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Com base na leitura da referência indicada em “Recursos/Materiais”, responda

às questões a seguir e poste suas respostas no Portfólio 1 para apreciação do


tutor:

Sistema Nervoso:
1) Escreva, com as suas palavras, como os neurônios podem ser classificados
funcional e estruturalmente.

Estruturalmente apresentam três partes: 

Dendritos: Que são prolongamentos do neurônio que a recepção dos


estímulos, levando o impulso nervoso em direção ao corpo celular. A grande
maioria dos neurônios apresenta uma grande quantidade de dendrito.

Axônio: São prolongamento que garante a condução do impulso nervoso.


Cada neurônio possui apenas um axônio, o qual é, geralmente, mais longo que
os dendritos. Envolvendo o axônio, está um isolamento elétrico chamado
de bainha de mielina. Essa bainha é formada por dois tipos celulares:
oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e células de Schwann,
no sistema nervoso periférico.

Corpo celular: Local do neurônio onde está presente o núcleo, grande parte
das organelas celulares e de onde partem os prolongamentos dessa célula.

E suas Funcionalidades são:

Sensoriais: transmitem as informações captadas pelos órgãos sensoriais;

Motores: transmitem os impulsos nervosos aos diversos órgãos;

Interneurônios: estabelecem conexões entre os diversos neurônios sensoriais


e motores.

2) O que é astrócito? Quais as suas funções?

Os astrócitos são uma população de células com características morfológicas e


funcionais distintas que diferem em áreas específicas do cérebro. Após o
nascimento, os progenitores de astrócitos migram para alcançar sua área
cerebral e propriedades relacionadas. Eles têm um papel regulador das
funções cerebrais que estão implicadas na neurogênese e sinaptogênese,
controlando a permeabilidade da barreira hematoencefálica e mantendo a
homeostase extracelular. Astrócitos maduros também expressam alguns genes
enriquecidos em células progenitoras, sugerindo que podem reter potencial
proliferativo.

3) Explique, com as suas palavras, como ocorre o potencial de ação.

Um potencial de ação acontece quando um neurônio manda informações por


um axônio, longe do corpo celular. Os potenciais de ação são causados
quando diferentes íons atravessam a membrana do neurônio. Um estímulo
primeiro faz com que os canais de sódio se abram. Como há muito mais íons
de sódio do lado de fora, e o interior do neurônio é negativo em relação ao
exterior, os íons de sódio correm para dentro do neurônio. Lembre-se, o sódio
tem uma carga positiva, então o neurônio se torna mais positivo e se
despolariza. Leva mais tempo para os canais de potássio se abrirem. Quando
eles se abrem, o potássio sai correndo da célula, revertendo a despolarização.

4) Quais as funções do óxido nítrico?


O óxido nítrico (NO) afeta dois aspectos-chave da oferta e demanda de O 2 :
regula o tônus vascular e o fluxo sanguíneo pela ativação da guanilato ciclase
solúvel (sGC) no músculo liso vascular e controla o consumo de
O 2 mitocondrial inibindo a citocromo c oxidase. No entanto, existem lacunas
significativas em nossa compreensão quantitativa da regulação da produção de
NO na região vascular.
Sistema Circulatório:

1) Quais as funções do sistema circulatório? Explique cada uma!

O sistema circulatório, é responsável por garantir o transporte de


sangue pelo corpo, permitindo, dessa forma, que nossas células
recebam nutrientes e oxigênio.

O sistema cardiovascular é composto pelas seguintes estruturas:

Coração: órgão responsável por garantir o bombeamento do sangue;

Vasos sanguíneos: são tubos por onde o sangue passa. Os três


principais tipos de vasos sanguíneos artérias, veias e capilares.

2) Qual a composição do sangue? Explique cada um dos constituintes.

