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Completo
Etiologia
Epidemiologia
No Brasil, a prevalência de IC é de aproximadamente 2 milhões de pacientes, e sua
incidência é de 240.000 novos casos por ano.
A alta taxa de mortalidade em cidades na região sudeste pode estar associada à
raça/etnia de pessoas afetadas pela IC, com maior prevalência entre os brancos.
Fisiologia
Determinam-se contratilidade cardíaca (força e velocidade da contração), desempenho
ventricular e demanda de oxigênio miocárdico por
Pré-carga
Pós-carga
Fisiopatologia
A Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) ocorre quando o coração não consegue gerar
um débito sanguíneo adequado para suprir as necessidades metabólicas dos tecidos ou
somente consegue fazê-lo sob pressões de enchimento acima do normal. Em casos
raros, a insuficiência cardíaca pode surgir devido ao aumento significativo das
demandas teciduais, como no hipertireoidismo, ou da incapacidade de transportar
oxigênio suficiente, como na anemia (insuficiência de alto débito). A manifestação da
ICC pode ser súbita, como em infartos extensos do miocárdio ou disfunção valvar
aguda. Em muitos casos, ela se desenvolve gradualmente devido aos efeitos
cumulativos da sobrecarga crônica de trabalho ou perda progressiva de miocárdio.
Quando o coração comprometido não consegue bombear eficazmente o sangue, ocorre
um aumento nos volumes ventriculares diastólicos finais, pressões diastólicas finais e
pressões venosas elevadas. O débito cardíaco inadequado, conhecido como
insuficiência anterógrada, geralmente é acompanhado pelo aumento da congestão na
circulação venosa, ou seja, insuficiência retrógrada. Embora a origem da ICC
geralmente seja a disfunção cardíaca, ao longo do tempo, praticamente todos os órgãos
são afetados por uma combinação de insuficiência anterógrada e retrógrada.
O sistema cardiovascular tenta compensar a redução da contratilidade miocárdica ou o
aumento da carga hemodinâmica por meio de vários mecanismos homeostáticos:
O coração pode não suprir os tecidos com a quantidade adequada de sangue para as
necessidades metabólicas; a elevação relacionada ao coração da pressão venosa
pulmonar ou sistêmica pode resultar na congestão de órgãos. Essa condição pode
decorrer das alterações da função sistólica, diastólica ou, geralmente, de ambas.
Embora uma anormalidade primária possa ser uma mudança na função do
cardiomiócito, há também mudanças na rotação de colágeno da matriz extracelular. Os
defeitos cardíacos estruturais (p. ex., congênitos, desordens valvares), anormalidades
rítmicas (incluindo alta frequência cardíaca persistente) e altas demandas metabólicas
(p. ex., decorrente de tireotoxicoses) também podem causar insuficiência cardíaca.
Pacientes com FEVE entre 41% e 49% estão em uma zona intermediária e foram
recentemente classificados como portadores de IC com fração de ejeção levemente
reduzida (ICFElr — 1).
Outros termos descritivos comuns da insuficiência cardíaca são aguda ou crônica;
débito alto ou baixo; dilatada ou não dilatada; e isquêmica, hipertensiva ou
cardiomiopatia dilatada idiopática. O tratamento difere a depender de a apresentação da
insuficiência cardíaca ser aguda ou crônica.
Insuficiência VE
Resposta cardíaca
Na ICFEr, a função ventricular sistólica esquerda está excessivamente comprometida;
assim é necessária uma pré-carga mais elevada para manter o débito cardíaco. Como
resultado, os ventrículos são remodelados ao longo do tempo: durante a remodelagem o
VE torna-se menos ovoide e mais esférico, dilatado e hipertrofiado; o VD dilata-se e
pode hipertrofiar-se. Inicialmente compensatória, a remodelação pode estar associada a
desfechos adversos porque as alterações com o tempo aumentam a rigidez diastólica e
a tensão da parede (isto é, desenvolve-se disfunção diastólica), comprometendo o
Respostas hemodinâmicas
Com a redução do débito cardíaco, a liberação para os tecidos de oxigênio é mantida
pelo aumento da extração de oxigênio do sangue e, às vezes, pelo deslocamento da
curva de dissociação de oxi-hemoglobina (ver figura Curva de dissociação da oxi-
hemoglobina ) para a direita a fim de favorecer a liberação de oxigênio.
