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Disciplina: SAÚDE COLETIVA II

Professor (a): HEULER ANDRADE

Curso: ENFERMAGEM Período: 6º

VALOR: 2,0 PONTOS NOTA:

Aluno (a): Laura Rodrigues Gonçalves

Avaliação Familiar – Família Amarante

Membros da família presentes durante a entrevista: todos os filhos

Entrevistadora: Enfermeira

Local da entrevista: domicílio da Srª Doane Amarante

Situação apresentada: esta semana o Agente Comunitário de Saúde (ACS) solicitou uma visita domiciliar
para a família Amarante. O pedido foi realizado mediante o quadro depressivo da Srª Daone, que tem 68
anos.

Histórico da Família Amarante: a Srª Doane foi identificada pelo ACS e enfermeira durante o acolhimento
na Unidade de Saúde. Ela desenvolveu hipertensão arterial e evoluiu para complicação renal e,
posteriormente, Doença Renal Crônica (DRC) e está aguardando e início do processo de hemodiálise, o
que gerou muita ansiedade para ela e para sua família. A Srª Doane casou-se aos 15 anos de idade, teve
6 gestações, 5 partos e 1 aborto em sua primeira gestação. É viúva há 3 anos, e seu marido faleceu em
decorrência de um Acidente Vascular Encefálico (AVE). Para a Srª Doane, fazem parte de sua família as
filhas, os genros, os netos e suas irmãs. Informa que tem bom relacionamento com todos de sua família,
sempre ajudou os filhos financeiramente e no cuidado com os netos. É evangélica e comparece aos cultos
todos os sábados, tem a religião como estratégia de enfrentamento e de luta na continuidade do
tratamento. Tem muitos amigos entre os devotos da igreja e refere-se a eles como “irmãos de igreja”.
Mantém pouca relação com os vizinhos. A Srª Doane tem 3 filhas vivas. Seu primeiro filho morreu aos 3
anos de idade decorrente de sarampo. O segundo filho morreu aos 38 anos de idade, tinha Doença de
Chagas e Esquistossomose e foi submetido a uma esplenectomia. Uma filha (Dolores), de 42 anos de
idade, viúva, tem um casal de filhos, sendo uma filha (Érica) de 19 anos de idade, casada com Gerson, de
24, com quem tem um casal de filhos (Rodrigo, 5 anos de idade e Geovana, de 2 anos); e César (10
anos), filho mais novo de Dolores. Outra filha (Neusa), de 44 anos de idade, solteira, reside com a Srª
Doane; tem deficiência física e mental, labilidade afetiva, não tem bom relacionamento com seus irmãos e
recusa ajuda psicológica. A filha mais velha da Srª Doane é Mônica, de 48 anos de idade, é casada com
Carlos (49 anos) e tem duas filhas (Bruna, de 17 anos e Jéssica, de 13 anos). Dolores relata que após o
diagnóstico de DRC de sua mãe, a família se reuniu a fim de dividir as atribuições no cuidado com ela.
Desde então é ela quem prepara a alimentação da Srª Doane, e terá de mudar de planos quanto a voltar a
trabalhar, pois não confia muito em deixar os cuidados da mãe às outras irmãs, preferindo assumir a
função de coordenação. Diz que sua mãe “esconde a doença”, talvez pelo fato de não querer preocupar a
família. Informa, ainda: ”achei pedidos de exames de coração que ela não fez”. Essa filha comentou que
“a doença foi um evento que reuniu a família, um momento para cada um deixar um pouco de lado as
dificuldades interpessoais”, que “a doença foi boa para nos aproximar. A gente tinha muita dificuldade...” A
outra filha (Mônica), após negociação, passou a acompanhar o uso de medicamentos, bem como
alternar-se no acompanhamento da mãe às consultas e na realização de exames. A família extensa,
representada pelos sobrinhos que moram em Belo Horizonte, visita a casa da Srª Doane, dando apoio à
família no prosseguimento do tratamento. A família está direcionada aos cuidados com a Srª Doane e
preocupada com a eminência da hemodiálise. A Srª Doane manifestou o desejo de viajar e visitar a irmã,
mas diz ter medo de passar mal, de “mudar a rotina da alimentação e comer o que não pode”, e, dessa
forma, passa a maior parte do tempo em casa assistindo televisão. Ela nega a possibilidade de
hemodiálise e explica: “estou bem, faço xixi, como bem. Meus pésviviam inchados, agora estão melhores.

Obs: situação fictícia.

A partir da situação da família Amarante reflita e responda as questões a seguir:

1. Elabore o genograma e o ecomapa da família Amarante a partir das informações descritas no


caso. 2. Quanto à composição familiar, como você classificaria esta família?
3. Classifique a família segundo as dimensões culturais que possam influenciá-la. 4.
Descreva como o processo saúde-doença afeta cada membros da família Amarante e
também, como afeta a “unidade familiar” dessa família.

1-
2- A composição familiar é funcional, as filhas da Doane se reúne frequentemente e
atribui tarefas para o cuidado dela, acompanham nas consultas e nas medicações, dão
apoio para que ela siga o tratamento.

3- A Doane é bastante influenciada pela igreja e considera os amigos como irmãos.

4- O processo saúde doença envolve vários fatores: biológicos, culturais, sociais e


econômicos. Sendo assim, cada evento que aconteceu na vida desta família, desde o
primeiro problema de saúde de cada um dos filhos até o óbito de alguns deles, bem
como a forma que cada membro reagiu e se adaptou a cada um destes acontecimentos,
impactaram no geral o processo saúde-doença de forma individual e da família como
um todo.

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