O sangue é composto por um líquido chamado de plasma. O plasma é aquoso


e amarelado, contém compostos orgânicos e inorgânicos produzidos ou
consumidos no metabolismo e proteínas plasmáticas.
As proteínas plasmáticas incluem o fibrinogênio, essencial para a formação dos
coágulos sanguíneos e as albuminas, importantes para regularizar a pressão
osmótica do sangue. O plasma também contém anticorpos, que contém células
em suspensão. Os glóbulos vermelhos do sangue constituem cerca de 45% do
sangue total, o plasma cerca de 54,3% e os glóbulos brancos cerca de 0,7%.
Glóbulos Vermelhos (Hemácias): Células do sangue que transportam o
oxigênio. Há milhões de células numa única gota de sangue. Contém a
hemoglobina, que carrega o ferro e que é responsável por fixar o oxigênio
quando o sangue passa pelos pulmões.
Cada glóbulo vermelho dura em média 120 dias e depois é substituído.
Glóbulos Brancos (Leucócitos): São maiores do que os glóbulos vermelhos
e muito menos numerosos. A sua duração varia entre alguns dias a muitas
semanas. Podem mudar de formato e circulam no sangue com a capacidade
de passar através das paredes dos capilares para atingirem as diferentes
partes do corpo.
Há várias espécies de glóbulos brancos; em conjunto formam um mecanismo
de defesa móvel que protege o organismo contra infecções.

3) Quais os elementos figurados do sangue? Explique cada um.

Plaquetas: Fragmento celular no sangue que contribui para a formação de


coágulos sanguíneos.
Em situação de lesão em vasos sanguíneos, as plaquetas fixam-se umas às
outras e às paredes do vaso lesado, formando um tampão que fecha a lesão,
controlando a perda de sangue.
Leucócitos ou glóbulos brancos: defesa do corpo, via mecanismo de
fagocitose e também é responsável pela produção de anticorpos

 Hemácias ou glóbulos vermelho: atuam efetivamente no transporte e também


na distribuição de gás oxigênio para todas as partes do corpo.

4) Explique como é a circulação pulmonar e a circulação sistêmica, quais são


as válvulas cardíacas e a função de cada uma.

Na circulação pulmonar, o sangue é levado do coração até o pulmão e volta


ao coração. Essa circulação inicia-se quando o sangue sai do ventrículo direito
pela artéria pulmonar em direção aos pulmões. A artéria pulmonar ramifica-se e
segue cada uma para um pulmão. Nesse órgão elas se ramificam em artérias
de pequeno calibre até os capilares que envolvem os alvéolos pulmonares. Nos
alvéolos, ocorrem as trocas gasosas (hematose), que se caracterizam pela
passagem do gás carbônico do sangue para o interior dos alvéolos e do
oxigênio presente nos alvéolos para o interior do capilar. Após o processo de
hematose, o sangue segue pelas vênulas e, posteriormente, para as veias
pulmonares. Essas veias são responsáveis por levar o sangue novamente para
o coração. O sangue chega a esse órgão pelo átrio esquerdo. Coração →
Pulmão → Coração

Na circulação sistêmica, o sangue é levado do coração para os tecidos e,


depois, é levado novamente para o coração. Essa circulação inicia-se quando o
sangue sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta. Dessa artéria, partem
ramos que irrigam o corpo todo. Nos capilares sanguíneos, o sangue faz trocas
gasosas com as células do tecido e torna-se rico em gás carbônico. Após as
trocas gasosas, o sangue é coletado pelas vênulas que levam o sangue até as
veias cavas superior e inferior. As veias cavas levam o sangue para o coração,
desembocando no átrio direito. Coração → Sistemas Corporais → Coração
Válvulas Atrioventriculares

As válvulas atrioventriculares estão localizadas entre os átrios e os


ventrículos, são pregas do endocárdio com uma estrutura interna de tecido
conjuntivo fibroso.

As cúspides são ancoradas aos músculos papilares dos ventrículos, através


das cordas tendíneas. Os músculos papilares são expansões do miocárdio
para o interior dos ventrículos, exercem tensão sobre as cúspides das válvulas,
impedindo que as mesmas sejam forçadas para o interior dos átrios quando
ocorre a contração ventricular.