A redução do débito cardíaco com pressão arterial sistêmica mais baixa ativa os
barorreflexos arteriais, aumentando o tônus simpático e diminuindo o tônus
parassimpático. Como resultado, desenvolvem-se aumento da frequência cardíaca e
contratilidade miocárdica, constrição de arteríolas de leitos vasculares selecionados,
constrição venosa e retenção de sódio e água. Tais alterações compensam a redução
do desempenho ventricular e ajudam a manter a homeostase hemodinâmica nos
estágios iniciais da insuficiência cardíaca. Mas essas alterações compensatórias
aumentam o trabalho cardíaco, pré e pós-carga, reduzem a perfusão coronariana e
renal, provocam acúmulo de líquido que acarreta congestão, aumentam a excreção de
potássio e podem causar necrose dos cardiomiócitos e arritmias.
Respostas renais
À medida que a função cardíaca se deteriora, diminui o fluxo sanguíneo renal (devido a
baixo débito cardíaco). Além disso, pressões venosas renais aumentam, levando à
congestão venosa renal. Essas alterações resultam em diminuição na taxa de filtração
glomerular e o fluxo sanguíneo dentro dos rins é redistribuído. A fração de filtração e o
sódio filtrado diminuem, mas a reabsorção tubular aumenta, levando à retenção de
sódio e água. O fluxo sanguíneo é redistribuído ainda mais para fora dos rins durante
esforços, mas melhora durante repouso.
A diminuição da perfusão dos rins (e possivelmente a diminuição do estiramento
sistólico arterial secundário ao declínio da função ventricular) ativa o sistema renina-
angiotensina-aldosterona (SRAA), aumentando a retenção de sódio e água, além dos
tônus vascular renal e periférico. Esses efeitos são exacerbados pela ativação simpática
intensa que acompanha a insuficiência cardíaca.
O sistema renina-angiotensina-aldosterona-vasopressina (ADH) desencadeia uma
cascata de efeitos potencialmente deletérios. Angiotensina II piora a insuficiência
cardíaca causando vasoconstrição, incluindo vasoconstrição renal eferente, e
aumentando a produção de aldosterona, que intensifica a reabsorção de sódio no
néfron distal e também provoca deposição de colágeno e fibroses miocárdica e
vascular. A angiotensina II aumenta a liberação de noradrenalina, estimula a
Respostas neuro-humorais
Em condições de estresse, as respostas neuro-humorais ajudam a aumentar função
cardíaca e a manter pressão arterial e perfusão de órgãos, mas a ativação crônica
dessas respostas é deletéria ao equilíbrio entre hormônios estimulantes do miocárdio e
vasoconstritores e entre hormônios relaxantes do miocárdio e vasodilatadores.
Pulmões
Fatores de risco
1 – Hipertensão
Quando o paciente tem pressão alta, o coração precisa fazer mais força para bombear o
sangue. No início, isso pode levar ao aumento de espessura do músculo cardíaco, uma
condição chamada hipertrofia. O coração espessado não consegue acomodar bem o
sangue que está passando, e isso reduz sua capacidade de bombeamento e o paciente
desenvolve insuficiência cardíaca.
Com o tempo, essa sobrecarrega enfraquece as fibras do músculo cardíaco, reduzindo,
assim, a força de contração do coração, o que agrava a insuficiência cardíaca;
O infarto do miocárdio ocorre quando há uma interrupção de fluxo sanguíneo para uma
determinada área do coração; as células dessa área afetada morrem e com isso o
coração perde a força da sua contração.
As artérias coronárias levam sangue para o músculo cardíaco e a causa mais comum de
obstrução é a aterosclerose, as placas de gordura dentro das artérias.
3 – Válvulas cardíacas anormais:
Há dois tipos de problemas comuns na valva. O primeiro, quando elas não abrem de
modo adequado para a passagem do sangue, a chamada estenose. É mais comum nas
valvas aórtica e mitral e pode ser consequência de febre reumática, calcificação pela
idade ou problemas congênitos.
O segundo problema é quando as válvulas não fecham e com isso deixam passar
sangue na direção contrária ao fluxo correto. É a chamada insuficiência, e é comum nas
valvas mitral, aórtica e tricúspide.
Tanto a estenose como a insuficiência valvar sobrecarregam as fibras musculares, que
se espessam e com o tempo perdem a força de contração, desencadeando a
insuficiência cardíaca.
Acredita-se que a insuficiência cardíaca tenha origem familiar em 20-30% dos casos.
