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PAPIRO Página |1
Vias Biliares
BIZU!
2 PRINCIPAIS: COLELITÍASE (COLECISTOLITÍASE) + COLEDOCOLITÍASE
COLELITÍASE • Sintomáticos: cólica biliar
(COLECISTOLITÍASE) Hipocôndrio D Náuseas
Aguda (< 24h) Vomito
DOR Contínua Após a refeição
Dura até 6h (pico 30min a 5h)
COLEDOCOLITÍASE • Sintomáticos: surtos transitórios de Síndrome colestática + icterícia flutuante
QSD Colúria
Irradia para escápula Acolia
DOR Contínua Icterícia flutuante
Dura 1 a 5 horas
COLELITÍASE • FR
(COLECISTOLITÍASE) Female → Mulher
Fair → clara/ caucasiana
Faty → obesa
Fertile → gestação prévias
Forty → idade ≥ 40 anos
• Exame laboratorial: HMG; BTF; FA; GGT; TGO; TGP; AMILASE; LIPASE
• Exames de imagem: USG de abdômen
• Toda colelitíase sintomática tem indicação cirúrgica
• Quando operar um ASSINTOMÁTICO = Colecistectomia PROFILÁTICA?
1. Doenças hemolíticas
2. Vesícula em porcelana
3. Cálculos > 25mm (2,5 cm)
4. Bypass gástrico
5. Transplantado
6. Pólipos + litíase ou Pólipo em > 50 anos, c/ crescimento ou > 1cm
COLELITÍASE OU COLECISTOLITÍASE
Conceito É a formação de cálculo (ou pedra) no interior da vesícula biliar
• Cálculo de colesterol (amarelo)
✓ Principal constituinte dos cálculos biliares
✓ Supersaturação de colesterol na bile (↓ lectina e sais biliares e ↑colesterol)
✓ Cálculos de colesterol e cálcio = 70%
✓ Cálculos puros e colesterol = < 10%
Cálculos ✓ Estase biliar
✓ Bilirrubina Direta
• Cálculo preto
✓ Bilirrubina de cálcio
✓ Associado a doenças hemolíticas; cirrose
✓ Bilirrubina Indireta
• Cálculo marrom
✓ Secundária a dismotilidade biliar
✓ Infecção bacteriana (E. coli)
✓ Bilirrubina Indireta
✓ População asiática
Lama biliar • Massa de bilirrubinato de cálcio + colesterol + mucina
• 80% assintomáticos
• Sintomáticos: cólica biliar
Hipocôndrio D Náuseas
Aguda (< 24h) Vomito
Clínica DOR Contínua Após a refeição
Dura até 6h (pico 30min a 5h)
➢ Problemas:
▪ É operador-dependente
▪ Obesos, há maior dificuldade para a realização do exame
▪ Cálculos pequenos podem não projetar sombra acústica
▪ Cálculos < 3mm em diâmetro podem ser perdidos no exame
▪ Peristaltismo intenso e gases intestinais podem dificultar na visualização
✓ TC de abdômen
➢ NÃO é recomendada como exame inicial para a avaliação de cólica biliar
➢ Quando:
▪ Necessidade de avaliação da árvore biliar extra-hepática
▪ Suspeita de neoplasia de vesícula biliar ou das vias biliares
✓ EUS (USG endoscópica)
➢ Quando:
▪ Diagnóstico de microcálculos de vesícula biliar
▪ Paciente superobesos
Exame laboratorial: HMG; BTF; FA; GGT; TGO; TGP; AMILASE; LIPASE
Exames de imagem: USG de abdômen
COLEDOCOLITÍASE
Conceito • Primária
✓ Cálculos marrons / Associados a infecção bacteriana no ducto / Asiáticos
✓ Estase biliar: tumor obstrutivo da via biliar ou colédoco muito dilatado (> 2cm)
✓ Nos pacientes submetidos a colecistectomia > 2 anos
• Secundária
✓ Migração do cálculo da vesícula biliar
✓ Nos pacientes submetidos a colecistectomia até 2 anos
• Oligossintomáticos
• Sintomáticos: surtos transitórios de Síndrome colestática + icterícia flutuante
QSD Colúria
Clínica Irradia para escápula Acolia
DOR Contínua Icterícia flutuante
Dura 1 a 5 horas
Já o tumor de cabeça de pâncreas, estrutura que circunda o colédoco, comprime o ducto até
fechar toda a sua luz, com isso a bile vinda do fígado e não armazenada pela vesícula biliar não
consegue ser excretada para o duodeno, levando há uma icterícia persistente.
Contudo existe um tumor que tem as mesmas características da coledocolitíase, que é o tumor
de papila (Tumor de papila de Vater).
Bilirrubina total > 10 suspeita-se de malignidade
• Exames laboratoriais:
✓ Hiperbilirrubinemia: bilirrubina direta (2 a 5 mg/dl)
✓ Fosfatase alcalina > 150 U/L (mais específico; GGT é mais sensível)
✓ Aminotransferase (TGO): > 150U/L (↑10x)
• Exames de imagem:
✓ 1º exame investigatório: USG abdominal
Diagnóstico ➢ Dilatação do colédoco: > 6 ou 8mm / > 10mm nos pós-colecistectomizados
✓ Qual exame pedir após a USG?