A válvula atrioventricular direita, que separa o átrio direito do ventrículo


direito, possui três pregas ou cúspides e é por isso que é denominada válvula
tricúspide.

A válvula atrioventricular direita apresenta apenas duas pregas ou cúspides,


por este motivo é denominada válvula bicúspide ou mitral. As duas válvulas
são forçadas para cima e se fecham quando a pressão dos ventrículos
aumenta, impedindo assim que o sangue retorne ao átrio após a contração
ventricular.

5) Quando o coração se encontra em diástole, a pressão nas artérias


sistêmicas é, em média, de aproximadamente 80 mmHg. Neste momento,
quais os eventos que ocorrem no ciclo cardíaco?

Quando a contração é forte o suficiente para realizar uma pressão de


aproximadamente 80 mmHg, a válvula aórtica se abre, ocorrendo a ejeção do
sangue. Após o fechamento da mesma, o ventrículo relaxa-se (relaxamento
isovolumétrico, porque não entrou sangue novamente ainda), e então a válvula
atrioventricular abre-se, realizando o enchimento ventricular.

6) Explique o que são bulhas cardíacas e sopros cardíacos.

Primeira bulha (B1): fechamento da valva mitral e tricúspide, o componente


mitral antecedendo o tricúspide. Coincide com o ictus cordis e o pulso
carotídeo. É mais grave e tem duração um pouco maior que a 2ª bulha. O som
pode ser representado por “TUM”.
Segunda bulha (B2): é constituído por 4 grupos de vibrações, porém só são
audíveis as originadas pelo fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Ouve-
se o componente aórtico em toda região precordial (principalmente foco
aórtico), enquanto o ruído da pulmonar é auscultado em uma área limitada
(foco pulmonar). Durante a expiração as duas valvas fecham dando origem ao
som representado por “TA”. Na inspiração, devido ao prolongamento da sístole
ventricular (maior afluxo de sangue), o componente pulmonar sofre um
retardamento, sendo possível perceber os 2 componentes. Esse fenômeno é
chamado de desdobramento fisiológico da 2ª bulha que pode ser auscultado
como “TLA”.
Terceira bulha (B3): é um ruído protodiastólico de baixa frequência que se
origina da vibração da parede ventricular distendida pela corrente sanguínea
que penetra na cavidade durante o enchimento ventricular rápido. É mais
audível na área mitral com o paciente em decúbito lateral esquerdo. Pode ser
representada por “TU”.
Quarta bulha (B4): ruído débil que ocorre no fim da diástole ou pré-sístole e
pode ser ouvida mais raramente em crianças e adultos jovens normais. Sua
gênese não está completamente esclarecida, mas acredita-se que seja
originada pela brusca desaceleração do fluxo sanguíneo na contração atrial em
encontro com o sangue no interior do ventrículo, no final da diástole.

Produzidos por vibrações decorrentes de alterações do fluxo sanguíneo, que


em condições patológicas adota um caráter turbilhonar, deixando de ser
laminar, surgindo ruídos denominados sopros.

Os sopros podem surgir dos seguintes mecanismos:

Aumento da velocidade da corrente sanguínea (exercício físico,


hipertireoidismo, febre);

Diminuição da viscosidade sanguínea (anemia);

Passagem do sangue por uma passagem estreita (estenoses);

Passagem do sangue por zona dilatada (aneurismas).

7) Explique, com as suas palavras, o que é o sistema linfático, como ele


funciona e quais as suas funções.

