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HIV

INTRODUÇÃO Ocorre uma guerra imunológica, que vai dar a origem a


SÍNDROME MONONUCLEOSE-LIKE (70%).
O HIV é um retrovírus, ou sejam possui um RNA de fita simples,
que para infectar o ser humano necessita ter seu material − Linfadenodopatia;
genético transcrito de forma “reversa” em DNA, o único capaz − Febre;
de integrar ao genoma e ditar a síntese das proteínas virais − Mialgia;
utilizando a maquinaria enzimática do hospedeiro. − Cefaleia;
− Faringite;
AIDS: infecções e neoplasias oportunistas. − Dor ocular;
− Rash cutâneo.
CICLO REPRODUTIVO
Soro-conversão (média de 30 dias).
Ligação da GP120 às moléculas de CD4.
Com 10 dias a CV é positiva.
Correceptores de GP120 → CCR5 e CXCR4
O exame de escolha para diagnóstico é a CV.
Ocorre exposição da GP41, fusão envelope externo do vírus à
membrana. O set-point é a CV limite/basal que o paciente mantém.

Transmissão se dá principalmente sexual, anal (mucosa frágil), Controladores de elite mantém CV baixíssima senão
contanto c/ sangue, hemoderivados, tecidos e vertical indetectável sem tratamento, não sente nenhum sintoma.
(intraútero, intraparto e aleitamento).

PATOGÊNESE

Alvo viral = Linfócito T CD4 (ocorre uma queda progressiva


desses linfócitos, gera imunodeficiência e abre brecha para
infecções oportunistas e para neoplasias).

TRANSCRIPTASE REVERSA = responsável por transformar o


RNA do vírus em DNA para que este possa ser usado no genoma
humano.

Efeito citopático direto.

Destruição imune indireta. Na fase de latência = linfadenopatia generalizada persistente.

INTEGRASE = responsável por integrar esse novo DNA viral − ≥ 2 cadeias extrainguinais
formado no genoma humano. − > 3 meses.

PROTEASE = responsável por montar as proteínas formadas a Contagem de CD4 diminui 50 por ano.
partir desses pedaços de DNA viral formado.
Os sintomas começam a surgir quando o CD4 fica < 200, começa
o surgimento de infecções oportunistas e neoplasias.
↑ Carga Viral ↓ CD4
AIDS
Ativação imune crônica (exagerada). Infecção +:

Exaustão celular. − CD4 < 200, ou;


− Doença definidora:
Envelhecimento precoce: aterosclerose/neoplasias.
1. FUNGOS
Candidíase extra-oral (esôfago/via aérea);
HISTÓRIA NATURAL
PCP (pneumocistose pulmonar);
INFECÇÃO PRIMÁRIA Histoplasmose disseminada;
2. TB EXTRAPULMONAR
A CV nesse período é absurda. 3. VÍRUS
CMV (exceto fígado, baço e linfonodo)
E o CD4 é mínima, podendo chegar a 100.
JC (LEMP) INIBIDORES DA INTEGRASE
4. NEOPLASIA
CA cervical invasivo − Dolutegravir (DTG)
Sarcoma de Kaposi (HHV8) − Raltegravir (RAL)
Linfoma não-Hodgkin
5. PARASITOSE INIBIDORES DE PROTEASE
Neurotoxoplasmose;
− Atazanavir com Rinotavir (ATV/r)
Chagas Aguda.
− Lopinavir com Ritonavir (LPV/r)

DIAGNÓSTICO ESQUEMA – INÍCIO DE TARV

≤ 18 MESES Polução geral (INCLUI tuberculose e gestantes): 3TC + TDF + DTG

NÃO PEDE SOROLOGIA − Em casos de TTO com rifampicina deve-se dobrar a


dose de DTG.
É solicitado a CV = PCR RNA HIV

Confirmação = 2 cargas virais EFEITOS COLATERAIS

TDF: nefrotóxico, perda de massa óssea.


> 18 MESES
DTG: cefaleia, pois tem boa penetração no SNC.
Teste Rápido (TR) ou Imunoensaio (IE).
EFV: neuropsiquiátrico (sonolência, sonhos anormais ou
Campanhas de testagem: TR1 + TR2
vívidos), rash, erupção cutânea e disforia.
Tradicional = IE1 + IE2 + CV
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP)
CASOS ESPECÍFICOS
Para começar TARV, precisa que o acidente tenha acontecido
IE ou TR (-): amostra não reagente. até 72h, ideal até 2h.

