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Cardíaca
Prof. Gilvano Amorim Oliveira
Grandes Temas em Medicina Interna
Disciplina de Clínica Médica
Faculdade de Medicina PUCCAMP
Conceito
• Síndrome clínica complexa decorrente da incapacidade do coração de
bombear sangue para atender às necessidades metabólicas tissulares
ou por fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento.
• Pode ser decorrente de alterações estruturais ou funcionais cardíacas.
• Os sinais e sintomas típicos de IC resultam da redução no débito
cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou
no esforço.
Mann DL, Zipes DP, Libby P, Bonow RO. Braunwald’s heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 10th ed. Philadelphia: Elsevier; 2015.
Conceito
• Síndrome clínica complexa decorrente da incapacidade do coração de
bombear sangue para atender às necessidades metabólicas tissulares
ou por fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento.
• Pode ser decorrente de alterações estruturais ou funcionais cardíacas.
• Os sinais e sintomas típicos de IC resultam da redução no débito
cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou
no esforço.
Mann DL, Zipes DP, Libby P, Bonow RO. Braunwald’s heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 10th ed. Philadelphia: Elsevier; 2015.
Conceito
• Síndrome clínica complexa decorrente da incapacidade do coração de
bombear sangue para atender às necessidades metabólicas tissulares
ou por fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento.
• Pode ser decorrente de alterações estruturais ou funcionais cardíacas.
• Os sinais e sintomas típicos de IC resultam da redução no débito
cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no repouso ou
no esforço.
Mann DL, Zipes DP, Libby P, Bonow RO. Braunwald’s heart disease: a textbook of cardiovascular medicine. 10th ed. Philadelphia: Elsevier; 2015.
Marcos iniciais...
• Falência do coração em bombear sangue numa taxa suficiente para
atender às demandas metabólicas dos tecidos periféricos;
• Bombeamento do coração sob altas pressões de enchimento.
• Classificação:
✓insuficiência cardíaca sistólica (fração de ejeção diminuída);
✓insuficiência cardíaca diastólica (fração de ejeção normal).
✓Considera-se fração de ejeção reduzida quando ≤ 40%, limítrofe
quando de 40% a 49%, e preservada quando ≥ 50%.
IC – importância clínica
• Deficiência do sistema cardiovascular em suprir necessidades
metabólicas dos tecidos, mesmo com pressões de enchimento
normais ou altas.
• Retenção hidrossalina
• Ativação neuroendócrina
• ativação pró-inflamatória
• Redução da capacidade aeróbica
• Redução da sobrevida.
A questão do débito cardíaco...
• DC= VS X FC
• Débito cardíaco é o volume de sangue sendo bombeado pelo
coração em um minuto.
• Volume sistólico médio: 70ml.
• Débito cardíaco numa frequência de 70bpm, adulto médio:
4900ml/min.
Avaliação da Função sistólica
• Pré-carga.
• Pós-carga.
• Contratilidade miocárdica.
• Frequência cardíaca.
Avaliação da Função sistólica – a Pré carga
• O estiramento dos sarcômeros individuais regula o desempenho
cardíaco.
• O estiramento de fibras é máximo no final da diástole.
• Em situações agudas, o estiramento por elevação da pressão e/ou do
volume diastólico finais constituem um mecanismo fisiológico
compensatório que permite o aumento do trabalho cardíaco (lei de
Starling).
Avaliação da Função sistólica – a Pós carga
• Resistência ao empuxo sistólico que determina a força contra a qual o
músculo cardíaco contrai.
• Corresponde à resistência ou à impedância vascular periférica.
• Pode ser avaliada pela equação de Laplace: tensão parietal é o
produto da pressão pelo raio da cavidade.
Avaliação da Função sistólica – Contratilidade
• Capacidade intrínseca do músculo cardíaco de gerar força e encurtar
suas fibras pela interação actina-miosina.
• Não confundir fenômeno contrátil (mecânico) com fenômeno elétrico
(despolarização).
• Pode ser avaliada pela taxa de aumento da pressão (ou
encurtamento) a partir de uma determinada pré-carga.
• Modula-se por mecanismos neuro-humorais.
• Pode ser avaliada por medidas como volume sistólico, fração de
ejeção e taxa de aumento da pressão durante contração
isovolumétrica.
Avaliação da Função sistólica – Frequência
• O número de contrações na unidade do tempo é a forma mais
primitiva de controle do DC.
• Impacto limitado e efeito esgotável.
Avaliação da Função diastólica de VE
• Inicia-se com o fechamento da valva aórtica e termina com o
fechamento da valva mitral (início da próxima sístole ventricular).
• Ela é composta por quatro fases: relaxamento isovolumétrico,
enchimento rápido, diástase e contração atrial.
Avaliação da Função diastólica de VE
• A função diastólica do ventrículo esquerdo é determinada por:
➢relaxamento ventricular (processo energeticamente ativo);
➢enchimento da cavidade ventricular esquerda;
➢propriedades elásticas passivas do ventrículo;
➢frequência cardíaca.
