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VESICULA E VIAS BILIARES (principal a lecitina);  Sais biliares (50% da bile) e

Bilirrubina.
ANATOMIA BILIAR  Funções da bile:
- emulsificação das grandes partículas de gordura
1) ARVORE BILIAR INTRA E EXTRA HEPÁTICA - Formam micelas, auxiliando na absorção de
Segmentação hepática de Couinaud: ácidos graxos, colesterol e outros lipídios
- lóbulo direito: Segmentos V, VI, VII e VIII - Excreção de produtos do sangue: bilirrubina e
- Lobulo esquerdo: segmentos II, III e IV. colesterol

Ducto hepático comum: 3cm, é a união dos ductos.  Bilirrubina


Ducto cístico: 3 a 4 cm drena a bile da vesícula biliar - São produtos da quebra da Hb (maior parte) e da
para o ducto colédoco. mioglobina
Ducto colédoco: confluência entre ducto hepático - Via hematogênica
comum e o cístico. Comprimento de 7 a 11cm e seu - Transportados para os hepatócitos ligados a
diâmetro de 6mm. Desemboca na papila duodenal, albumina
ou ampola de Vater, na 2ª porção do duodeno, tendo - Conjugação hepática → BILIRRUBINA DIRETA
seu esvaziamento controlado pelo esfíncter de Oddi. - Pigmentos biliares – cor característica da bile
- Estercobilinogênio – cor característica das fezes.
2) VESICULA BILIAR
- Formato piriforme, tem 7 a 10 cm de comprimento. FISIOLOGIA DA VESICULA BILIAR
- Dividida em 4 partes: Fundo, Corpo, Colo e
Infundíbulo (ou Bolsa de Hartmann) – alargamento do - PRINCIPAL FUNÇÃO: concentrar e armazenar a bile
colo da vesícula biliar. - Reabsorção de água, sódio e cloro pela mucosa
Vascularização - Em contrapartida... ↑ concentração de COLESTEROL
- Arterial: art. cística → art. hepática direita (> 90%); & CÁLCIO (predispõe a formação de cálculos)
- Venosa: Veias portais segmentares. - Aumento da concentração de íons H+, ↑solubilidade
- Linfática: Linfonodos hepáticos através dos do Cálcio, o que ↓precipitação de sais de cálcio.
linfonodos císticos. Vesícula se contrai pelo → Estímulo vagal → CCK
- Contração da vesícula biliar, permite seu
TRIÂNGULO DE CALOT. → Limites ESVAZIAMENTO.
Limite superior: borda inferior hepática - Relaxamento do esfíncter de Oddi.
Limite lateral: ducto cístico;
Limite medial: ducto hepático comum;
COLELITÍASE - É O CÁLCULO DENTRO DA VESÍCULA
Conteúdo: Artéria cística
BILIAR
Outros conteúdos: artéria hepática direita,
vasos linfáticos e linfonodo do ducto cístico.
CÁLCULOS, classificado em 2 grupos:

