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UNIDADES

CRÍTICAS
OBJETIVO DA
AULA

• Conhecer os diferentes tipos de


choque, sinais e sintomas e
tratamento.
CHOQUE
DEFINIÇÃO
• Entende-se como choque, uma síndrome
complexa caracterizada pela incapacidade do
sistema circulatório em fornecer oxigênio e
nutrientes aos tecidos de forma a atender suas
necessidades metabólicas. Se caracteriza pela
inadequação da perfusão orgânica em atender a
demanda de oxigênio tecidual, que quando não
tratada resulta em morte tecidual.
DEFINIÇÃO

• O choque é uma condição com


risco de morte em razão das
diversas causas. É uma condição
em que a pressão arterial
sistêmica é inadequada para
sustentar os órgãos vitais e a
função celular.
CIRCULAÇÃO

O fluxo sanguíneo adequado para as


células requer:
• Uma bomba cardíaca adequada;
• Sistema circulatório efetivo;
• Volume de sangue suficiente.
CIRCULAÇÃO
• Para que o sistema circulatório trabalhe de maneira eficiente, o
paciente precisa manter sua pressão arterial.
CIRCULAÇÃO
• Quando um componente está
prejudicado, o fluxo sanguíneo para
os tecidos pode ser insuficiente,
comprometendo a função celular.
Sem tratamento e com um déficit
no aporte de oxigênio e nutrientes,
ocorre a morte celular que progride
para disfunção orgânica,
progredindo para falência orgânica
e mais adiante, a morte.
CHOQUE

• Pode se desenvolver de forma


lenta ou rápida dependendo da
causa. Durante o choque, o corpo
se esforça para sobreviver,
convocando todos os seus
mecanismos homeostáticos para
restaurar o fluxo sanguíneo.
Choque hipovolêmico;

CLASSIFICAÇÃO

O choque pode Choque cardiogênico;


ser classificado por
etiologia e pode
ser descrito como: Choque circulatório ou distributivo
(séptico, neurogênico e anafilático)
FISIOPATOLOGIA

• No choque, as células carecem do


aporte adequado e são privadas
de oxigênio e nutrientes,
portanto devem produzir energia
através do metabolismo
anaeróbio. Neste processo a
célula produz ácido lático.
FISIOPATOLOGIA
• A célula fica edemaciada e a
membrana celular torna-se mais
permeável, possibilitando que os
eletrólitos e líquidos passem para
fora e para dentro da célula. As
estruturas celulares
principalmente as mitocôndrias
são lesionadas, ocorrendo então a
morte celular.
CHOQUE
HIPOVOLÊMICO
CHOQUE
HIPOVOLÊMICO

• O choque hipovolêmico pode ser


causado por perdas líquidas
externas, como a hemorragia
traumática, ou por deslocamento
de líquidos internos, como na
desidratação grave, edema
grave, queimaduras, etc.
FISIOPATOLOGIA
•O líquido corporal está contido nos
compartimentos intracelular e extracelular
(intravascular e no interstício). A sequência de
eventos no choque hipovolêmico começa com a
diminuição no volume intravascular. Isso resulta
em um menor retorno venoso do sangue para o
coração e no subsequente enchimento
ventricular diminuído que irá resultar em um
volume sistólico diminuído e consequentemente
um débito cardíaco diminuído.
FISIOPATOLOGIA

• Quando o débito cardíaco cai, a


pressão arterial cai, e os tecidos
não podem ser adequadamente
perfundidos. As células passam a
trabalhar sem o aporte de
oxigênio, a célula entra em
sofrimento, até ocorrer sua
morte.
CHOQUE
HIPOVOLÊMICO

• O choque hipovolêmico é o tipo


de choque mais comum e ocorre
quando há uma redução do
volume intravascular de 15 a 25%
o que representa uma perda de
750 a 1300 ml de sangue em uma
pessoa de 70 Kg.
CHOQUE HIPOVOLÊMICO

VOLUME SANGUÍNEO DIMINUÍDO


RETORNO VENOSO DIMINUÍDO
VOLUME SISTÓLICO DIMINUÍDO
DÉBITO CARDÍACO DIMINUÍDO
PERFUSÃO TISSULAR DIMINUÍDA
SINAIS E SINTOMAS
• Taquicardia; • Cianose;
• Taquipneia; • Pele úmida e fria;
• Hipotensão; • Ansiedade, confusão mental ou
inconsciência;
• Palidez cutânea;
• Debito urinário diminuído ou
• Sede; ausente.
CHOQUE
CARDIOGÊNICO
CHOQUE
CARDIOGÊNICO
• O choque cardiogênico ocorre
quando a capacidade do coração
de se contrair e bombear sangue
está comprometida e o suprimento
de oxigênio é inadequada para o
coração e tecidos. As causas do
choque cardiogênico são
conhecidas como coronárias e não
coronárias.
CHOQUE
CARDIOGÊNICO
• O choque cardiogênico
coronário ocorre quando uma
grande parte do miocárdio
ventricular esquerdo é destruída,
sendo observado com
frequência nos pacientes com
infarto agudo do miocárdio.
CHOQUE
CARDIOGÊNICO

• O choque cardiogênico não


coronário está relacionados a
causas metabólicas graves como
hipoxemia ou com o
pneumotórax hipertensivo.
CHOQUE CARDIOGÊNICO

• No choque cardiogênico, o débito cardíaco,


fica comprometido, a pressão arterial cai e
compromete a perfusão tissular.
CHOQUE
CARDIOGÊNICO

