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O DIABETES MELLITUS É

UMA SÍNDROME COMPLEXA?


DIABETES
MELLITUS -
FISIOPATOLOGIA,
CLASSIFICAÇÃO
E DIAGNÓSTICO
VINHETA DE ABERTURA
VINHETA DE ABERTURA
EPIDEMIOLOGIA
DIABETES MELLITUS

Internação É a 6ª maior causa de internação hospitalar


hospitalar 30 a 50% de outras causas primárias de
internação
DIABETES MELLITUS

Internação É a 6ª maior causa de internação hospitalar


hospitalar 30 a 50% de outras causas primárias de
internação
Síndrome 30% são portadores de DM
coronariana 1 a cada 5 diabéticos apresenta isquemia
aguda silenciosa
DIABETES MELLITUS

Internação É a 6ª maior causa de internação hospitalar


hospitalar 30 a 50% de outras causas primárias de
internação
Síndrome 30% são portadores de DM
coronariana 1 a cada 5 diabéticos apresenta isquemia
aguda silenciosa.
Amputações de Principal causa de amputações não traumáticas
membros de membros inferiores
inferiores
DIABETES MELLITUS

Internação É a 6ª maior causa de internação hospitalar


hospitalar 30 a 50% de outras causas primárias de
internação
Síndrome 30% são portadores de DM
coronariana 1 a cada 5 diabéticos apresenta isquemia
aguda silenciosa.
Amputações de Principal causa de amputações não traumáticas
membros de membros inferiores
inferiores
Cegueira Principal causa de cegueira adquirida em adultos
DIABETES MELLITUS

Internação É a 6ª maior causa de internação hospitalar


hospitalar 30 a 50% de outras causas primárias de
internação
Síndrome 30% são portadores de DM
coronariana 1 a cada 5 diabéticos apresenta isquemia
aguda silenciosa.
Amputações de Principal causa de amputações não traumáticas
membros de membros inferiores
inferiores
Cegueira Principal causa de cegueira adquirida em adultos

Doença renal em Nos países desenvolvidos, é a principal causa de


estágio terminal doença renal em estágio terminal
No Brasil: principal doença renal que leva à diálise
DIABETES MELLITUS

Internação É a 6ª maior causa de internação hospitalar


hospitalar 30 a 50% de outras causas primárias de
internação
Síndrome 30% são portadores de DM
coronariana 1 a cada 5 diabéticos apresenta isquemia
aguda silenciosa.
Amputações de Principal causa de amputações não traumáticas
membros de membros inferiores
inferiores
Cegueira Principal causa de cegueira adquirida em adultos

Doença renal em Nos países desenvolvidos, é a principal causa de


estágio terminal doença renal em estágio terminal
No Brasil: principal doença renal que leva à diálise
Mortalidade É a 4ª maior causa de mortalidade no Brasil
DIABETES MELLITUS

CLASSIFICAÇÃO
DM1:
੦ Tipo 1A: autoimune
੦ Tipo 1B: idiopático

DM2

DM gestacional (DG)

Outros tipos específicos de DM


FISIOPATOLOGIA
FISIOPATOLOGIA

Glicose
Glicose entra
Insulina na célula
Receptor Canal de
de insulina glicose

Fechado

Aberto
Células
DIABETES MELLITUS TIPO I

Células β: Insulina
Células α: Glucagon
Células Δ: Somatostatina
Células PP: Polipeptídeo pancreático
Células γ: Grelina
DIABETES MELLITUS

TIPO I

Insulina Glicose
diminuída

Glut-4
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Quadro Clínico
੦ geralmente magros
੦ tendência à cetoacidose
੦ hiperglicemia de início abrupto
੦ exuberante - evolução

Diabetes autoimune latente do adulto (LADA)

HD: Altos títulos de autoanticorpos contra


antígenos das célulasβ
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Diagnóstico
੦ início abrupto
੦ hiperglicemia severa
੦ insulinopenia severa
੦ peptídeo C < 0,7 ng/mL em jejum
DESCOMPLICANDO

PEPTÍDEO C
Dosagem de insulina: insulina endógena versus exógena
Estimar a massa residual de células beta
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS

TIPO I
Etiologia
DM1A (AUTOIMUNE) DM1B (IDIOPÁTICO)
90% dos casos de DM1 10% dos casos de DM1
Mais comum em Mais comum em asiáticos e
caucasianos afrodescendentes
Destruição imunomediada
Destruição idiopática das células beta
das células beta
Presença de
Ausência de autoanticorpos
autoanticorpos
Forte correlação com o
Genética desconhecida
HLA
DIABETES MELLITUS TIPO I