FISIOLOGIA DA BILE 1) CÁLCULOS DE COLESTEROL (MAIS COMUM) -


Principal composto dos cálculos biliares.
 Secretada pelo fígado volume 600 a 1000 mL/dia - Supersaturação de colesterol na bile
 Osmolaridade = semelhante a do plasma (≈ 300 - Cálculos de colesterol e cálcio = 70%
mOsmol/kg) - Cálculos puros de colesterol = < 10%
 Secreção estimulada por NEUROGÊNICA,
HUMORAL E BIOQUÍMICA: 2) CÁLCULOS PIGMENTARES (<20% de colesterol em
- Estímulo vagal = ↑ secreção de bile sua composição)
- Estímulo Esplâncnico = ↓ secreção biliar a) cálculos pretos:
- Ácido clorídrico, Ácidos graxos, Proteínas = - Associados a DOENÇAS HEMOLÍTICAS (anemia
estimulam SECRETINA = ↑produção e o fluxo da bile. falciforme e esferocitose hereditária) e na Cirrose
Hepática .
 Componentes da bile:  Água;  Eletrólitos: Na, K, Ca b) cálculos marrom:
e Cl; Proteínas;  Lipídios: colesterol e fosfolipídios - Secundários a dismotilidade biliar e associada a
Infecção Bacteriana. Mais comuns em asiáticos.
3 ESTÁGIOS para a formação dos cálculos de 2. População CAUCASIANA (FAIR – claro)
colesterol: 3. Obesidade (FATTY – gordo)
1. Supersaturação de colesterol: Há um desiquilíbrio 4. Gestações prévias (FERTILE – fértil)
entre a concentrações = ↑ colesterol com ↓ Lecitina 5. Idade ≥ 40 anos (FORTY – quarenta)
e sais biliares.
2. Nucleação: há supersaturação de colesterol, a Outros fatores de risco
capacidade de transporte de colesterol pelas vesículas
é excedida, elas se tornam instáveis e gera a  Dislipidemia: ↑ colesterol não HDL, ↑risco de
nucleação. formação de cálculos biliares;
3. Crescimento  Perda Ponderal rápida: como cirurgias bariátricas.
 Uso de fibratos, ceftriaxone e Análogos de
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA Somastotatina (octreotide)
 ACO e terapia de reposição hormonal =
 80-85% são assintomáticos.
ESTROGÊNIO
 A taxa de conversão de um paciente assintomático
 Nutrição Parenteral total & Jejum prolongado
em sintomático é estimada em 2-3% ao ano.
 Cirrose Hepática
 10% terão sintomas nos primeiros 5 anos após a
 Doença de Crohn e ressecção ileal
descoberta do cálculo.
 10% do pacientes desenvolvem sintomas nos
 20% terão sintomas em 20 anos.
primeiros 5 anos.
 COLELITÍASE SINTOMÁTICA TER INDICAÇÃO
 20% dos pacientes terão sintomas em 20 anos.
CIRÚRGICA - pelos riscos de graves: colecistite
aguda e pancreatite aguda.
COLELITIASE SINTOMÁTICA (CÓLICO
INDICAÇÃO DE COLECISTECTOMIA PROFILÁTICA
BILIAR) – QUADRO CLÍNICO
ANEMIA Maior risco de cálculos pretos