O sistema linfático é o principal sistema de defesa do organismo. Ele é


constituído pelos nódulos linfáticos (linfonodos), ou seja, uma rede complexa
de vasos, responsável por transportar a linfa dos tecidos para o sistema
circulatório.
Além disso, ele possui outras funções como a proteção de células imunes, pois
atua junto ao sistema imunológico. Outro importante papel do sistema linfático
está na absorção dos ácidos graxos e no equilíbrio dos fluidos (líquidos) nos
tecidos.
Para desempenhar sua função de eliminar as impurezas do nosso corpo, o
sistema linfático trabalha junto com o sistema imunológico.
O sistema linfático atua em conjunto com diversos órgãos e elementos do
organismo. É dessa forma que ele consegue alcançar as partes do corpo para
filtrar o líquido tissular que nutriu, oxigenou os capilares sanguíneos e saiu
levando gás carbônio e excreções.
Diferente do sangue que é impulsionado pela força do coração, no sistema
linfático a linfa se movimenta de forma lenta e com baixa pressão. Ela depende
da compressão dos movimentos dos músculos para pressionar o líquido.
É a partir da contração realizada pelo movimento dos músculos que o fluído é
transportado para os vasos linfáticos. Como eles são maiores acabam se
acumulam no ducto linfático direito e no ducto torácico, percorrendo assim para
o resto do corpo.

Sistema Respiratório:

1) Explique, com as suas palavras, o que são pressões intrapulmonar e


intrepleural e o que é a Lei de Boyle.

Pressão intra-alveolar ou intrapulmonar é igual à pressão atmosférica, já a


Pressão intrapleural é 4mm inferior à pressão intra-alveolar e assim sendo é
negativa. Este valor negativo deve-se ao equilíbrio entre dois tipos de forças:
Tendência dos pulmões em se retrair devido à sua elasticidade e tensão
superficial dos alvéolos que os leva a tomar a menor dimensões possíveis, são
fatores favorecedores da pressão negativa. Capacidade de expansão da
cavidade torácica. O equilíbrio entre estes dois fatores é dado pelo líquido
pleural que mantém unidos os dois folhetos da pleura. Para que a pressão se
mantenha negativa é preciso que a quantidade de líquido pleural seja mínima,
pelo que ele é continuamente pelos linfáticos. Quando há uma ruptura da
pleura parietal ou entrada de ar na pleura (pneumotorax), a pressão deixa de
ser negativa, com consequências graves na respiração.

A lei de Boyle é um caso especial da lei dos gases ideais. Refere-se a um gás
contido num sistema fechado e a temperatura constante, para o qual o produto
da pressão do gás pelo seu volume apresenta um valor constante. A lei de
Boyle pode ser enunciada da seguinte forma: Para uma dada massa de gás
mantida a uma temperatura constante, a pressão e o volume são inversamente
proporcionais.

2) Qual a importância da substância surfactante no interior dos alvéolos? Como


ela é produzida?
O surfactante pulmonar é um líquido produzido pelo organismo que tem a
função de facilitar a troca dos gases respiratórios nos pulmões. Sua ação
permite que os alvéolos pulmonares, que são pequenos sacos responsáveis
pelas trocas gasosas, fiquem abertos durante a respiração, através de uma
tensão, o que facilita a entrada de oxigênio na circulação de sangue. 

3) Explique, com as suas palavras, como ocorre a inspiração e a expiração,


quais os músculos que participam e, a diferença da respiração forçada com a
respiração tranquila.

4) Quais os volumes e capacidades pulmonares? Explique cada um!

