de cólica biliar
➢ Quando:
▪ Necessidade de avaliação da árvore biliar extra-hepática
▪ Suspeita de neoplasia de vesícula biliar ou das vias biliares
✓ EUS (USG endoscópica)
➢ Quando:
▪ Diagnóstico de microcálculos de vesícula biliar
▪ Paciente superobesos

Exame laboratorial: HMG; BTF; FA; GGT; TGO; TGP; AMILASE; LIPASE
Exames de imagem: USG de abdômen

• Opção NÃO cirúrgica:


✓ Quando?
➢ Paciente não tem condições cirúrgicas
✓ Quais?
➢ LECO: se pedra única, de 0,5 a 2,0cm
➢ Usodesoxicolato (8 a 13mg/kg/dia): NÃO em cálculos pigmentados e > 5mm
• AINES + Colecistectomia eletiva
• Toda colelitíase sintomática tem indicação cirúrgica
Tratamento
• Quando operar um ASSINTOMÁTICO = Colecistectomia PROFILÁTICA? Sabiston, 20ª edição
7. Doenças hemolíticas
8. Vesícula em porcelana = fator de risco para câncer de vesícula
9. Cálculos > 25mm (2,5 cm) = fator de risco para câncer de vesícula
10. Cirurgia de bypass gástrico ou gastrectomia
11. Serão submetidos a transplantes
12. Pacientes que irão para áreas isoladas
13. Idosos com diabetes
14. Pólipos + litíase ou Pólipo em > 50 anos, c/ crescimento ou > 1cm
• Quando operar um SINTOMÁTICO sem cálculo?
✓ 2x episódio de dor
✓ Com lama biliar (USG endoscópica)
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COLEDOCOLITÍASE
Conceito • Primária
✓ Cálculos marrons / Associados a infecção bacteriana no ducto / Asiáticos
✓ Estase biliar: tumor obstrutivo da via biliar ou colédoco muito dilatado (> 2cm)
✓ Nos pacientes submetidos a colecistectomia > 2 anos
• Secundária
✓ Migração do cálculo da vesícula biliar
✓ Nos pacientes submetidos a colecistectomia até 2 anos
• Oligossintomáticos
• Sintomáticos: surtos transitórios de Síndrome colestática + icterícia flutuante
QSD Colúria
Clínica Irradia para escápula Acolia
DOR Contínua Icterícia flutuante
Dura 1 a 5 horas

• Icterícia persistente sugere neoplasia (icterícia colestática)

Por que a icterícia na causa litiásica é flutuante?


O cálculo do colédoco tem um formato prismático o que ainda permite a passagem de bile pelo
canal do colédoco e assim ser excretado no duodeno.
• Colangiocarcinoma distal: icterícia + perda ponderal + astenia + dor abdominal + prurido
✓ Vesícula palpável e indolor: sinal de Courvoisier → tumor periampular
✓ Vesícula não palpável: tumor de Klatskin
• CA de papila de Vater: icterícia flutuante porque este tumor sofre necrose e assim libera a
passagem da bile, esses episódios são acompanhados de melena

Já o tumor de cabeça de pâncreas, estrutura que circunda o colédoco, comprime o ducto até
fechar toda a sua luz, com isso a bile vinda do fígado e não armazenada pela vesícula biliar não
consegue ser excretada para o duodeno, levando há uma icterícia persistente.
Contudo existe um tumor que tem as mesmas características da coledocolitíase, que é o tumor
de papila (Tumor de papila de Vater).
Bilirrubina total > 10 suspeita-se de malignidade

Tumores que acometem a papila de Vater / Duodenal


1. CA de cabeça de pâncreas
2. Colangiocarcinoma distal: tumores periampulares (invadem o pâncreas, cabeça)
3. CA de 2ª porção de duodeno
4. CA de papila de Vater
CLÍNICA PAPILA DUODENAL DUODENO CABEÇA DE PÂNCREAS
ICTERÍCIA Precoce e flutuante Tardiamente Tardiamente
Progressiva
VÔMITO, NAUSEAS, ANEMIA E Acompanha a icterícia Precoce Precoce
SINDROME CONSUPTIVA
Clínica: icterícia obstrutiva, associada a prurido, colúria e/ou acolia fecal + perda ponderal + dor
em aperto na região epigástrica, hipocôndrio direito e por vezes, na região dorsal.
EF:
• Vesícula de Courvoisier: vesícula palpável indolor + icterícia
• Síndrome de Trousseau: síndrome paraneoplásica c/ tromboflebite recorrente e migratória
• Nódulo da irmã Maria José: metástase umbilical
• Prateleira de Blumer: metástase pélvica
• Nódulo de Virchow: linfonodo supraclavicular esquerdo
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• Exames laboratoriais:
✓ Hiperbilirrubinemia: bilirrubina direta (2 a 5 mg/dl)
✓ Fosfatase alcalina > 150 U/L (mais específico; GGT é mais sensível)
✓ Aminotransferase (TGO): > 150U/L (↑10x)
• Exames de imagem:
✓ 1º exame investigatório: USG abdominal
Diagnóstico ➢ Dilatação do colédoco: > 6 ou 8mm / > 10mm nos pós-colecistectomizados
✓ Qual exame pedir após a USG?
➢ COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE) – padrão-
ouro
➢ Colangiorressonância nuclear magnética (ou ressonância nuclear magnética de
vias biliares)
➢ Ultrassonografia endoscópica
➢ Colangiografia intraoperatória
Coledocolitíase na USG = CPRE