FALCIFORME e uma crise de cólica biliar ou  Dor hipocôndrio direito de inicio súbito e costuma
colecistite pode desencadear durar até 5- 6 horas após comidas gordurosas.
crise falcêmica. (Costuma se resolver com antiespasmódico)
VESÍCULA EM Calcificação da parede da
 Náuseas e/ou vômitos,
PORCELANA vesícula biliar – fator de risco
 No exame físico: presença do sinal de Murphy não é
para câncer de vesícula biliar.
CÁLCULO > 25 Macrocálculo é fator de risco comum e seu achado deve levantar a suspeita de
MM (2,5 CM) para câncer de vesícula colecistite aguda!
MICROCÁLCULO maior risco de migrar e causar  Sintomas atípicos: ✓ Pirose; ✓ Regurgitação; ✓ Dor
S pancreatite aguda retroesternal; ✓ Epigastralgia; ✓ Náuseas e/ou
BY-PASS Perda de peso favorece vômitos, somente; ✓ Dor torácica; ✓ Distensão
GÁSTRICO OU formação de cálculos. abdominal.
GASTRECTOMIAS CPRE, muitas vezes, não é  COLECISTITE AGUDA POSSUI DOR MAIS
(BILLROTH II OU possível. PROLONGADO > 12H.
Y-DE-ROUX)
Via biliar fica na alça exclusa Importante investigar outras causas como: DRGE,
TRANSPLANTE Por conta da Síndrome do intestino irritável e síndrome dispéptica
imunossupressão e do risco
de complicações mais graves DIAGNÓSTICO
da colelitíase
PRESENÇA DE CÁLCULO ASSOCIADO A PÓLIPO DE
1. EXAMES LABORATORIAIS: útil para diagnósticos
VESÍCULA BILIAR
diferenciais
PACIENTES QUE IRÃO VIAJAR PARA ÁREAS
ISOLADAS, SEM ATENDIMENTO MÉDICO POR EXAMES LABORARATORIAIS EM COLELITIASE
PERÍODOS LONGOS COSTUMAM VIR NORMAIS
HISTÓRIA FAMILIAR DE CÂNCER DE VESÍCULA  Leucocitose com desvio a esquerda →
COLECISTITE AGUDA
FATORES DE RISCO 5Fs  dor abdominal intensa, náuseas e vômitos =
PANCREATITE = solicitar AMILASE ,LIPASE
1. Sexo FEMININO (FEMALE)
 ↑ TGO/AST e TGP/ALT e FA e GGT =  Pacientes sintomáticos (cólica biliar e/ou
COLEDOCOLITÍASE pancreatite aguda).
 BILIRRUBINA DIRETA = OBSTRUÇÃO DA VIA  Pólipos > 1 cm ou 10 mm em paciente
BILIAR ou COLECISTITE. assintomático.
 Pólipo em crescimento (aumento > 2 mm) –
2. USG ABDOMINAL – mais útil para o diagnóstico. quando em seguimento.
 PÓLIPO > 2 CM (CONSIDERA PÓLIPO MALIGNO) =
Principais características:
COLECISTECTOMIA ABERTA
 Cálculos densos; sombra acústica posterior;
 Móvel com a mudança de decúbito;
NÃO PREENCHEM CRITÉRIOS PARA CIRURGIA –
 Lama biliar (muco e microlitíase), é ecogênica,
Indicado seguimento com USG seriada por 5 anos:
porém, não produz sombra acústica.
• Entre 6 e 9mm: USG cada 6 meses até 1 ano; depois,
anual;
TRATAMENTO – COLELITIASE SINTOMÁTICA → • ≤ 5mm: USG anual.
COLECISTECTOMIA VIDEOLAPARASCÓPICA

