Você está na página 1de 33

DISCIPLINA DE URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA
MÓDULO III
PROTOCOLOS

Hemorragias + Choques + IAM


ENF.KELLY K.SALES ZEM

EMAIL: KELLYSZEM@GMAIL.COM
Hemorragias
• “Extravasamento de sangue fora da circulação”

HEMORRAGIA INTERNA

• Pode ocorrer sem nenhuma visualização de corte, devido a contusões, quedas,


lesões esportivas, pós operatórios, lesões agudas, aneurismas, traumas, ferimentos…
• Os órgãos internos podem estar esmagados ou mesmo rompidos. O sinal externo
para localização normalmente é um hematoma, mas pode não existir…
• OBS 1: Epistaxe -> Compressão!!
• Não é aconselhado inclinação da cabeça para trás!
• OBS 2: Torniquete -> Pode ser utilizado em lesões arteriais em que não é possível
realizar compressão direta!
Hemorragias
• HEMORRAGIA EXTERNA

• ARTERIAL
• EXTRAVASA DE MODO PULSÁTIL DA ARTÉRIA, EM SINCRONIA COM AS BATIDAS DO
CORAÇÃO. COLORAÇÃO VERMELHO-VIVO;
• VENOSA
• EXTRAVASA DE MODO REGULAR DE UMA VEIA. COLORAÇÃO MAIS AMARRONZADA.
• CAPILAR
• FLUXO LENTO, ESCOA DE UMA REDE DE CAPILARES.

PARA REALIZAR UM ATENDIMENTO DE QUALIDADE É PRECISO


ESTIMAR A QUANTIDADE DE SANGUE PERDIDA
Hemorragias
CARACTERÍSTICA FÍSICA VOLUME DE SANGUE VOLUME DE PERDA
ESTIMADO CRÍTICA

HOMEM ADULTO 70 KG 6.6 L 2.2 L

ADOLESCENTE 45 KG 3.3 L 1.3 L

CRIANÇA 1,5 A 2 L 0,5 A 0,7 L

NEONATOS 300 ML 30 A 50 ML
CHOQUE
• “Anormalidade do sistema circulatório que resulta em perfusão orgânica e
oxigenação tecidual inadequadas”
• Disfunção que envolve principalmente 3 sistemas: Respiratório / Cardíaco /
Circulatório
• “Emergência médica potencialmente fatal”
• Os mecanismos não são excludentes, ou seja, os pacientes podem
apresentar mais que um tipo de choque ao mesmo tempo!

• 4 tipos: Hipovolêmico/ Distributivo / Obstrutivo / Cardiogênico


CHOQUE
IDENTIFICAÇÃO

• AUMENTO DA FC • PALIDEZ CUTÂNEA


• Corpo tentando se adaptar a perda • PULSAÇÃO RÁPIDA, FRACA
do volume sanguíneo ou a
circulação ineficiente • RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL E
FORÇADA
• AUMENTO DA FR
• Pelo aumento de CO2 haverá • MUDANÇAS DO NÍVEL DE
hiperventilação CONSCIÊNCIA
• INQUIETAÇÃO E AGRESSIVIDADE • TEMPO DE ENCHIMENTO CAPILAR
• NÁUSEA ALTERADO
• ALTERAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL
• SEDE
1. CHOQUE HIPOVOLÊMICO
• Ocorre pela redução do volume intravascular;

• Hemorrágico
• Causas: Trauma contuso ou penetrante / Hemorragia varicosa / Úlcera
péptica / Hemorragia intraoperatória e pós operatória, aneurisma
aórtico abdominal

• Não hemorrágico.
• Causas: Perda de fluidos que não sangue -> Diarréia e Vômitos / Perdas
Renais
Tratamento com Volume
• Primeiras medidas serão cessar o foco da hemorragia e repor a
perda de volume!!
• Grau III e IV indicado o protocolo de Transfusão!

• Cristalóides -> Soluções com água e íons livremente permeáveis.


• Podem ser hipo, iso, ou hipertônicas.EX: SF 0.9% / Ringer Lactato
• Colóides -> Solução de alto peso molecular, considerados
expansores plasmáticos. EX: Albumina
• Hemáticos -> Substitutos do sangue. EX: Hemácea
2. CHOQUE DISTRIBUTIVO
• O único caracterizado por vasodilatação sistêmica ;
• Séptico -> 40% de mortalidade
• Resposta desregulada do hospedeiro à infecção

• Neurogênico
• Injúria no Sistema Nervoso Central = TCE ou Lesão na Medula Espinhal

• Anafilático
• Desencadeado por reações alérgicas graves (IgE)
3. CHOQUE OBSTRUTIVO
• Desencadeado por causa extracardíaca que culmina em
ICC

• Vascular Pulmonar
• Causas: Tromboembolismo Pulmonar / Hipertensão Pulmonar Grave

• Mecânico
• Causas: Pneumotórax Hipertensivo / Tamponamento Cardíaco /
Cardiomiopatia restritiva
4. CHOQUE CARDIOGÊNICO
• Causado por falha na bomba cardíaca;
• Arrítmica
• Taquiarritmias atriais ou ventriculares

