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1. Introdução...................................................................... 3
2. Quadro Clínico.............................................................. 9
3. Tratamento..................................................................10
Referências bibliográficas..........................................21
FIBRILAÇÃO ATRIAL 3
SAIBA MAIS!
Os pacientes possuidores de via acessória de condução atrioventricular, além do sistema de
condução fisiológico, podem manifestar em seu eletrocardiograma basal uma pré-excitação
ventricular, manifestada no eletrocardiograma como um empastamento inicial do complexo
QRS (onda delta) (Figura 6). Isto ocorre, pois a condução anterógrada pela via acessória pode
começar a despolarizar os miócitos ventriculares antes do tempo esperado, ou seja, antes da
progressão do estímulo pelo sistema de condução normal do coração. Como resultado, além
da onda delta, observa-se um intervalo PR encurtado. Este acho eletrocardiográfico é chama-
do de padrão de Wolff-Parkinson-White (WPW).
Quando é observado o padrão de WPW associada a uma arritmia, tem-se a Síndrome de
Wolff-Parkinson-White (perceba que Padrão de WPW é diferente da Síndrome de WPW).
As principais arritmias associadas à Síndrome de WPW são taquicardia por reentrada atrio-
ventricular e a FA, esta última sendo a mais perigosa.
Diante de uma FA associada ao WPW, é proscrito o uso de drogas que atuam lentificando a
condução pelo nodo atrioventricular (AV) (como a adenosina, digoxina, bloqueador de canais
de cálcio, betabloqueadores). Tal conduta interromperia a condução pelo nodo AV, de modo
que todo o estímulo fibrilatório atrial chegaria aos ventrículos diretamente pela via acessória,
o que gera um risco proibitivo de induzir uma fibrilação ventricular.
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quisa por causas reversíveis de FA Pacientes com doenças de prognóstico ruim, em que
os riscos da cardioversão são maiores que os benefí-
devem ser feitas em todos os pa-
cios relacionados a manutenção do ritmo sinusal
cientes.
Baixa chance de reversão da FA ou alta proba-
O próximo passo é a decisão de qual bilidade de recidiva da arritmia, tais como: FA
de longa data ou aumento significativo de átrio
estratégia será utilizada no tratamen-
esquerdo no paciente com cardiopatias
to dos pacientes:
Tabela 1. Fatores analisados para escolha da estratégia
terapêutica do paciente com FA
Fonte: Martins (2017)
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Controlar a FC
Reverter em até 7 dias
Taquicardiomiopatia
Ritmo irregular
Embolia Arterial em MMII Persistente
AVE isquêmico FA
Reversão não será + tentada
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
Manning WJ et al. Atrial fibrillation: Anticoagulant therapy to prevent thromboembolism. Up-
ToDate, 2019.
Martins HS. Medicina de emergências. 12. ed. Barueri, SP: Manole, 2017
Velasco IT, Brandão-Neto RA, Souza HP et al. Medicina de emergências. 13ª ed. Barueri, SP:
Manole, 2019
Zipes DP, Libby P, Bonow RO et al. Braunwald’s Heart Disease: A Textbook of Cardiovascu-
lar Medicine 11th. Elsevier, 2018.
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