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2023.2
PROFESSOR COORDENADOR RAFAEL HOSPODAR FELIPPE VALVERDE
CADERNO DE PEDRO FRANCO VILLELA instagram.com/pedro_franco_
03 de outubro
Anotações da Aula
Aula do professor Claudio Canetti. Na aula que vem a aula será de 8h às 10h.
No calor, vermelhidão na pele significa vasodilatação para perda de calor e controle dos
mecanismos homeostáticos. No frio, a pele fica mais branca por conta da vasoconstrição,
para evitar a perda de calor.
No que tange ao controle e à manutenção dos fluidos. A artéria aorta é o maior vaso do
corpo, com 2,5 cm de calibre. O menor vaso é em torno de 8 micrômetros. Quando
separamos o sangue, há o plasma ou soro, e temos a parte sólida, composta por tipos
celulares, série vermelha e série branca.
Mais de 80% das mortes estão relacionadas a câncer e ao sistema cardiovascular. O que é
um infarto agudo do miocárdio? É a falta de irrigação no tecido de parte do miocárdio, de
O coração pode ser separado em esquerdo e direito, bem como em lados inferior
(ventrículo) e superior (átrios). A espessura do lado esquerdo é maior, há muito mais
miócitos na parede do lado esquerdo, porque a força pressórica é muito maior, já que vai
para o corpo inteiro. A pequena circulação é do lado direito. Qual é a pressão normal? 12
por 8, sistólica e diastólica.
A fórmula da pressão arterial é igual ao débito cardíaco vezes a resistência periférica. Essa
resistência é o status do calibre do sistema vascular. A contração dos vasos aumenta a
pressão e a dilatação dos vasos diminui a pressão.
O endotélio vascular estará presente em todos os vasos. O que vai variar é o tecido
elástico, a musculatura lisa e o tecido fibroso. O capilar é o mais simples possível, só tem
endotélio e membrana basal.
06 de outubro
Anotações da Aula
O íon sódio é muito mais abundante do lado de fora do que do lado de dentro da célula,
além de ser carregado de forma positiva. A membrana não deixa o íon passar, mas, em
determinado momento, deixa ele passar por meio dos canais. Esses canais normalmente
ficam fechados. Quando o canal abre, o sódio tende a entrar, por conta do gradiente
eletroquímico; o vetor químico (concentração) e o vetor elétrico.
No caso do potássio, por carga, a tendência dele é entrar, mas, em concentração, ele é
maior concentrado no meio intra, por isso a tendência dele é de saída.
Temos que saber que o processo de interação física que vai ocorrer entre o filamento
grosso e o filamento fino vai ser mediado pelo cálcio. Há a abertura de um canal de cálcio
(tipo L) nos túbulos t e a tendência é que o cálcio entre na célula e isso estimula a
membrana do retículo sarcoplasmático, na qual há um canal (RIANODINA) que abre e
banha o citoplasma da célula de cálcio armazenado. Os mecanismos de controle das
Anotações da Aula
A aula de hoje é de ciclo cardíaco, que é composto por todos os eventos que acontecem no
coração durante um batimento cardíaco. Um ciclo leva em média 0,8 segundos.
No coração, o sangue percorre o caminho do átrio direito, passa pela válvula tricúspide,
depois vai para o ventrículo direito, passa pela válvula semilunar pulmonar, depois vai para
o pulmão. Em seguida o sangue volta do pulmão, vai para o átrio esquerdo, passa pela
válvula bicúspide (mitral), depois vai para o ventrículo esquerdo, passa pela válvula
semilunar aórtica, depois vai para a aorta.
O sangue entra no coração o tempo todo, mas não sai o tempo todo. Isso ocorre porque
não há válvulas na entrada dos átrios.
O conhecimento mais importante é: o que faz o sangue fluir em qualquer ponto da nossa
circulação e é responsável por abrir e fechar as válvulas do coração? É a diferença de
pressão entre dois compartimentos. O sangue sempre vai fluir de uma região de maior
pressão para uma de menor pressão.
Como é a constituição das válvulas? As paredes cardíacas são músculos, mas as quatro
válvulas não são músculos, portanto, elas não contraem; elas são tecido conjuntivo. As
válvulas são estruturas inertes, não tem movimento, o que significa que alguém tem que
movê-las, que é a diferença de pressão. As válvulas se abrem em direção ao fluxo
sanguíneo, ou seja, quando as válvulas atrioventriculares se abrem, elas invadem os
ventrículos. Quando o sangue tenta fazer o movimento de volta, ele fecha as válvulas. Nas
válvulas semilunares, as coisas acontecem do mesmo jeito, elas se abrem para as artérias.
Portanto, não há fluxo retrógrado.
Todos os fenômenos acontecem a cada 0,8 segundos; por isso é um ciclo. Didaticamente,
os livros escolhem para começar na despolarização do nódulo sinoatrial ou na
despolarização dos miócitos ventriculares (onda QRS).
