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SÍNDROME DE

PRÉ -EXCITAÇÃO
(WPW)

DISCIPLINA: BIOFÍSICA
DOCENTE : ROBERT TEW BOYLE
DISCENTE: LAÍS DA SILVA MALHEIROS
ARRITIMIA

O QUE É ARRITIMIA ?
A arritmia refere-se a um distúrbio no ritmo
cardíaco, que é a regularidade e a sequência
coordenada das batidas do coração. O coração
normalmente bate em um ritmo regular,
impulsionando o sangue para todo o corpo de
maneira eficiente. As arritmias ocorrem quando
há alterações nesse ritmo normal.
Existem diferentes tipos de arritmias, que podem
envolver batimentos cardíacos muito rápidos
(taquicardia), muito lentos (bradicardia) ou
batimentos irregulares. As arritmias podem ser
assintomáticas em alguns casos, mas em outros,
podem causar sintomas como palpitações,
tonturas, desmaios, falta de ar e desconforto no
peito.
OS TIPOS MAIS COMUNS DE ARRITIMIA
1. Fibrilação Atrial (FA): É uma forma comum de arritmia. Na fibrilação atrial, as câmaras
superiores do coração (átrios) contraem-se de maneira descoordenada e irregular. Isso
pode levar a batimentos cardíacos irregulares e aumentar o risco de formação de coágulos
sanguíneos.
2. Flutter Atrial: Semelhante à fibrilação atrial, mas os batimentos cardíacos rápidos e
irregulares são mais organizados do que na FA.
3. Taquicardia Supraventricular (TSV): Um termo abrangente para arritmias que envolvem
áreas acima dos ventrículos do coração. Inclui condições como o taquicardia atrial
paroxística (TAP) e a taquicardia nodal reentrante (TNR).
4. Taquicardia Ventricular (TV): Envolve batimentos cardíacos rápidos originados nos
ventrículos do coração. Pode ser potencialmente grave e requer atenção médica imediata.
5. Bradicardia Sinusal: É quando o coração bate mais lentamente do que o normal devido a
uma desaceleração no nó sinusal, que é responsável por iniciar os batimentos cardíacos.
6. Bloqueio Atrioventricular (BAV): Envolve atrasos ou bloqueios na condução do impulso
elétrico entre os átrios e os ventrículos do coração.
7. Fibrilação Ventricular (FV): Uma condição grave em que os ventrículos do coração tremem
de maneira descoordenada, resultando em parada cardíaca. Requer tratamento de
emergência, como desfibrilação.
8. Extrasístoles: Batimentos cardíacos prematuros que ocorrem fora do ritmo regular. Podem
ser atriais (originadas nos átrios) ou ventriculares (originadas nos ventrículos).
.
O QUE É WPW?
A síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é
uma doença congênita gerando taquicardias e
arritmias, que reduzem a eficiência do coração. As
manifestações clínicas incluem sudorese, dor no
peito, cefaleia, dificuldades respiratórias, letargia,
sensação de desmaio, perda de apetite,
palpitações rápidas e visíveis no tórax, incluindo
insuficiência cardíaca.

