CÃES
Característica Diagnóstico
Estenose nasal Inspeção da narina
Palato longo (o palato fica muito além Inspeção e laringoscopia – O
da epiglote, o excesso de tecido no animal deve ser sedado
palato mole impede a entrada de ar.
Hipoplasia de traquéia Raio x – A partir de calculo
específico para o diâmetro da
traquéia
Tratamento: Cirúrgico para estenose nasal (plástica – Retira-se uma cunha da narina e
sutura os orifícios), para o palato realiza-se a rececção do palato. Para hipoplasia de
traquéia não há tratamento. Em alguns casos é indicada a perda de peso.
Esquema de paciente braquicefálico, com
palato mole alongado. Em a - palato mole (até
seu limite ideal); b - epiglote; c - palato mole
alongado, ultrapassando o limite ideal
(imposto pela epiglote).
Figura 1: Formato de uma traquéia normal e de uma colapsada. Fonte: Adaptado de Animal
HealthCare Center, 2009
Figura 4: Radiografia
demonstrando o colapso da
traquéia torácica (setas
vermelhas). Observar a
diminuição do diâmetro em
relação à porção cervical (setas
amarelas). Fonte: PCA – Centro
de Diagnóstico Veterinário, 2009.
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CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
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Tratamento: Emergencial (AINES, O2), crônico e cirúrgico. Irá depender do caso clínico.
Diagnóstico: Por exclusão, em raio x e hemograma tudo estará normal. Questionar fato de
ter contato com outros animais.
Tratamento: Pode melhorar sozinho de 14 a 21 dias. Utilizar antibiótico, em caso de muita
tosse utilizar corticóide para diminuir inflamação.
Prevenção: Evitar exposição e vacinação pode ser intranasal e injetável.
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GATOS
1) Asma Felina: Semelhante a do humano. É uma hiper reatividade dos brônquios aos
alérgenos do ambiente, ou seja o animal é sensível a alguma substância que quando entra
em contato ocorre broncoconstrição que é uma reação de hipersensibilidade.
Mastócito em contato com determinado antígeno como poeira doméstica causa
degranulação, liberação de várias moléculas radioativas como ocitocinas e serotoninas
fazendo broncoconstrição e inflamação.
Raça Predisposta: Siamês
Sinais Clínicos: Tosse, dispnéia expiratória e posição ortopnéica, em auscutação o som será
estenosado denominado de sibilo pulmonar.
Diagnóstico:Raio x ( padrão bronquial “rosquinhas” a parede do brônquio ficará aparente
pois estará inflamada – Brônquios disseminados no pulmão). Em certas situações a
radiografia poderá estar normal.
Tratamento: Utilização de broncodilatador injetável (emergência) como Terbutalina, ou
Salbutamol (Aerolin) “bombinha”.
- Crônico: Dependendo da freqüência do sinal clínico utilizar apenas o broncodilatador
(casos esporádicos) ou “bombinha” de corticóide → Fluticasona – Flixotide (freqüente).
- Caso o animal seja obeso deve emagrecer e cavidade oral deve ser cuidada, evitar os
alérgenos.
16/03
CÃES
exclusão e terapêutico pois nem sempre haverá o padrão bronquial. O animal pode estar
tossindo, ter colapso de traquéia, endocardiose, aumento de átrio esquerdo; se todas os
sinais forem excluídos e o animal ainda tossir deve-se tratar com o aerosol.
Tratamento:
3) Pneumonia Bacteriana
Sinais Clínicos: Podem ter várias manifestações, como tosse, secreção nasal
mucopurulenta, febre, dispnéia mista ou respiratória, NESB (“não está se sentindo bem”), na
auscutação pulmonar ouve-se som vesicular indicando que o pulmão está pesado com
secreção, ou crepitação pulmonar.
Características: É comum em cães de grande porte, pode ser localizada ou disseminada.
Transmissão: Forma inalatória (inalando a bactéria do ar) ou por via hematógena como a
partir de prostatite bacteriana, infecção de pele, de vias urinárias essa bactéria através do
sistema sanguineo migra para o pulmão.
Agentes mais comuns: Bactérias gram + e gram -
Tratamento: Antibiótico de amplo espectro.
Diagnóstico: Hemograma.
- Lavado Traqueal: Lavado endotraqueal (deve-se anestesiar o animal) para coleta da
secreção e posterior cultura bacteriana e citologia ou lavado transtraqueal (coleta a partir de
agulha diretamente na traquéia do animal, não sendo necessária anestesia). Para cães
pequenos deve-se anestesiar utilizar um traqueotubo estéril, colocar sonda esterilizada
dentro do traqueotubo, injetar solução salina e aspirar; ou de maneira mais moderna utilizar
bronquioscópio realizando uma broncoscopia, coloca-se o broncoscópio dentro da traquéia
e injetar solução salina para aspirar. Paciente anestesiado, injetar solução salina para lavar
o alvéolo e aspirar a secreção para fazer citologia e cultura com o conteúdo.
- Raio x padrão alveolar - opacidade pulmonar onde não se consegue ver nada embaixo,
será sempre na região ventral, no caso de edema pulmonar cardiogênico o padrão se
apresentará na região caudodorsal. → Brônquio com padrão alveolar – Problema aéreo. A
alteração vista na radiografia pode ser localizada ou disseminada.
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- Cão Estável: Tem pneumonia, porém não apresenta dispnéia, não está desidratado, está
comendo → Este paciente pode ir para casa com tratamento a partir de antibiótico de amplo
espectro (Ampicilina, Cefalosporina, Amoxilina com Ácido Clavulânico), nutrição adequada.
Durante o tratamento o animal deve ser acompanhado com avaliação clínica e radiográfica
para avaliação da melhora, caso observa-se melhora o tratamento deve-se estender por
mais uma semana. Pode-se realizar nebulização com solução salina auxiliando
expectoração, não se pode utilizar antitussígeno, pois o animal deve expectorar a secreção,
se necessário utilizar AINES e nunca corticóide. Pode durar de 15 dias a 1 mês.
4) Efusão Pleural
Sinais Clínicos: Dispnéia (dependendo da severidade a dispnéia pode ser bem severa), pode
apresentar bastante movimento abdominal, efusão pleural (líquido livre na cavidade
abdominal).
* Em caso de efusão pleural - líquido massa ou ar, é necessária realização de toracocentese
para fins diagnósticos e tarapêuticos. Não utilizar diurético. No procedimento a punção
poderá ser com escalpe dependendo do paciente, ou com cateteres mais longos utilizar luva,
equipo, torneira de três vias, seringa e tubo para armazenamento do conteúdo análise dente
posteriormente. O animal deverá permanecer em decúbito esternal, realizar tricotomia,
antissepcia, puncionar do 6 ao 8 espaço intercostal na altura da articulação costo condral,
não é necessário sedar o animal.
Fisiopatologia da Doença: O líquido é formado. Há uma pequena quantidade de líquido na
cavidade que serve para lubrificar o pulmão e o coração durante os movimentos, esse líquido
é constantemente formado e absorvido. É formado através do parênquima pulmonar e
reabsorvido através de vasos e linfáticos. A efusão é formada quando ocorre quando há
aumento da formação ou diminuição da reabsorção em situações como diminuição da
pressão oncótica, ICC (aumento da pressão hidrostática nos vasos pelo sangue), inflamação
de vasos, obstrução de linfático, neoplasia.
Diagnóstico: A auscuta estará abafada, toracocentese, raio x (opacidade cobrindo silhueta
cardíaca), ultra som (a parte escura será líquida). Realizar análise da efusão pleural, a partir
do tipo do líquido surgem os diagnósticos diferenciais. Na análise do líquido observa-se
quantidade de proteína, densidade, quantidade de célula, cor do líquido, classificando o
líquido em transudato simples (transparente), modificado, exsudato, efusão hemorrágica,
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A) Transudato Simples: É transparente, sendo causado por diminuição da pressão oncótica por
hipoalbuminemia. A albumina deve ser menor que a quantidade de células para não ter
extravasamento, o líquido pode extravasar para a pleura, para o abdômen, subcutâneo
formando anasarca (edema que atinge todas as regiões do organismo. Edema generalizado
que tem como causas mais frequentes a insuficiência cardíaca e renal). As causas incluem
má nutrição pela falta de ingestão de proteínas, proteinúria - perda de albumina pela urina
devido a inflamação no glomérulo como causas infecciosas e neoplásicas, que levam a
deposição de imunocomplexos no glomérulo ocasionando uma glomérulonefrite o glomérulo
deixa passar albumina ocasionando a proteinúria. A proteína também pode ser perdida por
fezes através da diarréia. Ou a albumina pode simplesmente não ser produzida (pelo fígado)
devido a insuficiência hepática
B) Transudato Modificado: Possui coloração mais rósea, a quantidade de proteína é maior, a
viscosidade é maior, a quantidade de células é maior que a do transudato simples. Esse
transudato é comum em situações que aumentem a pressão hidrostática e obstrução
linfática (neoplasia torácica, hérnia diafragmática, torção lobo pulmonar), ICCD. Na ICCD há
aumento de sangue no sistema venoso aumentando a pressão hidrostática.
C) Exsudato: É mais viscoso e possui mais células, também pode ser séptico (possui pus
ocasionando o piotórax, secreção purulenta dentro do tórax) ou asséptico (sem bactéria).
Como diagnóstico diferencial de asséptico há a PIRF no gato, torção lobo pulmonar,
neoplasia, hérnia diafragmática crônica.
D) Efusão Hemorrágica: Possui aspecto de sangue, não coagula e o hematócrito é menor que
o de sangue. Ocorre devido a trauma, coagulopatia (ingestão de Rodenticida que é
antagônico a vitamina K que participa da cascata de coagulação), neoplasias.
E) Quilotórax: Efusão leitosa, é o extravasamento de linfa do ducto torácico. Pode ser
secundário a outra doença (neoplasia, ICCD, trauma com ruptura do ducto torácico, torção
lobo pulmonar, tromboembolismo) ou idiopático (quando há anomalia do ducto torácico – má
formação). Para determinar se o quilo é realmente verdadeiro ou é pseudoquilo deve-se
dosar o triglicerídeo do líquido e do plasma, o do líquido deverá ser maior que o do plasma
para ser considerado quilo verdadeiro.
F) Efusão Neoplásica: Qualquer tipo de transudato simples, pode existir neoplasia com
transudato modificado, com esxudato, quilotórax, efusão hemorrágica. Nesse caso deve-se
realizar o diagnóstico a partir de citologia do líquido. Na citologia do líquido observa-se as
células epiteliais, mesenquimais ou redondas. As células epiteliais geralmente são
carcinomas (células em grupo), as células mesenquimais são alongadas sendo geralmente
sarcomas, as células redondas em geral são linfomas. Distinguindo os diferentes tipos de
tumores torácicos.
