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Para cada admissão por ICA, existe uma melhora em curto prazo; porém, o
paciente sai do hospital com uma diminuição na função cardíaca. Um dos
objetivos durante a hospitalização por ICA é prevenir a lesão cardíaca e renal
com o uso de terapias que salvam vidas.
Ou seja, a internação só prolonga a chegada do inevitável, dá mais tempo ao
indivíduo.
Independentemente do tipo de ICA o foco inicial tem um padrão:
Diagnóstico precoce, descongestão como foco inicial, assim como das
comorbidades, e tratamento intensivo.
Primeiro identificar o paciente que se encontra em risco imediato de vida, por
meio da avaliação do fator causal, da apresentação clínica, da presença de
arritmias ou bradiarritmias ou alterações isquêmicas agudas no ECG, e da
presença de elevação de troponina ou dos indicadores de inflamação.
Situações em que ele apresente quadros de:
• insuficiência respiratória aguda
• infarto agudo do miocárdio (IAM)
• choque cardiogênico
• edema agudo de pulmão
• taquiarritmia ou bradicardia,
• causa mecânica aguda
• emergência hipertensiva
• embolia pulmonar
• acidente vascular cerebral (AVC)/confusão mental/desorientação
• comorbidade descompensada
Em seguida vamos avaliar a suspeita clínica de IC aguda tem como
embasamento a identificação da presença de congestão pulmonar ou
sistêmica por meio da história clínica e do exame físico.
A história clínica pregressa ou de internação por IC bem definidos, assim como
identificação do fator causal ou agravante, são fortes indicadores de diagnóstico
positivo de IC aguda.
No exame físico usa os critérios de Framingham, para determinarmos IC
devemos encontrar 2 maiores OU 1 maior e 2 menores.
Os exames laboratoriais e de imagem devem ser solicitados na admissão
para complementar a avaliação clínica no diagnóstico da ICA, determinar o
fator causal e o diagnóstico diferencial, além de detectar comorbidades que
possam agravar a ICA, definir e quantificar a congestão pulmonar e sistêmica
e o baixo DC, assim como auxiliar no estabelecimento do perfil de risco
admissional e prognóstico intra-hospitalar.
Então a gente identifica pelos sintomas e história e já classifica/caracteriza
o perfil de ICA que estamos lidando com os quatro passos descritos no lá
em cima. Também levamos em conta se há comorbidades não CV
descompensadas para aí então avaliar o risco de prognóstico admissional.
A estimativa do perfil de risco admissional do paciente de mortalidade intra-
hospitalar deve ser estabelecida por meio do perfil de risco clínico, que avalia a
apresentação clínica da IC aguda e pelo escores de risco.
Essa atualização fala dos medicamentos que tem potencial de mudar a história
natural da síndrome, prolongando a sobrevida.
Bloqueadores Neuro-hormonais
É a pedra angular do tratamento da ICFEr. Institui-se o tratamento com as
dosagens máximas toleradas quando não há contraindicações destes. A gente
tem:
• IECA comprovação antiga, década de 80/90
• BRA nos intolerantes aos IECA pelos efeitos colaterais de tosse ou
angioedema
• Betabloqueadores (BB) como estratégia de antagonizar os efeitos
deletérios da hiperativação simpática nos pacientes com IC. Detém o
maior impacto em evitar a mortalidade individualmente com redução muito
precoce e significativa da morte súbita, redução da morte por progressão
da IC, redução de hospitalizações, além de indução do remodelamento
reverso.
• Antagonistas dos receptores mineralocorticóides (ARM)
O efeito benéfico é visto em dois aspectos da fisiopatologia da ICFEr:
Primeiro, a disfunção miocárdica, que é um processo progressivo em que o
remodelamento ventricular avança como resultado do efeito tóxico sobre o
miocárdio de biomoléculas efetoras finais dos eixos neuro-hormonais
reflexamente ativados na IC, induzindo fibrose e destruição de fibras cardíacas.
Portanto, o bloqueio desses eixos neuro-hormonais retarda ou reverte a
disfunção miocárdica induzindo remodelamento reverso e aumentando a
sobrevida.
Segundo, as manifestações clínicas cardinais da IC, incluindo edema, dispneia
e redução da capacidade funcional, são em grande parte causadas ou agravadas
pela própria ativação neuro-hormonal com seus efeitos de retenção de sódio e
água, acentuação da inflamação sistêmica e desenvolvimento da miopatia
esquelética.