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SEMANA 12

INTOXICAÇÃO EXÓGENAS
SEMANA 12
SÍNDROME NARCÓTICA OPIOIDE like (semelhante à mononucleose) autolimitada. A
São sedativos, hipnóticos e depressores do sistema carga viral é elevada e os níveis de linfócitos
nervoso central (SNC) decrescem.
Os principais sintomas → letargia, sonolência, 2. Fase de latência clínica → controle parcial da
bradicardia, hipotensão, náuseas, vômitos e miose. infecção com queda da carga viral (CV) e aumento dos
Em casos mais graves, ocorre coma, depressão LTCD4+. Com o passar dos anos, os linfócitos voltam a
respiratória, arritmias cardíacas e choque. cair.
A naloxona é o antídoto 3. Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).
Nesta fase, a carga viral volta a subir e os LT CD4+ caem
SÍNDROME HIPNOSSEDATIVA bastante. O que define se TCD4 < 200 células/mm3 ou
Sintomas de depressão das funções neurológicas, a presença de alguma doença definidora de aids, como
benzodiazepínicos, os barbitúricos e as drogas “Z” a pneumonia por Pneumocystis jiroveci, candidíase
(zolpidem). esofágica ou de traqueia, brônquios ou pulmões,
principais sintomas → sonolência, depressão tuberculose pulmonar e extrapulmonar, sarcoma de
respiratória, hipotensão, “fala arrastada”, nistagmo e Kaposi, neurotoxoplasmose, linfoma não Hodgkin de
ataxia cerebelar. Em casos graves podem ocorrer células B ou primário do sistema nervoso central e
hiporreflexia, hipotermia, parada respiratória e coma. carcinoma cervical invasivo.
TRATAMENTO → Medidas de suporte à vida e uso do
antídoto FLUMAZENIL (para benzodiazepínicos e DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
drogas “Z”). Quatro principais tipos de testes realizados:
Barbitúricos → NÃO TEM ANTIDOTO  Teste rápido
 Imunoensaio (ELISA)
HIV  Western blot
TÓPICOS MAIS COBRADO  Teste molecular (detecção quantitativa da
carga viral)
 COINFECÇÃO DE HIV/TB (40%)
Para a confirmação da infecção do HIV, precisamos de
 PREVENÇÃO/PROFILAXIA (34%) DOIS TESTES consecutivos com resultado reagente.
 TRATAMENTO (13%) 1. Dois testes rápidos com amostra de sangue (de
 DOENÇAS OPORTUNISTAS (13%) fabricantes diferentes).
2. Um teste rápido usando fluido oral e outro teste
TRANSMISSÃO → MATERIAL DE RISCO + rápido usando sangue.
EXPOSIÇÃO DE RISCO 3. Um imunoensaio de 3ª ou 4a geração e um teste
molecular (carga viral).
4. Um imunoensaio de 3ª ou 4a geração e um
Material de risco → Sangue, Sêmen e secreções western blot ou imunoblot rápido
vaginais, Líquidos de serosas, líquido articular e líquor
Líquido amniótico e leite materno.

Tipo de exposição de risco:


Percutânea Mucosa Pele não
íntegra

Fatores de risco associados a uma


maior transmissão do HIV:
• Carga viral elevada;
• Comportamento sexual;
• Presença de outras IST.

HISTÓRIA NATURAL TESTE MOLECULAR (CARGA VIRAL) É O MAIS USADO


NA INFECÇÃO AGUDA – JANELA IMUNOLÓGICA DE 10-
1. Infecção aguda ou fase sintomática inicial ou 15 DIAS.
síndrome retroviral aguda (SRA). É uma doença mono-
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TRATAMENTO → 2 comprimidos (1 cp único de TDF + INCORPORAÇÃO DE NOVO TESTE PARA TB PARA
3TC e outro comprimido com DTG) PVHIV (ATULIZAÇÃO 2023) → LF-LAM

TENOFOVIR (TDF) + LAMIVUDINA (3TC) +


TESTES SÃO: TRM-TB, BACILOSCOPIA, CULTURA
DOLUTEGRAVIR (DTG)
PARA MICOBÁCTERIA, LF-LAM(NOVIDADE)
TRATAMENTO GESTANTE → TDF + 3TC + DTG
LF-LAM → TESTE RÁPIDO (FLUXO LATERAL)
ATULIZAÇÃO 2023 PARA DETECTAR O ANTÍGENO
SE CONTRAINDICAÇÃO/INTOLERÂNCIA AO DTG: LIPOARABINOMANAO (LF-FLAM) EM URINA.
INICIAR DRV/r (darunavir 80mg/d + ritonavir IMPORTANTE SEMPRE COMPLEMENTAR COM
100mg/d) ou EFAVIRENZ. TRM-TB OU BACIOLOSCOPIA.