DIAGNOSTICO
O diagnóstico é feito pelo ECG e o tratamento
compreende técnicas que estimulam o nervo
vago e medicamentos para converter o ritmo
cardíaco e, às vezes, ablação. Os medicamentos
antiarrítmicos podem continuar em uso por
tempo indeterminado para evitar episódios de
aceleração da frequência cardíaca.
COMO A WPW ACONTECE ?
A síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) acontece quando
existem vias acessórias que promovem uma pré-excitação
ventricular: fibras anormais, congênitas, conectam o átrio ou a
junção AV ao ventrículo, fora do sistema His-Purkinje. O impulso
elétrico será transmitido sem o retardo do NAV, e haverá um by-
pass com ativação elétrica prematura do ventrículo. A pré-
excitação ventricular determina três principais alterações no ECG
Padrão de WPW vs. Síndrome de WPW: é importante diferenciar o
padrão eletrocardiográfico de pré-excitação que acontece em
indivíduos assintomáticos do diagnóstico da síndrome de WPW: a
síndrome só existe quando, além do padrão descrito, há
taquiarritmias sintomáticas. O padrão de WPW é raro, e a
síndrome mais rara ainda, com uma prevalência em torno de
1,5/100. A taquiarritmia mais comum na síndrome de WPW ocorre
por reentrada AV, com condução anterógrada pelo NAV/His-
Purkinje e condução retrógrada pela via acessória; no ECG o QRS
terá duração normal, com uma P retrógrada que se inscreve após o
término do QRS, no segmento ST ou na onda T, e FC que varia
entre 150 e 250 bpm. Mais raramente a condução anterógrada pode
se dar pela via anômala, resultando em taquicardias com QRS
alargado. Nos pacientes com a síndrome, 80% das taquiarritmias
são por reentrada AV, 15 a 30% apresentam FA, 5% flutter, e há um
percentual ainda menor de taquicardia ventricular. Embora o
prognóstico seja usualmente excelente, a morte súbita pode
acontecer em cerca de 0,1% dos pacientes, e geralmente está
associada a fibrilação atrial com resposta ventricular muito rápida,
que se degenera em taquicardia ventricular
Infelizmente, os sinais de pré-excitação e arritmias
são por vezes subdiagnosticados e subtratados.
Descrevemos o caso de um homem de 31 anos que
foi internado com taquicardia
irregular de complexos largos consistente com FA
pré-excitada, que não foi prontamente
diagnosticada, e que desenvolveu
fibrilação ventricular (FV) após administração de
terapia atrioventricular (AV). ) bloqueadores
nodais, como manifestação primária
da síndrome de WPW. O bloqueio do nó AV em
pacientes com FA pré-excitada pode aumentar a
frequência ventricular e
potencialmente resultar em instabilidade
hemodinâmica. Entre os pacientes com síndrome
de WPW que sobrevivem a um
episódio de DF, a ablação por cateter da via
acessória é o tratamento de escolha. © 2022
Sociedade Portuguesa de Cardiologia.
RELATO DE CASO
Um homem de 31 anos sem doença cardíaca conhecida, história
familiar de doença falciforme em um tio e uma tia paterna na
década de 1950 e história de palpitações paroxísticas de longa data
que foram resolvidas com manobras vagais (nunca documentadas
em um eletrocardiograma [ECG ]), deu entrada no serviço de
urgência (SU) com queixa de palpitações que persistiram apesar
das habituais manobras de Valsalva. Nenhum medicamento ou
abuso de drogas foi relatado
O paciente encontrava-se hemodinamicamente estável, com
pressão arterial normal (150/70 mmHg) e pulso irregular próximo a
200 bpm. O restante da avaliação física foi normal, sem sopros
cardíacos ou sinais de edema pulmonar. O ECG revelou taquicardia
irregular de complexos largos (Figura 1).
No pronto-socorro foi tomada a decisão de administrar adenosina
intravenosa (6+12+12 mg), seguida de verapamil intravenoso (2,5
mg). Após a administração desses medicamentos, o
Figura 1 Eletrocardiograma de admissão mostrando
taquicardia
irregular de complexo QRS largo compatível com FA
pré-excitada
O paciente recebeu alta para casa no dia
seguinte. Um mês após a RFA, ele estava
assintomático, com traçado
eletrocardiográfico normal e não foram
documentadas taquiarritmias
durante esse período.
A DIFERENÇA ENTRE OS
ELETROCARDIOGRAMAS

FIGURA 2 INTERVALO PR FIGURA 6 ELETROCARDIOGRAMA


ENCURTADO, ONDA DELTA E REALIZADO APÓS ABLAÇÃO POR
COMPLEXO QRS CATETER
ALARGADO INDICATIVO DE MOSTRANDO RITMO SINUSAL
PADRÃO WOLFF-PARKINSON- NORMAL, SEM EVIDÊNCIA DE
WHITE PRÉ-EXCITAÇÃO
CONCLUSÃO DO ARTIGO

A FA pré-excitada é um diagnóstico diferencial que os médicos do


pronto-socorro devem ter em mente ao tratar pacientes com
taquicardias irregulares de complexos largos. Nestes pacientes, os
medicamentos bloqueadores do nodo AV promoverão a condução
ao longo do AP, aumentando o risco de desenvolvimento de FV e,
portanto, devem ser evitados. O tratamento agudo da FA pré-
excitada
deve ter como objetivo o controle da frequência ventricular e,
idealmente, a reversão ao ritmo sinusal. A abordagem preferida de
tratamento a longo prazo é a ablação por cateter.
FONTES
https://aps-repo.bvs.br/aps/o-que-e-a-
sindrome-de-wolff-parkinson-white/
MUITO
OBRIGADAA
PELA ATENÇÃO!!!!

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