Células β: Insulina
Células α: Glucagon
Células Δ: Somatostatina
Células PP: Polipeptídeo pancreático
Células γ: Grelina
MEMORIZE

4 P’s
੦ Poliúria
੦ Polidipsia
੦ Polifagia
੦ Perda de peso
DIABETES MELLITUS TIPO II

Saudável Diabetes tipo II


DIABETES MELLITUS TIPO II

QUADRO CLÍNICO
DIABETES MELLITUS TIPO II

QUADRO CLÍNICO
Início insidioso
Início assintomático
DIABETES MELLITUS TIPO II

FISIOPATOLOGIA
Resistência à insulina
Deficiência de secreção de insulina

Alteração laboratorial
੦ hiperinsulinemia compensatória
DIABETES MELLITUS TIPO II

FISIOPATOLOGIA
DIABETES MELLITUS TIPO II

FATORES DE RISCO
Genético

Ambientais
੦ envelhecimento
੦ ingestão calórica
੦ dietas ricas em gordura
੦ obesidade
੦ sedentarismo
੦ baixo peso ao nascer
DIABETES MELLITUS

TIPO I X TIPO II
TIPO 1 TIPO 2
Predomínio em <20 anos Predomínio em >40 anos
DIABETES MELLITUS

TIPO I X TIPO II
TIPO 1 TIPO 2
Predomínio em <20 anos Predomínio em >40 anos
Deficiência absoluta de insulina Resistência à ação da insulina
(na maioria dos casos, por associada aos graus variados de
destruição autoimune) deficiência de secreção
DIABETES MELLITUS

TIPO I X TIPO II
TIPO 1 TIPO 2
Predomínio em <20 anos Predomínio em >40 anos
Deficiência absoluta de insulina Resistência à ação da insulina
(na maioria dos casos, por associada aos graus variados de
destruição autoimune) deficiência de secreção
Indivíduos geralmente com
Indivíduos magros sobrepeso ou obesos,
sedentários, hipertensos
DIABETES MELLITUS

TIPO I X TIPO II
TIPO 1 TIPO 2
Predomínio em <20 anos Predomínio em >40 anos
Deficiência absoluta de insulina Resistência à ação da insulina
(na maioria dos casos, por associada aos graus variados de
destruição autoimune) deficiência de secreção
Indivíduos geralmente com
Indivíduos magros sobrepeso ou obesos,
sedentários, hipertensos
Início subagudo, com sintomas
de hiperglicemia acentuada Início insidioso, muitas vezes
(poliúria, polidipsia, polifagia, assintomático
perda de peso)
DIABETES MELLITUS

TIPO I X TIPO II
TIPO 1 TIPO 2
Predomínio em <20 anos Predomínio em >40 anos
Deficiência absoluta de insulina Resistência à ação da insulina
(na maioria dos casos, por associada aos graus variados de
destruição autoimune) deficiência de secreção
Indivíduos geralmente com
Indivíduos magros sobrepeso ou obesos,
sedentários, hipertensos
Início subagudo, com sintomas
de hiperglicemia acentuada Início insidioso, muitas vezes
(poliúria, polidipsia, polifagia, assintomático
perda de peso)
Descompensação típica: estado
Tendência a cetoacidose
hiperosmolar
DIABETES MELLITUS

TIPO I X TIPO II
TIPO 1 TIPO 2
Predomínio em <20 anos Predomínio em >40 anos
Deficiência absoluta de insulina Resistência à ação da insulina
(na maioria dos casos, por associada aos graus variados de
destruição autoimune) deficiência de secreção
Indivíduos geralmente com
Indivíduos magros sobrepeso ou obesos,
sedentários, hipertensos
Início subagudo, com sintomas
de hiperglicemia acentuada Início insidioso, muitas vezes
(poliúria, polidipsia, polifagia, assintomático
perda de peso)
Descompensação típica: estado
Tendência a cetoacidose
hiperosmolar
Herança associada ao HLA Herança poligênica
VOCÊ SABIA

ATLETAS DIABÉTICOS
DIABETES MELLITUS: GESTACIONAL
DIABETES MELLITUS: GESTACIONAL

Diabetes gestacional (DMG)