ESPERADO É INDETECÇÃO DA CARGA VIRAL DENTRO


INDICAÇÕES DE LF-FLAM:
DE 6 MESES, SE AINDA POSITIVO? INVESTIGAR:
- ADESÃO DO TRATAMENTO  ASSINTOMÁTICOS → CD4 < 200 SE
- GENOTIPAGEM (MUTAÇÕES DO HIV) HOSPITALIZADO OU CD4 < 100 EM
ATENDIMENTO AMBULATORIAL
TRATAMENTO DE COINFECTADOS COM HIV/TB  SINTOMÁTICOS
(ATUALIZAÇÃO 2023)  GRAVEMENTE DOENTES → FR > 30, FC > 120,
INCAPACIDADE DE DEAMBULAR, FEBRE
DIAGNOSTICOU TB? → FAZ TESTE HIV >39ºC, EDPIDEMIOLOGIA LOCAL E
DIAGNOSTICOU HIV? PPD ANUAL e QUESTIONAR JULGAMENTO CLÍNICO, INDEPENDENTE DA
SINTOMAS. CONTAGEM DE CD4.

 Pacientes virgens de antirretrovirais, o INCORPORAÇÃO DE RASTREIO PARA


momento de iniciar a TARV NÃO DEPENDE CRIPTOCOCOSE (ATUALIZAÇÃO 2023)
MAIS DA CONTAGEM DE CD4+ do paciente:  LF-CrAg (antígeno criptococico) pode ser
(ATULIZAÇÃO 2023) feito sangue, soro ou liquor.
 INDICAÇÃO: CD4 < 200 PACIENTE SEM
INICIAR TARV EM ATÉ 7 DIAS DO INICIO DO HISTÓRICO PRÉVIO DE MENINGITE
RIPE (INDEPENDENTE DO VALOR DE CD4) CRIPTOCÓCICA.
NEURO TB AGUARDAR 4-6 SEMANAS  SE TESTE POSITIVO → SOLICITAR
HEMOGRAMA E PUNÇÃO LOMBAR.
 TARV EM COINFECTADOS HIV/TB EM  SE NEUROCRITO → INICIAR TARV ENTRE
VIRGENS DE TRATAMENTO (ATUALIZAÇÃO 4-6 SEMANAS APÓS INICIO DO
2023) TRATAMENTO FÚNGICO.
TENOFOVIR + LAMIVUDINA + DOLUTEGLAVIR
( 50 mg 12/12h – dose dobrada do SIMPLIFICAÇÃO DO TRATAMENTO
dolutegravir, pois a rifampicina acelero seu (ATUALIZAÇÃO 2023)
metabolismo) – MESMA TARV PARA Facilidade posológica, redução de efeitos
POPULAÇÃO GERAL, DIFERENÇA COM A DOSE adversos e interações medicamentosas.
DOBRADA DO DOLUTEGRAVIR. Não é recomendada para inicio de tratamento
Opções:
RASTREIO DE ILTB EM HIV (ATUALIZAÇÃO 2023) - LAMIVUDINA + DOLUTEGRAVIR ou
Rastreio ILTB → CD4 ≥ 350 → SOLICITAR PPD ou - LAMIVUDINA + DRV/r (darunavir+ritonavir)
IGRA(NOVIDADE)
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CRITÉRIOS DE SIMPLIFICAÇÃO DIAGNÓSTICO → PRESUNTIVO: CLINICA + IMAGEM
 Ausência de falha virológica prévia
 Adesão regular a TARV TRATAMENTO
• Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico OU
 Carga viral indetectável nos últimos 12
• Sulfametoxazol + Trimetoprim OU
meses, sendo a última CV realizada há
• Clindamicina + Pirimetamina (alérgicos a SULFA)
pelo menos 6 meses. TODAS OPÇÕES POR 10-14 DIAS → REALIZA NOVA TC
 Exclusão de coinfecção do HBV ou TB DE CRÂNIO → MELHOROU? SIM, É NEUROTOXO →
 > 18 anos MANTER TRATAMENTO POR 42 DIAS OU 6 SEMANAS
 Não estar gestante
 TFG > 30 ml/min NEUROCRIPTOCOCOSE
 Não estar em uso de medicamentos que QUADRO CLÍNICO
• Meningite e hipertensão intracraniana: cefaleia,
requeiram a dose dobrada de dolutegravir
náuseas e vômitos, rigidez de nuca, edema de papila,
ou que reduzam seu nível sérico.
paralisia do VI par craniano e confusão mental.
• Linfócitos T CD4+ < 100
INFECÇÕES OPORTUNISTAS LIQUOR
• Tinta da china positiva ou aglutinação com látex ou
PNEUMOCISTOSE → HIV + DISPNEIA + HIPOXIA + LFA.
CANDIDIASE ORAL • Líquor: pode ser normal. Celularidade elevada, mas
não muito, proteínas um pouco elevadas e glicose
baixa ou normal.
• Acomete pacientes com tinfócitos T CD4+ abaixo de
200 células/microL.
TRATAMENTO
• Etiologia: Pneumocystis jiroveci.
• Clínica: tosse seca, febre, dispneia e hipoxemia
 INDUÇÃO → Anfotericina + 5-flucitosina ou
Associação com candidíase oral
fluconazol → 2 semanas
• DIAGNÓSTICO → PRESUNTIVO = CLINICA +
LABORATÓRIO  CONSOLIDAÇÃO → Fluconazol → 8 semanas
• Diagnóstico definitivo (pouco usado na prática):  MANUTENÇÃO → Fluconazol → 12 meses (duas
Pesquisa direta no escarro ou lavado broncoalveolar ou contagens de LTCD4+ acima de 200 com intervalo
Imunofluorescência e PCR no LBA. de 6 meses)
TRATAMENTO
1. sulfametoxazol-trimetoprim ou clindamicina e Manejo da HIC
primaquina (nos casos de alergia à sulfa) por 21  Punção lombar diária até estabilização.
dias (dose terapêutica) + dose profilática por 3  Dois valores normais consecutivos: punção
vezes na semana mantida por 3 meses após uma semanal.
contagem de linfócitos acima de 200 células/mm.  Se PIC elevada por 7 a 10 dias consecutivos,
indicar derivação.
2. Indicações de uso de corticoide por 21 dias: PaO2 <
70mmHg em ar ambiente ou gradiente alvéolocapilar > CANDIDÍASE ORAL E ESOFÁGICA E A ESOFAGITE POR
35mmHg. CMV SÃO OS TÓPICOS MAIS COBRADOS DESSE
ASSUNTO.
NEUROTOXOPLASMOSE
QUADRO CLÍNICO
• Febre, convulsão, alteração do estado mental e
déficit neurológico focal (hemiparesia, hemiplegia,
disfagia).
• Linfócitos T CD4+ < 100
TOMOGRAFIA
• Lesões cerebrais hipodensas, com realce anelar ou
nodular após uso do contraste e edema perilesional.
• Mais comum nos gânglios da base
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ÚLCERAS ESOFÁGICAS