O primeiro volume, é o volume corrente (VC). Muito fácil de entender. É o


volume obtido numa respiração normal, ou seja, quando você respira
normalmente, sem forçar. O volume que entra e sai dos pulmões a cada
inspiração e expiração, respectivamente, é o volume corrente. Normalmente, o
volume corrente está em torno de 500 ml.
Mas os nossos pulmões não “trabalham” apenas com o que entra e sai a cada
ciclo respiratório. Eles mantêm alguns volumes de reserva, para casos de uma
respiração (inspiração ou expiração) máxima, que ao contrário da anterior, é
forçada.
A primeira dessas reservas é o volume de reserva inspiratória (VRI). Esse
volume é obtido quando o indivíduo realiza uma inspiração máxima, ou seja, o
máximo de ar que ele consegue inspirar forçadamente. Perceba que aqui não
estamos falando de uma respiração basal/normal, e sim daquela respiração
profunda, e forçada, tentando inspirar o máximo possível. Esse volume de
reserva inspiratória chega a 3.000 ml.
Após uma inspiração máxima, é possível avaliar a capacidade pulmonar total
(CPT), que é o volume de ar nos pulmões após uma inspiração máxima.
A segunda reserva é o volume de reserva expiratória (VRE). Ao contrário do
anterior, esse volume é mensurado em uma expiração máxima, ou seja, o
máximo que consegue expirar, de forma forçada. Esse volume está em torno
de 1.100ml.
Temos também o volume residual (VR). Esse volume é importantíssimo. É o
volume que permanece no pulmão após uma expiração máxima, quando você
“joga para fora” o máximo que conseguir. Isso mostra que nossos pulmões não
ficam sem ar nenhum. Isso é essencial, pois o ar que permanece nos pulmões
impede que haja, por exemplo, um colabamento pulmonar. O volume residual
equivale a cerca de 1.200 ml.
Uma das “capacidades” que é muito utilizada é a capacidade vital (CV). Ela
representa o máximo de ar que pode ser mobilizado nos pulmões. Dessa
forma, é calculada somando os volumes que saem e entram dos pulmões.
Soma-se o volume corrente, o volume de reserva inspiratória e o volume de
reserva expiratória.
Outra capacidade muito importante é a capacidade vital forçada (CVF), que é o
volume máximo de ar expirado com esforço máximo, após uma inspiração
máxima (avaliada pela capacidade pulmonar total).
Temos também o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), que
é o volume de ar expirado no primeiro segundo após uma manobra de
expiração forçada (ou capacidade vital forçada).

5) Quais os centros respiratórios do tronco encefálico? Explique cada um!

O controle dos movimentos respiratórios é realizado pelo centro respiratório,


composto por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente entre a
ponte e o bulbo. O centro respiratório pode ser dividido em três grandes
grupos: (1) Respiratório dorsal – responsáveis pela inspiração; (2) Respiratório
ventral – responsáveis pelas inspirações e expirações; (3) Pneumotáxico –
frequência e padrão de ventilação.
O excesso de acidez ou de dióxido de carbono no sangue ativa diretamente o
centro respiratório. Ocorre um aumento da ventilação com o objetivo de
eliminar o dióxido de carbono. A pessoa fica ofegante e respira com dificuldade
– é só lembrar o que acontece após um forte exercício.
Os níveis de oxigênio são detectados por quimiorreceptores periféricos
localizados nos corpúsculos carotídeos e aórticos. Conforme a pressão parcial
de oxigênio diminui, os quimiorreceptores periféricos intensificam os estímulos
nervosos para o centro respiratório, que responde prontamente aumentando a
ventilação e os níveis de oxigênio.
O diafragma, músculo que separa a caixa torácica do abdômen, é comandado
pelo nervo frênico e pode ser controlado voluntariamente. Em condições
normais, os centros respiratórios enviam um impulso a cada 5 segundos para
que o diafragma contraia e ocorra a inspiração.

6) Explique, com as suas palavras, a curva de dissociação de oxiemoglobina.