O átrio direito tem que ser o ambiente de menor pressão do organismo, porque é para
onde vai o sangue da circulação sistêmica. No momento 0, a pressão dos átrios e dos
A aorta é elástica, por isso na sístole ventricular ela não rompe. A expansão da aorta neste
momento não é vasodilatação. A primeira bifurcação da aorta é das coronárias, que recebe
sangue assim que a válvula aórtica fecha. Durante a diástole ventricular, o sangue
armazenado na aorta é mandado para a grande circulação. A pressão no leito arterial é
pulśatil, nos capilares é constante.
Por que a válvula mitral não abre no sentido contrário? Por conta da musculatura papilar,
que estão presas nas fibras tendíneas, que, por sua vez, estão ligadas às válvulas
atrioventriculares. As semilunares não têm isso porque são mais rígidas.
13 de outubro
17 de outubro
20 de outubro
Anotações da Aula
Nós temos um sistema no nosso organismo que impede alterações bruscas da pressão,
como no caso de abaixar a cabeça e ficarmos tontos. Esse é o sistema do barorreflexo, que
depende de um arco-reflexo e, portanto, do sistema nervoso. Quando ficamos tontos ao
amarrar o sapato, isso é uma falha do sistema do barorreflexo.
Sensores, terminações nervosas, levam informações para o sistema nervoso central, via
aferente do nervo vago, até o centro vasomotor, que manda informações via eferente
(efetores), para manter a pressão estável.
O sistema barorreflexo foi provado por testes em cachorros, por meio da clipagem do
nervo vago aferente.
O sistema barorreflexo objetiva a manutenção da sua pressão estável, seja ela 96 ou 100.
Quais mecanismos do organismo nós modulamos por meio do barorreflexo para a pressão
arterial ser mantida? Os vasos sanguíneos, por meio do leito venoso e do leito arterial
(artérias e arteríolas), assim como o coração, por meio do miocárdio ventricular e dos
marca-passos. Quatro mecanismos, portanto.
Quando falamos de leito arterial, estamos falando da musculação que envolve os vasos.
Quando falamos de leito venoso, estamos falando da mesma coisa.
Se a pressão está subindo, o leito arterial e o leito venoso são dilatados, o miocárdio
ventricular contrai com menos força e o marca-passo diminui a frequência cardíaca. Se a
Agora vamos falar especificamente de cada um dos mecanismos. Mas antes vamos fazer
um pequeno glossário.
A pressão arterial (PA) é medida em mililitros de mercúrio. O débito cardíaco (DC) é medido
em litros por minuto que saem do coração em um minuto. Temos 3 litros de sangue no
corpo (o Cláudio havia dito que tínhamos 6 litros). O débito cardíaco ouro é de 5 litros. O
débito sistólico (DS) é o volume de sangue que o coração libera na aorta em uma única
sístole e é medido em mililitros. O retorno venoso (RV) é a quantidade de sangue em litros
que volta para o coração em um minuto. Complacência Venosa (CV) é o armazenamento do
sangue no leito venoso. Frequência cardíaca (FC) é batimentos por minuto. NO é óxido
nítrico. Resistência periférica total (RPT) é o efeito que as paredes dos vasos exercem sobre
o fluxo sanguíneo, como um atrito.
Tônus vascular é o equilíbrio dinâmico que mantém o calibre fisiológico de nossos vasos.
Existem duas forças atuantes o tempo todo, uma que informa ao vaso contrair (sistema
simpático, por meio de adrenalina) e outra que informa ao vaso relaxar (óxido nítrico
produzido pelas células endoteliais que compõem as paredes dos vasos). Diferente da
nervatura simpática, a parassimpática não chega a todos os vasos e não comanda o
relaxamento dos vasos. O que ativa a produção de óxido nítrico é o estresse de
cisalhamento, que é o arrastar do sangue nas paredes dos vasos.
Agora como modulamos a quantidade de sangue que sai do coração por minuto, o débito
cardíaco? Olhando para a fórmula DC = FCxDS. Vamos ver o débito sistólico primeiro, que é
regulado de duas maneiras. A primeira maneira é por meio da vasoconstrição ou da
vasodilatação. O caminho que o sangue faz é do ventrículo, para as artérias, para as
arteríolas, para os capilares, para as vênulas, para as veias de pequeno, médio e grande
Vimos agora os efetores, agora vamos ver os sensores, que percebem a alteração na
pressão. O sistema barorreflexo tem terminações nervosas (barorreceptores) na nossa
vasculatura que detectam alterações mecânicas e não de pressão. Eles estão nas paredes
da aorta e das carótidas esquerda e direita, percebendo a atividade mecânica de
estiramento das fibras elásticas (elastinas). Isso passa pelo vago aferente até o bulbo, no
centro vasomotor, na região chamada de núcleo do trato solitário. O sistema nervoso vai
comandar dois outros grupamentos, o núcleo ambíguo (onde nasce o parassimpático) e
uma região de células gabaérgicas, que produzem GABA, que é um neurotransmissor
inibitório, jogado no grupamento que comanda o sistema simpático, modulando a sua
intensidade. O sistema barorreflexo é um sistema tampão, que atua em cada ciclo
cardíaco.
Quando alteramos a pressão, vários sistemas são acionados, mas nenhum deles é tão
intenso e tão rápido quanto o barorreflexo. Mas ele, depois de um tempo tentando
consertar a pressão e não conseguindo, desiste e registra a nova pressão como a pressão
normal, por um mecanismo de reset.