IE ou TR (-), mas suspeito: repetir em 30 dias. Material infectante: sangue, fluido genital, líquidos (serosa,
líquor).
Teste discordantes: Western Blot ou Imunoblot.
Acidentes de risco: percutâneos, mucosos, em pele não íntegra.
− Não são tão específicos, eles dizem se há anticorpos
específicos a algum tipo específico. FONTE E EXPOSTO

TRATAMENTO Exposto (TR +) ou fonte (TR -): não fazer profilaxia.

TARV não é emergência médica. Exposto (TR -) e fonte (TR +) ou desconhecida: profilaxia por 28
dias.
− Exceto: acidente ocupacional/violência sexual.
ESQUEMAS
O tratamento é para o resto da vida.
Os mesmos para tratamento.
Mínimo 3 drogas.
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO (PREP)
Indicado para toda PVHIV.
INDICAÇÕES
O objetivo do tratamento é CV indetectável.
− HSH;
Lembrar que o vírus possui reservatórios (SNC) onde continua se
− Transexuais;
replicando.
− Profissionais do
sexo;
INIBIDORES DA TRANSCRIPTASE REVERSA
− Casais
− Tenofovir (TDF) sorodiscordantes.
− Lamivudina (3TC)
− Efavirenz (EFV) ESQUEMA = TDF + FTC
(entricitabina), diário.
− Zidovudina (AZT)
INFECÇÕES OPORTUNISTAS Específicos:

PNEUMOCISTOSE PULMONAR (PCP) − Tinta Nanquim (+);


− Cultura;
Causado pelo Pneumocystis jirovecii. − Antígeno criptocócico.

Provoca uma inflamação alvéolo-capilar que reduz a troca TTO: Anfotericina B + Flucitosina
gasosa, logo, ocorre dessaturação.
Punção lombar de alívio, somente se P > 25 cmH2O.
CD4 < 200 / candidíase.
ENCEFALITE – LESÃO FOCAL
Clínica: tosse seca e dispneia arrastadas (aos esforços); ausculta
normal.
1º NEUROTOXOPLASMOSE
Laboratório: gasometria (hipoxemia/alcalose resp.), LDH > 500.
Agente: Toxoplasma gondii
RX tórax: infiltrado intersticial bilateral.
Clínica: subaguda – febre, sinal focal (hemiparesia), convulsão e
SEM ADENOPATIA HILAR OU DERRAME PLEURAL. cefaleia.

Diagnóstico: isolamento (escarro: coloração por prata/PCR). DX: clínica + imagem.

TTO: Bactrim (SMX + TMP) por 21 dias (graves: IV / leves: VO). − Múltiplas lesões hipodensas
(gânglios basais);
PaO2 < 70: CTC − Edema perilesional;
− Realce anelar pelo contraste.
Profilaxia 1ÁRIA (SMX/TMP): CD4 < 200 ou cândida oral ou febre >
2 semanas. TTO: sulfadiazina + primetamina + ácido folínico.

TUBERCULOSE Profilaxia 1ÁRIA: Bactrim (SMX/TMP): CD4 < 100 + IgG (+) para
toxoplasmose.
Mycobacterium tuberculosis.

É desenvolvida em qualquer contagem de CD 4. 2º LINFOMA PRIMÁRIO DO SNC


Caso a não ocorra melhora em 14 dias da suspeita de
RX tórax:
neurotoxoplasmose.
− CD4 > 350: cavitação apical
Agente: Vírus Epstein-Barr.
− CD4 < 350: padrão miliar.
Clínica: semelhante à neurotoxoplasmose, sem melhora após 14
TTO: RHZE
dias de tratamento.
− Iniciar TARV 2 semanas após (SNC: 8 semanas após).
DX:
− Dobrar dose do DTG até 15 dias após RHZE
(rifampicina). − CD4 < 50
− PCR (+) para EBV no líquor
MENINGITE – NEUROCRIPTOCOCOSE − RM com lesão única (lesão anelar)
Cryptococcus neoformans. − Biópsia

Clínica: subaguda – febre, cefaleia grave, raros sinais meníngeos TTO: radioterapia paliativo.
e paralisia de sexto par.
3º LEMP
Aumento absurdo da PIC.
Leucoencefalopatia multifocal progressiva.
DX: líquor:
Agente: Vírus JC.
− ↑ Pressão liquórica;
Clínica: múltiplos AVCs durante os meses.
− ↑ Celularidade (MONOnuclear);
− ↑ Proteína; DX: hiper densidade na substância branca em T2.
− ↓ Glicose;
TTO: TARV (DTG consegue acessar SNC).

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