Essa curva é estabelecida a partir da porcentagem de hemoglobina que está


combinada ao oxigênio, para determinada pressão de oxigênio (PO2). O
sangue aerado que deixa os pulmões tem, usualmente, pressão do oxigênio da
ordem de 100 mmHg. Fazendo referência à curva, é visto que, nessa pressão,
aproximadamente 97% da hemoglobina estão combinados com o oxigênio.
Assim, cerca de 27% da hemoglobina perdem seu oxigênio para as células
teciduais, nas condições normais. Então, ao retornar para os pulmões,
combina-se com novo oxigênio, e o transporta, mais uma vez, para as células
dos tecidos. Quando o sangue é oxigenado até o nível arterial normal de 97%
de saturação, cerca de 19 ml de oxigênio estarão fixados à hemoglobina.
Então, conforme o sangue perde oxigênio para os tecidos e a saturação da
hemoglobina cai a 70%, a quantidade de oxigênio que permanece fixada ao
sangue ainda é da ordem de 14 ml para cada 100 ml de sangue. Por
conseguinte, cada 100 ml de sangue que passam pelos tecidos, normalmente,
libertam cerca de 5 ml de oxigênio para as células. Durante o exercício intenso,
essa liberação pode aumentar até 15 a 18 ml para cada 100 ml de sangue que
passa pelos tecidos. Numa pessoa normal aproximadamente um quarto da
hemoglobina é usado no transporte do oxigênio para os tecidos, nas condições
normais. Quando os tecidos sofrem de extrema necessidade, a PO2 nesses
tecidos cai a valores muito baixos, permitindo que o oxigênio difunda do
sangue capilar com maior rapidez que a usual. Como resultado, a saturação da
hemoglobina no sangue capilar pode cair a 10 a 20%, em lugar dos 70%
normais. Portanto, sem qualquer aumento da quantidade de fluxo sanguíneo, a
quantidade de oxigênio pode ser aumentada por mais três vezes. Se também
for lembrado que o débito cardíaco pode aumentar de até cinco a sete vezes
nos períodos de estresse então fica claro que a quantidade de oxigênio que
pode ser transportada para os tecidos pode ser aumentada de até 15 a 20
vezes a normal, parte desse aumento correspondendo à queda do percentual
de saturação da hemoglobina e parte ainda maior pelo aumento do débito
cardíaco.

7) Explique, com as suas palavras, a ventilação e o equilíbrio ácido-básico.

Uma propriedade importante do sangue é o seu grau de acidez ou de


alcalinidade. A acidez ou alcalinidade de qualquer solução, inclusive do
sangue, é indicada pela escala de pH. A escala de pH varia entre 0
(fortemente ácido) e 14 (fortemente básico ou alcalino). O pH de 7,0, no
centro desta escala, é o neutro. O sangue normalmente é levemente básico,
com pH normal na faixa de cerca de 7,35 a 7,45. Normalmente, o corpo
mantém o pH sanguíneo próximo de 7,40.  equilíbrio do corpo entre acidez e
alcalinidade é denominado equilíbrio ácido-base.
O equilíbrio ácido-base do sangue é controlado com precisão, visto que até
mesmo um pequeno desvio da faixa normal pode afetar gravemente muitos
órgãos. O corpo utiliza mecanismos diferentes para controlar o equilíbrio
ácido-base do sangue. Esses mecanismos envolvem pulmões, rins e
sistemas de tampão

Sistema Muscular:

1) O que são placa motora e unidade motora?


A unidade motora é o componente básico da atividade muscular e refere-se ao
conjunto do corpo celular do motoneurônio e das fibras musculares
esqueléticas inervadas pelo mesmo 20. O local exato de intersecção do
Unidade motora é composta por um único neurônio motor alfa e todas as fibras
musculares que ele inerva. Substâncias químicas especializadas são liberadas
pelo neurônio motor em resposta a um impulso nervoso. Um único neurônio
motor pode fazer sinapses com 150 fibras musculares, em média. Unidade
motora é composta por um único neurônio motor alfa e todas as fibras
musculares que ele inerva. Os neurônios motores alfa inervam fibras
musculares extrafusais, que são o principal componente gerador de força de
um músculo. O impulso então diz que a unidade motora específica para
contrair as suas fibras. ... À medida que a intensidade necessária para aplicar a
força aumenta, o mesmo ocorre com o número de unidades
motoras envolvidas na tarefa, particularmente, o número de unidades motrizes
de contração rápida ou de limiar alto.

2) Explique, com as suas palavras, a teoria da contração muscular.