• A função diastólica é inversamente proporcional ao tempo de enchimento
diastólico.
• A disfunção diastólica é caracterizada por aumento das pressões de
enchimento, resultando inicialmente em dispneia aos esforços até
insuficiência cardíaca diastólica.
• Importante: na diástole se dá a perfusão coronariana.
Avaliação da Função diastólica de VE
• O padrão-ouro para a avaliação de função diastólica é o
Ventriculografia (obtida no cateterismo cardíaco).
• No entanto, o ecocardiograma com Doppler colorido permite
avaliação bastante confiável (e não invasiva) da função diastólica.
• A ressonância nuclear magnética, a ventriculografia radioisotópica e a
tomografia computadorizada também podem ser usadas.
Patogênese da IC – a questão dos
mecanismos compensatórios
• Mecanismos adaptativos a curto prazo
• Mecanismos adaptativos a longo prazo
Mecanismos adaptativos a curto prazo
By Dr Germano E.
Conceição-Souza
Painel Fisiopatológico
By Dr Germano E.
Conceição-Souza
Classificação da IC
Mecanismos de B3:
• Aumento de fluxo na fase de enchimento rápido
• Redução da complacência ventricular.
• A presença da terceira bulha é quase sempre indicativa de patologia
cardíaca (aumento da rigidez da parede cardíaca).
Relembrando...
Diferenciação entre B2 desdobrada e B3.
✓B3 desaparece com ortostatismo.
✓B2 desdobrada costuma ser mais audível nos 2o e
3o espaços intercostais enquanto B3 é mais facilmente identificada
no ápice
✓B2 desdobrada é um som de alta frequência (mais evidente quando
auscultada com o diafragma) e B3 é uma bulha de baixa frequência
(mais clara com a campânula).
The clinical meaning of the third Heart Sound. Joshua Wynne. The American Journal of Medicine
Relembrando...
• ECG.
• Ecocardiograma.
• RX de tórax.
• Exames laboratoriais.
ECG na IC
• Inespecífico, mas imprescindível!
• Avalia sinais de cardiopatia estrutural, isquemia miocárdica, áreas de
fibrose, distúrbios da condução atrioventricular, bradicardia ou
taquiarritmias.
• Alguns padrões são diagnósticos: exemplo BAV 1º G + BRD + BDAS no
Brasil = Cardiomiopatia chagásica.
• Alguns padrões são prognósticos: exemplo bloqueio de ramo
esquerdo com alargamento pronunciado da duração do complexo
QRS.
Ecocardiografia na IC
• O ecocardiograma transtorácico é exame de imagem de escolha para o
diagnóstico e o seguimento de pacientes com IC.
• Avalia:
➢função ventricular sistólica esquerda e direita;
➢função diastólica;
➢espessuras parietais;
➢Dimensões de cavidades atriais e ventriculares;
➢função valvar;
➢estimativa hemodinâmica não invasiva;
➢doenças do pericárdio.
Ecocardiografia na IC
• Avaliação cardíaca estrutural: dimensões camerulares.
• Avaliação cardíaca funcional: contratilidade, relaxamento diastólico,
fluxo transvalvar...
• A presença de fração de ejeção superior a 45% em pacientes com IC
define a IC diastólica.
Ecocardiografia na IC
Exames complementares - biomarcadores
• Renina plasmática
• Sódio sérico
• Potássio sérico
• BNP
• TV
• Períodos de assistolia
• FA / Flutter
Estratégias de tratamento
• Prevenção.
• Redução da PA.
• Controle de doenças crônicas.
• Alcoolismo e tabagismo.
• Tratamento da obesidade/síndrome metabólica.
• Tratamento farmacológico.
• Tratamento das descompensações.
Estratégias de tratamento
• Perfil A – perfil “Quente e Seco” – paciente estabilizado.
• Estratégia: Manutenção das condições hemodinâmicas.
• Perfil B – perfil “Quente e Úmido” – paciente bem perfundido, mas congesto.
• Estratégia: Vasodilatadores nos casos mais graves (para reduzir a pós-carga do
VE).
• Perfil C – perfil “Frio e Úmido” - paciente mal perfundido (baixo DC e alta RVP) e
congesto.
• Estratégia: inotrópicos e diurético. Considerar suporte mecânico circulatório
(Balão intra-aórtico, ECMO, ultrafiltração).
• Perfil L – perfil “Frio e Seco” - paciente mal perfundido e sem congestão.
• Estratégia: hidratação venosa cautelosa.
O objetivo será sempre de devolver ao perfil “Quente e Seco”, isto é, boa
perfusão sem congestão.
Atenção para a Chamada!
Muito Obrigado!
Síndrome da Insuficiência
Cardíaca
Prof. Gilvano Amorim Oliveira
Grandes Temas em Medicina Interna
Disciplina de Clínica Médica
Faculdade de Medicina PUCCAMP
gilvano.oliveira@puc-campinas.edu.br