• Esse déficit provoca aporte


sanguíneo inadequado aos
órgãos inclusive ao coração,
enfraquecendo-o e
comprometendo ainda mais sua
capacidade de bombear sangue.
CONTRATILIDAD
E CARDÍACA
DIMINUÍDA

VOLUME SISTÓLICO E
DÉBITO CARDÍACO
DIMINUÍDO

PERFUSÃO TISSULAR PERFUSÃO


CONGESTÃO SISTÊMICA DIMINUÍDA DA
PULMONAR DIMINUÍDA ARTÉRIA CORONÁRIA
SINAIS E SINTOMAS
• Taquipneia; • Palidez;
• Taquicardia; • Extremidades frias;
• Pulso fraco; • Débito urinário diminuído
ou ausente;
• Sudorese;
• Inconsciência.
CHOQUES
CIRCULATÓRIOS
VASODILATAÇÃO

DISTRIBUIÇÃO ERRÔNEA
DO VOLUME SANGUÍNEO

RETORNO VENOSO
DIMINUÍDO

VOLUME SISTÓLICO
DIMINUÍDO

DÉBITO CARDÍACO
DIMINUÍDO

PERFUSÃO TISSULAR
DIMINUÍDA
CHOQUE SÉPTICO

• O choque séptico é provocado


por uma infecção disseminada.
É a causa mais comum de
morte em unidades de terapia
intensiva. Quando um
microrganismo invade os
tecidos corporais, o paciente
apresenta uma resposta imune.
CHOQUE SÉPTICO
• Essa resposta imune provoca a ativação de
mediadores bioquímicos associados com uma
resposta inflamatória descontrolada no
organismo, provocando uma permeabilidade
capilar aumentada, que leva a exsudação de
líquidos a partir dos capilares e a vasodilatação
interrompem a capacidade do corpo de fornecer
a perfusão, oxigênio e nutrientes adequados
para os tecidos e células.
SINAIS E SINTOMAS
• Tremores; • Palidez;
• Vertigem; • Produção de urina reduzida ou
ausente;
• Falta de ar;
• Inquietação, agitação, letargia ou
• Taquicardia; confusão;

• Hipotensão arterial; • Temperatura alta ou muito baixa.


CHOQUE
NEUROGÊNICO
• No choque neurogênico a
vasodilatação acontece em
consequência de uma perda no tônus
simpático. Isso pode ser causado
pela lesão raquimedular, anestesia
espinhal ou comprometimento do
sistema nervoso. Ele também pode
decorrer da ação depressora de
medicamentos ou da falta de glicose.
SINAIS E
SINTOMAS
• Dispneia;

• Bradicardia;

• Vertigem;

• Pele seca e quente.


CHOQUE
ANAFILÁTICO
• O choque anafilático é causado
por uma reação alérgica grave
quando um paciente que já
produziu anticorpos para uma
substancia não própria (antígeno)
desenvolve uma reação antígeno-
anticorpo sistêmica. Esse processo
exige que o paciente tenha sido
previamente exposto a substancia.
CHOQUE
ANAFILÁTICO
• Essa reação faz com que as
células de defesa liberem
substâncias vasoativas potentes,
como a histamina e a bradicinina,
que geram a vasodilatação e
permeabilidade capilar
disseminada.
CHOQUE
ANAFILÁTICO

• Como o choque anafilático


ocorre em pacientes já exposto a
um antígeno e que
desenvolveram anticorpos para
ele, pode ser, evitado.
CHOQUE
ANAFILÁTICO

• O paciente que conhece suas


alergias deve portanto utilizar
alguma identificação e conhecer
medicamentos de emergência
para o uso em uma anafilaxia.
SINAIS E SINTOMAS
• Dispneia;
• Vertigem;
• Taquicardia;
• Confusão mental;
• Respiração ruidosa;
• Inconsciência;
• Edema facial;
• Coceira e vermelhidão na pele.
• Sudorese;
ESTÁGIOS DO
CHOQUE
ESTÁGIOS DO
CHOQUE

• Cada tipo de choque pode


evoluir em até 3 estágios, sendo
que a evolução nesses estágios,
agrava ainda mais o estado de
saúde do paciente.
ESTÁGIO COMPENSATÓRIO
• A pressão arterial do paciente se mantém dentro
dos limites da normalidade. A vasoconstrição, a
frequência cardíaca elevada e a contratilidade
cardíaca aumentada contribuem para manter o
débito cardíaco adequado. O corpo desvia
sangue dos órgãos como pele, rins e trato
gastrointestinal para o cérebro e coração,
visando adequar o aporte sanguíneo para órgãos
vitais. Ocorre então os sinais de pele fria,
peristalse hipoativa e debito urinário diminuído.
ESTÁGIO PROGRESSIVO
• Nesse estágio, os mecanismos que regulam a
pressão arterial não conseguem mais
compensar e a PAM (pressão arterial média)
cai baixo dos limites normais. A PAM deve
exceder 70 a 80 mmHg para manter as células
vivas.
ESTÁGIO IRREVERSÍVEL
• O comprometimento do órgão é tão grave que o
paciente não responde ao tratamento. A PA
continua baixa apesar da infusão de drogas e
soluções. Ocorre a insuficiência renal e hepática
completa e as toxinas liberadas pela necrose cria
uma acidose metabólica avassaladora. Não
ocorre mais mecanismos para suprimento de
energia. Ocorre disfunção orgânica progressiva,
avançando até a falência orgânica completa,
sendo então, a morte iminente.
REFERÊNCIA

• Brunner & Suddarth, Tratado de Enfermagem médico


cirúrgica, Guanabara Koogan, 2005

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