Estima-se que mais de 80% de todos os casos de doença do trato respiratório superior em
gatos sejam atribuídos ao complexo respiratório felino (herpes-vírus felino tipo I e calicivírus).
Alguns gatos com doença respiratória crônica muitas vezes são trazidos à clínica com início
súbito de dificuldade respiratória (aparentando evolução aguda). Algumas particularidades
anatômicas e funcionais das vias respiratórias dos felinos fazem com que a asma (obstrução
reversível da árvore brônquica) ocorra mais frequentemente nessa espécie, acompanhando
e agravando alguns quadros de doença brônquica crônica. Os gatos Siameses podem estar
mais predispostos às manifestações clínicas da bronquite felina. Muitos quadros de piotórax
(exsudato séptico na cavidade pleural) têm natureza idiopática na espécie felina.
Os animais jovens também podem estar mais predispostos às infecções de trato respiratório,
ao passo que as doenças neoplásicas e degenerativas são mais frequentes em animais mais
velhos. Em raças braquicefálicas (braqui = curto; céfalo= cabeça), ou seja, raças que
apresentam focinho mais curto (p. ex., Boxer, Buldogue, Pequinês, Pug) observa-se mais
frequentemente estenose congênita das narinas. Além disso, esses animais são
predispostos à síndrome respiratória do cão braquicefálico, manifestando estenose de
narina, prolongamento de palato e hipoplasia traqueal. A raça Buldogue Inglês é mais
predisposta à ocorrência de hipoplasia de traqueia.
A neoplasia nasal, por sua vez, é mais comum em cães dolicocefálicos (focinho comprido).
Os cães da raça Pastor-alemão são aparentemente mais sensíveis às infecções causadas
por Ehrlichia canis (erliquiose), acarretando, com frequência, episódios de sangramento
pelas narinas (epistaxe).
23/03
II. FLUIDOTERAPIA
Desidratação:
Definição: Refere-se somente a perda de solventes (água), sem perda do soluto (sais,
pequenas moléculas e proteínas). Ocorre quando a perda de água é maior que a ingestão.
Causas: Falha na ingestão de água e perda dos fluídos corporais.
Sinais Clínicos:
Exame Físico:
* Ao fazer o exame físico de prega de pele evitar região cervical pois naturalmente há
excesso de pele.
* No TPC (após pressão caso a cor demore a voltar indica que há pouco volume de líquido)
avaliar as mucosas oral e ocular que devem estar brilhantes.
* FC e pulso fraco pode indicar perfusão tecidual
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Tipos de Fluidoterápicos:
Cristalóides: Penetram em todos os compartimentos, são baratos e reidratam.
Cálculo:
Desidratação: Qtd (mL)= % de desidratação x peso x 10
Manutenção:
Caes
GP 30 – 40 mL/ kg/ dia
MP 40 – 50 mL/ kg/ dia
PP 50 – 60 mL/ kg/ dia
30/03
1) Conceitos:
4) Distúrbios:
Distúrbios Primários: Alcalose e acidose metabólicas e respiratórias.
6) Tratamento: O pH deve estar inferior a 7,2 e o bicarbonato menor que 16. Deve-se fornecer
bicarbonato. O correto é medir e colocar na fórmula (bicarbonato desejado – bicarbonato
medido do paciente x 05 x peso).
7) Caso clínico: Cão macho de 7 kg com vômito secundário a DRC, ao exame físico foi
constatado mucosas ressecadas e hipocoradas, TPC de 3 segundos, diminuição da
elasticidade cutânea e enoftalmia discreta. Halitose e úlceras orais. Nos exames
complementareshouve resultado de azotemia e acidose metabólica. A concentração de
bicarbonato sérico era de 10 mEq (mili equivalente). Calcule a reposição de bicarbonato
considerando que a concentração de bicarbonato fornecida será de 1 mEq/mL.
06/04
IV. SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA SISTÊMICA
1) Definições:
4) Fisiopatologia:
Mediadores ↓ Retorno
Vasodilatação
Inflamatórios Venoso
Estase ↓ Perfusão
↓ DC
Sangue Tecidual
Acidose ↓ ↓ Retorno
Láctica↓ Vasodilatação Venoso
Trombose microvascular
hisquêmica (trombo em um
vaso que gera hisquemia),
hipoxia tecidual, ↓ circulação
cerebral/ coronariana e renal,
Vasculite → Adesão e IRA, edema e hemorragia
aderência plaquetária → CID → pulmonar (secundária a
Coagulopatia de consumo liberação de proteína),
hipomotilidade gastroentérica
- enterite (pode gerar
translocamento bacteriano
intestinal - evolução para
sepse), acidose metabólica.
5) Sinais Clínicos: Existem critérios para estabelecer o diagnóstico da SIRS, uma evolução da
SIRS é a CID. Então um paciente com pancreatite aguda poderá ter sinais de distúrbios
hemorrágicos como petéquias, equimose ou sulfusão (a diferença é pelo tamanho, tudo é foco
hemorrágico, hematoma).
Hipotenção, pulso fraco ou filiforme, taquicardia (resposta secundária do organismo a
hipotenção para tentar elevar o débito cardíaco), taquipnéia, oligúria, hipertermia, ou
hipotermia (dependerá da fase da SIRS), esturpor (inconsciência com resposta) ou coma
(inconsciência sem resposta), mucosas hipocoradas ou cianóticas, vômito e diarréia (devido
ao translocamento bacteriano).
7) Tratamento:
8) Prognóstico: Será de reservado a ruim, dependerá se o paciente está em SIRS, sépse, sépse
grave ou choque.
V. HEMOTERAPIA
1) Critério: O paciente deverá ser avaliado para saber se ele realmente precisa passar por
transfusão. Não é qualquer paciente com anemia, anemia leve que receberá sangue.Por
isso deve-se avaliar as vantagens e desvantagens da transfusão.
3) Indicações da Transfusão:
Principais Indicações:
Anemia com hematócrito menor que 15%
Anemia hemorrágica (animal atropelado com rompimento de baço terá hemorragia interna)
Anemia não regenerativa
DRC
Outras indicações:
Epistase e sulfusão – coagulopatia de primeira fase (coagulopatia de primeira fase – falta
de nutrientes plaquetas – trombocitopenia ou trombocitopatia). A indicação será para repor
plaquetas e células com plasma rico em plaquetas ou sangue total fresco.
Hipoproteínemia – Plasma rico em plaquetas
Diminuição de fatores de coagulação – Plasma
Hipovolemia
Pancreatite – Plasma total fresco rico em antiproteases para destruir as enzimas
pancreáticas auxiliando na pancreatite.
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Saudável, Adulto jovem (Não pode ser filhote nem idoso), Vermifugado e vacinado
Livre de doença infectocontagiosa e Livre de doença infectocontagiosa e parasitária (FIV e FELV
parasitária negativo)
Com mais de 30 kg Deverá ter mais que 5 kg
5) Tipos de sangue:
a) Cães possuem 6 tipos sanguíneos, são chamados de DEA (Dog Erythocyte Antíge) – O
tipo de antígeno classifica o sangue.
Antígenos 1.1 e 1.2 são animais comuns
2, 3, 4, 5 e 7
Não há possibilidade de um tipo sanguineo ter anticorpo para outro, como em gatos.
b) Gatos: Possuem 3 grupos sanguíneos A, B e AB; sendo que o A é o mais freqüente, deve-
se fazer teste de compatibilidade pois:
Tipo A possui anticorpos naturais contra o tipo B
Tipo B possui anticorpo contra o tipo A
OBS: Antes da transfusão deve-se fazer reação cruzada. Pois se após transfusão ocorrer
produção de anticorpo contra a hemácia poderá ocorrer óbito. Existe reação menor:
6) Cálculo de Hemoterapia: Existem duas maneiras de se calcular o sangue total fresco, uma
forma mais rápida e outra mais lenta.
Plasma de 6 – 10 mL / kg
8) Tipos de Reações:
Imediatas:
Tipo 2 - Hemólise Aguda: Ocorre devido a incompatibilidade de sangue, pois não foi
realizada reação cruzada antes da transfusão. Antígeno, anticorpo, complemento. No
eritrócito há o antígeno de superfície, o paciente que está recebendo possui anticorpo
contra o antígeno é incompatível, o anticorpo se liga ao antígeno em seguida ao
complemento, o antígeno + anticorpo + complexo realiza lise e o sistema complemento
ativa vários outros sistemas, estimulando a cascata de coagulação, causa inflamação,
liberação de muita hemoglobina gerando hemólise aguda, essa hemoglobina é nefrotóxica
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Tardias:
b) Reações Não Imunológicas: Pode ser bacteriana, pois o sangue é meio de cultura, não foi
realizada tricitomia e antisepsia, a coleta foi feita em ambiente sujo, a transfusão foi
realizada em 6 – 7 hrs. Pode ter ainda intoxicação por citrato, a partir por exemplo de 100
mL de sangue de gato armazenado em uma bolsa de 500 mL o sangue terá excesso de
anticoagulante, na transfusão o anticoagulante irá selar o Ca do organismo ocasionando
hipocalcemia. Apresentará tremores.
c) Cálculo errado: Por exemplo 500 mL de sangue para Poodle de 1 kg, o excesso de sangue
irá para o pulmão, o cão ficará dispnéico. Se o paciente for cardiopata ou nefropata a
absorção será muito rápida podendo ter excesso de volume.
9) Tratamento:
Reação tipo 1 - Reação alérgica: Primeiramente utilizar antihistamínico, caso não haja
melhora utilizar corticóide. Em choque anafilático paciente terá broncoconstrição, o
paciente poderá ir a óbito ocorrerá hipotenção, broncoconstrição, edema de glote, deve-se
realizar adrenalina para tentar reverter o processo. Se estiver só no início apenas com
urticária deve-se realizar broncohistamínico.
Reação Tipo 2 - Reação hemolítica: Hemólise aguda, ralizar fluidoterapia intensa para
estimular o rim trabalhar para expelir a hemoglobina que é nefrotóxica, em seguida realizar
hidratação rápida.
IMPORTANTE: Realizar reação cruzada antes.
