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Assistência de Enfermagem ao indivíduo

com alterações do Sistema Cardiovascular

Disciplina: Clinico Cirúrgico I


Prof. Danilo F. Santos
Bacharel em Enfermagem - 2016
Pós - Graduação em Urgência e Emergência
Docência do superior.
Saúde Coletiva ênfase na saúde da Família.

2023 - I
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Função do sistema cardiovascular:
 Levar sangue para os tecidos, fornecendo assim, os nutrientes essenciais
para o metabolismo das células, enquanto ao mesmo tempo, remove os
produtos finais do metabolismo das células.
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Movimento do sangue nas cavidades cardiovasculares
SISTEMA CARDIOVASCULAR
SISTEMA CARDIOVASCULAR
Doenças Cardiovasculares

 Cardio  coração;
 Vasculares  vasos sanguíneos.
Afetam o coração e os vasos sanguíneos
(artérias, veias e vasos capilares).
Doenças Cardiovasculares
Fatores de risco não modificáveis:

 Idade;

 Sexo;

 Genética.

O controle dos fatores de risco é especialmente necessário para


pessoas que já tiveram doença cardiovascular anterior.
Doenças Cardiovasculares
Fatores de risco modificáveis:
 Cigarro,
 Sedentarismo,
 Obesidade,
 Diabetes,
 Colesterol aumentado,
 Triglicerídeos aumentados,
 Pressão alta.

São considerados os principais


fatores de risco para o
desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.
Hipertensão arterial (HAS)
É uma doença crônica não transmissível (DCNT) definida por elevação persistente
da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou
PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg, medida com a técnica correta, em
pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação antihipertensiva.

 É uma condição clínica de natureza multifatorial caracterizada por níveis elevados


da pressão arterial.

 É o principal fator de risco modificável para doenças cardiovasculares (DCV).

 20% de toda a população tem níveis de pressão arterial acima do normal.

 Nos idosos  Atinge metado desta população.


Hipertensão arterial (HAS)
Hipertensão arterial (HAS)
 Esta frequentemente associado a alterações funcionais:

 Coração;
 Encéfalo;
 Rins;
 Vasos sanguíneos;
 Alterações metabólicas.

Aumento do risco de
eventos cardiovasculares
Fatais e não-fatais.
Hipertensão arterial (HAS)
Orgão mais afetados pela hipertensão arterial:
Hipertensão arterial (HAS)
Causas
 da hipertensão arterial:
Hipertensão arterial (HAS)
Prevenção
 da hipertensão arterial:
Hipertensão arterial (HAS)
Pressão arterial Sistólica e Diastólica
 A contração do músculo cardíaco é chamada de sístole 
Pressão sistólica.

 O relaxamento do músculo cardíaco é chamado de diástole 


Pressão Diastólica.
Hipertensão arterial (HAS)
Hipertensão arterial (HAS)
Hipertensão arterial (HAS)
Hipertensão arterial (HAS)
Hipertensão arterial (HAS)
Técnica de Verificação da
Pressão Arterial
 Verificar a pressão arterial com técnica adequada!

 Medir após cinco minutos de repouso;

 Evitar o uso de cigarro e de bebidas com cafeína nos 30 minutos


precedentes;

 A câmara inflável (manguito) deve cobrir pelo menos dois terços da


circunferência do braço;

 Caso o paciente tenha feito atividade física extenuante deve-se


aguardar pelo menos 1 hora;

 O paciente deve estar sentado, com o braço apoiado na altura do


coração, palma da mão voltada para cima;
Técnica de Verificação da
Pressão Arterial
 As pernas devem estar descruzadas e os pés apoiados no chão;

 Durante a verificação da PA o paciente não deve falar;

 Palpar o pulso braquial e radial e inflar o manguito até 30mmHg


acima do valor em que o pulso deixar de ser sentido;

 Posicionar o estetoscópio na fossa cubital do braço (Em cima da


artéria braquial) que está sendo aferida a PA;

 Desinflar o manguito lentamente (2 mmHg/seg).


Técnica de Verificação da
Pressão Arterial
Técnica de Verificação da
Pressão Arterial
 Observar o manômetro, o ponto em que são ouvidos os
primeiros batimentos;

 Observar o ponto em que houve desaparecimento dos sons

 Retirar todo o ar do manguito, remove-lo e deixar o paciente


confortável.
Insuficiência cardíaca (IC)
A insuficiência cardíaca é uma doença do músculo do coração,
que resulta em um déficit de bombeamento do sangue pelo
coração causado pelo aumento da pressão arterial.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a
insuficiência cardíaca um problema de saúde pública.

