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Grupo 2
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Notoriamente o nódulo sinusal (NS) é a área cardíaca que primeiro reduz a
polarização, mesmo havendo outras áreas cardíacas funcionando sistematicamente. O NS
controla o ritmo cardíaco por isso é o primeiro a sentir as alterações como arritmia cárdica.
A ativação dos átrios (junção atrioventricular: átrio direito, septo interatrial e átrio
esquerdo), além de outros estímulos tem início o NS, mais o processo completo a ativação dos
átrios está ligado com único vetor resultante.
A fibrilação arterial (FA) pode ser crônica (contínua) e pode ser aguda
(paroxística), o mecanismo eletrofisiológico da FA são duas teorias mais aceitas: ativação
focal e múltiplas ondas de reentrada.
Aparentemente a FA está intimamente ligada à parede atrial e por este motivo os cães
maiores são mais propícios a esta enfermidade.
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Algumas doenças são frequentemente associadas à FA são elas: cardiomiopatia
dilatada e doença valvar degenerativa.
Duas categorias:
À medida que é comparado ao ECG, o Holter 24 horas permite uma análise bem
melhor entre a frequência cardíaca no ambiente hospitalar e no ambiente doméstico, sendo
usual para verificar a média da frequência cardíaca quando se administra ou se faz ajuste a
dose de um antiarrítmico.
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Podem ser úteis também o hemograma completo com perfil bioquímico, pois podem
conter informações úteis sobre doenças, em especial para tomada de decisões em relação a
terapia antiarrítmica. O teste da função da tireoide é
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quinidina, amiodarona ou verapamil concomitantemente com digoxina podem elevar os
níveis séricos de digoxina, elevando assim também a probabilidade de toxicidade.
Verificou-se que a administração de diltiazem associada com a digoxina tem melhores
resultados sobre o controle da frequência cardíaca quando comparada a administração dos
fármacos isoladamente. Segundo estudos a amiodarona foi considerada uma droga efetiva no
manejo da FA em cães.
Se um controle adequado da frequência cardíaca não for alcançado com a combinação
da digoxina com o diltiazem ou amiodarona, a troca por uma terapia alternativa deve ser
considerada.
Em pacientes com insuficiência cardíaca estabilizada especialmente quando há o
aumento do tônus vagal, uma terapia com beta-bloqueadores pode ser benéfica, porém em
pacientes com Insuficiência cardíaca instável ela é contraindicada devido aos efeitos
inotrópicos negativos. Os beta-bloqueadores atuam impedindo o sistema nervoso simpático e
ativando o sistema renina-angiotensina-aldosterona, resultando em efeitos antiarrítmicos e
antifibrilatórios. Dos beta-bloqueadores comumente usados incluem-se o atenolol e o
carvedilol. A utilização de quinidina oral e da procainamida, que são bloqueadores dos canais
de sódio, não é frequente no tratamento de arritmia supraventricular em cães devido a
ocorrência de importantes efeitos adversos, à necessidade de administrações frequentes e
interações com muitas outras drogas.
A tabela 1 cita as medicações usadas no tratamento da FA aguda e crônica.
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A cardioversão elétrica transtorácica bifásica é uma alternativa para a conversão ao
ritmo sinusal imediato para cães que podem suportar a anestesia. Segundo Bright et al. (2005),
a restauração do ritmo sinusal foi alcançada em 92,3% dos cães submetidos, e a presença de
doença cardíaca concomitante ou aumento do átrio não tiveram nenhum efeito sobre a
cardioversão. Foi utilizado amiodarona após a cardioversão para manutenção do ritmo sinusal.
Para Bright & ZumBrunnen (2008), manter o ritmo sinusal após a cardioversão ainda é um
desafio. Cães com FA isolada permanecem por mais tempo com o ritmo sinusal controlado do
que aqueles com doença cardíaca subjacente.
Apesar de comum em pessoas, a formação de trombos no átrio esquerdo e
embolização sistêmica é incomum em cães, por isso não tem fundamento fazer terapia
antitrombótica. Devendo-se considerar que a disfunção ventricular esquerda e o aumento
atrial são fatores de risco para formação de trombo arterial. O isolamento das veias
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pulmonares é usado como abordagem na medicina humana para ablação da FA com intuito de
manter o ritmo sinusal, visto que os focos ectópicos se encontram nas veias pulmonares.
Atualmente utiliza-se técnicas de acordo com a necessidade da área de ablação. Podem ser
realizados: isolamento segmentar, isolamento dos átrios das veias pulmonares, ablação
circunferencial da FA e ablação do substrato, ainda em desenvolvimento também há a técnica
de ablação dos plexos ganglionares vagais.
Os cães que só possuem FA têm uma média de vida de 40 meses. Já os que têm FA e
cardiopatias, vivem em média 5 meses.
Observamos que a FA acomete a clínica de pequenos. Ela é uma arritmia e não possui
ainda seu mecanismo de iniciação. A FA crônica nos cães é a forma mais diagnosticada, pois
a forma aguda geralmente é assintomática.
Novas técnicas cirúrgicas e outros tratamentos devem ser estudados para uma maior
expectativa de vida desses animais, visto que, geralmente, a FA está associada a algumas
cardiopatias, fazendo com que a vida desses animais seja mais curta.
Observamos a terapia antitrombótica que deve ser explorada mesmo não sendo muito
frequente em cães.