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ARRITMIAS

Prof. Enf. Esp. Alisson Bruno


CONCEITO
 Qualquer alteração no ritmo cardíaco normal é
chamada de arritmia. A condição ocorre quando os
impulsos elétricos do coração não funcionam da maneira
correta, provocando batimentos acelerados (taquicardia),
lentos (bradicardia) ou até mesmo irregulares.
 Para ser considerada normal, a frequência cardíaca deve
girar em torno de 60 a 100 batimentos por minuto.
 Os batimentos cardíacos envolvem uma série complexa
de eventos, no qual as câmaras do coração (átrios e
ventrículos) relaxam e se contraem. 
 Em corações saudáveis, cada batimento começa e é
controlado pelo nó sinusal (SA), um marca-passo
natural que produz impulsos elétricos.
 Esses impulsos viajam pelos átrios e, posteriormente,
para os ventrículos, garantindo assim o sistema de
bombeamento do sangue.
 A frequência cardíaca ou pulso se dá pelo número de
sinais que o nó sinusal produz por minuto, determinando
o ritmo dos batimentos do coração. Quando esse valor
varia entre 60 a 100, dizemos que o coração do indivíduo
está funcionando perfeitamente.
ARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES
 Essas alterações atingem a parte superior do coração
(átrios) e são consideradas taquicardias, ou seja,
frequências cardíacas aceleradas. Também podem
iniciar-se no nó atrioventricular, um grupo de células
localizadas entre os átrios e ventrículos.
FIBRILAÇÃO ATRIAL
 Bastante frequente, a fibrilação atrial é o tipo mais
comum de arritmia grave. Comumente, atinge idosos e
se caracteriza pelo batimento irregular das câmaras
atriais. Nesses casos, as contrações são rápidas e podem
gerar uma frequência superior a 300 batimentos por
minuto.
 Diferentemente dos corações saudáveis, na fibrilação
atrial os sinais elétricos não começam no nó sinsusal e
sim em outras partes dos átrios ou veias pulmonares
próximas.
FLUTTER ATRIAL
 Semelhante a fibrilação atrial, o flutter também produz
sinais elétricos nos átrios em um ritmo acelerado. Nesse
caso, porém, o processo ocorre de maneira irregular.
Apesar de menos comum, também pode ser considerada
uma condição séria.
TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR
(TSV)

 A TSV caracteriza-se por um ritmo cardíaco regular e


acelerado. Nesses casos, o paciente notará batimentos
rápidos que se começam e terminam repentinamente,
podendo durar segundos ou horas. É comum que a
frequência esteja entre 160 e 200 batimentos por
minuto.
ARRITMIAS VENTRICULARES
 As arritmias ventriculares são aquelas iniciadas na parte
inferior do coração (ventrículos). Essas alterações
tendem a ser mais perigosas e comumente estão
relacionadas à problemas cardíacos.
FIBRILAÇÃO VENTRICULAR
 A fibrilação ventricular provoca ritmo irregular, com
contrações rápidas e não-coordenadas. Tal condição
faz com que os ventrículos não bombeiem o sangue de
maneira adequada. Por isso, a alteração é considerada
uma arritmia grave, podendo resultar em parada
cardíaca súbita e óbito.
TAQUICARDIA VENTRICULAR
 Caracterizada pela batida rápida e regular dos
ventrículos, a taquicardia ventricular pode apresentar
durações variadas. Em situações que duram mais
tempo, é possível que a alteração se desenvolva para
uma arritmia mais grave, como a fibrilação ventricular.
ARRITMIA EM CRIANÇAS
 O coração de um recém-nascido costuma bater entre 95 a
160 vezes por minuto. À medida em que a criança vai
crescendo, essas taxas vão diminuindo.

