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Insuficiência valvar mitral


Ana Beatriz Galgaro 2023/2

Ou regurgitativas, não tem problema na abertura e sim no momento que fecham, não conseguem impedir a passagem de
sangue entre o ventrículo e o átrio

Refluxo valvar mitral do ventrículo para o átrio ao ecocardiograma.

Anatomia e fisiologia – cordoalhas que seguram a válvula para que não façam refluxo, e otimizam o fluxo do sangue, pois
consegue direcionar todo sangue e permite que o VE direcione o sangue para a aorta e tecidos

Quando insuficiente, seja primária com defeito só na valva (endocardite) toda vez da sístole o sangue retorna ao AE ao invés
de ir somente para a aorta. O prolapso ocorre quando o folheto ou cordoalhas não é eficaz, então durante a sístole abre um
pouco para o átrio esquerdo, abrindo para os dois lados, assim causa refluxo.

Sobre causas não primarias: envolvem principalmente a estrutura que sustenta a válvula mitral, exemplo dilatação com a valva
normal.

CAUSAS E SINTOMAS

Mais comum causas degenerativas, infecciosas e congênitas ou traumáticas - Qualquer alteração que cause dilatação
ventricular esquerda pode determinar o desalinhamento dos músculos papilares, prejudicando a sua função e dilatando o anel
valvar, causando a IM.

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As causas orgânicas (Febre reumática, degeneração do prolapso mitral, endocardite, etc) usualmente acometem a válvula
diretamente, enquanto as causas funcionais (I coronariana, dilatação atrial esquerda) têm origem atrial e deixam a válvula
intacta.

Características principais são dispneia ou ortopneia, sopro sistólico apical e refluxo valvar mitral do ventrículo para o átrio ao
eco.

E pode ser secundário a: DAC, miocardiopatia, sobrecarga de átrio esquerdo (átrios muito grandes, o anel da valva dilata ai
fica sempre um espaço).

Sobrecarga volumétrica, o sangue volta em parte e o átrio esquerdo acaba tendo seu volume normal + o que regurgitou da
pulmonar e faz todo o seguimento das pressões levando até o capilar, alvéolos e congestão pulmonar. Fadiga (cansado desde
o inicio) porque o AE grande no momento da diástole o VE tem que se adaptar a cada vez maior o volume de sangue por
conta de volta para o VE quando passa para o AE, com o tempo o ventrículo dilata, e com isso perde força de contração – ai
tem um cenário de IC com fração de ejeção reduzida.

A apresentação clínica da IM aguda é diferente, pois não há tempo para a adaptação ventricular, geralmente ocorrendo
congestão pulmonar aguda por aumento das pressões atriais e pulmonares.

Como o volume de refluxo atrial retorna para o ventrículo na diástole conjuntamente com o volume sistólico normal atrial,
há sobrecarga ventricular esquerda que evolui com miocardiopatia ventricular dilatada hipertrófica excêntrica. Inicialmente,
não há impacto clínico, pois o ventrículo é capaz de compensar a sobrecarga. Com a progressão da IM, a dilatação
ventricular sofre desadaptação, e a insuficiência cardíaca se manifesta

O sintoma mais comum da IM crônica é a dispneia progressiva, inicialmente aos esforços, progredindo para dispneia paroxística
noturna e ortopneia. Também pode ocorrer edema periférico, assim como fibrilação atrial, gerando queixa de palpitação ou outros
distúrbios de ritmo. Pode haver, ainda, dor torácica atípica e até crises de pânico. A IM aguda geralmente é acompanhada de
congestão pulmonar exacerbada e súbita, com dispneia acentuada.

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DIAGNÓSTICO

Diferenciar falta de ar e dispneia

Sopro – em sístole, porque não “veda” direito deixa passar sangue, principalmente no foco mitral – decrescente, durante toda
sístole. Pois ela deveria estar fechada na sístole, então se tem sopro quer dizer que não está fechada direito ou seja
regurgitando

ECO - consegue identificar onde está o defeito da valva, com doppler acompanhar o refluxo sistólico pela mitral para o AE e
graduar a severidade da lesão.

RX de tórax com poucos informações – pode ter coração aumentado, congestão, nos quadros severos pode-se ter o aumento
do VE e hipertensão pulmonar

ECG sobrecargas, tanto de átrio e ventrículo - sinais de sobrecarga VE, aumento do AE

Medicina nuclear: a avaliação por cintilografia mostra a estimativa da fração de ejeção que reflui para o átrio esquerdo,
permitindo avaliar o quanto do volume sistólico efetivo é atribuído ao volume que reflui para o átrio.

Resso para confirmação

CLASSIFICAÇÃO DA GRAVIDADE

1. CARPENTIER – leva em consideração a mobilidade das cúspides

2. Classificação da sociedade americana de ecocardiografia – leve moderada ou grave

TRATAMENTO

Conservador – não é curativo (quando o defeito é de peça só pensa em otimizar com medicamento, como a válvula ruim,
conservador só visa otimizar)

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Os vasodilatadores são úteis na IM aguda (de preferência, os parenterais) para diminuir a pressão de aorta e a impedância,
favorecendo o esvaziamento ventricular e reduzindo o volume de refluxo para o átrio. Duvidoso na crônica em que a pós carga
não está aumentada. Em todos os casos, terapia vasodilatadora está indicada em todos sintomáticos não candidatos a cirurgia
ainda - que é o melhor tratamento

Pacientes com disfunção valvar leve ou moderada não se beneficiam dessas medicações em termos de mortalidade, e,
nos quadros graves, é melhor o tratamento cirúrgico.

Diuréticos

Medicamentos para IC

digoxina controle na FA para controle da FC

anticoagulação oral

profilaxia com atb para proteger de endocardite

Modificações do estilo de vida

Cirúrgico

Substituição da válvula ou corrigir o defeito

Reparação da própria válvula – mantem a válvula e bota um anel novo, por exemplo, se o músculo papilar rompeu, sutura, etc

Substituição da valva mitral

Pacientes com ruptura da cordoalha, PM ou ruptura de músculo papilar podem ter a válvula corrigida, enquanto indivíduos com
fusão da cordoalha, deformidades valvares acentuadas e endocardite infecciosa em geral necessitam de substituição da válvula. O
reparo valvar é preferível por não necessitar de anticoagulação perene após a cirurgia, além de estar associado a melhor
recuperação da função ventricular.

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Abordagem clinica

Não procura operar preventivamente – pois as próteses têm um tempo de validade, então se postergar melhor; pacientes que
não estejam respondendo bem ou oligossintomáticos.

Prognóstico bom com cirurgia e ruim sem ela, tendo a morrer nos 5 anos – perder o timing da cirurgia, então o ideal é operar
quando o coração começa a piorar a função contrátil e assim troca a válvula do paciente.

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