• Sociedade Americana de Gastroenterologia Endoscópica (ASGE) classifica:


Preditor Característica Conduta
Muito forte Coledocolitíase no USG
Colangite aguda clínica
Bilirrubina sérica > 4 mg/dl CPRE
Forte Colédoco dilatado na USG (> 6 mm)
Bilirrubina sérica de 1,8 a 4 mg/dL
Moderado Teste hepático anormal que não bilirrubina (F.A., EUS
GGT, TGO, TGO) ColangioRNM
Idade superior a 55 anos Colangio Intraop
Pancreatite

Coledocolitíase na USG = CPRE


Tratamento • Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE)
✓ Procedimento diagnóstico e terapêutico
✓ Especificidade de 99%
✓ Como identifica os cálculos? falha de enchimento da via biliar + dilatação
✓ Parte terapêutica = Papilotomia (esfincterotomia):
➢ Incisão das camadas musculares profundas do esfíncter de Oddi/ papila duodenal.
Essa abertura para liberar a principal barreira para a eliminação dos cálculos e
facilitar
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• Complicações da CPRE?
✓ Pancreatite aguda
✓ Hemorragia (Síndrome da janela posterior: perfuração após papilotomia)
➢ Complicações: Perfuração - Stapfer (tipo II – periampulares)
▪ As lesões do tipo II tendem a cura espontânea e geralmente não necessitam de
abordagem cirúrgica

Duodeno é uma víscera retroperitoneal, desta forma um sangramento na papila duodenal


causa um retropneumoperitôneo, o paciente não tem peritonite. Ao toque retal apresenta
crepitação da parede posterior do reto + RX com delineamento das bordas renais, fibras do
músculo psoas estão normais.

Após a CPRE, está sempre indicada a colecistectomia, porque a chance de recidiva dos cálculos
é alta E porque a papila está aberta (devido a papilotomia)

Tem 3 meses para fazer a colecistectomia


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OUTROS EXAMES:

• Colangiorressonância nuclear magnética


✓ Especificidade de 89%
✓ Fase T2 ponderada
✓ Bile como meio de contraste (não necessita de contraste
EV)
✓ Possível avaliar a dilatação da via biliar

• USG endoscópico
✓ Especificidade igual à da ColangioRNM
✓ Vantagem em cálculos < 5mm e pacientes obesos
✓ Indicados em casos inconclusivos pela conlangioRNM

• Colangiografia intraoperatória
✓ Ducto hepático comum, D e E: pérvios, dilatados ou falha de
enchimento?
✓ Colédoco: pérvios, dilatados ou falha de enchimento?
✓ Duodeno: contraste passa e preenche, tem falha?
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TRATAMENTOS CIRURGICOS
COLELITÍASE (COLECISTOLITÍASE) / COLEDOCOLITÍASE
Via • Padrão-ouro
laparoscópica • Melhor resultado estético
• Menor dor no PO
• Contraindicações absolutas
✓ Instabilidade hemodinâmica
✓ Suspeita de câncer de vesícula
• Contraindicações Relativa
✓ Incapacidade de tolerar anestesia
✓ Baixa reserva pulmonar (DPOC)
✓ Baixa reserva cardíaca (IC c/ FEV reduzida)
✓ Doença hepática avançada c/ hipertensão portal
✓ Coagulopatias não controlada
• Técnica: 4 trocarte
1º Trocarte: umbilical (10mm): ótica 30º
2º Trocarte: subxifoide (10mm): mão D; clipadora
3º Trocarte: hemiclavicular D / ponto cístico (5mm):
mão E; apresentação (triângulo de Calot)
4º Trocarte: axilar anterior (5mm): pinça auxiliar p/
exposição do infundíbulo
Para colocar o trocarte – 2 TÉCNICAS:
Técnica de Hasson: incisão até a aponeurose, com
dissecção romba, é aberto o peritônio e passado o
trocarte sem a utilização de mandril.
Agulha de Veress: penetrar a cavidade peritoneal

