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ETIOLOGIA E FISIOPATOGÊNIA
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
DIAGNÓSTICO
• Aumento da FC:
• devido a ativação exacerbada do tônus simpático
• Eletrocardiograma:
• investigação do ritmo cardíaco e de anormalidades na condução elétrica.
• Taquicardia sinusal (predomínio do componente simpático)
• Arritmia sinusal (componente parassimpático predominando sobre o
coração)
• RX torácico:
• pode ser visto congestão de vasos pulmonares, edema pulmonar,
derrame pleural, aumento das câmaras cardíacas
• exame diferencial para as doenças respiratórias
• Ecocardiograma:
• define detalhes anatômicos, funcionais e hemodinâmicos.
• Aumento do átrio correspondente
• Aumento da pressão e da pré-carga
• aumento na velocidade da onda E
• Determinação da PA sistêmica:
• devido o surgimento da hipotensão arterial sistêmica, resultado de uma
significativa deterioração da bomba cardíaca.
• Os valores máximos permitidos da PA sistêmica estão entre 150 mmHg
para a sistólica e 95 mmHg para diastólica.
• Holter:
• identificação das arritmias cardíacas
• estima o grau de ativação do SNP
• quanto menor a variabilidade = maior a ativação simpática
• No estímulo simpático: a variação no intervalo de tempo entre cada
batimento será menor
• O estímulo parassimpático: aumenta a variação no intervalo de tempo
entre cada batimento cardíaco
TRATAMENTO
• Tratamento Emergencial:
• tem como objetivo reverter, no menor tempo possível, as manifestações
clínicas nos pacientes classe funcional III.
• existe risco iminente de morte
• é necessário o internamento do paciente e repouso absoluto
• edema pulmonar: acúmulo de líquido no parênquima pulmonar, é
resultado da ativação dos mecanismos neuro-humorais de compensação
da insuficiência cardíaca.
• Oxigenoterapia: objetivo de fornecer O2 umidificado com NaCl 0,9% as
vias respiratórias inferiores (pulmão).
• Diuréticos:
• para a remoção de líquidos em excesso que se encontra no
interstício e ou nos alvéolos pulmonares.
• Furosemida: efeito rápido com alta potência diurético, na dose
inicial de:
• cães: 4 a 8 mg/kg a cada 1 a 2 horas por IV. Ou por infusão
contínua de 1 a 2 mg/kg/h após uma dose em bolus de 4 a 6
mg/kg/IV
• gatos: 2 a 4 mg/kg a cada 2 horas por IV
• deve-se diminuir a dose e a frequência de acordo com a
melhora clínica e do padrão respiratório
• Efeitos colaterais: letargia, desidratação e hipopotassemia.
• Vasodilatadores: primeira escolha é o nitroprussiato de sódio. Tem
efeito vasodilatador arterial e venoso potente.
• Nitroprussiato de sódio: 2 a 5 (10 a dose máxima) ug/kg/min
• Hidralazina: usado principalmente na endocardiose valvar
mitral, tendo um efeito potente na circulação arteriolar e sem
ação no sistema circulatório venoso. A dose recomendada é 0,5 a
3 mg/kg/VO. Não deve ser associada ao nitroprussiato de sódio
• Agentes inotrópicos positivos: melhora a função sistólica do
coração, devendo ser iniciados imediatamente pós diagnóstico nos
casos de edema pulmonar cardiogênico causado por miocardiopatia
dilatada.
• Dobutamina: medicamento de primeira escolha,
melhorando a contratilidade miocardia, e o aumento da
velocidade de condução do impulso do sistema de condução
cardíaca. A dose inicial é de 2,5 ug/kg/min
• Pimobendana: 0,1 a 0,3 mg/kg a cada 12h VO
• Sedativos: para reduzir a ansiedade
• Butorfanol: 0,2 a 0,25 mg/kg/IMouIV associado a
buprenorfina: 0,01 mgkg e acepromazina 0,01 a 0,03 mg/kg/SC
IM ou IV
• Derrame pleural com comprometimento respiratório:
• mas comum manifestação da ICC direita
• o tratamento tem o objetivo de aliviar imediatamente a dispnéia
• baseia-se no aumento do aporte de O2 por toracocentese
• após o procedimento, recomenda-se furosemida de 2 a 4 mg/kg a cada
12 ou 8 horas + espirolactona de 1 a 2 mg/kg a cada 12 horas
• Ascite com comprometimento respiratório:
• paracentese para drenar o líquido ascítico
• o objetivo do tratamento é prolongar, ao máximo, o intervalo entre as
paracenteses
• pós procedimento, recomenda-se o uso de furosemida 2 a 4 mg/kg a
cada 8-12h
• Derrame pericárdico com tamponamento cardíaco:
• o objetivo do tratamento é eliminar os sinais de tamponamento visto no
eco.
• pericardiocentese: procedimento que drena o líquido do pericárdico
• Tratamento de Manutenção:
• Direcionado aos pacientes classe funcional I e II
• Principais objetivos:
não cura
retarda a evolução e o aparecimento da ICC
melhora a qualidade de vida
aumenta a sobrevida
• Diuréticos: furosemida, hidroclorotiazida, espirolactona
• Vasodilatadores: inalapril, benazepril, ramipril, lisinopril (inibidores da
ECA- vasodilatador moderado e misto, inibem os efeitos deletérios do
sistema renina-angiotensia-aldosterona), anlodipino (diminuem a
condução do impulso e aumenta o período refratário do potencial de
ação), Hidralazina (vasodilatador arterial com efeito direto na
musculatura vascular), sildenafila (redução da pressão da artéria
pulmonar)
PROGNÓSTICO DA ICC