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Data: 27/04
VI. CARDIOLOGIA
CÃES
1) Endocardiose
a) Definição: Degeneração/ fibrose do aparelho valvular que pode acometer tanto a mitral quanto
a tricúspede, é uma doença extremamente comum na rotina. Quase 80% dos cães com mais
de 10 anos de idade apresentam algum grau de endocardiose, mas não significa que os animais
terão sinal clínico relativo a doença. É comum em cães sendo rara em gatos (apresentam com
mais freqüência cardiomiopatia). É doença comum de cães de pequeno porte (Poodle e Teckel
– 5 anos), pequenos e idosos; porém cães de grande porte podem ter degeneração também.
b) Características: Em necropsia normal o folheto será fino e translúcido, na valva mitral com
endocardiose o folheto será grosso, rugoso com a extremidade irregular, semelhante a
nodulações. Porém não é só o folheto que degenera, é o aparelho valvar incluindo os folhetos
e as cordoalhas tendíneas (prolongamentos que suportam o folheto, que ligam o folheto ao
músculo papilar), as cordoalhas tendíneas também degeneram podendo romper, pode ser uma
das causas de edema pulmonar agudo. Se o folheto está grosso/ fibrosado, irregular e cheio
de nodulação ele não consegue fechar corretamente quando a valva trabalha assim pode
ocorrer acúmulo/ refluxo/ insuficiência de valva que pode ocorrer na mitral ou na tricúspede.
Geralmente a endocardiose de mitral é responsável por 60% dos casos, enquanto que mitral
juntamente com tricúspe correspondem a 33% dos casos.
Quando a valva está degenerada, irregular e espessa, não fecha direito; o sangue irá voltar
ocorrendo insuficiência; o animal apresentará como sinal clínico o sopro, porém o animal
também poderá ser assintomático. A doença é crônica e muitas vezes progressiva, logo se a
doença progride e o sangue volta para o átrio, no lado esquerdo por exemplo pela mitral,
ocorrerá aumento do átrio e acúmulo do sangue de um lado ocorrendo sobrecarga de volume,
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o átrio começará a esticar, a primeira manifestação clínica do átrio grande será tosse pois
ocorre compressão do brônquio esquerdo (que possui receptores para tosse) a tosse será
semelhante a engasgo, as vezes o animal pode ter secreção ou vomitar porém será
conseqüência da tosse, a tosse será devido ao aumento do átrio esquerdo.
d) Fisiopatologia:
Fisiopatologia da ICC: Se a doença progredir voltará bastante sangue para o lado esquerdo o
átrio esquerdo começará a aumentar e irá contrair o brônquio, ocorrendo a insuficiência. No
átrio esquerdo chegam as veias pulmonares, se aumentar a pressão do lado esquerdo,
conseqüentemente aumentará a pressão das veias pulmonares, ocorrerá aumento da pressão
hidrostática ocasionando edema pulmonar. Quando o organismo começa a reter líquido do lado
direito, devido degeneração da mitral, essa ICC direita ocasionará pelas veias cavas ascite, o
fígado e baço ficarão congestos, ocorrerá aumento da pressão hidrostática porém sistêmica.
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Nesse aumento de líquido será determinado que o paciente tem uma ICC. Se for no pulmão
será do lado esquerdo, se for sistêmico como ascite, edema de membros, efusão pleural
pericárdica será de ICC direita.
O cão poderá ter ICC direita, esquerda ou bilateral, com mitral e tricuspede juntas, ocorrerá
ascite, edema de membros, na fase de ICC o índice de condição corporal será magro podendo
ser caquético, o quadro será denominado de caquexia cardíaca.
O ecocardiograma é realizado depois que o paciente está estabilizado para determinar o grau
da doença. No exame será visualizado espessamento do folheto e aumento do átrio esquerdo
as vezes do ventrículo também. Ocorrerá regurgitação da mitral ou tricúspede dependendo da
patologia. A relação da aorta para o ventrículo é de 1.3: 1.0
Sinais Clínicos: A maioria dos animais é assintomático, tendo como sinal clínico apenas sopro,
sem tosse; o animal poderá apresentar também tosse, cansaço, síncope. Em edema pulmonar
a freqüência cardíaca estará aumentada. As mucosas podem estar normocoradas e o pulso
fraco.
O tratamento é realizado apenas se o coração estiver aumentado.
Tratar apenas paciente com aumento do coração sem ICC. Se não houver cardiomegalia não
há necessidade de tratar. Se o paciente apresentar tosse devido ao aumento do átrio esquerdo
mas não há ICC o tratamento é de uma forma se há ICC o tratamento é de outro jeito.
Exame Complementar de Raio x: Se for realizado rx nessa fase, poderá ser verificado o padrão
alveolar, no cão o edema pulmonar cardiogênico começará na região perilar, será tão severo
que ocupará toda a parte caudo dorsal.
e) Tratamento:
Paciente Com Aumento Do Átrio Sem ICC: Utilização de inibidores da ECA (enzima conversora
da angiotensina)
- Os inibidores da ECA são benasepril e enalapril
- Dose: 0,25 – 0,5 mg/ kg a cada 12 ou 24 horas. Caso seja excedida o paciente poderá ter
hipotenção.
- A enzima conversora da angiotensina converte a angiotensina 1 em angiotensina 2 que é
responsável pela vasoconstrição. O inibidor da ECA inibirá essa conversão e os efeitos da
angiotensina 2, ocorrerá vasodilatação, ocorrerá diminuição da tosse.
- Inibidor da ECA faz vasodilatação diminuindo a pressão arterial tornando mais fácil ejetar
sangue e voltará menos sangue para o átrio esquerdo diminuindo a tosse. A diminuição do
tamanho do átrio esquerdo não é visível, mas melhora o sinal clínico.
- Ex: Coração com pressão sistólica de 140. Ao utilizar vasodilatador a pressão sistólica irá
diminuir, o vaso ejetará sangue com pressão menor, ficará mais fácil ejetar sangue com pressão
menor e a regurgitação diminuirá. Mais sangue sairá pela aorta e menos sangue irá para o átrio
esquerdo consequentemente diminuirá o átrio esquerdo, diminuindo também a tosse.
- OBS: O inibidor da ECA é utilizado em casos de aumento do átrio. Se o átrio está com tamanho
normal mesmo com endocardiose não há necessidade de tratar.
Edema pulmonar: Se o paciente está dispnéico é uma emergência devendo ser internado, isso
indica líquido no pulmão.
- Deve-se utilizar Furosemida IV que é diurético. Este fármaco possui vida de 4 horas deve ser
utilizado de 1 em 1 hora ou a cada 2 horas. Na primeira aplicação a dose é maior de até 5 mg/
kg no cão, no gato a dose é menor.
- Monitorar o efeito da droga, se há produção de urina, diminuição da crepitação em auscuta,
diminuição da dispnéia, freqüência cardíaca e respiratória eu estavam auteradas vai voltando
ao normal. Deve-se monitorar principalmente freqüência cardíaca e frequencia respiratória.
Quando os sinais clínicos forem melhorando deve-se espassar a freqüência da administração
da Furosemida como por exemplo para 3, 4, 6 horas. Quando cessar a dispnéia o paciente
receberá alta devendo receber administração de Furosemida VO em casa.
- Em edema pulmonar também pode ser utilizado vasodilatador Nitroglicerina em caso de
emergência, seu uso é controverso pois a eficácia não é 100% comprovada. O veterinário
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deverá utilizar luva no manuseio pois poderá absorver desenvolvendo hipotenção. Este
fármaco dilata os vasos sistêmicos tentando puxar o sangue acumulado que está no pulmão.
- Realizar oxigênioterapia, com máscara ou cateter nasal, utilizar anestésico local e inserir a
sonda até a base do fucinho.
- É importante repouso e se o paciente estiver ansioso realizar sedação com Butorfanol,
derivados da morfina com associação da acepromazina.
- Além de edema também pode ocorrer líquido, quando é ICC esquerda ou direita por uma
pressão hidrostática o líquido geralmente é um transudato modificado.
Tratamento em casa:
- Diurético: Furosemida a cada 8 horas 3 mg/ kg, se possível diminuir a cada 12 ou até 1 vez
ao dia. A dose deve ser mínima para não ocorrer edema nem desidratação, o paciente deverá
retornar para realizar exames de acompanhamento como rx.
- É utilizada também Espirulactona diurético mais fraco que a Furosemida inibidor da
aldosterona, bloqueia a progressão da doença é antifibrótico, pois prolonga a vida do paciente
inibindo a fibrose dos miócitos.
- Dieta pobre em Na, porém deve ser calórica pois o paciente estará magro, deve ser iniciada
quandro o quadro já estiver estável e de maneira progressiva.
- Inotrópico positivo: Inotropismo – Força de contração. O inotrópico é administrado VO,
pimobendan (Vetmidin). Esse fármaco aumenta a força de contração do coração e faz com que
um maior volume de sangue seja ejetado do coração e vá para os órgãos e musculatura. O
paciente terá melhor tolerância ao exercício e será mais ativo. Dose de 0,25 a 0,3 mg/ kg VO
sempre a cada 12 horas e em jejum pois é melhor absorvido com estômago vazio.
f) Prognóstico: Na raça Cavalier King Charles Spaniel o prognóstico será reservado, pois a raça
possui endocardiose em fase adiantada da vida antes do paciente ser idoso. É comum na
Europa.
- Se o paciente ter encardiose sem ICC o prognóstico será bom
- Se o paciente tiver ICC o prognóstico será reservado pois a doença será sempre progressiva.
Data: 18/05
2) Cardiomiopatia Dilatada:
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a) Definição: Doença que acomete os músculos cardíacos. É a principal doença que acomete
cães de grande a gigante porte, principalmente machos. As raças predispostas: São
Bernardo, Dobermam, Labrador, Pastor alemão, rotweiler. A raça de médio porte que é
acometida é a Cocker spaniel, esta raça é predisposta tanto a endocardiose quanto a
cardiomiopatia dilatada. O comum é acometer cães com mais de 12 kg. O acometimento é
em pacientes adultos para idosos. Porém cães jovens também podem desenvolver.
b) Característica: É uma doença do músculo, o músculo fica fraco ocorre diminuição da função
sistólica, a contratilidade fica diminuída. À necropsia o coração fica dilatado, há dilatação de
todas as câmaras, o coração fica globoso.
- Há diminuição do débito cardíaco e da pressão arterial, a quantidade de sangue que sai do
coração não é normal. Para manter o débito cardíaco e aumentar a pressão arterial o
organismo estimula os sistemas renina angiotensina aldosterona, ocorre vasoconstrição e
retenção de água e sódio para aumentar o volume, o sistema simpático aumenta a FC para
aumentar a pressão arterial.