Isso ainda é fruto de investigação e no Brasil um grande estudo populacional está em
andamento para avaliar a incidência no nosso meio.
6 – Diabetes
8 – Anemia
A anemia grave pode deixar o coração acelerado, comuma demanda de trabalho maior
levando ao consumo de nutrientes de maneira excessiva e exaustão. Esse subtipo é
denominado insuficiência cardíaca de alto débito, quando o coração cansa de bater
10 – Quimioterapia
Alguns agentes quimioterápicos podem lesionar as fibras do coração comprometendo
sua capacidade de contrair. Essa complicação guarda relação com os tipos de
medicações utilizadas, doses e com fatores de risco de quem recebe; logo, o
acompanhamento cardíaco durante a quimioterapia é de fundamental importância para
a prevenção.
11 - Tabagismo
12 - Altos níveis de gordura no sangue
Manifestações clínicas
Sintomas típicos Sintomas menos típicos
5. Intolerância ao
exercício
Diagnóstico
Exames complementares
Exames de imagem
Ecocardiografia pode ajudar a avaliar as dimensões das câmaras, função valvar, fração
de ejeção VE, anormalidades no movimento da parede, hipertrofia VE, pressões de
enchimento de VE e ventrículo direito, função ventrículo direito e derrame pericárdico. É
possível detectar trombos e tumores intracardíacos, além de calcificações de valvas
cardíacas, anel mitral e alterações da parede da aorta. Anormalidades segmentares ou
localizadas no movimento da parede sugerem fortemente doença coronariana de base,
mas também podem existir na miocardite focal. A ecocardiografia com Doppler ou
Doppler colorido detecta com precisão valvopatias e derivações. A combinação da
avaliação com Doppler do influxo mitral com Doppler tecidual do ânulo mitral pode
ajudar a identificar e quantificar a disfunção diastólica do VE e as pressões de
enchimento do VE. Medição da FEVE pode distinguir entre ICFEp predominante
(FE ≥ 50%) e ICFER (FE ≤ 40%). É importante reenfatizar que a insuficiência cardíaca
pode ocorrer com FEVE normal. Ecocardiografia com rastreamento espiculado (útil para
detectar função sistólica subclínica e padrões específicos da disfunção miocárdica)
pode se tornar importante, mas atualmente só está disponível em centros
especializados.
Exames de sangue
Níveis séricos de BNP costumam ser altos na insuficiência cardíaca; essa descoberta
pode ajudar quando os achados clínicos não são claros ou outros diagnósticos (p. ex.,
doença pulmonar obstrutiva crônica) precisam ser excluídos. Isso pode ser
particularmente útil para os pacientes com história de doenças pulmonares e cardíacas.
Ecocardiograma
O Ecocardiograma Transtorácio Bidimensional com análise dos fluxos pelo método
doppler (Eco-2D-Doppler) é o teste diagnóstico por imagem preferencial para avaliação
inicial dos pacientes com suspeita de IC, não só por sua ampla disponibilidade, como
também por prescindir do uso de radiação ionizante. Como método amplamente
abrangente, o ecocardiograma pode identificar acuradamente a presença de alterações
estruturais cardíacas, incluindo anormalidade do miocárdio, das válvulas cardíacas e do
pericárdio, além de avaliar aspectos hemodinâmicos.
O ecocardiograma permite a avaliação simultânea de múltiplas variáveis relevantes, do
ponto de vista clínico, úteis para a compreensão das manifestações clínicas, auxiliando
no planejamento terapêutico e na estratificação prognóstica dos pacientes com IC. A
avaliação deve incluir análise da FEVE (idealmente pelo método de Simpson),
dimensões das cavidades cardíacas, espessura das paredes ventriculares, geometria
das cavidades ventriculares, mobilidade parietal segmentar ventricular, anormalidades
anatômicas ou funcionais das válvulas, avaliação do pericárdico, estimativa da pressão
sistólica na artéria pulmonar, função sistólica do ventrículo direito e análise da função
diastólica e estimativa das pressões de enchimento do ventrículo esquerdo (VE).A
avaliação tridimensional apresenta melhor acurácia na quantificação dos volumes
ventriculares e FEVE, porém, pela pouca disponibilidade, o método de eleição
permanece o Simpson.
Ecocardiograma transesofágico
Não é recomendado para avaliação rotineira dos pacientes com IC. Este método pode
ser aplicado em contextos específicos, como nas doenças valvares que demandem
melhor detalhamento anatômico ou funcional, suspeita de dissecção aórtica,
investigação adicional em pacientes com endocardite infecciosa, cardiopatias
congênitas complexas e investigação de trombo auricular em pacientes com fibrilação
atrial (FA) candidatos à cardioversão elétrica.
