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1. Introdução e conceito................................................ 3
2. Fisiopatologia............................................................... 3
3. Etiologia.......................................................................... 5
4. Quadro clínico............................................................... 7
5. Disfunções do nó sinoatrial..................................... 7
6. Distúrbios de condução atrioventricular..........10
7. Tratamento..................................................................17
8. Indicações de marca-passo cardíaco................20
Referências bibliográficas..........................................23
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Doenças sistêmicas
– hipotireoidismo,
Doenças
hipotermia, hipertensão
isquêmicas do
intracraniana
coração
SAIBA MAIS
Na aula Bradiarritmias #aprenda, o professor Thiago Aragão cita o Lupus Eritematoso Con-
gênito como etiologia de bloqueio atrioventricular de terceiro grau congênito. Se você gosta
de pediatria, cardiologia, ou ficou curioso para saber mais sore isso, nós separamos esse
artigo para aprofundar o tema: Friedman, D., Rupel, A., Glickstein, J. and Buyon, J. (2002).
Congenital heart block in neonatal lupus: The pediatric cardiologist’s perspective. The Indian
Journal of Pediatrics, 69(6), pp.517-522.
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5. DISFUNÇÕES DO NÓ
QUADRO
Síncope CLÍNICO SINOATRIAL
Intolerância
ao esforço
As disfunções do nó sinoatrial podem
resultar de um problema na geração ou
Turvação
na saída do estímulo elétrico do NSA.
visual Podem aparecer em indivíduos apa-
rentemente normais, nas situações de
vagotonia (vômitos, emoções, estimu-
lação do seio carotídeo e micção), no
A boa notícia é que, apesar de sin- uso de fármacos parassimpaticomimé-
tomas muito inespecíficos, frequen- ticos, betabloqueadores, bloqueado-
temente a suspeita de um quadro res dos canais de cálcio, amiodarona,
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Figura 2: Bloqueio sinoatrial de 2º grau tipo I, com encurtamento progressivo do intervalo P-P anterior ao impulso
bloqueado. O intervalo P-P mais longo é menor do que a soma de dois intervalos anteriores.
Figura 3: Pausa sinusal não patológica, com intervalos P-P anteriores constantes de 1.24 seg, com pausa
de 2.12 seg, menor que o dobro dos anteriores.
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Figura 4: Bradicardia sinusal que alterna com fibrilação atrial rápida, terminando com uma longa pausa.
• Mobitz tipo II: pode progre- sem variação do intervalo P-R (fi-
dir abruptamente para BAV total gura 7). O intervalo P-R. Geral-
(BAVT). Alguns estímulos atriais mente, é infra-hissiano, mas pode
são conduzidos e outros não são, ser intra-hissiano. R não varia.
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• Tipo 2.1: se observa uma onda P se é tipo I ou tipo II, porque não se
conduzida que alterna com uma pode determinar se o PR varia ou
onda P bloqueada. Como não é constante, devendo-se realizar
existem dois intervalos PR conse- um exame complementar como o
cutivos, é impossível determinar Holter.
DISTÚRBIO
DISFUNÇÃO
TIPOS DE
DO NÓ SA
CONDUÇÃO
AV
Síndrome
Pausa sinusal Bradi-Taqui
BAV de BAV de BAV de
1º grau 2º grau 3º grau
Prolongamento
do intervalo entre Bloqueio
ondas P Sinoatrial
Intervalo PP BAVT
aumentado
Pausa com duração (> 0,20 s)
= ao dobro do Ondas P
RR normal e não dissociadas do
precedido de onda P. QRS
Mobitz I Mobitz II
2º grau 2º grau
1º grau Tipo I Tipo II 3º grau
Aumento Algumas ondas
progressivo do P são conduzidas
Ausência de PP até bloqueio e outras são
Não detectado Encurtamento Intervalo entre ondas P onda P de onda P bloqueadas
por ECG progressivo do PP aproximadamente 2x
até PP mais longo maior em relação ao PP
anterior
2:1 Avançado
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Colocação de eletrodos
intracardíacos para Permite identificar de
registro e estimulação arritmias induzidas
miocárdica, objetivando pelo esforço e avaliar
avaliar a função do o prognóstico de uma
NSA e a condução arritmia
atrioventricular
Estudo Teste
eletrofisiológico ergométrico
DIAGNÓSTICO
Ecodoppler Holter
Abordagem inicial:
-Monitorização
Auxílio à respiração conforme a necessidade de proteção de via aérea
Oxigenoterapia se hipoxemia
Obennha um acesso venoso
Solicite um ECG com 12 derivações
Hipotensão
Alteração agudo do
nível de consciência
Sinais de choque
Há Desconforto torácico
instabilidade Insuficiência cardíaca aguda
Se atropina ineficaz:
Bradiarritmia maligna? Estimulação com MPTC
Ou
Dopamina 2-10 mcg/kg/min EV
NÃO Ou
Adrenalina 2-10mcg/min EV
Monitorização e SIM
investigação
Hipoxemia
BAC de 2º grau Mobitz II Considere
Distúrbios eletrolíticos
BAV 2:1 Avaliação do
Reflexo vagal
BAV avançado cardiologista
Hipotireoidismo
BAVT Estimulação com MP
IAM
Ritmo de escape ventricular transvenoso
Medicamentos
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Degeneração idiopática
do sistema de condução
Quadro clínico Definição Diagnóstico
Síndrome Bradi-Taqui
BAV de BAV de BAV de
Pausa sinusal 1º grau 2º grau 3º grau
Bloqueio Sinoatrial
Prolongamento
do intervalo entre Pausa com duração = ao BAVT
ondas P Intervalo PP
dobro do RR normal e não aumentado
precedido de onda P. (> 0,20 s)
Ondas P
dissociadas do
QRS
2º grau 2º grau
1º grau Tipo II 3º grau
Tipo I Mobitz I Mobitz II
Intervalo Ausência de
Não Encurtamento
entre ondas P onda P
detectado progressivo do
por ECG PP até PP mais aproximadamente Aumento Algumas ondas
longo 2x maior em progressivo do P são conduzidas
relação ao PP PP até bloqueio e outras são
anterior de onda P bloqueadas
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Adalberto L, Adalberto LF, André D, Anis RJ, Anísio PAAV et al. Diretrizes para Avalia-
ção e Tratamento de Pacientes com Arritmias Cardíacas. Arq Bras Cardiol, 2002; 79 (Su-
ppl 5): 1-50.. Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S
0066-782X2002001900001&lng=em>.
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dia. Circulation., 2005; 112: IV67-IV77.
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Interna. 15. ed. McGraw-Hill Interamericana; 2002.
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Friedmann AA, Grindler J, Oliveira CAR. Pausas no ritmo cardíaco. In: Friedmann AA, Grin-
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