- Se o coração está dilatado ele não possui muita força de contração, ocorre afastamento
das válvulas mitral e tricúspede não ocorrendo correto fechamento destas. Ocorrerá acúmulo
de sangue no átrio podendo ocasionar ICCE e D. Geralmente os animais terão ICC bilateral
um lado pode predominar sobre o outro. Geralmente quando há dilatação o animal já
apresenta quadro de ICC. Diferente da endocardiose que o paciente apresenta somente
tosse.
c) Etiologia: A causa é idiopática, em algumas raças pode ocorrer por deficiência de aminoácidos
como taurina e L carnitina. Ex Cocker pode ter deficiência de taurina e boxer pode der
deficiência de taurina e L carnitina. Para o boxer pode-se suplementar taurina, mas L carnitina
é cara. O prognóstico é ruim.
d) Exame físico – queixa: Caquexia, perdem peso e massa muscular, ascite, edema de membros,
a jugular estará dilatada, ao palpar pulso femoral este estará fraco devido a queda do débito
cardíaco, mucosas hipocoradas ou cianóticas, caso tenha edema pulmonar o animal terá
dispnéia, posição ortopnéica, poderá ter síncope – principalmente no dóbermam e boxer,
arritmia cardíaca, morte súbita. Na auscuta será identificado sopro mais discreto que na
endocardiose, arritmia, FC alta se estiver em ICC, ritmo de galope (3º som) pois o ventrículo
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está rígido. Na auscuta pulmonar será identificada crepitação, efusão pleural resultando em
som abafado.
e) Exames Complementares:
Em radiografia observa-se aumento global da silhueta cardíaca, aumento generalizado, edema
pulmonar, efusão pleural.
Eletrocardiograma: Serve para detectar FC e ritmo. Deve-se verificar onda p (despolarização
dos átrios), complexo qrs (despolarização dos ventrículos) e onda t (repolarização dos
ventrículos). A onda p pode ser para baixo ou para cima, ou seja positiva ou negativa.
uma célula que está alterada da musculatura ventricular. Quando é positivo sai do ventrículo
direito, quando é negativo, sai do ventrículo esquerdo. Sempre quando há complexo ventricular
prematuro, significa que uma célula do ventrículo despolarizou e trouxe o impulso antes do
tempo, esta célula pode ser do ventrículo direito ou do ventrículo esquerdo. Esses complexos
podem vir apenas um espaçado isolado, ou também podem vir dois ou três em sequencia – a
arritmia vai ficando cada vez mais grave.
- A arritmia será tratada se houver muitas por minuto, caso tenha mais que 20 por minuto deve-
se tratar. Se arritmia ventricular for em boxer ou dobermam, também deve-se tratar, pois estas
raças possuem grande chance de ter morte súbita. A fração de encurtamento estará diminuída,
a fração normal é > 30% quando não há contração a fração fica em torno de 20%, 30% - esse
é um índice de função sistólica, as cavidades cardíacas estarão aumentadas. Percebe-se que
no ecocardio a contratilidade está diminuída (fração de encurtamento diminuida), as cavidades
estarão aumentadas, comparar o átrio esquerdo com relação a aorta que deve ser de 1:1.
- O Dobermam possui particularidade, possuem a forma da doença mais grave a doença evolui
em meses, algumas linhagens podem transmitir aos decendentes, também podem ter arritmias
ventriculares anos antes de apresentar a doença cardíaca, esta é chamada de cardiomiopatia
oculta, por isso os criadores fazem exame de houter (eletrocardiograma durante 24 horas) e
ecocardio anual.
Ecocardiograma:
- Em cão normal observa-se as câmaras cardíacas em movimento.
- Cão com cardiomiopatia dilatada: O músculo quase não mexe e há arritmia também, há
disfunção sistólica o coração não tem força de contração, não está contraíndo direito. No exame
é realizado corte em modo M para quantificar qual é a função. No exame também pode-se
identificar insuficiência de mitral e tricúspede. A ICC será menor que na endocardiose, o sopro
será mais discreto também.
- O ecocardio não poderá ser realizado se o cão apresentar edema pulmonar, este deverá ser
tratado primeiramente para posterior realização do exame.
- Procedimento para edema pulmonar: Realizado quando o paciente apresenta ascite, edema
de membros, edema pulmonar.
f) Sinais Clínicos: Animal caquético com atrofia muscular, apresentam bastante arritmias
ventriculares que são complexos ventriculares prematuros, as vezes anos antes de ter ICC,
podem ter morte súbita antes de ter ICC devido a arritmia ventricular, ocorre taquicardia
ventricular em seguida fibrilação o coração para e o animal tem uma morte súbita.
g) Tratamento:
Tratamento emergencial é semelhante quando o quadro é de edema pulmonar na endocardiose
de mitral → Utliza-se Furosemida IV por 1 a 2 horas monitorar FC, FR conforme esses
parametros melhoram, espassar a administração. Oxigenioterapia, ionotrófico positivo para
aumentar a força de contração Dobutamina em insusão contínua. As medicações serão
administradas IV com solução sódica.
- Caso tenha muita efusão pleural realizar toracocentese,
- Se apresentar muita ascite realizar abdominocentese.
- Conforme o paciente melhora realizar as medicações VO (tratamento em casa), repouso total.
Tratamento em Casa:
- Deverá receber Furosemida VO, primeiro a cada 8 horas em seguida a cada 12 até ocorrer
estabilidade.
- Pimobendan (vetmidim) → Aumenta a força de contração.
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- Dieta específica com baixos índices de Na, fornecimento de bastante caloria e gordura.
Esta deve ser realizada de forma gradativa
- Vasodilatador – Inibidor da ECA – Inalapril, Benazepril, Captopril
- Diurético que possui função antifibrose para prolongar a vida do paciente →Espirolactona
GATOS
3) Cardiomiopatia Hipertrófica
b) Etiologia: Idiopática, em algumas raças é hereditária como no persa. Acomete gatos de meia
idade adultos jovens – 4 a 7 anos.
d) Sinais Clínicos:
Assintomático → Maioria dos casos. Sopro na auscuta com ritmo de galope, não haverá
edema pulmonar e nem tromboembolismo. Gato com aumento de átrio esquerdo não tosse
igual o cão, logo se o gato tossir o problema é respiratório (asma).
- Diagnóstico definitivo: Ecocardiografia, medindo diâmetro do sépto e da parede.
O gato pode estar em posição ortopnéica indicando grave dispnéia, indicando que o animal
pode ter edema pulmonar ou efusão pleural. (crepitação). Gato com dispnéia pode evoluir
para morte.
Paralisia aguda devido ao tromboembolismo, pois o trombo geralmente para nas artérias
ilíacas que irrigam o membros pélvicos, é como se fosse uma hisquemia nos membros. O
animal terá muita dor. Também pode ocorrer quadro de tromboembolismo com ICC.
e) Exames Complementares:
- Radiografia: O coração pode estar aumentado, na DV o aumento será biatrial (valentine’s
heart ♥). O pulmão apresentará padrão alveolar.
- Ecocardiograma: Aumento da espessura do septo e da parede e aumento do átrio esquerdo
com relação a a. aorta. A hipertrofia pode ser apenas de parede, apenas de septo ou dos
dois.
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g) Tratamento:
Edema pulmonar:
- Emergencial: Furosemida (a dose e a frequencia deverão ser menores 1 a 2 mg/kg pois os
gatos são mais sensíveis há desidratação).
- Em caso de dispnéia realizar oxigenioterapia.
- Em efusão pleural realizar toracocentese.
- NÃO UTILIZAR IONOTROFICO POSITIVO
- Para melhorar o relaxamento pode utilizar fármaco que diminua a FC.
- Casa: Além de diurético, se tiver aumento de átrio utilizar inibidor da ECA e utilizar
medicação para ↓ FC com beta bloqueadores (Atenolol, propanolol) ou bloqueadores de
canais de Ca → Diltiasem (acada 8 horas)
Tromboembolismo: A temperatura dos membros estará baixa, o pulso femoral estará fraco
ou ausente, os coxins estarão cianóticos. Em US abdominal o fluxo irá parar na região da
aorta. Pode ocorrer necrose dos membros → amputação.
- TERAPIA: Tratamento de suporte → Fluidoterapia, nutrição, antibioticoterapia, analgesia.
- Em caso de trombos utilizar aspirina ou heparina (controlar tempos de coagulação TP,
TTPA) para evitar formação de novos trombos.
h) Prognóstico:
- ICC → Reservado
- Tromboembolismo → Ruim.
Data: 04/05/15
VII. DERMATOLOGIA
1) Piodermites 3) Malasseziose
a) Dermatite Superficial
e) Celulite
5) Otites
b) Otite Crônica
1) Piodermite: Infecção bacteriana da pele dos cães, é a doença dermatológica mais comum, o
principal agente que causa piodermite em cães é a bactéria staphylococcus pseudintermedius.
b) Impetígo: A bactéria pode também conseguir entrar na pele infectando a epiderme. Clinicamente
se manifesta com lesões primárias de pústulas. As pústulas tendem a romper e o pus vira crosta
purulenta ou crosta melicérica. A crosta poderá ficar margeada com descamação, onde rompeu a
pústula pode sobrar a lesão periférica chamada de colarinho epidérmico. Impetígo em animais com
menos de 1 ano de idade pode ser indicativo de doença interna como verminose, subnutrição,
doença viral – cinomose. Em animais adultos e jovens pode ser secundário a doença alérgica;
como dermatite atópica ou alergia alimentar.
c) Foliculíte: A bactéria migra pelo folículo e invade o epitélio folicular. Clínicamnte se manifesta
com erissamento piloso, pois a bactéria entra no folículo ocorrendo contração do músculo eretor do
pelo. Em palpação o poderá ser notadas várias pápulas. O cão poderá ter alopecia, o aspecto será
semelhante a ruído de traça.
- A foliculíte estafilocócica é secundária.
- Animais com menos de 1 ano de idade podem ter como causa Demodex
- Deve-se realizar raspado de pelos
- Em animais adultos e jovens está ligado a doença alérgica
d) Furunculose: Se o folículo romper a bactéria irá infectar a derme. Clinicamente se manifesta com
nódulos firmes geralmente de coloração arrocheada ou violácea. Nódulo firme e hemorrágico,
podendo ter vesículas hemorrágicas. Poderá ocorrer degeneração e necrose de áreas adjacentes.
Úlceras, seios drenantes, exudação sanguineo purulenta, alopecia, edema, eritema. O paciente
poderá estar febril, alguns animais podem manifestar linfonodomegalia. A pele ficará necrótica. ->
Dermatite Actínica causa furunculose em cães
e) Celulite: Se a bactéria infectar porções profundos da pele, ocorrendo inflamação celular do tecido
subcutâneo ocorrerá celulite. -> Cão muito jovem com celulite e furunculose terá como causa base
Demodiciose.
