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❖ Enzimas hepáticas – Icterícia, Metabolismo da as 2 estão aumentadas, mas é importante avaliar qual
bilirrubina está mais.
• Hemácias têm vida média de 120 dias. Após 120 ➢ Aumento de Bb indireta: Bb que ainda não foi
dias passam pela hemocaterese nos órgãos do conjugada
sistema reticuloendotelial (baço). Hemácias mais
velhas perdem a elasticidade, tendo dificuldade em • Hemólise: por aumento da produção de Bb em
atravessar os capilares fenestrados, ficando decorrência do aumento da degradação do heme.
retidas. Hemoglobina → Heme + Globina → o Causada por anemia megaloblástica, talassemia,
heme é degradado em Ferro + Protoporfirina. A etc
protoporfirina é convertida em biliverdina e essa, é - Transfusão sanguínea
convertida no sangue em Bilirrubina Livre (Indireta). - Reabsorção de hematomas
• A Bb livre (indireta) é insolúvel, assim ela não - Eritropoiese inefetiva: anemia megaloblástica,
consegue entrar no fígado. Para conseguir entrar talassemia, porfiria
no fígado, se liga à albumina, sendo assim captada.
• Redução da depuração por:
No fígado: Redução da captação:
1. Captação - Medicamentos (rifampicina – tto de tuberculose)
Bb livre (indireta) + albumina → entra no fígado Redução da conjugação (alterações da UDP):
2. Conjugação - Mutações genéticas
Bb indireta + ácido glicurônico pela enzima UDP- - Hepatite avançada ou cirrose
glicuronosiltransferase → Bb direta (conjugada)
A albuma é reaproveitada por que a bilirrubina direta já ➢ Aumento de Bb direta:
não precisa mais dela para transporte
3. Excreção • Doenças hepatobiliares (primeira coisa que
Chega à circulação sanguínea e vias biliares. Ao devemos pensar): doenças que causam necrose
chegar ao intestino, as bactérias transformam a Bb hepatocelular (hepatites) ou colestase (algo está
direta em urobilinogênio, que tem 3 destinos diferentes: obstruindo a drenagem da bile, em consequência
• Recirculação entero-hepática acumula bilirrubina direta). As doenças hepato-
• Urobilina (urina) biliares também alteram provas de função hepática
• Estercobilinogênio → estercobilina (fezes) • Sd. Dubin-Johnson; Sd. Rotor
• Colestase intra-hepática recorrente benigna (PFIC)
Alterações na degradação de hemoglobina, captação, • Pós-operatória
conjugação e excreção → alteração da bilirrubina • Gravidez (colestase intra-hepática da gravidez,
• Alterações pré conjugação (hemoglobina, HELLP- síndrome hemolítica com alteração grave
captação, UDP): predomínio de Bb indireta de plaquetas)
• Alterações após conjugação (excreção
hepática/extra-hepática): predomínio de Bb direta
❖ Icterícia
Exame físico:
• Escleras, frênulo lingual, colúria, acolia
• Presença de colúria e acolia: sempre que o
paciente estiver ictérico e com esses 2 sintomas
devemos pensar em doença hepato-biliar. Algo
Ducto hepático diretito + ducto hepático esquerdo →
está obstruindo a via de excreção do fígado
ducto hepático comum
Ducto cístico: leva a bile para a vesícula
➢ Diagnóstico diferencial de hiperbilirrubinemia: dosei
Ducto hepático comum + ducto cístico → ducto biliar
a bilirrubina do paciente e ela está aumentada, em
comum
que devo pensar?
Ducto pancreático = ducto de Wirsung
• Doença hepato-biliar
Ducto pancreático comum + ducto biliar comum saem
• Distúrbio metabolismo da Bb: problema na pelo esfíncter de Oddi na papila duodenal (Ampola de
captação / conjugação / excressão Vater)
• Distúrbio não hepato-biliar: doença hematológica,
talassemia, hematoma grande, etc... A obstrução em alguns pontos pode dar icterícia.
Colelitíase: cálculo na vesícula, não causa ictería! A
Paciente com bilirrubina aumentada → avaliar se o colecistectomia (remoção da vesícula) também não
aumento é da bilirrubina direta ou indireta, geralmente causa icterícia.