 Segundo um estudo do Sistema Único de Saúde (SUS), essa foi a


principal causa de internações no Brasil em 2009, com 300 mil
pacientes.

 Nos Estados Unidos, são mais de 600 mil novos casos


anualmente.
Insuficiência cardíaca (IC)
Sintomas de Insuficiência cardíaca:
 O principal é o cansaço após uma situação de esforço.

Esforço :

Levantar da cama,
Levantar de uma cadeira,
Caminhar até o banheiro,
Conversar.
Insuficiência cardíaca (IC)
Sintomas de Insuficiência cardíaca:
Fase
 Edema nas pernas;
aguda
 Aumento do volume abdominal;

 Dilatação do coração e palpitações;

 Palidez cutânea;

 Sudorese fria;

 Dificuldade para dormir com cabeceira baixa


Insuficiência cardíaca (IC)
Sintomas de Insuficiência cardíaca:
Insuficiência cardíaca (IC)
Insuficiência Cardíaca Esquerda

 Congestão Pulmonar  o ventrículo esquerdo


não consegue bombear o sangue para fora do
compartimento.

 A pressão no átrio esquerdo aumenta, o que diminui o fluxo


sanguíneo procedente dos vasos pulmonares.

 O aumento resultante na pressão na circulação pulmonar força


o líquido para dentro dos tecidos pulmonares e alvéolos, o que
compromete a troca gasosa.
Insuficiência Cardíaca Esquerda (ICE)
Manifestações clínicas da ICE:
 Dispnéia e ortopnéia;

 Níveis de saturação de O2 abaixo do normal;

 Estertores pulmonares;

 Tosse produtiva com presença de secreção espumoso;

 A dispnéia pode ocorrer até mesmo em repouso.


Insuficiência Cardíaca Esquerda (ICE)

Manifestações clínicas da ICE:

 Em geral, pacientes desse tipo devem recostar-se com auxílio


de travesseiros.

 Essa posição diminui a pressão sobre os pulmões, auxilia a


entrada e saída de ar melhorando as trocas gasosas.

 O líquido que se acumula nos membros pendentes durante o


dia, começa a ser reabsorvido para dentro do sangue
circulante. E durante a noite eles ficam desconfortáveis.
Insuficiência Cardíaca Esquerda (ICE)
Manifestações clínicas da ICE:
,

 A tosse associada à insuficiência ventricular esquerda pode ser


seca e não-produtiva, mas em geral, é produtiva.
 Escarro espumoso róseo (tinto de sangue).

CONGESTÃO PULMONAR GRAVE­.

EDEMA PULMONAR
Edema Agudo de Pulmão (EAP)

O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica de


insuficiência respiratória aguda hipoxêmica, decorrente de etiologias
variadas, decorrente do enchimento alveolar por líquidos,
dificultando a hematose.

JIMENA TEIXEIRA
Edema Agudo de Pulmão (EAP)
Sintomas:
 Dispnéia (falta de ar);  Sudorese e palidez;
 Taquipnéia;  Aumento da PA;
 Tosse (Sangue/ Espumosa)  Dor no peito (aperto);
 Taquicardia;  Cianose
 Chiado no peito
Edema Agudo de Pulmão (EAP)
 A medida que a insuficiência se agrava e a congestão pulmonar
aumenta, os estertores (ruidos pulmonares) podem ser
auscultados por todos os campos pulmonares.
 Quando ocorre essa diminuição de ejeção sanguínea, ocorre
também diminuição de suprimento de oxigênio a todos os
órgãos.
 A medida que aumenta a ansiedade, aumenta a dispnéia.

 A estimulação do sistema simpático também provoca a


constrição dos vasos periféricos, de modo que a pele parece
pálida ou acinzentada mostrando-se fria e pegajosa.
Sinais e sintomas como:
Insuficiência Respiratória Aguda
 Batimento de Asa de Nariz
 Tiragem Intercostal
 Retração de Fúrcula
 Uso de Musculatura acessória
Sons Estertores Crepitantes por EAP
Quadro Grave do Edema Agudo de Pulmão
Coloração da espuma brônquica também
pode se apresentar esbranquiçada
Edema Agudo de Pulmão (EAP)
Volume ventricular
ejetado

Taquicardia

Palpitações.

Pulsos

Fracos e filiformes
Insuficiência Cardíaca Direita (ICD)
 Quando o ventrículo direito falha  Ocorre congestão das
vísceras e dos tecidos periféricos.