A teoria do filamento deslizante explica como as fibras musculares se


encurtam. No momento em que as pontes cruzadas da miosina são ativadas,
eles se ligam com muita força à actina, alterando a conformação da ponte
cruzada, a qual faz com que a cabeça da miosina incline em direção ao braço
da ponte cruzada e tracione os filamentos de actina e de miosina em direções
opostas. Essa inclinação da cabeça e denominada ligação forte.
A tração do filamento de actina sobre o de miosina resulta no encurtamento e
na geração de força. Quando as fibras não estão se contraindo, a cabeça da
miosina permanece em contato com o sítio de ligação de miosina, mas a
ligação molecular no local é enfraquecida ou bloqueada pela tropomiosina
(Wilmore & Costill, 2001).
Em seguida à ocorrência da inclinação da cabeça da miosina, acontece a sua
separação do sítio ativo e o retorno à sua posição de origem, ficando fixa a um
novo sítio ativo mais distante ao longo do filamento de actina.
As fixações repetidas e ligações fortes fazem com que os filamentos deslizem
entre si, dando origem ao termo “filamento deslizante”. Esse processo continua
até as extremidades dos filamentos atingirem as linhas Z.
Durante esse deslizamento (contração), os filamentos de actina são trazidos
mais próximos uns dos outros e formam uma protrusão na zona H, onde,
finalmente, eles se sobrepõem. Quando isso ocorre, a zona H deixa de ser

visível.
3) Explique o que é contração, somação e tétano.

Uma contração tetânica (estado tetânico ou tétano) ocorre quando uma


unidade motora é estimulada ao máximo pelo seu moto-neurónio. Isto acontece
quando essa unidade motora é estimulada por múltiplos impulsos com
frequência suficientemente alta. Cada estímulo causa uma contração.
Nos músculos intactos, um único ciclo de contração-relaxamento é chamado
de abalo muscular. A unidade básica de contração em um músculo esquelético
íntegro é a unidade motora, formada por um grupo de fibras musculares que
trabalham em conjunto e pelo neurônio motor somático que inerva essas fibras.
Na contração das fibras musculares esqueléticas, ocorre o encurtamento dos
sarcômeros: os filamentos de actina “deslizam” sobre os de miosina, graças a
certos pontos de união que se formam entre esses dois filamentos, levando á
formação da actomiosina.
A soma ocorre por dois meios: pelo aumento do número de unidades motoras
que se contraem ao mesmo tempo, chamado de "somação por fibras
múltiplas", e pelo aumento da frequência de contração, que é referido como
somação por frequência e pode levar à tetanização.

4) Quais as diferenças entre as fibras de contração lenta e contração rápida?

As fibras musculares do tipo I, ou lentas oxidativas, possuem cor vermelho-escuro,


devido à grande vascularização e alto conteúdo de mioglobina e citocromos.
Essa fibra muscular é especialmente rica em mitocôndrias, além de ter um diâmetro
menor. Penso nelas como um moranguinho pequeno, vermelho e cheio de oxigênio, e
que permitem a manutenção de uma boa postura, pois possuem prolongada
resistência para contrações suaves.
Sendo assim estão muito presentes em músculos como os multífidos, abdominais e
dorsiflexores.
Pois é, desde a nossa infância os músculos utilizados para nos locomover,
permanecer em equilíbrio e alcançar alvos necessitam de fibras musculares
resistentes.

Um fato importante é que esse tipo de fibra muscular utiliza os ácidos graxos livres
obtidos da gordura subcutânea como principal fonte de energia. Então estamos
falando que, para gastar mais gordura corporal, precisamos utilizar a fibra muscular do
tipo I.
Esse tipo de fibra muscular é intensamente utilizada nos clássicos de Joseph. Para
isso, basta seguir e valorizar princípios como o da fluidez e centro de força.
As fibras tipo II, ou fibras de contração rapida, são as de maior diâmetro, com
predomínio no metabolismo energético anaeróbico e podem ser subdivididas em 3
grupos.
Nos músculos que são constituídos por esse tipo de fibra muscular, a velocidade de
contração, de condução na membrana e a tensão máxima são maiores do que nas
fibras do tipo I, porém sua resistência é menor.
São usadas para contrações rápidas, que exijam disparo, força mais vigorosa e
tenham curta duração. E o grande pulo: esse tipo de contração acelera nosso sistema
cardiorrespiratório e gera descargas hormonais.