 NÃO CIRÚRGICO – não tem condições de


COLESCISTITE AGUDA
cirúrgicas: Litotripsia extracorpórea (LECO) e •Complicação mais frequente da colelitíase
ácido ursodesoxicólico (ursodiol) •90% litiásica e 10 % alitiásica
•Maior incidência em mulheres (3:1)
 COLANGIOGRAFIA INTRAOPERATÓRIA – NÃO •Fatores de risco: sexo, idade, obesidade,
DEVE REALIZAR EM TODOS OS CASOS, EXCEPTO: multiparidade, dislipidemia, gravidez.
- Dúvida quanto a anatomia da via biliar. •Alitiásica: + comum em homens, idosos e diabéticos
- Suspeita de lesão da via biliar. •Gestante: 2º causa de abdome agudo não
- Suspeita de Coledocolítiase que não pode ser obstétrico
avaliada previamente por outros exames de •Idosos: principal indicação de cirurgia de urgência.
imagem
FISIOPATO → Causa: obstrução do ducto cístico +
ação irritante da lisolecitina.
PÓLIPOS DA VESICULA BILIAR
OBSTRUÇÃO→ISQUEMIA→NECROSE→PERFURAÇÃO
1. PÓLIPOS DE COLESTEROL (mais comum). → ABSCESSO OU PERITONITE COLEPERITÔNIO (POR
- Se origina por depósitos de lipídios na mucosa da BILE)
vesícula biliar. São < 1 cm e frequentemente múltiplos
- USG: Lesões isoecogênicas, as vezes pediculadas, INFECÇÃO BACTERIANA É SECUNDÁRIA: Escherichia
que não apresentam sombra acústica posterior. coli (mais frequente), enterococcus, klebsiella e
outros bacilos gram negativos e anaeróbios (ex:
2. ADENOMIOMATOSE: Crescimento anormal da bacterioides fragilis).
mucosa da vesícula biliar e espessamento da
camada muscular.
QUADRO CLÍNICO
USG: Lesão séssil, Local mais comum – fundo da
•DOR CONSTANTE (> 6H) E INTENSA NO HCD COM
vesícula biliar e > 1 cm extensão.
IRRADIÇÃO PARA O DORSO/OMBRO DIREITO (SINAL
DE KEHR)
3. ADENOMA - Potencial de malignidade
•NÁUSEAS E VÔMITOS
- Difícil distinção entre pólipo adenomatoso X
•FEBRE
adenocarcinoma.
•ICTERÍCIA LEVE
- Pólipo ≥ 10 mm - Risco aumentado de câncer (55%)
•ANOREXIA
- Pólipo > 20 mm – considerado maligno
•SINAL DE MURPHY POSITIVO → Interrupção abrupta
da inspiração profunda por dor à palpação do
INDICAÇÃO DE COLECISTECTOMIA EM PÓLIPO DE
hipocôndrio direito (no ponto cístico.)
VESÍCULA BILIAR
 Pólipo de vesícula biliar associado a litíase biliar.
DIAGNÓSTICO
 Adenomiomatose de vesícula biliar associada.
•HISTÓRIA CLÍNICA + EXAME FÍSICO
•LABORATÓRIO → Leucocitose com desvio à •Sinal de Murphy ultrassonográfico
esquerda; PCR e/ou Elevação leve a moderada: FA, •Líquido livre na cavidade (perfuração de vesícula
Amilase, Bilirrubinas e Transaminases com coleperitênio)
•EXAME DE IMAGEM → USG ABDOMINAL

CINTILOGRAFIA → EXAME PADRÃO OURO PARA O


CLASSIFICAÇÃO DE TOKYO, que estratifica a
DIAGNÓSTICO DA COLECISTITE AGUDA → Usa
colecistite aguda de acordo com a sua gravidade:
contraste chamado Ácido iminodiacético (HIDA)
Positivo: vesícula não visível.
TOKYO I → Quadro de colecistite em um paciente
saudável, sem comorbidades, sem disfunção orgânica TOMOGRAFIA ABDOMINAL → DESCATAR
e somente com alterações inflamatórias leve na COMPLIÇÕES
vesícula biliar. Não pode ser enquadrado nas
classificações Tokyo II e Tokyo III. •Edema e espessamento de parede vesicular e realce
da parede da vesícula
TOKYO II (pelo menos um dos fatores abaixo) •Vesícula biliar túrgida, distendida.
- Leucócitos > 18.000. •Cálculo impactado no infundíbulo.
- Massa palpável/plastrão em hipocôndrio direito. •LÍQUIDO PERIVESICULAR OU LIVRE NA CAVIDADE
- Sintomas > 72 horas. (COLEPERITÔNIO = PERFURAÇÃO)
- Sinais de inflamação grave/complicação: colecistite •PRESENÇA DE GÁS NO FUNDO DA VESÍCULA (SINAL
gangrenosa (necrose), abcesso pericístico, abcesso DE CHAMPAGNE), INDICATIVA DE COLECISTITE
hepático, peritonite biliar ou colecistite enfisematosa. ENFISEMATOSA

TOKYO III (pelo menos uma disfunção orgânica COMPLICAÇÕES


concomitante ao quadro de colecistite)
•COLECISTITE GANGRENOSA (+ COMUM – 10-20%)
- Hipotensão necessitando de drogas vasoativas
•PERFURAÇÃO
(cardiovascular).
•COLECISTITE ENFISEMATOSA (GÁS NA VESICULA)
- Rebaixamento do nível de consciência (neurológico).
•EMPIEMA (VESICULA PALPAVÉL NA PALPAÇÃO)
- PaO2/FiO2 < 300 (respiratório).
•ABSCESSO HEPÁTICO
- Oligúria ou creatinina > 2 (renal).
•FÍSTULA COLECISTOENTÉRICA
- INR > 1,5 (hepático).
•ÍLEO BILIAR
- Plaquetas < 100.000 (hematológico).
•SÍNDROME DE MIRIZZI

CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO TG18 / TG13 PARA


COLECISTITE AGUDA
SÍNDROME DE MIRIZZI
A- Sinais locais de inflamação:
DEFINIÇÃO - É uma obstrução do ducto hepático comum
1) Sinal de Murphy causada por compressão extrínseca de uma pedra
2) Massa Quadrante superior direito, dor ou impactada no ducto cístico ou no infundíbulo da vesícula
sensibilidade biliar.
B- Sinais sistêmicos de inflamação:
1) Febre CLASSIFICAÇÃO DE CSENDES - classificada pela presença
e extensão da fistula colecistobiliar. (tipo II e III são os
2) PCR elevado
mais comuns)
3) Contagem elevada de leucócitos TIPO DESCRIÇÃO
C- Resultados da imagem: Achados de imagem I Compressão extrínseca do ducto biliar por
característicos da colecistite aguda. um cálculo impactado.
DX DEFINITIVO: UM ITEM EM A + UM ITEM EM B + C II (41%) Fístula colecistobiliar envolvendo 1/3 da
circunferência do ducto biliar comum
devido a erosão pelo cálculo.
USG ABDOMINAL (1º EXAME A SER SOLICITADO
III (44%) Fístula colecistobiliar envolvendo 2/3 da
PARA DX DE COLECISTITE AGUDA) circunferência do ducto biliar comum.
•Espessamento da parede vesicular (≥ 4mm) IV Fístula colecistobiliar envolvendo a
•Cálculo impactado e imóvel no infundíbulo circunferência do ducto biliar comum.
•Aumento da vesícula biliar - hidropsia (eixo longo ≥8 V Qualquer tipo com uma fístula
cm, eixo curto ≥4 cm) colecistoentérica. Tipo Va – sem Íleo
biliar. Tipo Vb – com Íleo biliar
•Líquido perivesicular (halo hipoecoico)
colédocos muito dilatados (> 2 cm). São mais comuns
em pacientes asiáticos.

✔ Coledocolitíase secundária: é o tipo mais comum


TRATAMENTO Ocorre pela migração de um cálculo da vesícula biliar
para o colédoco. O cálculo de colédoco que surge até
•COLECISITE AGUDA NÃO COMPLICADA (REALIZA 2 anos após a colecistectomia é considerado um
ANTIBIOTICOPROFILAXIA) EM PACIENTES: cálculo secundário (ou residual).
- BAIXO RISCO CIRÚRGICO (ASA ≤2) → HISTÓRIA CLÍNICA
COLECISTECTOMIA PRECOCE (< 72 HS)
- ALTO RISCO CIRÚRGICO: ANTIBIOTICOTERAPIA +  Oligossintomáticos: sem sintomas ou poucos.
PROGRAMAR COLECISTECTOMIA  Sintomáticos
 Dor semelhante da cólica biliar: dor hipocôndrio
•COLECISTIE AGUDA COMPLICADA (INSTAVÉIS direito, náuseas e vômitos.
HEMODINAMICAMENTE) → REALIZA  Icterícia padrão flutuante (vai e volta)
ANTIBIOTICOTERAPIA + COLECISTOSTOMIA  ICTERICIA, COLÚRIA E ACOLIA → síndrome
(DRENAGEM PERCUTÂNEA) + CIRURGIA ELETIVA colestática ou sintomas da ictérica obstrutiva.

