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Tal síndrome pode ser causada por alterações estruturais ou funcionais cardíacas e
caracteriza-se por sinais e sintomas típicos, que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das
elevadas pressões de enchimento no repouso ou no esforço.
Implícito na definição de IC está o conceito de que a ela possa ser causada por anormalidade
na função sistólica, produzindo redução do volume sistólico (IC sistólica) ou anormalidade na
função diastólica, levando a defeito no enchimento ventricular (IC diastólica), que também
determina sintomas típicos de IC.
No entanto, é importante salientar que, em muitos pacientes, coexistem as disfunções
sistólica e a diastólica. Assim, convencionou-se definir os pacientes com IC de acordo com a
fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE).
Epidemiologia
A síndrome mantém-se como patologia grave, afetando, no mundo, mais de 23 milhões de
pessoas.
A sobrevida após 5 anos de diagnóstico pode ser de apenas 35%, com prevalência que
aumenta conforme a faixa etária (aproximadamente de 1% em indivíduos com idade entre 55 e 64
anos, chegando a 17,4% naqueles com idade maior ou igual a 85 anos).
Etiologias
A doença reumática e a doença de chagas (DC), embora menos relevantes do que no
passado, continuam presentes, gerando quadros graves. Esta última esteve relacionada ao
atendimento ambulatorial de até 21% de portadores de IC. Em subanálise envolvendo dados de dois
ensaios clínicos multicêntricos, a cardiopatia chagásica causou IC em pacientes mais jovens, com
pior qualidade e anos de vida, quando comparada a outras etiologias.
3. Compreender o quadro clínico e o exame físico da ICC.
Quadro clínico
4. Conhecer o diagnóstico e as classificações da ICC.
Diagnóstico
Critérios de Fragmingham
Eletrocardiograma
Radiografia de Tórax
Ecocardiograma transtorácico
BNP e NT-proBNP
Classificações
FEVE – Fração de ejeção ventrículo esquerdo
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFEr) < 40%;
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção intermediária (ICFEi): 40 a 50%;
insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEp) > 50%.
5. Conhecer o tratamento da ICC.
Restrição de sódio
Recomenda-se que se evite ingesta excessiva de sódio (em níveis > 7 g de sal cloreto de
sódio por dia) para todos pacientes com IC crônica.
Restrição hídrica
Com base nas evidências disponíveis, não é possível estabelecermos recomendações
específicas e detalhadas sobre o emprego de restrição hídrica em pacientes com IC crônica.
Vacinação
Reabilitação cardiovascular
O treinamento físico regular é seguro, aumenta a tolerância aos exercícios, melhora a
qualidade de vida e reduz hospitalizações por IC.
Recomendados:
Desencorajados:
Exercícios extenuantes ou puramente isométricos
Atividade laborativa
O retorno ao trabalho é importante, tanto financeiramente, quanto para o estado
emocional e a autoestima.
Analisa a manutenção de forma indivdual, dependendo do trabalho.
Atividade sexual
Pacientes com IC frequentemente relatam problemas sexuais, e aproximadamente 25%
referem completa suspensão da vida sexual, devido aos sintomas e/ou a impotencia e diminuição
do libido devido aos medicamentos.
AHA publicou posicionamento científico sobre atividade sexual e doença cardiovascular,
atestando segurança para pacientes com IC em classes funcionais I a II da NYHA, mas sugere
que pacientes com IC descompensada ou avançada não devem ter atividade sexual até que sua
condição esteja estabilizada.
Planejamento familiar
Pacientes com fração de ejeção gravemente reduzida e em classes funcionais III e IV
devem ser desencorajadas a engravidar.