5) Explique o que são fuso muscular, motoneur e órgãos tendinosos de Golgi.

A principal diferença entre o órgão tendinoso de Golgi e o fuso é que o fuso


muscular detecta o comprimento do músculo e suas alterações e o órgão
tendinoso de Golgi detecta a tensão muscular.
Os órgãos tendinosos de Golgi (OTG) são receptores sensoriais localizados na
junção miotendínea e conectados em série com as fibras musculares. Sua
função no controle motor em humanos ainda não está elucidada.
O órgão tendinoso de Golgi ou corpúsculo tendinoso de Golgi é um receptor
sensorial proprioceptivo que está localizado nas inadegas das fibras anais com
os tendões dos músculos esqueléticos. Este mecanorreceptor está disposto em
série com o músculo.
O fuso muscular é um receptor que consiste de fibras musculares especiais,
como as fibras intrafusais que são distintas das fibras musculares esqueléticas
normais (fibras extrafusais) (Figura 1), terminações sensoriais e motoras
localizadas nos músculos, tendões e vestíbulo da orelha.
Fuso muscular é um receptor sensorial proprioceptivo fuso composto por fibras
feixes musculares. Sua principal função é sinalizar mudanças de comprimento
do músculo o qual se encontra.

Os Fusos neuromusculares são mecanorreceptores localizados no interior dos


músculos esqueléticos considerados a unidade contrátil reguladora,
monitorando a velocidade e duração do alongamento do músculo.
Apropriadamente, os proprioceptores estão localizados nos músculos (fusos
musculares), tendões (órgãos tendinosos de Golgi) e nas cápsulas articulares
(corpúsculos de Ruffini)
O OTG atua juntamente com o fuso muscular na regulação do tônus e da
complacência musculares; está envolvido na mediação da propriocepção e
possui um papel importante no ritmo locomotor normal.
Os proprioceptores detectam a posição estática das articulações do cotovelo, o
peso da carga e a variação do comprimento das fibras musculares em
atividade.
O órgão tendinoso de Golgi (OTG) localiza-se no tendão e está em série com
as fibras musculares extrafusais. Essencialmente, o OTG serve como um
dispositivo de segurança que ajuda a impedir uma geração de força excessiva
durante a contração muscular (POWERS; HOWLEY , 2005).
O fuso muscular é ativado toda vez que o peso do corpo, tendendo a dobrar os
joelhos, estira os músculos. Os estímulos são enviados à medula espinhal e
através do nervo motor e contraem os músculos para neutralizar a ação da
gravidade.
Os fusos musculares são órgãos sensoriais espalhados por todo o
tecido muscular, compostos por 3 a 12 fibras musculares finas intrafusais
circundadas por uma bainha do tecido conjuntivo, tendo de 3 a 10 mm de
comprimento, que ativam reflexamente o músculo e inibem simultaneamente o
músculo oponente ou antagonista
O fuso muscular é uma estrutura sensorial pequena e alongada (cerca de 100
µm diâmetro e 10 mm comprimento), em forma de fuso, disposto entre as fibras
musculares. É formado por 3 à 12 fibras musculares modificadas, as fibras
intrafusais, circundadas por uma cápsula de tecido conjuntivo.
6) Como ocorre o controle neural motor superior dos músculos esqueléticos.
Explique também, sobre o cerebelo e núcleos da base.
Faça um resumo sobre o músculo cardíaco e o músculo liso (página 354).

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