A principal causa de icterícia obstrutiva é a


COLEDOCOLITÍASE.
GESTANTE COM COLECISTITE - 2º causa de abdome
agudo não obstétrico na gestante EXAMES LABORATORIAIS

Diagnóstico: USG ou RNM  Alteração nas transaminases – Valores menores


de TGO/AST e TPG/ALT
✔ Baixo risco (ASA ≤ 2):  Alteração nas enzimas canaliculares – Gama-GT:
• 1º e 2º trimestre: colecistectomia laparoscópica mais sensível; FA: mais específica
• 3° trimestre: ATB + postergar a colecistectomia para  ↑ BD causa obstrutiva (já ↑BI é por hemólise)
o pós-parto (6 semanas)
✔ Alto risco (ASA ≥ 3), instável: drenagem percutânea
(colecistostomia) EXAMES DE IMAGEM

COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA (10%) 1) USG ABDOMINAL – é o exame inicial de icterícia


obstrutiva.
•Pacientes criticamente graves (INTERNADO NA UTI )
✓ Visualização do cálculo:
• Mais comum no sexo masculino, idosos e diabéticos
◦ Foco ecogênico arredondado;
•Principais fatores de risco: idade avançada, doenças
◦ A sombra acústica posterior pode estar presente,
graves, trauma, grande queimados, uso prolongado
mas é mais difícil de ser detectada.
de nutrição parenteral total, hipertensão, DM e
imunossupressão.
•Maior risco de complicação (50% necrose, 10% ✓ Dilatação do colédoco:
perfuração) ◦ > 6mm ou > 8mm,
•Diagnóstico: clínica + USG ◦ > 10mm nos pacientes pós-colecistectomia;
•Tratamento: semelhante à colecistite litiásica ◦ Dilatação da árvore biliar extra-hepática.
(colecistostomia nos pacientes instáveis)
COLEDOCOLITÍASE NA USG INDICA REALIZAR CPRE
•Sem necessidade de colecistectomia após resolução
do quadro infeccioso
USG SEM CALCULO, SOMENTE SINAIS INDIRETOS:
dilatação da via biliar intra e extra hepática. Existe 2
COLEDOCOLITIASE possibilidades e 1 situação.