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Tratamento:
Antibióticoterapia Sistêmica
Caso amoxilina e cefalexina não
resolvam pode-se recorrer a
Clindamicina 10 mg/ kg/ 12 h é
melhor para paciente que apresentam
furunculose pois penetra em locais
com fibrose, cicatriz.
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2) Dermatofitoses:
a) Características: Comum na pele de cães e gatos. Cães possuem com mais freqüência piodermite
já os gatos dermatofitoses. É uma infecção fúngica causada por Microsporum canis.
Dermatófitos em geral se alimentam de queratina, se alimentam de material morto queratina.
Podem infectar pelo, camada córnea ou unha causando ornicomicose.
O pelo fica fosco, quebradiço e cai causando alopecia. A alopecia é circunstrita e descamativa,
apruridica e não exudativa, pois a infecção é superficial.
Yorkshire, Lhasa apso, Maltês, são as raças mais predispostas, porem nos gatos é mais
comum.
É infectocontagiosa passa de um animal a outro, inclusive para o homem – zoonose
Lesões são comuns em face e membros.
Alguns animais podem ter alopecia generalizada.
A infecção é incidiosa/ lenta
Gato com infecção dermatofítica generalizada pode ter sido infectado pelo vírus da FIV ou
FELV.
b) Diagnóstico: Lâmpada de Wood – o pêlo ficará verde, para confirmar deve-se realizar cultura.
c) Tratamento:
Shampoo a base de Miconazol 2%, Cebronidazol 2%
A terapia tópica é adjuvante
Utilizar também Traconazol 10 mg/ kg/ VO/ 24h
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Data: 25/05/15
a) Definição: Doença fúngica mais comum da pele dos cães, enquanto que dermatofitose é
mais comum em gatos. Decorrente de um super crescimento de leveduras de Malassezia,
está presente na flora natural da pele dos cães mas quando começa a super crescer
mediante doença de base que fragiliza a pele, favorece o crescimento da Malassezia. É uma
levedura comensal. A levedura de Malassezia mais comum da pele de cães e gatos é a
Malassezia pachydermatis
b) Dermatopatias de Base:
c) Sinais Clínicos: Coceira crônica (abdomem, virilha, axila), otite, prurido associado a etirema,
muita inflamação.
Prurido associado a eritema, mal cheiro, em seguida a doença evolui para pele
hiperqueratótica (espessa) e lignificada (escura)
d) Diagnóstico: Citologia de pele (durex – fricção – corar com panótipo rápido). Ou swab de
conduto.
e) Tratamento:
Otite Solução seruminolítica por 3 dias (essas soluções já são compostas por corticóide).
Seguida de solução antimicótica aminolítica a base de Cetoconazo 1 – 2% Miconazol 1
– 2%, Clotrimazol 1% → de 1 a 2 vezes por dia por 3 – 4 semanas.
Tegumentar Se a lesão é localizada, apenas interdigital ou axilas por exemplo, utilizar shampoos a
base de Miconazo 2%, Cetoconazol 1 – 2% ou Clorexidine 2% + Miconazol 2,5%
Lesão Associar terapia tópica com terapia antimicótica sistêmica que pode ser a base de
Generalizada Cetoconazol 10 mg/ kg/ VO/ 24h ou Troconazol 10 mg/ kg/ VO/ 24hm (30 dias).
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Data: 25/05/15
4) Prurido Crônico
Tratamento:
• Tratar o ambiente
• O produto deve matar a pulga por contato
• Frontline Plus Spray a cada 15 dias, em seguida 30/ 30 dias
• Ou comprimido VO – Nitenpiram (Capstar)
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b) Dermatite Atópica
Características:
• Doença inflamatória da pele, pruriginosa, crônica.
• Genética
• Não tem cura, apenas controle.
• Acomete de 10 a 15% da população canina. É frequente em
centros urbanos.
• Comum em animais de raças puras ou específicas – de cada 10
animais 8 possuem raça específica
• As raças mais acometidas são as chinesas como Shitzu, Lhassa Apso, também é comum
em poodle, labradores, bull terrier. Comum em braquicefálicos, bulldog inglês e francês
• Os cães são domiciliados, tomam banho regularmente, são vacinados, vermifugados,
permanecem a maior parte do tempo em ambiente interno – ficam expostos a alérgenos
ambientais e alimentares.
• O prurido pode ser primário a lesão de pele – alopsia, escoriações.
• Pode variar de moderado a intenso.
• Sono irregular
• Responsivo à corticóides
• Podem ter blefaroconjutivite, otite crônica – externa bilateral
• Coceira em região interdigital
• Prurido em região ventral – Abdomen, axila, região inguinal, porções interdigitais, face,
orelha.
• A pele é eritematosa, inflamada, reagindo, podem ter alopecia alto induzida, erupção
papular.
Fatores Extrínsecos:
• Limitantes: Desinfetante, cera, grama, perfume, talco, tapete, carpete, altas temperaturas,
poeira doméstica (ácaros), pólen → Formação de IgE contra alérgenos
• Alimentos: Proteína bovina, frango, leite, trigo → Dermatite atópica induzida por alimentos
(20% dos cães) podem ter queilite (inflamação labial)
• Coceira em região perioral e perianal.
• 30% podem ter sinais gastroentéricos podendo ter vômito intermitente ou diarréia
intermitente (diarréias mucóides)
• Como a pele é aberta é comum ter super crescimento bacteriano staphylococcico →
Piodermite staphylococcica secundária
• O tratamento deve ser constante, pois a pele não funciona como barreira física.
• A bactéria pode entrar pelo folículo e causar foliculite.
→ Critérios de Pavlov: Animal com prurido crônico, primário, perene, animal é domiciliado,
tem dermatite de infecção (responde a corticóide), coça região interdigital e não coça região
lombossacral (Malasseziose), não coça região de ponta de orelha (Escabiose)
Tratamento:
1. Controlar Infecções
2. Minimizar o contato dos cães com limitantes (algodão, soft, lã, poeira)
Caso essas medidas exclusivas não controlem o quadro o paciente devera passar por uso
regular de medicações.
• Antihistamínico com corticóide (Prednizolona) – Conforme melhora espassar o corticóide →
Corticóide 2 x sem e antihistamínico todo dia.
• Se o animal receber muito corticóide pode desenvolver hiperadrenocorticismo.
• A medicação mais indicada para controle é Ciclosporina 5 mg/ kg + Corticóide → 2 meses,
depois apenas Ciclosporina
• Pode-se realizar testes cutâneos aplicando os alérgenos para verificar reação da pele.
• Em seguida fazer protocolo vacinal para imunoterapia
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Resumo: Dermatite atópica: Doença inflamatória da pele crônica pruriginosa onde há perda
da função da barreira física da pele. O tratamento é realizado com controle da infecção, em
seguida minimizar contato com irritantes, recompor barreira física da pele. Se o animal
continuar coçando fazer exclusão dietética. Caso não haja melhora controlar a inflamação
pela via medicamentosa ou imunoterápica.
Data: 08/06/15
VIII. OTITES
Anatomia:
• Os ouvidos possuem canais semi circulares que dão noção de espaço e equilíbrio, estão
interligados com o nervo vestibular, lesão nesta área pode resultar em desequilíbrio.
Otite Média: 80% dos animais com otite crônica podem ter otite média – A infecção migra
dos condutos para a bulha timpânica, podendo ter ruptura de timpano, podendo ter
contaminação da cavidade tipânica.
Sintomas De Otite
b) Otite Média: Rompimento da membrana timpânica ocasiona otite média, sangue e pus cairão
na orelha média na cavidade timpânica que é revestida pela bulha timpânica (projeção do
osso temporal), nessa cavidade existem os ossículos martelo, bigorna e escribo – a infecção
pode ocasionar osteomielite de bulha timpânica e dos ossículos. Se a otite média não for
tratada pode evoluir para otite interna podendo ocasionar meningoencefalite.
• Geralmente acompanha otite externa crônica, é comum muita otoalgia, o cão não deixa
examinar boca pois sente dor na articulação temporomandibular, haverá muito pus.
• Pode causar surdez ocasionando hipocuzia (perda da acuidade auditiva) ou acuzia (surdez).
• Poderá ter lesão de nervo facial – Neurite facial – Paralisia da face, ptose (queda) de
pálpebra e lábio → Quadro semelhante a AVC
• A otite média pode causar síndrome de horner → Miose (anisocoria), ptose (prolapso de 3ª
pálpebra), enoftalmia. Esses sinais são causados porque há lesão no nervo simpático que
inerva o globo ocular.
• A principal causa de lesão de nervo facial em cães é a otite média.
Tratamento:
Limpeza por 3 dias, com ceruminolíticos; se há pus mucolíticos → Flumucil
- Terapia Tópica: Utilizar produto que preencha todo o conduto com medicação
Otite Aguda com corticóide.
- Princípios antibacterianos (Neomicina, Gentamicina, Polimixina B)
- Antimicóticos (Miconazol, Cetoconazol ou Clotrimazol) 2x/ dia de 21 – 30 dias.
- Tratar causa base para não ocorrer recidiva.
Lavagem
- Terapia Tópica
- Antibacteriano: Realizar cultura e ambiograma para saber que agente utilizar.
Geralmente são utilizadas as Quinolonas (Ciprofloxacina, Enrofloxacina e
Tobramicina)
- Antimicótico (Miconazol, Cetoconazol ou Clotrimazol)
- Corticóide – Efeito contra gram + e -, efeito antiinflamatório, antifibrosante (impede
fibrose e calcificação) e antipruriginoso: Flucinolona,
Otite Crônica - Dexametazona, Betametasona (efeito atrofogênico – afina o epitélio → melhora
hiperplasia epitelial) por 60 dias
19/08/15
Profª Ana Paula Sarraff Lopes
IX. GASTROPATIAS
Célula Parietal: Produz HCl, existem vários receptores na superfície desta célula alguns
aumentam a secreção do HCl enquanto outros diminuem essa secreção; dentre os receptores
que estimulam a secreção está o receptor H2 cujo mediador é a histamina. A histamina se
liga ao H2 para estimular a produção da célula parietal para ocorrer secreção do HCl na luz
do estômago;
Mediadores que estimulam produção de HCl:A histamina é o mediador mais potente que
estimula a secreção de HCl. Além da histamina existe ainda a acetilcolina. No estômago
também é secretado um hormônio a gastrina que também se liga ao receptor H2 para
estimular a produção de HCl. Tanto a histamina quanto acetilcolina quanto gastrina
aumentam a produção de HCl;
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Inibidor de HCl:A prostaglandina é um mediador que inibe a produção de HCl, ou seja diminui
a acidez do estômago. Uma das maneiras de diminuir a quantidade de HCl para diminuir a
acidez gástrica é bloquear os receptores a partir de inibidores H2 (Ranitidina), bloqueia os
receptores mais potentes enquanto os outros continuam livres;
→ Na saída da célula há uma bomba chamada de bomba de prótons (entra um K e sai H para
produzir HCl), pode-se bloquear essa bomba com medicamento chamado bloqueador da
bomba de prótons (Omeprazol), essa classe de fármacos é muito mais potente que
bloqueadores H2 pois ocorre bloqueio da saída do próton hidrogênio para diminuir a acidez.