A ressonância magnética cardíaca (RMC) pode ser empregada como método alternativo
para as avaliações estrutural e funcional, naqueles pacientes em que o ecocardiograma
convencional se mostre inadequado pela pobre janela acústica. Pode ser empregada
para a caracterização anatômica diagnóstica em pacientes com IC e cardiopatia
congênita complexa.
A RMC ainda pode ser empregada para caracterização tissular miocárdica, contribuindo
para o diagnóstico de pacientes com suspeita clínica de doenças infiltrativas, como a
amiloidose e a sarcoidose, doenças de depósito, como a doença de Fabry e a
hemocromatose. Adicionalmente, a caracterização com alta resolução espacial da
PET
As imagens miocárdicas de tomografia por emissão de pósitrons com 18F-FDG (FDG-
PET) podem ser empregadas para a avaliação do metabolismo energético miocárdico e
indicar a presença de viabilidade miocárdica. As maiores limitações deste método
nuclear são a reduzida disponibilidade, o alto custo e o uso de radiação ionizante.
Angiotomografia coronária
A angiotomografia pode ser considerada método de imagem para a avaliação não
invasiva da presença de DAC nos pacientes com IC que tenham probabilidade baixa a
intermediária da presença de DAC, ou que apresentem resultados inconclusivos em
outros testes de imagem para avaliação de isquemia. Este método deve ser indicado
após se considerar seu risco para pacientes específicos, principalmente relacionados à
função renal e ao risco de toxicidade, devido ao contraste radiológico, além da
necessidade de bradicardia nesses pacientes para a obtenção de imagens diagnósticas
de boa qualidade.
Biomarcadores
BNP e NT-proBNP
A dosagem de peptídeos natriuréticos BNP ou NT-proBNP pode ser útil em casos de
dúvidas diagnósticas em pacientes com queixa de dispneia, podendo servir como
exame de triagem na atenção primária. Valores de BNP < 35 pg/mL ou NT-proBNP < 125
pg/mL praticamente excluem o diagnóstico de IC. Valores acima destes cortes
necessitam de avaliação clínica e complementar com ecocardiografia para confirmar o
diagnóstico, caso haja dúvidas pela avaliação clínica isolada. Além do valor no
diagnóstico da IC, os peptídeos natriuréticos apresentam importante valor prognóstico,
agregando informação ao exame clínico e a exames de rotina. Após o ajuste
medicamentoso, espera-se redução dos valores dos peptídeos natriuréticos em
resposta ao tratamento. A ausência desta redução ou o aumento dos valores indicam
mau prognóstico.99,100 Este monitoramento pode ser útil, quando há dúvidas na
resposta ao tratamento baseada nos parâmetros clínicos. Em pacientes em uso de
sacubitril/valsartana, a monitoração deve ser feita por meio do NT-proBNP, uma vez que
o sacubitril inibe a degradação do BNP, aumentando seus valores. A utilização de
peptídeos natriuréticos para guiar o tratamento por um alvo a ser atingido não está
indicada. O estudo com maior número de pacientes já realizado com este fim não
demonstrou benefícios.
Outros testes
Ultrassonografia torácica é um método não invasivo para detectar congestão pulmonar
em pacientes com insuficiência cardíaca. O "artefato de cauda de cometa" sonográfico
na ultrassonografia torácica corresponde ao achado radiológico das linhas B de Kerley.
Indica-se angiografia ou angiografia coronariana por TC quando há suspeita
de doença coronariana ou quando diagnóstico e etiologia são incertos.
Tratamento
Tratamento não medicamentoso
Mudanças de dieta e estilo de vida
Atividade física leve e regular (p. ex., caminhar) orientada pelos sintomas.
Atividade física previne a perda de condicionamento da musculatura
esquelética, o que piora o estado funcional; porém, essa atividade parece não
melhorar a taxa de sobrevida ou diminuir as internações. O repouso é apropriado
durante as agudizações. Reabilitação cardíaca formal com exercícios é útil para
ICFEr crônica e é provavelmente útil para pacientes com ICFEp.