✔ Coledocolitíase primária: são os cálculos que se I. SUSPEITA PRÉ OPERATÓRIA: ↑AST/ALT, ↑GGT/ FA,
formam no interior do colédoco. Eles geralmente são ↑BD → SOLICITA COLANGIO RNM → COM CALCULO,
cálculos marrons e estão associados a infecção INDICA CPRE OU SEM CALCULO, INIDICA
bacteriana e estase biliar, que pode ocorrer nos COLECISTECTOMIA LAPAROSCOPICA.
uma falha de enchimento do colédoco; também
II. DIAGNÓSTICO INTRAOPERATÓRIO PODE FAZER COM podemos identificar a dilatação da via biliar intra e
COLANGIOGRAFIA, 2 opções: extra-hepática.
- Realizar exploração cirúrgica via biliar (aberta ou - não precisa de contraste EV, a bile já é o contraste.
laparoscópica) ou realizar CPRE pós-operatória.
4) COLANGIOGRAFIA INTRAOPERATÓRIA
III. Situação: COLEDOCOLITÍASE RESIDUAL (ATÉ 2 ANOS INDICAÇÕES:
DA COLECISTECTOMIA) → INDICA CPRE pós- - Caso haja dúvida quanto a anatomia da via
operatória. biliar.
- Suspeita de lesão da via biliar;
2) COLANGIOPANCREATOGRAFIA RETRÓGADA - Suspeita de Coledocolítiase, que não pode ser
ENDOSCÓPICA – CPRE avaliada previamente por outros exames de
- sensibilidade de 93% e especificidade de 99%. imagem.
- Diagnóstico e terapêutico.
- CPRE realiza um procedimento chamado EM SINTESE:
papilotomia ou esfincterotomia (abertura é Suspeita de Coledocolitíase
- Exame inicial – USG ABDOMINAL
necessária para liberar a principal barreira para a
- Se USG (+) = CPRE
eliminação dos cálculos e facilitar a extração deles.) - Se USG (-) = ColangioRNM
- Opção = Colangio Intraoperatória ou USG
- CPRE NÃO deve ser indicada como exame endoscópica.
diagnóstico, pois apresenta complicações graves:
 PANCREATITE – 10% dos casos; COLANGITE AGUDA
 INFECÇÃO DA VIA BILIAR/COLANGITE
 PERFURAÇÃO DUODENAL – 0,5-2% casos FISIOPATOLOGIA - CAUSAS:
 SANGRAMENTO •COLEDOCOLITÍASE;
•Neoplasias periampulares (via biliar, ampola,
Classificação de STAPFER – perfuração pós-CPRE duodeno, pâncreas)
TIPO I – Perfuração livre da parede intestinal
TIPO II – Perfuração duodenal retroperitoneal INFECÇÃO BACTERIANA ASCENDENTE
secundária a lesão periampular (+comum) (polimicrobiana): E. coli*, Klebsiella, Enterobacter,
TIPO III – Perfuração do ducto pancreático ou biliar Enterococcus, Pseudomonas e Citrobacter spp.
TIPO IV – Ar retroperitoneal isolado
QUADRO CLÍNICO
TRATAMENTO DA PERFURAÇÃO TRÍADE DE CHARCOT → DOR ABDOMINAL + FEBRE +
- Jejum, hidratação EV, SNG + de acordo ao tipo da ICTERÍCIA
lesão. PÊNTADE DE REYNOLDS → TRÍADE DE CHARCOT +
TIPO TRATAMENTO HIPOTENSÃO + ALTERAÇÃO DO ESTADO MENTAL
I Principalmente cirúrgico (pode ser tentado
tratamento endoscópico) SINAL DE COURVOISIER TERRIER → Presença de
II Tto endoscópico (prótese metálica icterícia e de uma vesícula biliar palpável e indolor.
autoexpansível totalmente recoberta) e Sugestivo de neoplasia periampular
observação
III Tto endoscópico (prótese biliar ou DIAGNÓSTICO
pancreática
IV Observação nos assintomáticos HISTÓRIA CLÍNICA + EXAME FÍSICO

3) COLANGIORESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA


LABORATÓRIO
OU RNM DAS VIAS BILIARES
✔ Leucocitose com desvio à esquerda;
- PADRÃO OURO PARA INVESTIGAÇÃO DE
COLEDOCOLÍTISE ✔ PCR
- fase T2 ponderada, as estruturas preenchidas pela ✔ Elevação: FA, GGT, Bilirrubinas (fração direta) e
bile ficam hiperintensas (+branco) em relação aos Transaminases
tecidos circundantes. O cálculo é identificado como
EXAME DE IMAGEM → DILATAÇÃO DA VIA BILIAR OU
CAUSA DA OBSTRUÇÃO.
✔USG: Dilatação da via biliar, cálculos no ducto biliar
✔TC: Dilatação da via biliar, baixa sensibilidade para
cálculos no ducto biliar Neoplasias Complicações:
Abscesso hepático, trombose da veia porta, Aerobilia
(gás bacteriano)
✔COLANGIORRESONÂNCIA: Pode delinear
claramente o ducto biliar. Maior precisão diagnóstica
na identificação da causa da obstrução biliar.
✔CPRE: Diagnóstico e terapêutico Mais invasivo
Complicações: pancreatite, colangite, perfuração
duodenal e sangramento

TRATAMENTO
MEDIDAS DE SUPORTE
ANTIBIOTICOTERAPIA DE AMPLO ESPECTRO
DRENAGEM DA VIA BILIAR
✔ CPRE
✔ CTPH (Transparieto-hepática) – indicações: falha da
CPRE, derivação de Y ROUX.
✔ Drenagem por ecoendoscopia
✔ CIRÚRGICA (DRENO DE KERH)
COLECISTECTOMIA NA MESMA INTERNAÇÃO.

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