Também pode-se utilizar análogo da prostaglandina para diminuir a acidez;
→ Mecanismos de Proteção: Deve-se proteger a mucosa estomacal, pois o pH é ácido (1 a
2) caso não haja uma camada de proteção haverá destruição das células da mucosa e gastrite
(o pH das células é de 4 a 6), existem mecanismo que se forem quebrados levam a gastrite.
Células mucosas produzem o muco para proteção, essa camada é hidrofóbica que repele o
líquido, junto com esse muco há bicarbonato que possui função de alcalinizar o pH, a célula
possui parede de fosfolipídeo que também é hidrofóbica e repele a água, abaixo dessa
camada celular há uma intensa rede de capilares para nutrir essas células levando O2 e
nutrientes para repor energia a essas células se houver lesão, também há prostaglandina
secretada pelas células.
Todos esses mecanismos fazem que organismo normal não tenha gastrite, a
gastrite se manifesta quando há ruptura de um desses mecanismos. Por exemplo
em choque hipovolêmico há comprometimento da rede de capilares e o animal
pode vir a ter gastrite.
1) Gastrite Aguda: Inflamação caracterizada por vômitoagudo, com evolução de até 7 dias.
Sinais Clínicos: Vômito, hiporexia, dor abdominal, hematêmese (úlcera gástrica – utilização
de AINES ocasionando gastrite), desidratação.
Etiologias:
Causas de vômito de até 7 dias de evolução: Intoxicação por plantas, agrotóxicos,
medicamentos (AINES) → Bloqueiam a prostaglandina que é protetora, quimioterápicos
,antibióticos (Cefalexinas, Digoxinas), alimentação (gordura, corpo estranho), neoplasia,
doença sistêmica (DRC, insuficiência hepática, doenças hormonais) – A causa pode estar
localizada no estômago ou pode ser sistêmica, logo antes de tratar deve-se investigar a
causa;
→ No caso de DRC o rim não consegue eliminar a gastrina;
→ O uso de AINES inibe a COX 1 (prostaglandinas boas protetoras) e a COX 2
(prostaglandinas inflamatórias), deve-se utilizar antiinflamatório que bloqueie apenas COX
2;
Animal prostrado: Histórico, exame físico;
Endoscopia: Deve ser realizada para biopsia ou quando a suspeita é outra etiologia, avaliar
aparência da mucosa;
Realizar US abdominal para excluir outras doenças - avaliar se há alteração em
parênquima hepático e renal, neoplasia – deve-se excluir as causas sistêmicas;
Realizar exames bioquímicos;
Cães e gatos podem ter bactéria H. pylori que causa gastrite – Em seres humanos é uma
das principais causas de neoplasia gástrica.
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
ALUNA: GLEISE ERIKA DA SILVA CAVALLI | 7º PERÍODO
Tratamento:
Médico:
→ Sintomático: Quando o paciente chegar vomitando realizar fluido, em seguida deixar
animal 24h sem se alimentar em seguida a dieta será “caseira” (frango, arroz –
peq.quantidades) voltar à dieta normal gradativamente, caso o animal esteja vomitando
muito utilizar antieméticos como Metoclopramida (Plasil) também é procinético aumentando
motilidade;
→ Deve-se primeiramente remover a causa, por exemplo em DRC com uréia e creatinina
alta deve-se realizar fluidoterapia, deve-se manter a perfusão da mucosa;
→ Se o paciente está desidratado em choque deve-se hidratar;
→ Em caso de anemia realizar transfusão;
→ Se o vômito for muito severo deve-se diminuir a acidez gástrica com uso de medicamentos
inibidores H2 (ranitidina), bloqueadores da bomba de prótons, em caso de úlcera procurar
proteger com sucralfato;
→ Utilizar antibióticos em caso de H. pylori e sangramento devido a úlcera, caso não haja
sangue não é preciso antibiótico;
→ Misoprostol (Cytotec): Medicamento análogo a prostaglandina boa auxilia o tratamento,
porém faz contração uterina gerando aborto;
Cirúrgico: Em caso de úlcera gástrica, úlcera rompida, posterior a tratamento médico sem
resultado positivo.
19/08/15
Profª Ana Paula Sarraff Lopes
X. PANCREATOPATIAS
Pastor alemão e Collie são raças predispostas, geralmente a idade é até 4 anos, comum em
animais jovens;
A etiologia é imunomediada: Ocorre destruição dos ácinos do pâncreas levando a atrofia, se
os ácinos são destruídos não haverá produção de enzimas pancreáticas;
Sinais Clínicos: Magreza, perda de peso, polifagia e coprofagia (deficiência de minerais),
diarréia em grande quantidade (esteatorréia), flatulência, gases na palpação, pele e pelo
estarão opacos quebradiços, descamação cutânea, alopecia, seborréia, hiperpigmentação,
liquenificação.
A diarréia é de ID.
Fisiopatologia: Não há enzimas digestivas consequentemente os nutrientes não são
absorvidos adequadamente, o animal irá emagrecer e o apetite estará aumentado.
Diagnóstico:
Exame de dosagem a tripsina que estará diminuída;
Exame de TLI dosa a tripsina por hiper-reatividade;
Não é confiável dosar amilase e lipase pois não é apenas o pâncreas que produz essas
enzimas;
Atividade proteolítica fecal: Avalia se há
enzimas que degradam proteínas nas
fezes→ Utilizar do paciente e fezes de
cão sem alteração para fazer controle,
realizar solução com as fezes colocar
pedaço de filme de RX já revelado
(possui película de proteína em cima),
caso tenha enzima irá degradar o RX
caso não tenha enzimas o RX
continuará preto;
Teste da lipemia pós-prandial: Gordura
no sangue após alimentação. Realizar
a lipemia no paciente após este se
alimentar caso tenha enzima ocorrerá
absorção e o sangue estará lipêmico,
caso não tenha enzima o sangue não estará lipêmico, para confirmar deve-se alimentar o
animal e repetir o exame.
Tratamento: Repor as enzimas na forma de pâncreas cru (bovino ou suíno) ou através de
enzima pronta (em pó – farmácias);
→ Pode ser que mesmo com a reposição das enzimas a consistência das fezes não melhore
pois há super crescimento bacteriano no intestino, deve-se fazer período de antibiótico.
Prognóstico: Bom.
5) Pancreatite: Inflamação que ocorre quando há ativação das enzimas pancreáticas dentro
do pâncreas gerando inflamação do órgão, essa inflamação dependendo da severidade
pode acometer sistemicamente o paciente e ocasionar SIRS.
O pâncreas possui alguns mecanismos de defesa para que isso não aconteça:
1. Os grânulos das enzimas são produzidos na forma inativa, chamados de zimogênios, por
exemplo a tripsina é produzida na forma de tripsinogênio (enzima inativa) que só é ativada
dentro do duodeno pela presença do alimento. Dentro das células esses grânulos de
zimogênios estão separados das células pelos grânulos de lisossomos;
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
ALUNA: GLEISE ERIKA DA SILVA CAVALLI | 7º PERÍODO
26/08/15
Profº Marconi Rodrigues de Farias
XI. ENTEROPATIAS
ID: Formado por várias vilosidades, cada vilosidade é formada por microvilosidades que
aumentam a superfície de digestão e absorção, a principal função dessa porção é promover
a digestão;
→ O processo metabólico e digestivo em relação à atividade proteolítica (proteólise, lipólise
e digestão de carboidratos) é toda executada no ID;
→ É o ID que causa digestão protéica, digestão de lipídeos, digestão de carboidratos;
→ É o ID responsável também pela absorção de todos os alimentos, água e sais minerais;
IG: Não possui função específica com relação ao processo digestório com relação ao
processo de digestão, sendo a sua função formação e eliminação do bolo fecal;
→ A água é sugada pelo material fecal, logo a superfície de absorção de água é no IG é
melhor que no ID, porem o id absorve mais água porque é maior;
→ cabe ao IG sugar a água residual para solidificar as fezes e permitir sua eliminação;
→ A superfície do ID é rica em agentes microbianos, a flora do IG é maior que a do ID, muitos
microelementos produzidos pela flora intestinal são absorvidos pelo IG. Quando o material
fecal terminal para as bactérias começam a trabalhar, ocorre muita absorção de vitaminas e
sais minerais que são promovidos pelas bactérias do IG.
O processo de enteropatia do ID e IG se forem inflamatório o principal sintoma de doença
do intestino são as diarréias.
Doença de ID: Atrapalha processo de absorção e digestão, ocorrerá comprometimento geral
do paciente – Mal estar geral → deficiência protéica de sais minerais, desidratação;
Doença de IG: A principal queixa é distúrbio defecatório, pois cabe ao IG fazer e eliminar as
fezes.
→ Está associada com desidratação e déficit protéico, o paciente defeca e perde proteína
podendo ocorrer hipoproteinemia, hipoalbuminemia, emagrecimento, emaciação.
IG: Possui baixo volume e muita freqüência → Muitas defecações com pouco conteúdo.
→ As fezes possuem muco semelhante a “catarro”;
→ O paciente possui apenas distúrbio defecatório, é clinicamente estável;
→ Haverá desidratação se a diarréia for crônica;
→ Disquesia: O animal pode ter dor ao defecar (o animal faz força e não sai nada);
→ Tenesmo Fecal: Movimento defecatório é improdutivo;
ID IG
Perda de peso Comum Raro
Polifagia Talvez Não
Melena Talvez Não
Hematoquesia Raro Comum
Muco Raro Comum
Tenesmo Raro Comum
Evolução:
Aguda: Pode ser causada por intolerância dietética, intoxicação alimentar.
