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Ela é caracterizada pela dilatação severa das câmaras cardíacas podendo ser apenas da
esquerda ou de todas a câmaras, apresentando afinamento das paredes dos ventrículos e
espessamento das válvulas.
Em seu início há perda da contratilidade por conta de uma disfunção sistólica, a qual de
começou é discreta, mas pose evoluir ao ponto de se tornar uma ICC diminuindo o débito
cardíaco, ativando os mecanismos compensatórios retendo sódio e água. Aumentando o
volume sanguíneo sobrecarregando os ventrículos os quais se adequam a essa carga
hipertrofiando excentricamente compensando o sistema.
Com a progressão da doença o coração chegará a um ponto onde não será mais possível
dilatar aumentando a pressão durante a diástole não conseguindo mais receber todo o sangue
que chega por conta do sódio e da água fazendo com que o sangue retorne. Quando a
dilatação é do lado esquerdo ocorre edema pulmonar e quando do lado direito ascite.
O sistema autônomo também é ativado promovendo vasoconstrição, aumento da frequência
cardíaca e contratilidade, não sendo suficientes essas alterações o animal chegará a ter um
choque cardiogênico e ICC grave, predispondo a arritmias ventriculares as quais irão piorar
ainda mais o quadro desses animais.
Fisiopatologia do tromboembolismo:
É importante entender a tríade de Virchow, condicionada por três fatores de risco que
aumentam o risco de trombose venosa. Esses fatores são: estase sanguínea, lesão endotelial e
estado de hipercoagulabilidade.
A estase sanguínea ocorre quando há disfunção ventricular esquerda pode ativar a trombose
e subsequente formação de coágulos que, quando desalojados, podem levar à obstrução do
fluxo sanguíneo arterial periférico. Além disso, a diminuição da função sistólica do músculo
cardíaco pode causar aumento do átrio esquerdo e alterações no fluxo sanguíneo que
favorecem a formação de coágulos.
A lesão endotelial em gatos é causada por várias condições como, doenças inflamatórias,
infecção, trauma, pressão alta, lipídios sanguíneos elevados, hiperglicemia, etc.
A lesão endotelial expõe o colágeno primário, que ativa as plaquetas e leva à formação de
trombos.
Os gatos são mais propensos à hipercoagulabilidade do que outros tipos de animais de
estimação devido a algumas de suas características fisiológicas, possuem um número maior
de plaquetas e essas células vivem mais, o que contribui para uma maior condição de
coagulação do sangue.
Além disso, os gatos têm uma proporção maior de fibrinogênio em relação a outras proteínas
de coagulação no sangue, o que também aumenta sua tendência a coagular. Os estados de
hipercoagulabilidade em gatos também podem ser causados por uma variedade de distúrbios,
incluindo síndrome nefrótica, pancreatite, fígado gorduroso, insuficiência cardíaca
congestiva, doença inflamatória intestinal e hipertireoidismo. Essas condições aumentam os
níveis de proteínas de coagulação ou diminuem os níveis de proteínas anticoagulantes no
sangue, resultando em uma condição mais coagulada.
Outro fator importante nos coágulos sanguíneos na cardiomiopatia felina é a presença de
cardiopatia isquêmica associada à doença. A cardiomiopatia isquêmica ocorre quando o fluxo
sanguíneo para o músculo cardíaco é reduzido, causando a morte das células musculares
cardíacas, resultando em disfunção ventricular. Esta condição pode resultar de vários fatores,
como hipertensão arterial sistêmica, cardiomegalia, oclusão da artéria coronária, etc.