“4F”: 4 fatores de risco para colelitíase Se há uma obstrução em qualquer um dos níveis da via
- female, duodenal de passagem da bile, a bile fica represada,
- fat, predispõe a translocação bacteriana e a infecção. A via
- forty: 40 anos biliar com infecção é chamada de colangite!
- fertility: já tiveram filhos
➢ Colangite: apresentação clínica
➢ Colecistite litiásica aguda: obstrução da vesícula
com cálculos no ducto colédoco – não causa • Tríade de Charcot:
icterícia. - Icterícia
• Síndrome de Mirizzi – pedra grande/inflamatória - Dor abdominal
que causa obstrução do ducto hepático, aí sim - Febre com calafrios
causa icterícia.
• Pêntade de Reynolds: colangite grave
- Icterícia
- Dor abdominal
- Febre com calafrios
- Hipotensão
- Alteração do sensório
➢ Cirrose hepática
População de risco:
• USG + AFP (alfafetoproteína) de 6 em 6 meses
Interpretação:
- AFP e USG negativos: repetir USG com ou sem AFP
em 6 meses
- USG com lesão pequena (<1cm) e AFP normal: repetir
Quadro clínico e exame físico: USG com ou sem AFP em 3 a 6 meses
• Assintomático - USG com lesão >1cm ou AFP aumentada: exame de
• Fadiga, desconforto em hipocôndrio direito, imagem detalhado – tomografia multifásica ou
astenia, dispepsia ressonância de abdome
• Obeso ou não
Diagnóstico: clínico
• Hepatomegalia
• Inespecífico
• Estigmas de doença hepática avançada
• Assintomatico, dor abdominal, perda de peso,
Diagnóstico: fraqueza, aumento do volume abdominal, icterícia
e náuseas
• Exame de imagem – USG: esteatose
• Transaminases
Exame físico
- Normais: DHGNA
- Elevadas: ALT > AST (TGP > TGO) – NASH • Inespecífico
• Normal ou hepatomegalia, achados de cirrose
• Padrão-ouro: biópsia hepática – exceção
Diagnóstico – alfa-feto proteína:
Tratamento:
• Marcador mais utilizado
• Perda de peso
• Nem todo CHC secreta AFP – normal em até 40%
• Atividade física aeróbica: mínimo 150 min/semana
dos CHC: pedir USG também!
• Controle obesidade, DM, dislipidemia
• Sensibilidade de 60%
• Metformina: melhora a resistência à insulina, os
níveis de enzimas hepáticas (NASH) e ajuda na • Especificidade 80%
perda de peso
Exames de imagem
• Cessar consumo de álcool
Tomografia:
• Drogas específicas
• Nódulo hepático: com contraste tem acentuado
- Vitamina E 800 UI/dia – antioxidante (protege da
realce arterial (bem vascularizado)
fibrose). Só usa em NASH
- Probióticos? • Fase de equilíbrio: “limpa” (wash out) rápido o
contraste, ficando em formato de halo –
- Ácido ursodesoxicólico
pseudocápsula fibrosa
❖ Carcinoma hepatocelular (CHC)
Tratamento:
Também chamado de hepatocarcinoma (HCC).
Neoplasia primária mais comum do fígado, mas
sabemos que o fígado é mais acometido por
metástases do que câncer primário.
Causas:
• Infecções crônicas
- Hepatite B: 54% dos casos
- Hepatite C: 31% dos casos
• Etilismo
• Obesidade/NASH
• Hemocromatose hereditária
• Cirrose biliar primária
• Doença de Wilson
• Deficiência de alfa-1-antitripsina Se eu tenho um paciente com hepato carcinoma→ vou
tratar!
Rastreamento:
Grupos populacionais com risco aumentado de CHC: Paciente cirrótico → tratamento ideal é o transplante!
• Cirróticos CHILD A e B – todos. CHILD C só se na Para inclui-lo na fila de transplante são necessários os
fila de transplante hepático (boa sobrevida) critérios de Milão:
• HBV (HbsAg positivo) + 1 dos seguintes: • 1 lesao < 5 cm
- Hepatite ativa: aumento da ALT (TGP) e/ou carga viral • 3 lesoes, todas com menos de 3 cm
aumentada • Child ABC / AFP < 1000 ng/ml
- História familiar de CHC
• Ausência de invasão vascular macroscópica e nem
metástase