→ Subaguda:
- Agente viral Coronavirose, Cinomose, Parvovirose (hemorragia);
- Agente Parasitário: Ancilostoma (Ancilostomia ou Ancilostomose) e Toxocaríase (animal
pode vomitar o verme);
- Agente Protozoário: Giardíase (enterite, enterocolíte), Isosporose, Criptosporidiose;
- Agente Bacteriano: Colibacilose (E. coli), Staphilococcus, Clostridiose, Campilobacteriose;
* Alguns agentes causam também lesões gástricas ocorrendo gastroenteropatia,
gastroenterocolite.
→ Doença Sistêmica - Metabólica: DRA, DRC, insuficiência hepática, pancreatite;
→ Medicamentos: AINES (Diclofenaco, Ác acetilsalicílico – Diarréia hemorrágica), AIES.
Crônica:
1. Intermitente: 1 ou 2 X;
2. Persistente: Frequente.
→ Causas:
- Pode estar ligada a imunidade;
- Neoplasia intestinal;
- Linfangiectasia intestinal (acomete os linfáticos do intestino);
- Síndrome do intestino irritado: Correlacionado com distúrbio psiquiátrico (ansiedade),
acomete raças de pequeno porte que permanecem dentro de casa e possuem perfil ansioso
(Shnauzer, Poodle, Maltês) ou raças de grande porte que ficam presas e possuem restrição
de espaço (Dog Alemão);
- Doença Intestinal Inflamatória (Enterite): devido a alergia alimentar, Comum em raças puras
Boxer, Pastor Alemão, Yorkshire.
→ Classificação:
• Enterite Eosinofílica:
• Enterite Linfoplasmocítica: Infiltração de linfócitos e plasmócitos → Toxina severa
• Enterite Histiocítica:
Enterite Neutrofilica
• Enterite Granulomatosa:
→ Terapia: Contínua para o resto da vida.
Diagnóstico:
Diarréias Virais: Em hemograma haverá linfopenia, teste de ELISA para cinomose;
Doenças Protozoárias ou Parasitárias: Em hemograma haverá eosinofilía, pode-se realizar
também coproparasitológico (Giárdia, Criptosporídium, Ancilostoma);
Diarréia de Origem Alimentar: Histórico;
Diarréia Crônica: Requer exame de imagem US (espessamento de mucosa intestinal),
endoscopia, biópsia intestinal.
Tratamento:
Suporte: Para ID.
- Requer internamento com fluidoterapia (soluções cristalóides e coloidais);
-Em caso de vômito realizar antiemêtico (Bromoprida, Metoclopramida, Maropitam);
- Terapia antisecretória (Omeprazol);
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CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
ALUNA: GLEISE ERIKA DA SILVA CAVALLI | 7º PERÍODO
02/09/15
Profº Marconi Rodrigues de Farias
XII. HEPATOPATIAS
Função:
→ Fabrica de lipídeos, carboidratos, proteínas, fatores de coagulação | Desintoxicação.
O fígado funciona como um grande filtro do intestino com relação ao corpo. Tudo o que é
absorvido no corpo intestinal passa pelo parênquima hepático. Tudo conteúdo oriundo do
intestino (lipídeos, carboidratos, aminoácidos) passa pela circulação hepática, porém o
conteúdo também pode conter toxinas e bactérias, tudo que não deve ir para a circulação
fica retido no fígado para em seguida ser eliminado (catabolizado) por via biliar e sair pelas
fezes;
Síntese e Secreção da Bile: Produz e bile
e libera esta para a vesícula biliar. A
vesícula biliar contrai e libera a bile para
dentro do ID, a bile é rica em ácidos
biliares que atuam na absorção de
gorduras, emulsifica as gorduras e
facilita a absorção intestinal.
Síntese de Fatores de Coagulação:
Produz, armazena e ativa fatores de
coagulação vitamina K dependentes;
→ Fases da Coagulação: 1ª Fase)
Agregação plaquetária | 2ª Fase)
Liberação Fatores de coagulação
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CURSO: MEDICINA VETERINÁRIA
DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
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09/09/15
Profª Carolina Zaghi Cavalcante
XIII. NEFROPATIAS
8) Doença Renal Crônica: Prevalência maior em felinos, pois possuem mais predisposição,
porém também é comum para espécie canina.
→ Não há predisposição sexual, tanto macho quanto fêmeas são acometidos;
→ Prevalência maior em idosos.
Causas:
Familiar ou congênita: Glomerulopatia (Pastor alemão, Rotweiller).
→ Displasia renal (Shitzu, Lhasa apso, Golden retriever) – Má formação do córtex e medula
renal, defeito na formação da região cortical e medular renal;
→ Doença Renal Policistica: Os cistos substituem o parênquima renal.
Adquirida: Causas mais comuns - Tubulopatias. Glomerulopatia (glomerulonefrite,
amiloidose glomerular).
* Glomerulonefrite é a principal causa de DRC → Ocorre deposição de imunocomplexo
no glomérulo que ativa o sistema complemento atraindo mediadores inflamatórios. O
glomérulo possui função de filtração. Essa patologia possui diversas causas como doença
auto imune, neoplasia, mastocitoma, linfoma, origem infecciosa (leptospirose – causa
necrose tubular aguda – tubulopatia; erliquiose; piometra), endócrina (hiperadreno,
diabetes melitus).
→ A insuficiência renal aguda gera necrose tubular, pode ser uma causa adquirida de
doença renal crônica;
→ Neoplasia.
Na DRC as funções renais estarão comprometidas.
Manifestações Clínicas:
Não eliminação de compostos tóxicos que são compostos nitrogenados. Quando esses
compostos são retidos geram as manifestações clínicas clássicas de poliúria (primária) e
polidipsia (compensatória a funcionalidade do rim).
→ Não haverá reabsorção de Na e água, pois o rim não funciona assim ocorrerá poliúria e
a polidipsia será compensatória, porém esta não consegue compensar a poliúria e o paciente
fica desidratado;
Podem haver sinais gastrointestinais que agravam as perdas, o animal será hiporético, terá
vômito, diarréia, estomatite, halitose e perda de peso;
Dentre as funções está a eliminação de compostos nitrogenados, caso estes compostos não
sejam eliminados ficam retidos e essa retenção de compostos nitrogenados geram os sinais
gastrointestinais, como por exemplo estimulação do centro do vômito e conseqüentemente
náusea, anorexia, hiporexia, apetite seletivo – Devido a concentração de uréia e creatinina
+ compostos nitrogenados (150);
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DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
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Imagem:
→ Poderá ter vários cistos renais;
→ Relação clássica entre o parênquima corticomedular, deve haver diferença entre córtex e
medula – Caso não haja esse parâmetro é indicativo de DRC;
→ Em caso de lóbulos renais é indicativo de neoplasia;
→ Em caso de hiperparatireoidismo renal secundário haverá ausência de tecido ósseo
(mandíbula e maxila);
Estágios da DRC:
1. Paciente não azootêmico;
2. Azootemia leve (já pode desencadear síndrome urêmica);
3. Azootemia moderada;
4. Azootemia intensa;
Paciente com PU, PD, densidade urinária baixa pode indicar doente renal crônico em estágio
1 não azootêmico;
Em muitas situações ao avaliar a creatinina o paciente apresenta vômito e anorexia, está
desidratação;
→ Esse componente da desidratação é o componente pré renal da eliminação da creatinina;
→ Para estagiar o paciente ele deve estar obrigatoriamente normohidratado
- Caso o paciente chegue desidratado deve-se realizar fluidoterapia por 24h e após mensurar
a creatinina.
Tratamento:
Transplante é inviável em MV: Rejeição devido a diversidade de tipo sanguineo;
Sintomático:
Repor hidratação devido ao vômito, PU, PD → Fluido SC ou IV (av. grau de desidratação)
- Ringer + Lactato;
Fósforo alto: Quelantes de P Hidróxido de Al - (fármacos que se ligam ao P e facilitam a
eliminação intestinal), ao reduzir a quantidade de P, reduz-se também a quantidade de PTH
eliminado, reduzindo a chance do desenvolvimento de hiperparatireoidismo renal
secundário. É adm VO, o gosto não é bom, deve ser administrado junto com a dieta;
Sucralfato → Possui constituição de hidróxido de Al, ocorrerá citoproteção de mucosa
gástrica porém também é considerado um quelante de P;
Reposição de Bicarbonato VO ou IV;
Hipertenção: Vasodilatador – Benazepril (Inibidor da ECA | Cão), Alodipina (Bloqueador do
canal de Ca | Gato) → VO;
Anemia: Fornecer eritropoetina recombinante humana administrada por via parenteral,
associar com Fe e vitaminas do complexo B. Orexígeno para manter apetite;
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DISCIPLINA: CLÍNICA MÉDICA DE ANIMAIS DE COMPANHIA I
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16/09/15
Profª Carolina Zaghi Cavalcante
9) Doença do Trato Urinário Inferior de Felinos (DTUIF)
Síndrome Urológica Felina.
Causas: Origem multifatorial → Urolitíases, alterações comportamentais, cistite idiopática
felina, defeitos anatômicos, infecções bacterianas, neoplasias;
O paciente chega obeso, sedentário, com cristais de extruvita na urina – Geralmente
o processo é inflamatório sem infecção
→ Urolitíases: Existem dois principais urólitos freqüentes na rotina clínica, são eles extruvita
e oxalato.
- O urólito de extruvita está relacionado com ração seca fornecida, pH da urina, tampão
uretral ou plugue.
* Cristal de fosfato amoniomagnesiano: Possui em sua constituição P, amônia e magnésio;
* O vínculo desse cálculo e urolitíase de gatos com a ração se deu através de uma marca
de ração seca, pois essa marca fornecia muito magnésio em seu alimento – Porém isso não
é real. O magnésio está presente no urólito, porém o fato de ser seca é mais vinculado a
origem de qualquer urólito, simplesmente pelo fato de ocorrer restrição hídrica ou ingestão
de pouca água, assim a densidade urinária irá concentrar e os cristais ficarão fáceis de serem
precipitados e facilmente se agregarão e formarão urólito;
* Urólitos de extruvita precipitam em pH alcalino, enquanto oxalato de Ca precipitam em pH
écido. O pH está vinculado de forma direta na dieta;
* O tampão uretral é um fator importante associado aos urólitos;
* Por muito tempo achou-se que a extruvita era um ácido, assim os animais recebiam muito
alimento para alterar o pH provocando acidificação excessiva consequentemente ocorreu
precipitação de cristal de oxalato.
- Alteração de volume e freqüência de micção, está associado com obesidade pois os
animais são sedentários e não bebem água e conseqüentemente a urina concentra;
- Fatores de Estresse.