➢ COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGRADA ENDOSCÓPICA (CPRE) – padrão-
ouro
➢ Colangiorressonância nuclear magnética (ou ressonância nuclear magnética de
vias biliares)
➢ Ultrassonografia endoscópica
➢ Colangiografia intraoperatória
Coledocolitíase na USG = CPRE
• Complicações da CPRE?
✓ Pancreatite aguda
✓ Hemorragia (Síndrome da janela posterior: perfuração após papilotomia)
➢ Complicações: Perfuração - Stapfer (tipo II – periampulares)
▪ As lesões do tipo II tendem a cura espontânea e geralmente não necessitam de
abordagem cirúrgica
Após a CPRE, está sempre indicada a colecistectomia, porque a chance de recidiva dos cálculos
é alta E porque a papila está aberta (devido a papilotomia)
OUTROS EXAMES:
• USG endoscópico
✓ Especificidade igual à da ColangioRNM
✓ Vantagem em cálculos < 5mm e pacientes obesos
✓ Indicados em casos inconclusivos pela conlangioRNM
• Colangiografia intraoperatória
✓ Ducto hepático comum, D e E: pérvios, dilatados ou falha de
enchimento?
✓ Colédoco: pérvios, dilatados ou falha de enchimento?
✓ Duodeno: contraste passa e preenche, tem falha?
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TRATAMENTOS CIRURGICOS
COLELITÍASE (COLECISTOLITÍASE) / COLEDOCOLITÍASE
Via • Padrão-ouro
laparoscópica • Melhor resultado estético
• Menor dor no PO
• Contraindicações absolutas
✓ Instabilidade hemodinâmica
✓ Suspeita de câncer de vesícula
• Contraindicações Relativa
✓ Incapacidade de tolerar anestesia
✓ Baixa reserva pulmonar (DPOC)
✓ Baixa reserva cardíaca (IC c/ FEV reduzida)
✓ Doença hepática avançada c/ hipertensão portal
✓ Coagulopatias não controlada
• Técnica: 4 trocarte
1º Trocarte: umbilical (10mm): ótica 30º
2º Trocarte: subxifoide (10mm): mão D; clipadora
3º Trocarte: hemiclavicular D / ponto cístico (5mm):
mão E; apresentação (triângulo de Calot)
4º Trocarte: axilar anterior (5mm): pinça auxiliar p/
exposição do infundíbulo
Para colocar o trocarte – 2 TÉCNICAS:
Técnica de Hasson: incisão até a aponeurose, com
dissecção romba, é aberto o peritônio e passado o
trocarte sem a utilização de mandril.
Agulha de Veress: penetrar a cavidade peritoneal
Cirurgia: https://www.youtube.com/watch?v=I1X8x2brD0Y
Cirurgia 2, triângulo de Calot: https://www.youtube.com/watch?v=FlQVJNhQI7M
Cirurgias em geral: https://cyberspaceandtime.com/5k4ZCV_njyVTispjJX7M.video
Cirurgia: https://www.youtube.com/watch?v=Z038V5et6js
5. Ducto cístico e a artéria cística são selados por nós ou clipes e, em seguida, seccionados e a vesícula
biliar é removida
By Sarah Lima Campos – @MEDNURSE.PAPIRO P á g i n a | 11
DRENOS
Quanto ao material
• Borracha:
✓ Macios e maleáveis, reduzindo as chances de lesão de estruturas intra-abdominais.
✓ São mais sujeitos à colonização bacteriana
✓ Induz resposta inflamatória local intensa
✓ Tipo: Pezzer e Malecot
• Silicone:
✓ Material radiopaco e menos rígido que polietileno
✓ Induz resposta tecidual mínima
✓ Tipo: uso em cirurgia biliar (Kehr- “dreno em T”), substituindo os antigos, de borracha
Quanto à forma de ação
• Capilaridade:
✓ Saída de secreção ocorre pela superfície externa do dreno
✓ Não há passagem de líquido pela sua luz
✓ Tipo: Penrose; Gases
• Gravitação:
✓ Formados por cateteres de grosso calibre, associados a bolsas coletoras
✓ Sistemas fechados, o que diminui o risco de infecção externa-interna
✓ Tipos: uso para coleta vesical, cistostomias e drenos pleurais (drenagem simples em selo d´água)
• Sucção:
✓ Pressão negativa dentro da cavidade a ser drenada, não dependendo da gravidade para agir
✓ Útil quando é previsto o acúmulo de líquidos em grandes quantidades, ou drenagens prolongadas
✓ Ideais quando são usados de forma fechada
✓ Tipo: Porto-VAC, Hemovac
Quanto à atividade
• Passivos:
✓ Diferença de pressão entre os meios interno e externo
✓ Dependem da gravidade e da capilaridade para agir
✓ Permitem contaminação do meio externo para o interno
✓ Tipo: Penrose
• Ativos:
✓ Dependem de pressão negativa para remover o líquido acumulado
✓ O diâmetro do tubo é o fator isolado mais importante na definição do fluxo através do dreno
✓ Drenos de alta pressão negativa são de sistema fechado, permitindo melhor monitoramento da drenagem
✓ Demandam cuidado durante a instalação para que o vácuo não seja perdido
✓ Drenos de baixa pressão negativa possuem um bulbo onde o ar é retirado e o vácuo estabelecido
✓ Sua melhor aplicação é com o intuito de remover acúmulos em áreas de descolamento amplo (“porto vac”)