• Safety-Strasberg: para clipagem segura do ducto cístico e artéria cística


✓ Somente 2 estruturas tubulares indo em direção a vesícula (ducto cístico e a. cística)
✓ Para visualizar é necessário “limpar” o peritôneo destas estruturas
✓ Borda inferior da vesícula deve estar livre do leito hepático
✓ Tenho dúvida? SIM = Colangiografia intraoperatória
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Cirurgia: https://www.youtube.com/watch?v=I1X8x2brD0Y
Cirurgia 2, triângulo de Calot: https://www.youtube.com/watch?v=FlQVJNhQI7M
Cirurgias em geral: https://cyberspaceandtime.com/5k4ZCV_njyVTispjJX7M.video

1. Incisão é feita no umbigo e um trocar é inserido.


2. O pneumoperitoneo é obtido pela insuflação abdominal com CO 2
3. O laparoscópio é inserido através da porta umbilical
4. As restantes portas são inseridas sob visualização direta com o laparoscópio
5. O paciente é colocado em posição de Trendelenburg reversa.
6. O fundo da vesícula biliar é retraído em sentido cefálico sobre o fígado, com uma pinça, de forma a
permitir uma melhor visualização.
7. Uma 2ª pinça é utilizada para retrair o infundíbulo, lateralmente, e expor o triângulo de Calot.
8. A dissecção é realizada ao redor do infundíbulo, com vista a delinear o triângulo de Calot.
9. Deve ser estabelecida a visão crítica de segurança:
a) O triângulo de Calot é limpo de tecido fibroso e adiposo.
b) O ⅓ inferior da vesícula biliar é mobilizado a partir do leito hepático.
c) Apenas 2 estruturas devem ser visualizadas à entrada da vesícula biliar: o ducto cístico e a artéria
cística
d) A colangiografia pode ser realizada neste momento, caso haja dúvidas quanto à anatomia ductal.
10. O ducto cístico e a artéria cística são separados por clipes.
11. A vesícula biliar é dissecada da face inferior do fígado.
12. A vesícula biliar é colocada num saco de amostra e extraída pela porta umbilical.
13. O CO2 é libertado da cavidade peritoneal e os trocares são removidos.
14. As incisões são encerradas.

Via laparatomia • Para pacientes que não toleram o pneumoperitoneo


• Indicado em caso de suspeita de câncer de vesícula
• Incisão preferencial:
✓ KOCHER
➢ Incisão oblíqua subcostal direita
➢ Do processo xifoide até o ponto cístico

Cirurgia: https://www.youtube.com/watch?v=Z038V5et6js

1. Incisão subcostal direita, 2 dedos abaixo da margem costal (incisão de Kocher)


2. Incisão até atingir a cavidade peritoneal
3. Retração e a exposição da vesícula:
a) O fígado e a margem costal são retraídos superiormente
b) O intestino delgado, o cólon e o duodeno são, atentamente, retraídos inferiormente
4. A vesícula biliar é dissecada do leito hepático, geralmente por eletrocauterização:
a) Sentido anterógrado: do ducto cístico em direção ao fundo
b) Sentido retrógrado: do fundo em direção ao ducto cístico

5. Ducto cístico e a artéria cística são selados por nós ou clipes e, em seguida, seccionados e a vesícula
biliar é removida
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• ATB: cefalosporinas de primeira ou segunda geração (cefazolina ou cefoxitina)


• Preferência é a CPRE

Exploração laparoscópica transcística


✓ Ter diâmetro do colédoco de até 7mm
✓ Localização do cálculo distal ao ducto cístico
Exploração ✓ Diâmetro do ducto cístico maior que 4mm
cirúrgicas das ✓ Menos de 7 a 8 cálculos no colédoco
vias biliares ✓ Cálculos com menos de 10mm de diâmetro
✓ Entrada lateral do ducto cístico no colédoco

Exploração laparoscópica por coledocotomia


✓ Precisa-se de dreno de Kehr (dreno em T)
✓ Condições que indicam:
➢ Falha na exploração transcística ou CPRE
➢ Ducto cístico estreio ou de trajeto tortuoso
➢ Colédoco dilatada (> 7mm)
➢ Cálculos > 10mm
➢ Múltiplos cálculos
➢ Calculo próximo a junção cístico-colédoco

• Caso nenhuma das terapias acima seja suficiente:


1. Tratar a coledocolitíase
2. ou tenhamos um ducto tão dilatado (> 15 mm) que esteja disfuncional
✓ Indicado drenagem diretamente da via biliar: DERIVAÇÕES BILIODIGESTIVAS
✓ Indicações:
➢ Colédoco dilatado (> 1,5cm);
➢ Múltiplos cálculos impactados na porção distal do colédoco;
➢ Estenose distal do colédoco com cálculo;
➢ Cálculos intra-hepáticos;
➢ Cálculo primário de colédoco.
✓ Tipos:
➢ Coledocoduodenostomia;
➢ Coledocojejunostomia ou hepaticojejunostomia.
DRENO DE • Após a colocação de um dreno está indicada a
KEHR / DRENO colangiografia através do dreno em 24 a 48 horas no
EM T pós-operatório
• Quando eu posso retirar o dreno de Kehr?
✓ Baixo débito pelo dreno
✓ Colangiografia sem sinais de obstrução
• Manuseio?
✓ Mantido aberto até o 7º dia de PO
✓ Com progressivo clampeamento após o 7ºdia
✓ Pode ser retirado após o 14º dia de pós-operatório (ou 21º dia)
• Além do dreno de Kehr, é aconselhável a colocação de um dreno abdominal próximo, com a
finalidade de drenar uma possível fístula biliar caso ela ocorra
DRENO • Dreno laminar (Blake) ou de sucção (Jackson-Prat)
ABDOMINAL ✓ Se, no PO, não houver nenhuma secreção biliar, o dreno pode
ser retirado
• Se dreno de Kehr + dreno abdominal: retira o dreno abdominal
SOMENTE APÓS a retirada do dreno de Kerh
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DRENOS
Quanto ao material
• Borracha:
✓ Macios e maleáveis, reduzindo as chances de lesão de estruturas intra-abdominais.
✓ São mais sujeitos à colonização bacteriana
✓ Induz resposta inflamatória local intensa
✓ Tipo: Pezzer e Malecot
• Silicone:
✓ Material radiopaco e menos rígido que polietileno
✓ Induz resposta tecidual mínima
✓ Tipo: uso em cirurgia biliar (Kehr- “dreno em T”), substituindo os antigos, de borracha
Quanto à forma de ação
• Capilaridade:
✓ Saída de secreção ocorre pela superfície externa do dreno
✓ Não há passagem de líquido pela sua luz
✓ Tipo: Penrose; Gases
• Gravitação:
✓ Formados por cateteres de grosso calibre, associados a bolsas coletoras
✓ Sistemas fechados, o que diminui o risco de infecção externa-interna
✓ Tipos: uso para coleta vesical, cistostomias e drenos pleurais (drenagem simples em selo d´água)
• Sucção:
✓ Pressão negativa dentro da cavidade a ser drenada, não dependendo da gravidade para agir
✓ Útil quando é previsto o acúmulo de líquidos em grandes quantidades, ou drenagens prolongadas
✓ Ideais quando são usados de forma fechada
✓ Tipo: Porto-VAC, Hemovac
Quanto à atividade
• Passivos:
✓ Diferença de pressão entre os meios interno e externo
✓ Dependem da gravidade e da capilaridade para agir
✓ Permitem contaminação do meio externo para o interno
✓ Tipo: Penrose
• Ativos:
✓ Dependem de pressão negativa para remover o líquido acumulado
✓ O diâmetro do tubo é o fator isolado mais importante na definição do fluxo através do dreno
✓ Drenos de alta pressão negativa são de sistema fechado, permitindo melhor monitoramento da drenagem
✓ Demandam cuidado durante a instalação para que o vácuo não seja perdido
✓ Drenos de baixa pressão negativa possuem um bulbo onde o ar é retirado e o vácuo estabelecido
✓ Sua melhor aplicação é com o intuito de remover acúmulos em áreas de descolamento amplo (“porto vac”)

Penrose ou • Drenagem passiva aberta por capilaridade


laminares • Retirada gradativa: mobilizar secreção
• Principal uso: abscessos
• Para retirar deve-se tracionar aos poucos durante os dias
Silicone tubular • Drenagem passiva ou ativa, vantagem: sistema fechado
• Retirada única
• Exemplo: dreno de Kehr, dreno de Yeates, dreno tubular p/ drenagem tórax
Sucção • Drenagem ativa e fechada
• Retirada única: drenagem menor que 50ml
• Principal uso: descolamento extenso da pele
• Tipos: Hemovac; Jackson-Pratt; Portovac
Dreno combinado • Estes são poucos utilizados, indicado p/ drenar grande quantidade de secreção
• Possuem mais de um lúmen p/ aspirar e irrigar
• Dreno tubular com sistema fechado
• Exemplo: dreno de SUMP ou dreno de Abramson
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Dreno laminar (Blake) Dreno sucção (Jackson-Prat) Dreno de Kehr

Dreno de Penrose Dreno de sucção (Porto-VAC) Dreno sucção mola


Wiltex Kawamoto

Dreno de Abramson Dreno de SUMP Ping-tail


Colecistostomia

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