• Mecânica
• Insuficiência Valvar

• Cardiomiopatias
• Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) = MAIOR MORTALIDADE-> Até 80%
4. CHOQUE CARDIOGÊNICO
• Causado por falha na bomba cardíaca;
• Arrítmica
• Taquiarritmias atriais ou ventriculares

• Mecânica
• Insuficiência Valvar

• Cardiomiopatias
• Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) = MAIOR MORTALIDADE-> Até 80%
4. CHOQUE CARDIOGÊNICO
• Causado por falha na bomba cardíaca;
• Arrítmica
• Taquiarritmias atriais ou ventriculares

• Mecânica
• Insuficiência Valvar

• Cardiomiopatias
• Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) = MAIOR MORTALIDADE-> Até 80%
DOR TORÁCICA
• Uma das principais queixas na admissão
dos Prontos Socorros: 4 milhões de
atendimentos/ano.

• O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e a


Angina Instável ocorrem em cerca de 10
a 20% dos casos de dor torácica. Existem
evidências de que até 10% dos pacientes
com dor torácica sejam liberados dos
serviços de emergência com IAM.
DOR TORÁCICA
As causas de dor torácica são diversas.
De 16 a 22% —> origem cardíaca
De 36 a 49% —> origem musculoesquelética
De 16 a 19% —> origem gastrointestinal
Causas de dor torácica
Dor torácica de origem cardíaca Dor torácica de origem não-cardíaca

Não-isquêmica -> Pericardite Da parede do tórax


Isquêmica -> IAM Pulmonar
Gastroesofágica
Psiquiátrica
Outras causas
Dor Torácica na Sala
de Emergência
Classificação
DOR TORÁCICA ISQUÊMICA

Fatores de risco: tabagismo,


hiperlipidemia, diabetes, hipertensão
arterial sistêmica, história familiar de
DAC precoce (<55 anos nos homens e
<65 nas mulheres) e antecendentes
pessoais de DAC ou doença
cerebrovascular.
Dor Torácica Isquêmica – Critérios de Inclusão
SAMU
• Dor prolongada, localizada nas regiões retroesternal, epigástrica, abdominal alta
ou precordial, com irradiação para dorso, pescoço, ombro, mandíbula ou
membros superiores, principalmente o esquerdo.
• Características da dor: desconforto, queimação, opressão, “em aperto”,
contínua, com duração de vários minutos, podendo ser acompanhada de
náuseas e vômitos, sudorese fria, dispneia, sensação de morte iminente,
ansiedade; desencadeada por estresse emocional ou esforço físico, podendo
também surgir em repouso, durante o sono ou durante exercício leve. Dura 10 a
20 minutos se angina instável ou mais de 30 minutos se infarto.
• História anterior de angina e/ou IAM ou uso de medicamentos anti-anginosos.
• Alteração ECG
Infarto Agudo do
Miocárdio
Infarto Agudo do
Miocárdio
Infarto Agudo do Miocárdio
ELETROCARDIOGRAMA
Dor Torácica Isquêmica – Assistência
• Avaliação imediata < 10 minutos:
• MANTER Cabeceira Elevada 45 graus
• MOV:
- Monitorização: MCC (monitorização cardíaca contínua)+ PNI
(pressão não-invasiva) + OXIMETRIA;
- Oxigênio: oxigenoterapia por cateter a 4L/min.
- Veia: Acesso venoso periférico de grosso calibre.
• Realizar Anamnese breve e direcionada;
• Realizar ECG de 12 derivações
Dor Torácica Isquêmica – CONDUTA E TTO
Coleta de marcadores de lesão miocárdica: CK,CK-MB, Troponina e Mioglobina +
hemograma. Provas de coagulação e bioquímica: glicemia, sódio, potássio
Orientar paciente a permanecer em repouso absoluto no leito;
Assegurar jejum;
Atentar e comunicar alterações no estado mental, alterações nos SSVV, controlar
débito urinário (>30ml/h), alterações na coloração e temperatura cutânea, saturação
< 90%;
Atentar e comunicar presença de sangramentos: palidez cutânea e de mucosas,
hematúria, melena, hematêmese (terapia com fibrinolíticos);
Observar persistência ou recorrência dos sinais e sintomas de isquemia: dor torácica,
sudorese e hipotensão.
Dor Torácica Isquêmica – CONDUTA E TTO
• Intervenção farmacológica: visa, principalmente, diminuir o consumo de oxigênio
pelo miocárdio e retardar o processo aterotrombótico de obstrução coronariana.

- MORFINA -> ANALGESIA


- OXIGÊNIO -> DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA SE HOUVER
- NITRATO -> ANALGESIA
- ACIDO ACETILSALICÍLICO -> ANTIAGREGANTE PLAQUETÁRIO
- BETABLOQUEADOR / IECA / CLOPIDOGREL/ HEPARINA
ATC –
ANGIOPLASTIA
TRANSLUMINAL
CORONARIANA
TÓPICOS DA AULA

• Hemorragias – Tipos e Causas


• Choque – Tipos, Causas e Sintomas
• Dor Torácica – Como Identificar
• IAM – Causas e Cuidados
Revascularização do Miocárdio
https://youtu.be/wD5GO2rs36Y

Você também pode gostar