 Assim como nos adultos, as causas para quadros de


arritmias pediátricas podem estar relacionadas à defeitos
no coração, que surgem desde o nascimento. Em
outros casos, a condição pode surgir ao longo da
infância.
CAUSAS
 É provocada pela interrupção ou mau funcionamento dos
impulsos elétricos que controlam os batimentos
cardíacos. Suas causas podem estar relacionadas a
problemas cardíacos e outras condições
 Insuficiência cardíaca;

 Ataque cardíaco (infarto);

 Cicatrização do tecido cardíaco após um infarto;

 Artérias bloqueadas no coração (doença arterial


coronariana);
 Alterações na estrutura do coração, como a
cardiomiopatia.
CAUSAS
 Existem também as causas não relacionadas a problemas cardíacos:

 Hipertireoidismo;
 HAS;

 Abuso de álcool ou cafeína;

 Anemia;

 Estresse;

 DM;

 Síndrome do pânico;

 Apneia do sono;

 Genética;

 Doença de Chagas;
FATORES DE RISCOS
 Problemas cardíacos – artérias estreitas, válvulas cardíacas
com funcionamento anormal.
 Pessoas idosas: a velhice contribui para o surgimento de
doenças cardíacas;
 Hipertensão: a pressão alta aumenta o risco de desenvolver
doença arterial coronariana;
 Diabetes: nos casos não controlados, há maior chance do
surgimento de doença arterial coronariana;
 Alcoolismo: o abuso de álcool regularmente pode afetar os
impulsos elétricos no coração;
 Desequilíbrio eletrolítico: a alta ou baixa presença de
eletrólitos no sangue pode afetar o funcionamento do
coração;
FATORES DE RISCO
 Excesso de cafeína ou nicotina: estimulantes podem
aumentar a frequência cardíaca e favorecer o surgimento
de arritmias graves;
 Doença cardíaca congênita: defeitos presentes desde o
nascimento que afetam o funcionamento do coração;
 Obesidade: aumenta o risco de hipertensão arterial e,
consequentemente, arritmia;
 Drogas ilegais: anfetaminas e cocaína podem causar
fibrilação ventricular e outras arritmias.
SINTOMAS
 Em muitos casos o paciente não sentirá qualquer sintoma
da doença. 
 Em casos mais graves:

 Palpitação;

 Tontura;

 Desmaio ou sensação de desmaio;

 Dispneia;

 Sudorese;

 Dor no peito;

 Visão turva.
DIAGNÓSTICO
 Eletrocardiograma

 Holter 24h
DIAGNÓSTICO
 Cateterismo cardíaco (angiografia coronária)
Exame invasivo, com anestesia local, o cateterismo
cardíaco insere tubos finos e flexíveis (cateteres) nos vasos
sanguíneos dos braços, virilha ou pescoço do paciente.
Com o auxílio de um equipamento de raio-X, esses tubos
serão guiados até o coração, a fim de analisar o interior das
artérias coronárias ou avaliar o funcionamento das válvulas
e músculo cardíaco.
DIAGNÓSTICO
EXAME DE SANGUE E DE URINA
 Eletrólitos;
 Urina 1 + Urocultura.
PREVENÇÃO
 Manter uma alimentação equilibrada, com baixa ingestão
de sal e gorduras;
 Não ingerir ou exceder o consumo de álcool e cafeína;

 Praticar atividades físicas regularmente;

 Não fumar;

 Controlar a pressão arterial;

 Controlar os níveis de colesterol;

 Evitar o sobrepeso.
AVALIAÇÃO LABORATORIAL
 Básica
 . Exame de urina: bioquímica e sedimento

 2. Creatinina

 3. Potássio

 4. Glicemia

 5. Colesterol Total

 6. ECG de repouso

Complementar – Cardiovascular
 1. Monitorização ambulatorial da PA (MAPA)

 2. Ecocardiograma

 3. Radiografia de tórax

 4. Teste de esforço (paciente com risco coronariano)


 Complementar - Bioquímica
 Triglicérides
 Ácido úrico

Complementar – Bioquímica
 Proteinúria de 24 horas
 hemoglobina
 Cálcio
 TSH
REFERÊNCIAS
 Pedroso ERP, Oliveira RG. Blackbook Clínica Médica
2009;01: 258 – 272
 V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (V DBH). Rev
Bras Hipertens 2006;11 (4);256-312.

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