Tratamento da causa
Tratamento multidisciplinar
Recomenda-se CDI para pacientes com boa expectativa de vida se tiverem taquicardia
ventricular sustentada sintomática ou fibrilação ventricular ou se eles permanecem
sintomáticos e com FEVE persistentemente < 35% enquanto recebem terapia médica
direcionada por diretrizes. Os dados para uso de CDI na ICFEr são mais fortes para
cardiomiopatia isquêmica do que para cardiomiopatia não isquêmica. Um ensaio clínico
recente que incluiu pacientes com ICFEr com cardiomiopatia não isquêmica não
demonstrou nenhum benefício quanto à mortalidade com a inserção de um CDI
profilático (prevenção primária) (4).
TRC é um modo de estimulação que sincroniza a contração do ventrículo esquerdo pelo
estímulo simultâneo da parede oposta, melhorando assim o volume sistólico. TRC pode
aliviar os sintomas e reduzir internações por insuficiência cardíaca para pacientes com
insuficiência cardíaca, FEVE < 35 e um complexo QRS alargado com padrão de bloqueio
de ramo esquerdo (> 0,15 s — quanto mais largo o QRS, melhor o potencial benefício).
Dispositivos de TRC são eficazes, mas dispendiosos, e os pacientes devem ser
apropriadamente selecionados. Muitos dispositivos TRC também têm um mecanismo de
CDI incorporado.
Um dispositivo implantável que monitora remotamente a hemodinâmica invasiva (p. ex.,
pressão arterial pulmonar) pode ajudar a orientar o tratamento da insuficiência cardíaca
em pacientes altamente selecionados. Por exemplo, associou-se a titulação de
fármacos (p. ex., diuréticos) com base em leituras a partir de um desses dispositivos a
uma redução acentuada na hospitalização por insuficiência cardíaca em um ensaio
clínico que incluiu pacientes com ICFEr e ICFEp. O dispositivo usa a pressão diastólica
da artéria pulmonar como substituto da pressão capilar pulmonar (e, portanto, da
pressão atrial esquerda) em pacientes com insuficiência cardíaca. Mas só foi avaliado
em pacientes da classe III da NYHA (New York Heart Association) que apresentaram
exacerbações recorrentes da insuficiência cardíaca. Outras evidências ajudarão a
orientar como essa tecnologia deve ser implementada.
Tratamento medicamentoso
Betabloqueadores
Digitálicos
Arritmias
As arritmias podem exacerbar a insuficiência cardíaca, sendo crucial identificar e tratar
suas causas. Isso envolve normalizar os eletrólitos e controlar as frequências atrial e
ventricular, às vezes com fármacos antiarrítmicos. A taquicardia sinusal comumente
presente na insuficiência cardíaca geralmente desaparece com o tratamento eficaz,
mas pode exigir betabloqueadores em casos selecionados. A fibrilação atrial
descontrolada deve ser tratada visando uma frequência ventricular < 80 bpm,
geralmente com betabloqueadores ou bloqueadores dos canais de cálcio. Extrassístoles
ventriculares prematuras isoladas não exigem tratamento específico, mas a otimização
do tratamento da insuficiência cardíaca e a correção dos distúrbios eletrolíticos
reduzem o risco de arritmias ventriculares. A taquicardia ventricular sustentada pode
necessitar de fármacos antiarrítmicos como amiodarona, betabloqueadores ou
dofetilide, especialmente em casos de disfunção sistólica ventricular esquerda. O uso
de amiodarona requer monitoramento regular devido à sua toxicidade potencial.
2. Febre amarela
3. Chikungunya
4. Esquistossomose
5. Filariose linfática
6. Geo-helmintíases
7. Oncocercose
8. Tracoma
9. Doença de Chagas
10. Leishmanioses
11. Raiva
12. Hidatidose
14. Micetoma
15. Cromoblastomicose
17. Cisticercose
18. Dengue
20. Equinococose
21. Fasciolíase
23. Lepra
26. Parasitoses
27. Bouba
Além disso, contempla também as ações de articulação com os serviços de média e alta
complexidade de modo a atender integralmente as necessidades de saúde dos povos
indígenas, assim como o apoio para o acesso desses povos à referida rede de
serviços".
Saúde da Criança
Vigilância ao Beribéri
Imunização.
Vigilância em Saúde.
Saúde Bucal.
O Projeto Sesai Mais Saúde Indígena tem como objetivo ofertar e apoiar ações
de saúde complementares à atenção primaria e de atenção especializada
visando garantir o acesso dos indígenas a integralidade da atenção à saúde, por
meios de ações, especialmente, voltadas às populações indígenas que residem