CMV NÃO ESQUECER DE FAZER ANTES DE INICIAR A


Mais frequentes. PROFILAXIA:
Confluentes e • Garantir que o paciente não tenha infecção
lineares. ativa pelo HIV;
Tratamento: • Testar e tratar as outras IST’s;
ganciclovir • Manter uso do preservativo.
Pode estar
associado: retinite, EXCEÇÃO DE CASAIS SORODISCORDANTES:
pancitopenia e - Uso regular da terapia antirretroviral (TARV) e
colite. boa adesão;
- Carga viral indetectável há pelo menos seis
meses;
- Ausência de outras IST;
- Sem realização de práticas sexuais com outras
HSV-1 parcerias.
Rompimento de
vesículas Não precisa de PrEP → Indetectável =
Úlceras pequenas Intransmissível
Vulcão
Tratamento: PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP) → você
aciclovir precisa de 5 respostas afirmativas a essas
perguntas:
1. O tipo de exposição foi percutânea, através
de membranas mucosas e cutâneas com pele
não íntegra?
CANDIDIASE 2. O material biológico envolvido foi sangue, sêmen,
 Oral: placas esbranquiçadas na cavidade oral que secreções vaginais, líquidos de serosas, líquido
conseguem ser removidas com uma espátula. amniótico, líquor, líquido articular e leite materno?
 Esofágica: disfagia. 3. Paciente fonte tem sorologia positiva ou
 Causa mais frequente de disfagia em pacientes desconhecida para o HIV?
com HIV 4. Paciente exposto tem sorologia não reagente para
 Leucoplasia pilosa oral (EBV): Placas que não HIV?
conseguem ser removidas 5. O acidente foi a menos de 72h?
TRATAMENTO
Fluconazol → Oral: 7 a 14 dias e Esofágica: 14 a 21 PEP POR 28 DIAS → TENOFOVIR + LAMIVUDINA +
dias. DOLUTEGRAVIR
Nistatina → Candidíase oral leve.

PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP)


Uso profilático de TENOFOVIR COM ENTRICITABINA
INDICAÇÕES DA PrEP
Homens que fazem sexo com homens (HSH),
pessoas trans e profissionais do sexo, se tiverem
qualquer uma das indicações abaixo:
Relação sexual desprotegida.
Episódios recorrentes de IST’s.
Uso frequente da PEP.
Parcerias sorodiscordantes, se:
Relação sexual desprotegida.
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PROFILAXIA DA TRANSMISSÃO VERTICAL

MANEJO RN SOLUÇÃO ORAL POR 28 DIAS


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