é um distúrbio de tolerância
à glicose durante a gravidez

Efeito anti-insulina dos


hormônios da gravidez
(estrogênio, progesterona,
HCG e HPL) que conduzem a
resistência à insulina
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

Gestante de idade avançada


Excesso de peso
História familiar de diabetes mellitus
Baixa estatura
Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
DIABETES MELLITUS

OUTROS TIPOS
Defeitos genéticos da célula beta
੦ MODY
੦ diabetes mitocondrial
੦ diabetes neonatal por mutações
੦ defeitos na conversão de pró-insulina em insulina
੦ mutações no gene da insulina
DIABETES MELLITUS

SÍNDROMES ASSOCIADAS
Síndrome de Down
Síndrome de Turner
Síndrome de Klinefelter
Doença de Huntington
#CAI NA PROVA

DIABETES MELLITUS - DOENÇAS ENDÓCRINAS


Síndrome de Cushing
Feocromocitoma
Hipertireoidismo
Acromegalia
Hiperaldosteronismo
Glucagonoma
Somatostatinoma
DIABETES MELLITUS

INDUZIDA POR DROGAS


#CAI NA PROVA

DIABETES MELLITUS INDUZIDO POR DROGAS


Glicocorticoides
Ácido nicotínico
Beta-agonistas adrenérgicos
Tiazídicos
Pentamidina
Vácor (raticida)
Fenitoína
Olanzapina
Inibidores de protease
DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO DO DIABETES MELLITUS 2


Glicemia de Jejum alterada fecha o diagnóstico de DM?
DIAGNÓSTICO

QUANDO PENSAR EM DIABETES MELLITUS 2?


੦ indicações de screening populacional:
• pacientes > 45 anos de idade
• pacientes com sobrepeso e que apresentem ao
menos 1 fator de risco:
› antecedente familiar com DM
› sedentarismo
› DM gestacional
› HAS
› HDL< 35 mg/dL e/ou TGL >250 mg/dL
› HbA1C ≥5,7% ou intolerância
› SOP- doença cardiovascular conhecida
CLÍNICA SUGESTIVA

PRESENÇA DE CLÍNICA SUGESTIVA:


੦ poliúria
੦ polifagia
੦ polidipsia
੦ perda de peso significativa e involuntária
੦ letargia
੦ infecções de repetição
#CAI NA PROVA

DIAGNÓSTICO
Diagnóstico de Diabetes Mellitus: Quais exames
devo pedir para meu paciente?
੦ glicemia de jejum (mínimo 8horas)
੦ hemoglobina glicada
੦ teste de tolerância à glicose de 2 horas - TTOG
75g (2h)
DIAGNÓSTICO

GLICEMIA DE JEJUM (MÍNIMO 8 HORAS)


TESTE DE TOLERÂNCIA À GLICOSE DE 2HORAS -
TTOG 75G (2H)

Método mais sensível para diagnóstico de DM


Detecta tanto alterações de glicemia de jejum e
após sobrecarga de glicose
Deve ser realizado em quem?
੦ glicemia de jejum limítrofe: 100 a 125 mg/dL
੦ alto risco de DM

OBRIGATÓRIO
5 - 25% já tem DM
DIAGNÓSTICO

HEMOGLOBINA GLICADA
Predizer risco de desenvolvimento de complicações
crônicas de Diabetes Mellitus
DIAGNÓSTICO

੦ quais alterações para confirmar o diagnóstico de


Diabetes Mellitus?
• hemoglobina glicada ≥ 6,5%
• glicemia de jejum ≥126 mg/dL
• TOTG75 (2h) ≥200 mg/dL
• glicemia aleatória ≥200 mg/dL + com
sintomas
• a positividade de 2 parâmetros diagnósticos
confirma o diagnóstico de Diabetes Mellitus
• não precisa de exame confirmatório adicional
੦ sintomas clássicos do DM:
• poliúria, polidipsia, polifagia e perda
inexplicável de peso
DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO DO PRÉ-DIABETES E DIABETES


2 HORAS
CATEGORIAS JEJUM APÓS 75g A1c(%) CASUAL
DE GLICOSE
Glicemia normal <100 <140 <5,7 --
Pré-diabetes 100 a 125 140 a 199 5,7 a 6,4 --
≥200 com
DM ≥126 ≥200 ≥6,5 sintomas
clássicos
O DIABETES MELLITUS É
UMA SÍNDROME COMPLEXA?

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