 Isso ocorre porque o lado direito do coração não consegue


ejetar o sangue ,dessa maneira, não consegue acomodar todo
o sangue que normalmente retorna para ele, a partir da
circulação venosa.
Insuficiência Cardíaca Direita (ICD)
As manifestações clínicas observadas são:
 Edema dos membros inferiores (edema gravitacional);
 Ascite (acúmulo de líquido na cavidade peritoneal);
 Ganho de peso;
 Hepatomegalia (aumento do fígado);
 Distensão das veias do pescoço;
 Anorexia e náuseas;
 Noctúria;
 Fraqueza.
Insuficiência Cardíaca Direita (ICD)
 O edema pode progredir
gradualmente para cima,
através das pernas e coxas
e eventualmente, para a
genitália externa e parte
inferior do tronco.

 O edema sacral é comum


em pacientes que ficam em
repouso no leito, porque a
área sacral é a área mais
baixa.
Insuficiência Cardíaca Direita
Sinal de cacifo ou Sinal de Godet  É um sinal clínico avaliado por
meio de pressão digital sobre a pele, por meio de 5 segundos, a fim de
evidenciar edema. É considerado positivo se a depressão “ cacifo” não
se desfizer imediatamente após a descompressão.

O edema
fica
evidente
somente
depois de
uma
retenção
mínima de
4,5 kg de JIMENA TEIXEIRA
líquido.
Insuficiência Cardíaca Direita (ICD)
Insuficiência Cardíaca Direita (ICD)

Hepatomegalia Ingurgitação
Dor no quadrante superior venosa do
direito do abdome fígado.

PA ↑  Disfunção hepática
secundária.

À medida que a disfunção hepática


progride, a pressão dentro da circulação
porta pode aumentar o suficiente para
forçar o líquido para dentro da cavidade
abdominal, uma condição conhecida como
ascite.
Insuficiência Cardíaca Direita
“Falta de Ar”

Ascite (Dispnéia)

Acúmulo de líquido
na cavidade Drenagem do
peritoneal Liquido
abdominal Desconforto
(Paracentese) Abdominal
Insuficiência Cardíaca Direita

 ASCITE  Aumenta a pressão sobre o estômago e intestinos 


Desconforto gastrointestinal.
 A anorexia (perda de apetite), náuseas ou dor abdominal resultam do
ingurgitamento venoso e da estase venosa dentro dos órgãos abdominais.
 HEPATOMEGALIA  Aumenta a pressão sobre o diafragma  Angústia
respiratória.
 A noctúria  A diurese é mais comum à noite, porque o débito cardíaco é
melhorado pelo repouso.

 A fraqueza que acompanha a insuficiência direita deve-se ao débito cardíaco


reduzido e circulação comprometida.
Insuficiência Cardíaca
 A IC à esquerda afeta a parte pulmonar.

 A IC à direita afeta a periféria.

R
E ICC ESQUERDA ICC DIREITA
S
U
MI Edema Pulmonar Hepatomegalia
N Dispnéia Ascite
D Ortopneia Edema em membros
O
Cuidados de enfermagem em
paciente com Insuficência cardíaca

JIMENA TEIXEIRA
Insuficiência Cardíaca
Cuidados de enfermagem
 Monitorizar a ingestão e a excreção do paciente, ou seja realizar
controle de diurese (CD) + balanço hidrico (BH);
 Manter a posição de Fowler para facilitar a respiração;

 Avaliar a distensão venosa jugular, edema periférico;

 Administrar dieta hipossódica;

 Promover restrição hídrica;

 Manter o paciente em repouso, observando o grau de atividade a


que ele poderá se submeter;
Insuficiência Cardíaca
Cuidados de enfermagem
 Apoiar emocionalmente o cliente e familiares, promover
ambiente calmo e tranquilo;
 Administrar medicamentos conforme prescrição médica,
adotando cuidados especiais;
 Explicar antecipadamente os esquemas de rotina e as estratégias
de tratamento;
 Monitorizar a resposta ao tratamento de diurético;

 Controle de infusões (SN – usar Bomba de Infusão);

 Observar o aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação


medicamentosa;
Insuficiência Cardíaca
Cuidados de enfermagem
Cuidados com a administração de diuréticos:
 Oferecer o medicamento pela manhã;
 Realizar balanço hídrico;
 Pesar o paciente diariamente;
 Observar sinais de fraqueza, mal estar, câimbras
musculares;
DÚVIDAS???
Referência Bibliográfica:
 Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020
http://abccardiol.org/wp-content/uploads/2020/11/DBHA-2020_
portugues_AOP.x14831.pdf

 Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda


http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2018/v11103/
pdf/11103021.pdf
Lembrem-se: O sucesso é a soma dos esforços
realizados dia aos dia!!
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