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Universidade Federal do Maranhão

CHOQUE
CARDIOGÊNICO Vinícius Magri
DEFINIÇÃO
O choque cardiogênico é
caracterizado por
hipoperfusão sistêmica e
hipotensão que se deve à
grave disfunção miocárdica,
geralmente associado a
edema pulmonar.
CHOQUE CIRCULATÓRIO

HIPOVOLÊMICO DISTRIBUTIVO CARDIOGÊNICO

Inadequado retorno Falência da função


venoso ao coração contrátil do coração
MECANISMO

isquemia +
↓Pressão de
Hipoxemia e lesão
perfusão
hipotensão miocárdica
coronariana
progressiva
QUATRO CONDIÇÕES ETIOLÓGICAS
1. Falência da bomba cardíaca Não bombeia!
2. Distúrbios do enchimento Sangue não entra!
sistólico
3. Taqui/bradicardias
Sai em pequena
quantidade/frequência!
4. Obstruções ao fluxo
sanguíneo por valvopatias,
por embolia pulmonar Sangue não sai!
maciça, ou por
tamponamento cardíaco.
ETIOLOGIA

• Com edema pulmonar • Pós-parada cardíaca

• Isquemia miocárdica: síndromes • Lesões valvares


coronarianas agudas, ruptura de • Miocardite aguda
cordoalha, ruptura de músculo
• Cardiomiopatias
papilar (grave insuficiência mitral) ou
ruptura de parede ventricular ou de • Disfunção miocárdica na sepse
septo interventricular • Intoxicação aguda (p.ex.‚ !-
• Taquiarritmias bloqueador, verapamil)

• SEM edema pulmonar


• Infarto agudo do miocárdio de ventrículo
direito
• Bradiarritmias
II Diretriz Brasileira de
Insuficiência Cardíaca Aguda
FISIOPATOLOGIA
ISSO CAUSA...

1. Aumento da contratilidade do miocárdio e da frequência


cardíaca.
2. Vasoconstrição arterial e venosa.
3. Redistribuição da volemia, priorizando o SNC e o miocárdio.
4. Aumento da reabsorção de sódio e água pelos rins.
5. Aumento da extração de oxigênio.
6. Aumento da oferta de substratos (gliconeogênese,
glicogenólise, lipólise e aumento do catabolismo proteico).
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ESTADO FISIOLÓGICO
CLÍNICA
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO
• Hipotensão (PAS<90 ou ↓30% em relação a PAS basal)
• Necessidade de drogas vasoativas ou balão de
contrapulsão aórtica por 30 minutos

+
• Sinais de má perfusão tissular sistêmica
• Alt. do estado mental,
• Oligúria com diurese <30ml/hora
• Extremidades frias e cianóticas
• Acidose Metabólica
DIAGNÓSTICO
CLÍNICO

• PAS<90 ou ↓30mmHg da PAM

• Índice cardíaco <1,8L/min/m² sem suporte farmacológico e/ou mecânico,

OU

• <2,2L/min/m² com suporte hemodinâmico

• Pressões de enchimento do ventrículo esquerdo elevadas:


• Pressão de oclusão da artéria pulmonar (ou pressão diastólica final do
ventrículo esquerdo)>18mmHg.
OU
• Pressão diastólica final do ventrículo direito>10 a 15mmHg.
ACHADOS LABORATORIAIS
• Acidose metabólica • ↑ das escorias nitrogenadas
(bicarbonato<20mEq,
pH<7,3; BE<0) • ↓ Albumina
• ↑Lactato Sérico • Alt. do estado de
coagulação
• Alcalose respiratória +
Acidose metabólica • ↑ do TAP
• ↑ Tempo de tromboplastina parcial
• Hiposemia • ↓ fibrinogênio
• Leucocitose/penia • ↑ produtos de degradação da
fibrina
• Trombocitopenia
• ENZIMAS CARDIACAS
MEDIDAS DE SUPORTE
MONITORAÇÃO NÃO INVASIVA: MONITORAÇÃO INVASIVA:
• ECO a beira do leito (barato e • Acessos venosos periféricos
rápido)
• Cateter de artéria pulmonar
• PA
(monitoração continua do índice cardíaco,
e da saturação venosa de oxigênio)
• Temperatura
• Sondagem Vesical
• SatO2
• Cateter Swan-Ganz
• FR
• Avaliação Laboratorial:
• Glicose
• Eletrólitos
• Gasometria (arterial e venosa)
Cateter Swan-Ganz
MEDIDAS DE SUPORTE
OXIGENAÇÃO  Manter SatO2 entre 95% -98%
Síndrome do desconforto
• Invasiva respiratório e lesão
pulmonar podem
(Entubação orotraqueal) decorrer da liberação de
mediadores inflamatórios.
• Não invasiva
(Máscara sem/com pressão positiva)

VOLUME Sinais de insuficiência respiratória:


• ↑freq. e esforço respiratórios
• Dificuldade em falar.
DROGA VASOPRESSORA (nora no ac. ven. central • Respiração ABD paradoxal
preferencialmente)
• Musculatura acessória
Respiração mecânica ↓ o
esforço muscular. Evita a • Diaforese
disfunção respiratório pela
TRATAMENTO DA CAUSA fadiga. • Cianose
MEDIDAS DE SUPORTE
• Tamponamento cardíaco  Pericardiocentese
• Pneumotorax hipertensivo  Punção de alivio + drenagem
• Sepse  ATB
• Arritmias  Cardioversão
• Choque em SCA  Revascularização (hemodinâmica)
• Hemorragia (Int. e Ext.)  conter sangramento
Torax, ABD, Pelve, e ossos longos.
SUPORTE MEDICAMENTOSO

Associação
eficaz

II Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda


TTO
OBS:

• Balão intra-aórtico (BIA)- auxiliando a recanalização mecânica ou


química ou o tratamento da insuficiência cardíaca.
• Complicações: eventos tromboembólicos, o sangramento e a infecção;
no entanto, a hemólise, a plaquetopenia e o mau funcionamento do
dispositivo.
• Tratamentos coronarianos percutâneos ou cirúrgicos urgentes podem ser
necessários, como revascularização miocárdica, troca ou plastia valvar
ou correção de lesões anatômicas, como a da comunicação
interventricular pós-IAM
REFERÊNCIAS

• Brasil, 2009. II Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Aguda. Arq Bras Cardiol
2009; 3(3 supl.3): 1-65.

• Regadas BT, Schneider R, Yunes E, 2009. Choque Cardiogênico. Revista Hospital


Universitário Pedro Ernesto. 2009;8(2):28-36.

• RANGEL, FOD 2013. Abordagem contemporânea do choque cardiogênico. Rev.


JBM, 2013 vol. 101, 2 ed.

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