→ Cistite Idiopática: Processo inflamatório que interfere na excreção de glicosaminoglicanos
que funciona como uma barreira de proteção da mucosa vesical, quando ocorre maior
secreção de glicosaminoglicanos há diminuição da proteção vesical e favorecimento das
manifestações clínicas. A urina geralmente é estéril.
Características Epidemiológicas: Doença da espécie felina, ocorre em idade de 2 a 6 anos,
não há predisposição de sexo, SRD possui maior predisposição.
Fatores de Risco: Sedentariso, estresse;
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Fatores nutricionais: Tipo de ração – Quantidade de gatos que convivem juntos, quantidade
de caixas sanitárias e freqüência de limpeza.
Sinais Clínicos: Disuria, polaciúria, hematúria, vocalização.
→ Se estiver obstruído apresentará sinais de síndrome urêmica pós renal (anorexia, apatia,
letargia, vômito, desidratação significativa);
→ Anamnese: Animal se esconde, lambe genitália externa;
→ Ao palpar abdomem este estará rígido;
→ O potássio deve ser eliminado, quando os pacientes estão obstruídos com a bexiga
repleta há manifestação de hiperpotassemia ou hipercalemia associadas. No exame físico
haverá bradiarritmias;
→ No exame físico realizar compressão vesical para avaliar obstrução, caso esteja obstruído
não sairá nada, porém se houver volume de urina ao realizar compressão ocorrerá hematúria
no exame físico;
→ Mucosa genital cianótica devido a lambedura externa.
Exames Complementares: Deve-se definir a origem, em obstrução se há síndrome urêmica
e hipercalemia. Em animais sem obstrução deve-se procurar a causa, deve-se avaliar
urinálise e imagem.
→ Na urinálise haverá cristais, deve-se avaliar tipo de cristal, pH, qual a densidade urinária.
Devido a inflamação é comum presença de hemácias, leucócitos;
→ No US a bexiga estará espessa com vários sedimentos intravesicais, pode-se detectar
urólito (estruvita e oxalato) – Fáceis de serem observados em US e RX.
Quando não há obstrução deve-se apenas procurar a causa para iniciar a terapia;
Quando há obstrução o quadro é complexo devido a síndrome urêmica, além dos exames
de imagem deve-se realizar bioquímica sérica e eletrólitos, monitorar uréia e creatinina e
monitorar o nível de K, é comum piúria e hematúria.
Tratamento:
Pacientes Sem Obstrução/ Manutenção do Paciente Obstruído:
→ O paciente chegou com disúria, hematúria, polaciúria e normalmente observa-se tanto
em fêmeas quanto em machos que estes são auto limitantes, ou seja de 5 – 7 dias os sinais
desaparecem mesmo sem tratamento. Problema de incidência de recidiva, deve-se prevenir
próximo episódio → Prevenir através de dieta, ingestão de água e minimização de fatores
de estresse;
- Dieta: Algumas rações lidam com manutenção de pH, outras com densidade urinária a
partir de Na dentro do nível de normalidade para induzir o animal a beber água para reduzir
a densidade urinária e evitar precipitação dos cristais.
→ Evitar fatores de estresse, higienizar caixa de areia;
→ Tratamento: Utilização de ANES seletivo para COX2 (Meloxicam, Carprofeno) para
minimizar disúria e polaciúria.
- Utilização de Amitriptilina, AINES que possui efeito aintiinflamatório vesical – Reduz
recidiva, porém deve ser utilizado por longos períodos (6 meses);
- Fornecimento de glicosaminoglicanos: Reconstituir a barreira vesical - O uso é contraditório
pois é degradada no trato gastroentérico e não há absorção vesical.
Pacientes Com Obstrução: Restaurar o fluxo urinário, ter nível de K, uréia e creatinina do
paciente
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07/10/15
ProfªCarolina Zaghi Cavalcante
XIV. ENDOCRINOPATIAS
4ª Semana: 20 – 22 µg / kg
→ Aumento progressivo, 4 semanas para atingir a dose final.
- Fornecer em jejum, pois o alimento interfere negativamente na absorção
- Hormônios Tireoideanos Caninos: Tirosine, Tirotabs
Diagnóstico Definitivo: Baseado na melhora clínica, ocorre melhora clínica nas
manifestações clínicas.
Tireotoxicose: Fornecimento exagerado de hormônio tireoideano. Excesso de hormônio
tireoideano secundário ao fornecimento, pode gerar manifestações clínicas de
hipertireoidismo como poliúria, polidipsia, agitação, irritabilidade, emagrecimento, diarréia.
14/10/15
ProfªCarolina Zaghi Cavalcante
11) Hiperadrenocorticismo
[ ] Cortisol
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ALUNA: GLEISE ERIKA DA SILVA CAVALLI | 7º PERÍODO
* Rotina Clínica: É coletado sangue do paciente logo que chega sem ter recebido
administração nenhuma de glicocorticóide, em paciente com hiperadreno o cortisol
estará alto. É aplicado 0,01 mg de dexametasona, ao coletar o sangue após 4h e 8h
após a aplicação se o cortisol estiver acima de 1µg/ dL é indicativo de
hiperadrenocorticismo.
* A melhor técnica para mensurar o cortisol é a radioimunoensaio.
Tratamento:
- Clínico: Trilostano – Inibidor reversível da esteroidogênese, atua inibindo a formação
de cortisol, pois é mais seletivo as enzimas deste hormônio. Administração VO.
* Esteroidogênese: Formação de todos os hormônios esteroidais cortisol, aldosterona,
estrógeno, testosterona.
* Caso ocorra inibição da aldosterona, mineralocorticóide que mantém o equilíbrio
hidroelétrolítico ácido básico ocorrerá acidose, o paciente terá manifestações de
hipovolemia secundário ao tratamento, desenvolverá hipoadrenocorticismo
secundário ao trilostano essa manifestação ocorre em 2% dos pacientes.
- Cirúrgico: Vantagem de ser curativa – Em Caso de tumor não invasivo de adrenal
* Adrenalectomia: Tratamento curativo - Nacional
* Hipofisectomia: Transesfenoidal realizado por vídeocirurgia – EUA, Holanda
Complicações: Trombo, embolismos pulmonares, ICC, diabetes mélitus, hipertensão,
DRC
Sobrevida: 2 anos
Doença multisistêmica definida como síndrome de cushing.
21/10/15
Profª Carolina Zaghi Cavalcante
Predisposição:
- Cães: Labrador e poodle. Fêmeas possuem mais predisposição. Faixa etária ampla.
- Gatos: SRD, pelo curto brasileiro, pelo curto americano. Machos são mais
predispostos. Faixa etária de 6 – 18 anos, acima de 10 anos.
- Dieta:
* Se o paciente for obeso deve emagrecer, pois obesidade gera resistência a insulina
* Geralmente são hipocalóricas
* O paciente deve comer para não desenvolver hipoglicemia
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Monitoramento:
- Pico: 100 – 150 (Normal para diabético)
- Fora do Pico: 100 – 250
* Exemplo: Se no pico houver glicemia de 500 deve-se aumentar a dose de insulina,
se a glicemia for de 50 deve-se reduzir a dose de insulina.
- Frutosamina: Proteína glicada, se liga a glicose – Mensura média da glicemia das 2
últimas semanas
- Hemoglobina glicada: Média no nível glicêmico do tempo de vida da hemácia, média
do nível glicêmico dos últimos 100 dias.
Prognóstico: Favorável
04/11/15
Profª Ana Paula Sarraff Lopes
XV. NEUROPATIAS
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Diagnóstico do Paciente Convulsivo: Iniciar pela raça, idade (se o paciente for jovem com
menos de 6 meses, poderá ser hipoglicemia, doenças infecciosas, parasitárias – 6 meses a
5 anoss é sugestivo de epilepsia idiopática – com mais de 5 anos pode ser neoplasia,
doenças sistêmicas) → anamnese (vacinação/ vermifugaçãi, alimentação, local de origem),
exame físico, neurológico, oftálmico (lesões de fundo de olho), diferenciais;
- Nem toda convulsão é tratada.
Tratamento: Corrigir as causas, castrar fêmeas (no cio há aumento do estrogênio e baixa
do limiar convulsivo – Paciente sem alteração pode ter convulsão no cio)
- Caso o paciente tenha DRC o uso de Fenobarbital não estabilizará o situação.
Quando tratar e não tratar:
- Levar em conta que os medicamentos possuem efeitos colaterais, muitas vezes o custo é
alto;
- Deve ser tratado o paciente que apresenta mais de uma convulsão por mês;
- Status epiléticus: Convulsões seguidas → Deve ser tratado.
* A convulsão não é tratada, apenas é controlada para ser mais leve e menos frequente
- Quando descontinuar: Quando o paciente não apresentar convulsão por 6 meses (sem
convulsão);
Tratamento Para Casa: Anticonvulsivantes: Iniciar sempre com monoterapia
* Cães:
1. Fenobarbital;
2. Brometo de Potássio: Geralmente é associado ao fenobarbital;
3 Diazepam: Utilizado apenas em emergências, pois desenvolve resistência rapidamente.
* Gatos:
1. Fenobarbital;
2. Diazepam;
3. Brometo de Potássio.
- Medicamentos que diminuem o limiar convulsivo: Metrocopramida (Plasil), alguns
anestésicos como xilazina e cetamina, corticosteróides.
- Fenobarbital: Primeiro medicamento de escolha para cães e gatos, é eliminado via hepática
– Medicação barata, deve ser administrada de 12/ 12 horas, medicação controlada. Demora três
semanas para estabilizar os níveis no sangue, a partir deste tempo pode-se realizar dosagem
sérica. Realizar exames periódicos bioquímicos a cada 6 meses. Pode gerar efeitos colaterais de
poliúria e polidipsia, geralmente no início do tratamento;
- Brometo de Potássio: Segunda escolha para o cão e terceira para o gato. Para cães
geralmente é adicionado ao fenobarbital quando este não é eficiente. Administrar 1 vez ao dia. A
eliminação é renal. Desvantagem de meia vida longa - demora para estabilizar geralmente de 3 a
4 meses (fenobarbital 3 semanas). A absorção depende da dieta;
- Diazepam: É o segundo fármaco de escolha para gatos, em cães desenvolve resistência.
11/11/15
Profº Marconi Rodrigues de Farias
Objetivo da Aula: Discussão dos sinais clínicos relevantes de lesões neurológicas para
identificação da localização da lesão e elaboração de diagnóstico e diagnósticos
diferenciais.
O exame clínico pode apresentar um conjunto de sintomas que pode caracterizar uma
síndrome.
Considerações: